🍎 O curitibano quer comida orgânica

🍎 O curitibano quer comida orgânica

Bom dia!

Tudo o que você precisa para hoje é seu Expresso e… um guarda-chuva ☔ Chove sem parar em Curitiba (que bom!), e tem gente dizendo que sai até neve nesta semana! Será?

Hoje falamos sobre o aparente platô nos casos de coronavírus em Curitiba, sobre os pássaros da cidade e sobre o aumento do consumo de orgânicos na pandemia.

Temos uma porção de novos assinantes nesta semana — saiu notícia sobre a gente, olha que chique 💁‍ Nossas boas vindas a todos, em especial aos novos apoiadores: Alexandre Cardoso, Leonardo Ferrari, Katia Pichelli, Stephanie D’ornelas e Thiago Benassi

Se você também curte bater um papo conosco toda semana, consulte nossos planos em oexpresso.curitiba.br/apoie e contribua com o nosso trabalho. Outra opção, claro, é sempre compartilhar O Expresso por aí usando os links abaixo:

Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 24 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 25 de agosto

1. Um vírus (ainda) em movimento

Nesta terça (18), Curitiba amanhece com menos restrições: a cidade volta à bandeira amarelareabrindo parques, bares e o comércio aos fins de semana. (Plural)

A justificativa é que a cidade teria entrado no tão falado platô da epidemia: desde a semana passada, o número de novos casos se estabilizou, e a partir de agora a expectativa é que entremos em curva descendente. (Gazeta do Povo)

De fato, se compararmos a semana passada com a anterior, houve:

  • queda no número de novos casos por semana;
  • queda no número de óbitos semanais; 
  • queda dos casos ativos (curitibanos que estão infectados e transmitem o vírus);
  • estabilização da ocupação das UTIs em 80%.

👉 Tem um bom resuminho dos dados nesta reportagem. (Gazeta do Povo)

Mas o alerta permanece: no nosso observatório d’O Expresso sobre a epidemia, o Monitor COVID-19 Curitiba, continuamos colhendo dados regionalizados do coronavírus na cidade. Olha como está a situação hoje:

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A evolução do coronavírus em Curitiba: atualmente, a região sul da cidade é a mais exposta ao vírus. Veja a animação completa aqui.
 

1. Os casos hoje estão concentrados na região sul: a maior incidência do vírus está na regional do Bairro Novo, que abriga o Sítio Cercado, Ganchinho e Umbará.

2. O vírus mata mais na regional do Cajuru: a letalidade lá é de 4,6%, contra uma média de 2,9% na cidade. Os bairros com mais mortes, por sua vez, são CIC, Sítio Cercado, Cajuru e Boqueirão.

3. Ao longo dos meses, dá pra ver claramente o movimento de ‘periferização da doença’, de que já falamos aqui n’O Expresso. Os casos começam no centro, e se deslocam até as bordas da cidade.
 

“Há decréscimos, mas estamos no alto”. Palavras da própria secretária da Saúde de Curitiba, deixando claro que a situação ainda é crítica. Afinal, ninguém sabe como a epidemia vai se comportar nos próximos dias. Por isso, use máscara, mantenha o distanciamento e, se possível, fique em casa!

 

2. Os orgânicos ganham a mesa curitibana 🥕

Com mais gente passando tempo em casa (e na cozinha!), a mesa do curitibano parece ter ficado mais saudável: a procura por alimentos orgânicos cresceu entre 30% e 50% desde os primeiros meses da pandemia, segundo relatam produtores da cidade. (AEN)

“Não temos mais que gastar em saídas; então, vamos comer melhor”, é o que a produtora Claudia Capeletti tem ouvido dos clientes.

🍳 É um movimento nacional, aliás — depois de um ano em que o setor cresceu 15% no país. “O consumidor está entendendo o valor agregado do orgânico e está disposto a pagar pelo seu preço, que, aliás, não é tão maior assim, se computadas as muitas vantagens da escolha”comenta Clauber Cruz, diretor da Organis, baseada em Curitiba. (BBC Brasil) 

Por que é tão caro? A agricultora Milena Miziara, que largou emprego em Curitiba para se dedicar à produção de orgânicos no sítio da família, lista alguns fatores neste texto

  • maior custo de mão de obra (que é intensiva!)
  • uma remuneração mais justa ao produtor, e 
  • mais valor agregado (leia-se, benefícios ao meio ambiente e à saúde). 

Mas ela admite que ainda há abuso nos preços, e que a melhor opção é comprar direto do produtor. (Papo Reto)

🌊 Para aproveitar a onda, o governo do Paraná quer multiplicar o número de produtores orgânicos no estado, passando de 3.500 para 10 mil, ajudando com assistência técnica e certificação. (AEN)

Nem tudo são flores: com a suspensão das feiras livres aos fins de semana em Curitiba e a diminuição do movimento nas ruas em geral, muita gente penou. Para alguns produtores, a queda foi apenas parcialmente compensada com as entregas — que exigiram, além disso, um novo esforço logístico.

🗣️ E você, leitor? Tem algum produtor de orgânicos para indicar? Coloca lá n’O Expresso Conecta, nossa plataforma de negócios locais. As dicas são sempre bem-vindas!

 

 

3. Curtas da semana ⚡

Sucesso: O ranking nacional 100 Startups to Watch colocou 5 startups curitibanas na lista. Beetools, Laura, Hi Technologies, Olist e Polen foram apontadas como iniciativas que merecem atenção de possíveis investidores. (PEGN)

36×36: As chuvas dessa semana não foram suficientes para amenizar a estiagem, e o rodízio no abastecimento de água em Curitiba endureceu: 36 horas com água seguidas de 36 horas sem água. A Sanepar até reativou um reservatório secular, construído em 1906, para tentar amenizar o problema. (Agência Estadual de Notícias e CBN Curitiba) 

Enquanto isso: Curitibanos fazem filas para comprar tambores que armazenam água da chuva e recorrem ao Google para saber sobre as medidas de contenção. A busca por termos como “rodízio Curitiba” e “estiagem Curitiba” aumentaram até 3.500% neste ano. (Tribuna do Paraná e Google Trends)
 

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4. Jacu do Água Verde

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Esses pássaros faceiros aí da foto, por incrível que pareça, são jacus — flagrados num condomínio do bairro Água Verde por Franco Iacomini. 

Muita gente não sabe, mas pelo menos 366 espécies nativas de pássaros podem ser observadas em Curitiba (como o pica-pau que mostramos algumas edições atrás). Teve jacu, aliás, que já virou até mascote no Tarumã. (O Eco e Gazeta do Povo)

Esses jacus não têm nada de… jacus! 😜
 

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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Elle que não facilite com a Hespanhola porque aqui tem morrido muita gente, até sete num dia. O café e a cachaça é um veneno para a Hespanhola.”

As aspas de hoje são da curitibana Thereza Gabardo, direto do túnel do tempo: foram escritas em novembro de 1918, numa carta à sua filha Julia, compartilhada no Antigamente em Curitiba.

Moradora do Portão (é de onde ela assina a carta, aliás), Thereza recomenda à filha uma série de cuidados contra a doença: além do café e da cachaça, estão na lista um chá de “suador” com folha de laranja, “não apanhar vento nunca” e “comer uma sopinha de vez em quando, com pão torrado e caldo”.

Agradecemos a Chris Lavalle, trineta de Thereza, pela preciosidade que compartilhou!

Uma semana com muita sopinha e caldo para esquentar 🙂

Fiquemos em casa!
 

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😱 Deu no New York Times e no Expresso também

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Salve!

Entre uma mamada e outra da nossa pequena, aqui estamos para mais uma edição — em que resgatamos a história de um grande sambista local (sim, há samba, e dos bons, na cidade) e contamos que Curitiba apareceu no New York Times nesta semana. Adivinha com o quê? ⚽

Um obrigado especial para Emerson Castro e Marcia Mello – nossos novos apoiadores. Se você também gosta do nosso trabalho, dá uma olhada em oexpresso.curitiba.br/apoie e contribua com a sua newsletter favorita de todas as semanas.

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8 minutos e 54 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 18 de agosto

1. Ocupemos as calçadas 🏙️

As discussões sobre a cidade pós-pandêmica ganharam um novo ingrediente nesta semana: um estudo do Ippuc, o órgão de planejamento urbano de Curitiba, propõe ampliar o uso de ruas e calçadas para feiras, comércios e restaurantes.

Seria uma alternativa de convívio seguro nas ruas em tempos de coronavírus.

Alguns croquis foram divulgados:

  • feiras livres, como a do Largo da OrdemAlto da Glória e Praça 29 de Março, ganhariam um novo desenho para garantir o distanciamento de clientes e feirantes (com a implantação de cones e ‘vias’ de circulação, de sentido único, para os visitantes); 
  • os bares e restaurantes da rua Prudente de Morais, que se tornou um polo gastronômico, usariam parte do asfalto para colocar mesas e cadeiras; 
  • a calçada na rua Enette Dubard, polo comercial do Tatuquara, seria ampliada para aumentar a mobilidade dos pedestres;
  • as barracas dos ambulantes na rua Izaac Ferreira da Cruz, no Sítio Cercado, iriam para as esquinas, a fim de aumentar o espaço de circulação.

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Mesas de bares no Largo da Ordem com distanciamento social, segundo a proposta do Ippuc. Veja mais imagens aqui.


🚲 Além disso, mais ciclovias seriam implantadas pela cidade (mas sem nada de muito novo, além da já anunciada ciclofaixa na rua Padre Anchieta e da recuperação da ciclovia na João Bettega, que leva à CIC).

Só que: são só sugestões. Segundo o Ippuc, algumas das intervenções já foram e outras devem ser implementadas no curto prazo, como as ciclofaixas ao redor do Mercado Municipal. Mas não há nenhum plano concreto para implementar todas elas. (BandNews Curitiba)

E, pra não esquecer: como sempre, atualizamos no nosso Monitor COVID-19 Curitiba os números da epidemia na cidade — que, infelizmente, continua a todo vapor. Já estamos em quase 25 mil casos confirmados e pouco mais de 700 mortesNão se descuide: use máscara, mantenha o distanciamento e, se puder, fique em casa.

Curtas pandêmicas:

  • Uma nota positiva: o número de casos ativos (ou seja, de pessoas que podem transmitir o vírus) parece estar diminuindo em Curitiba, segundo os dados divulgados pela prefeitura. O pico até agora foi em 26 de julho.
  • Por outro lado, um estudo recém-lançado aponta que a flexibilização da quarentena colocou Curitiba “na rota do colapso”. Para Maria Carolina Maziviero, uma das responsáveis pelo estudo e que já entrevistamos por aqui“é um contrassenso que a cidade tenha decidido reabrir serviços não essenciais, como shopping centers e academias, enquanto parques e praças sigam fechados”. (BBC Brasil)
  • A pesquisa também critica a falta de dados detalhados por bairro, gênero, faixa etária e raça, para orientar as políticas públicas de combate ao vírus. O texto destaca que há bairros mais vulneráveis na cidade — como mostramos aqui.
  • Por fim: começaram os testes da vacina chinesa contra o coronavírus, com voluntários da área da saúde, no HC. (TV UFPR)

 

2. Deu no New York Times ⚽

Um time da suburbana de Curitiba saiu neste domingo no New York Times. Que tal, hein?
 

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É o Trieste, tradicional clube de Santa Felicidade e que tem um centro de treinamento de jovens talentos, entre 11 e 14 anos. O clube já foi apelidado por aqui como “o time amador com a melhor estrutura do país”. (Verminosos por Futebol)

Parte desta estrutura é dedicada à categoria de base, cuja maior revelação é Renan Lodi, craque do Athletico que foi vendido no ano passado ao Atlético de Madrid. Hoje, o Trieste tem parceria com o Flamengo. (Bem Paraná e Gazeta do Povo)

💰 A reportagem do New York Times destrincha a história e o funcionamento do negócio de descoberta de jovens talentos — comparando os jogadores a commodities.

Segundo a reportagem, mais de 100 jogadores que começaram seu treinamento no Trieste, fundado por imigrantes italianos em 1937, atuam em times profissionais pelo país.

⌛ O trabalho é de longo prazo, segundo o diretor Rafael Stival. Empresário egresso do ramo alimentício, ele afirmou ainda não ter recuperado o investimento feito há 14 anos. Stival tem contrato com o Trieste até 2025. (Gazeta do Povo)

 

3. Curtas da semana ⚡

A olho nufotos das represas de Curitiba divulgadas nesta semana revelam a gravidade da estiagem recente — e que vai forçar o prolongamento do rodízio de água. O racionamento virou até piada no Twitter: “NASA acaba de confirmar a existência de água em Marte: Marte 1, Curitiba 0”. (Tribuna do Paraná)

Chove chuva: ainda sobre isso, o professor da UTFPR Eloy Casagrande defendeu em entrevista o uso doméstico de cisternas de água pluvial, para aliviar a crise. E deu a letra: “Curitiba tem isso previsto em seu Plano Diretor [incentivos, como desconto no IPTU, para instalação de mecanismos de economia de água], mas a lei nunca foi regulamentada. É uma cobrança que devia se fazer do poder público.” (CBN Curitiba)

Você viu? A busca por um cachorro desaparecido num acidente de carro em Curitiba mobilizou as redes sociais — e rolou até mutirão de buscas. “Nos emocionamos muito ao ver as pessoas nos recebendo em uma cidade que não é a nossa”, disse um dos donos do animalzinho, que mora em São Paulo. Boa nova: Caju foi encontrado neste sábado. (Época e Tribuna do Paraná)
 

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4. Meu pé de mexerica 🌳 

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A casa de madeira no Boa Vista, com o pé carregado de mimosas (ou seriam mexericas? Ou ainda, bergamotas?), foi clicada pelo Fotografando Curitiba. É no inverno que elas deixam os quintais da cidade salpicados de laranja.
 

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5. Pra terminar: em bom curitibanês

O Brasil inteiro fala no Salgueiro / Mangueira, Estácio de Sá / Mas ninguém sabe que a vila é / O bom do samba no Paraná […] Se você é sambista de verdade / Abandona a cidade / E vai lá pra vila mostrar

Este samba legitimamente curitibano, chamado “Deixa o moço falar”, é do icônico Maé da Cuíca, precursor do gênero na cidade e autor do primeiro samba-enredo da capital.

Maé era morador da Vila Tassi, uma antiga vila de operários e ferroviários próxima ao Viaduto Colorado. Lá nos anos 1940, o sambista incentivou os moradores a cruzar a linha ferroviária e ir pular o Carnaval no centro, desafiando o racismo e o preconceito da sociedade curitibana da época. (Folha de Londrina)

Parte da obra de Maé da Cuíca foi reunida num álbum lançado nesta semana, que pode ser ouvido no Spotify. O Samba do Sindicatis vai fazer uma live todo sábado em seu canal no YouTube, até meados de setembro, como parte do lançamento. (Plural)

Uma semana cheia de samba a você!
 

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🚩 Uma loja que marcou época

🚩 Uma loja que marcou época

E chegou agosto!

Nesta primeira edição do mês, trazemos mais uma coluna O Expresso da História, além daquele velho apanhado sobre a pandemia e um encerramento poético, de um escritor radicado em Curitiba que faria cem anos neste 2020. Algum palpite?

Como sempre, obrigada a nossos novos apoiadores Luana Caroline Nascimento e Natan Streppel! Se você também gosta do nosso trabalho, dê uma olhada em oexpresso.curitiba.br/apoie e contribua para essa discussão sobre a cidade.

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9 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 11 de agosto

1. Quatro fatos sobre o coronavírus em Curitiba

Seremos breves na tradicional nota sobre a pandemia do coronavírus — cujos números, como sempre, estão publicados no nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Até esta segunda (3), eram 598 mortes e quase 21 mil casos confirmados.

Vamos em tópicos:

1 São sete os bairros campeões em casos de coronavírus em Curitiba: Batel, São Francisco, Alto da Glória, Alto da XV, Mossunguê, Hauer e Campo de Santana. Veja o mapa completo aqui.

2 Já se falarmos de mortes, o cenário é outro: os óbitos têm se concentrado em bairros como CIC, Cajuru, Boqueirão e Sítio Cercado, conforme mostra este mapa.

3 A letalidade do vírus em Curitiba, falando nisso, varia muito conforme a faixa etária: é quase nula até os 30 anos, começa a aumentar a partir daí e sobe exponencialmente após os 45 anos, chegando a 28% entre os infectados com mais de 80 anos. (Plural)

4 Por fim, vale dar uma lida nesta reportagem: desde a eclosão da epidemia na cidade, as mortes de negros em Curitiba aumentaram 65% em comparação a 2019; já as de brancos, apenas 1%. Mais um indicativo de como a epidemia pode estar afetando as populações da cidade de formas bastante diferentes — e desiguais. (Plural)

Curtas pandêmicas:

  • A prefeitura anunciou nesta segunda (3) um pacote econômico contra a pandemia. Tem liberação de alvará para empreendedores, garantia a empréstimos, suspensão de parcelas da Cohab e apoio a artistas. A oposição criticou o atraso da iniciativa, e acusou o programa de ser tímido e eleitoreiro. (Prefeitura e Bem Paraná)
  • Na semana que passou, a prefeitura chegou a confiscar anestésicos de distribuidoras e clínicas particulares, para atender às necessidades do SUS durante a pandemia. O medicamento está em falta no Paraná, e a apreensão está prevista em decreto municipal. (Plural e Banda B)
  • Serviço: ainda tem vacina da gripe de graça, para toda a população, nos postos de saúde de Curitiba. Clique aqui para ver quais postos estão abertos.
  • Pra finalizar, da série “notícias pra aquecer o coração”: alunos de uma creche pública do Alto Boqueirão receberam o “chá da saudade” e o “cheirinho do afeto” (uma almofadinha aromática para colocar perto do travesseiro) dos professores, para manter o vínculo em tempos de pandemia. (Prefeitura)
     

2. Expresso da História: uma potência varejista

Abrimos espaço novamente para nosso colaborador Diego Antonelli, que apresenta a história de algumas das marcas e empresas mais icônicas de Curitiba. Nesta 7a. edição do Expresso da História, ele fala de uma potência varejista nascida na rua Barão do Rio Branco, e que marcou época em Curitiba e no Brasil: as Lojas HM

🧉 Gaúcho de Rio Pardo, Hermes Macedo desembarcou em Curitiba em 1932. Aos 18 anos, ele deu o pontapé inicial no que seria uma das maiores redes de varejo que já existiu no Brasil. 

Os primórdios: a toda-poderosa HM começou sua história em 1932, com a fundação da Agência Macedo, especializada no comércio de peças para automóveis e caminhões. A sociedade de Hermes Macedo e de seu irmão Astrogildo publicava anúncios nos jornais de Curitiba e região, para comprar automóveis e caminhões usados. 

🚛 “Os veículos adquiridos eram desmontados, e suas peças, revendidas em um mercado que tinha dificuldades em importar itens de reposição para uma frota crescente”, informa pesquisa de Itanel Quadros, da UFPR.

💰 O empreendimento deu certo. Em 1944, os irmãos adquiriram um amplo imóvel na rua Barão do Rio Branco, antes ocupado pelas Indústrias Matarazzo. Ali funcionou por muitos anos a matriz das lojas Hermes Macedo — que passaram a comercializar artigos variados, como louças, liquidificadores, rádios e máquinas de lavar roupa e de costura. 

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O sucesso foi nacional. Na década de 1980, a HM chegou a ser a segunda maior rede varejista do Brasil, segundo o ranking Maiores e Melhores, da revista Exame. Eram quase 3 mil funcionários, em 285 lojas nas regiões Sul e Sudeste. Em São Paulo, a empresa ocupava um prédio de dez andares. O grupo também investiu em empresas de crédito, propaganda, concessionárias e centros automotivos.

🎅 Para muitos curitibanos, uma das lembranças mais marcantes das Lojas HM era a decoração de Natal, um verdadeiro evento de fim de ano. O hábito se repetia em outras lojas da HM pelo país. (Gazeta do Povo)  

O fim: a decadência da Hermes Macedo S.A. teve início na década de 1990, sob uma conjuntura econômica desfavorável, agravada com a edição do Plano Collor e a disputa familiar pelo comando do grupo — o fundador faleceu em 1993. Em 1995, a HM fez um acordo com as Lojas Colombo, cedendo seu estoque de mercadorias, instalações e funcionários. A falência definitiva foi decretada em 1997. (Folha de Londrina)

Confira as outras colunas do Expresso da História:

3. Curtas da semana 

Para ler: qualificado como “um tesouro escondido da literatura nacional” e construído a partir de uma engenhosa ‘colagem’ de fragmentos históricos, o livro “Mez da Grippe”, de Valêncio Xavier, ganhou nova edição neste mês. Esgotado, ele chegou a custar R$ 300 em sebos. O tema: a gripe espanhola em Curitiba. (O Globo, Plural e Folha de S.Paulo)

Água rara: a Sanepar informou nesta semana que estuda endurecer o rodízio de água em Curitiba e região. A estiagem que atinge o Paraná continua braba, e há reservatórios com apenas 11% da capacidade, como mostra esta foto do repórter fotográfico Franklin de Freitas. (Tribuna do Paraná e Bem Paraná)

Para aguardardevem começar nesta semana as obras do Ligeirão entre a Praça do Japão e o terminal Pinheirinho. O ligeirão é aquele ônibus biarticulado que vai direto de um ponto a outro, ultrapassando os veículos parados nas estações-tubo pelo caminho. Uma das poucas novidades recentes no sistema de transporte de Curitiba, a obra é uma promessa antiga, mas o difícil foi arranjar dinheiro. (CBN Curitiba)

 

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4. Três mosqueteiros

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O clique desses prédios icônicos ali no Alto da XV é da nossa leitora Catarina Scortecci.

Bola fora: na última edição, atribuímos erroneamente essa projeção na lateral do Guaíra a uma ação de funcionários do teatro. Era, na verdade, uma projeção de um grupo de amigos para promover a biografia de Barcímio Sicupira, ícone do futebol curitibano e artilheiro do  Athletico, que será lançada em breve pelo jornalista Sandro Moser. Agora, sim, é gol!

 

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5. Pra terminar: em bom curitibanês

Nasço todos os dias, manhã cedo […] Canto, e este cantar é renovar-me / E para além de tudo, tudo o mais / Não tenho tempo pra ter idade

As aspas de hoje são de um português que, no fim da vida, fincou raízes em Curitiba: o poeta e escritor Sidónio Muralha. Neste ano, Muralha, que é conhecido principalmente por sua produção de literatura infantil, faria cem anos de vida. (Cândido)

Esse trecho que escolhemos faz parte do poema “As razões”, que está disponível aqui, no canal do Youtube da Biblioteca Pública. O Plural fez uma entrevista com a viúva do escritor, que vive em Curitiba e mantém a fundação com o seu nome. (Plural)

Que nasçamos a cada dia, assim como o poeta!

Uma ótima semana pra você 🙂

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⚠ O novo epicentro é na periferia

⚠ O novo epicentro é na periferia

Bom dia! Mais uma terça-feira deste ano que parece infinito.

O Expresso de hoje fala um pouco sobre a promessa do 5G em Curitiba, do novo epicentro da COVID na cidade e, também, do livro Presença Negra em Curitiba.

Um obrigado especial ao nosso novo apoiador Rodrigo Romano! Não esquece de conferir nossos planos em oexpresso.curitiba.br/apoie e ajudar a manter o nosso trabalho de todas as terças.

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Nosso próximo encontro:
Terça, 4 de agosto

1. 5G em Curitiba

Essa é para os entusiastas da tecnologia: desde a última sexta (24), já dá para experimentar a tecnologia 5G em Curitiba

Mas… em uma única operadora, só em alguns bairros, apenas em uma frequência teste e só se você tiver o único aparelho celular que oferece a tecnologia no Brasil, ao custo mínimo de R$ 5 mil. 😕

Está tudo explicadinho nessa reportagem: o 5G é uma oferta da operadora Vivo, disponível para as áreas “entre o Centro Cívico e o Alto da Glória e entre o Batel e o Água Verde”. Bem pouquinho, né? (Gazeta do Povo)

É que o leilão oficial do 5G no Brasil só acontece em 2021. Por enquanto, algumas operadoras estão usando frequências vagas no 3G e 4G para testar a nova tecnologia, que promete uma internet móvel bem mais veloz e estável.

A velocidade é até 12 vezes maior que a do 4G, o que deve enfim viabilizar a internet das coisas, com a conexão em massa de sensores que permitem automação de tarefas e a tão sonhada cidade inteligente.

A saber: aqui em Curitiba, a prefeitura simplificou no ano passado, por decreto, o processo para instalar antenas de telefonia na cidade. As que ficam em topos de prédios, por exemplo, não vão mais precisar de licenciamento.
 

2. O novo epicentro da COVID em Curitiba

A curva de novos casos e mortes pelo coronavírus em Curitiba continua subindo, como mostram os registros diários do nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Até esta segunda (27), eram 480 mortes mais de 17 mil casos confirmados.

Na semana que passou, o que mais chamou a nossa atenção foi a explosão de casos no Tatuquara: a regional, que engloba os bairros do Tatuquara, Caximba e Campo de Santana, passou a região central e é a que mais tem casos de COVID por 100 mil habitantes. (Tribuna do Paraná)

A COVID por regional: quanto mais escura a cor, maior a concentração de casos confirmados. Veja o mapa completo aqui.


A secretaria da Saúde de Curitiba atribui a explosão de casos no local principalmente à falta de distanciamento social e uso de máscara“Fui no Tatuquara e fiquei assustada. O que tinha de gente andando sem máscara é assustador”disse a secretária Márcia Huçulak.

Mas vale lembrar: segundo o Mapa da Vulnerabilidade da Plataforma PR Contra Covid, de um grupo independente de pesquisadores, a região é um dos setores de alto risco para a COVID em Curitiba, principalmente em função de baixos índices de saneamento (apenas 66% das residências têm acesso a esgoto tratado) e do elevado percentual de idosos (6,2% da população).

A prefeitura inaugurou novos leitos clínicos na região, para tentar desafogar o atendimento a casos suspeitos de COVID.

Ainda sobre o corona:

  • Em novo decreto, a prefeitura de Curitiba proibiu o funcionamento de mercados no domingo, que teriam virado o novo shopping do curitibano. Alguns supermercados foram à Justiça contra a medida, sem sucesso por ora. (CBN Curitiba e Plural)
  • Vão começar na semana que vem os testes da vacina chinesa contra o coronavírus no HC. Quem é profissional de saúde ainda pode se inscrever como voluntário para a pesquisa. (UFPR)
  • Artesãos do Largo da Ordem protestaram pelo retorno da tradicional feirinha aos domingos. Algumas das queixas: “Tem feira acontecendo durante a semana, por que não a nossa?” “Não é possível abrir shoppings, academias e não permitirem a feira.” A prefeitura diz que a feira não é atividade essencial e, por isso, não pode funcionar aos fins de semana. (Banda B e CBN Curitiba)

 

3. (Bem) Curtas da semana 

Universidades em crise: o reitor da Universidade Positivo, José Pio Martins, concedeu uma importante entrevista ao Plural sobre as recentes demissões na instituição. Neste fim de semana, teve novo protesto por lá. Não é a única universidade que sofre em tempos de quarentena: um aluno de Medicina da PUCPR conseguiu na Justiça reduzir pela metade o valor da mensalidade, enquanto durarem as aulas remotas. (Plural e Contraponto)

Polenta expressa: essa é pra matar as saudades. O tradicional restaurante Madalosso, de Santa Felicidade, lançou um drive-thru de polenta e asinha de frango. Neste fim de semana, também entraram no cardápio porções de lasanha na manteiga e risoto. (Tribuna do Paraná)
 

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4. Vidas em projeção


 

Essa é a última semana pra conferir, na lateral deste querido teatro curitibano, projeções de filmes, balés e concertos. A iniciativa foi de funcionários do Teatro Guaíra, para “acolher os trabalhadores que passam por ali ao retornar para casa”. As projeções começam sempre às 18h30, e vão até o dia 31. O flagra é de Heros Schwinden.


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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Eu não sou polaco lá da Barreirinha / Sou crioulo forte da periferia / Eu acendi vela e lampião, luz pra Nossa Senhora / E na fundação miscigenada da vila / Amassei o barro lá nas Olarias”

A letra aí em cima é do poeta curitibano Adegmar da Silvao Candiero, que reivindica neste “Batuque Curitibano” a presença negra na nossa tão falada “capital europeia” — uma falácia muito mais publicitária do que real.

O depoimento dele e de outros negros curitibanos está no recém-lançado Presença Negra em Curitiba, livro que reúne fotos e textos sobre a fundamental participação dos negros na vida intelectual, cultural e cotidiana da nossa cidade. É o compilado da exposição de mesmo nome, organizada pela Fundação Cultural de Curitiba entre 2018 e 2019.

Esse material valiosíssimo pode ser acessado na íntegra aqui.

Falando nisso: o Instituto Legado, aqui da terrinha, oferece bolsas de MBA para mulheres negras. Interessadas podem se candidatar até o dia 16 de agosto, neste link.
 

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🦠As várias Curitibas que um vírus expõe

🦠As várias Curitibas que um vírus expõe

Bom dia!

Pedimos licença mais uma vez na sua caixa de entrada, pra falar das várias Curitibas que o coronavírus ajuda a mostrar, de mulheres na ciência e do sentimento de curitibanos à deriva em meio a este isolamento.

Como sempre, agradecemos os novos apoiadores da semana: Alcinei Nery e Diego Antonelli ❤️ Se você é fã do Expresso e também quer contribuir para nosso debate sobre a cidade, acesse nossos planos em oexpresso.curitiba.br/apoie.

E fica o pedido de sempre: compartilhe O Expresso utilizando os links abaixo:

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Nosso próximo encontro:
Terça, 28 de julho

1. Mulheres da ciência

Lembra daquele livro de passatempos sobre mulheres cientistas e o coronavírus, feito por um grupo de professoras e alunas da UFPR? Falamos dele algumas edições atrás, mas o assunto é tão legal que voltamos a ele.

📙 Pra quem não sabe, o livro tem jogos de palavras-cruzadas e caça-palavras com temas como vírus, quarentena e Fiocruz — além de desenhos para colorir que representam mulheres como as cientistas brasileiras Jaqueline Goes e Ester Sabino, responsáveis por sequenciar o genoma do novo coronavírus.

🏅 O sucesso levou o grupo a começar uma série de quebra-cabeças das mulheres do Nobel — um dos maiores prêmios concedidos a cientistas, mas que ainda tem baixíssima representatividade feminina.

“Queremos suscitar reflexões sobre os obstáculos enfrentados por nós para conquistarmos espaços sociais importantes. É fundamental o reconhecimento mais profundo sobre as histórias dessas mulheres, no sentido de ampliarmos o nosso repertório sobre grandes feitos femininos e valorizarmos aquelas que abriram caminhos para as gerações futuras”, afirmou Camila Silveira da Silva, professora do departamento de Química da UFPR, na apresentação do projeto.

A primeira perfilada é a icônica Marie Curie. O quebra-cabeça está aqui.

A propósito: a coordenadora dos testes da vacina contra o coronavírus no HC de Curitiba, aliás, é uma mulher: a professora e médica Sonia Raboni. (Gazeta do Povo)
 

2. O V do vírus

A pandemia do coronavírus (que, aliás, já fez quase 14 mil infectados e 369 mortes por aqui) chama a atenção para as várias Curitibas que existem na nossa cidade.

Já falamos aqui n’O Expresso dos bairros com mais casos do vírus e os que concentram as mortes pela doença. E, na semana passada, comentamos brevemente que a epidemia tem se deslocado do centro para a periferia da cidade, segundo esse estudo de um grupo independente de pesquisadores. (Instituto Democracia Popular)

Nesta semana, conversamos com uma das integrantes do grupo, Maria Carolina Maziviero, professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPR. E também achamos novos dados públicos: o de testes feitos nas unidades de saúde de Curitiba.

Maziviero comenta que as regiões mais vulneráveis ao vírus formam um “V da pobreza” no mapa de Curitiba. “São áreas em que as pessoas estão em maior insegurança social e, provavelmente, têm mais chance de óbito.” Dá pra ver bem o tal V na imagem abaixo:

Este mapa mostra o percentual de testes positivos para o coronavírus realizados nas unidades de saúde, por bairro. Clique aqui para ver o mapa completo.


Não por acaso, os postos de saúde com maior positividade estão na região da CICBairro Novo e Pinheirinho, com até 69% de testes positivos, segundo o último boletim epidemiológico da prefeitura. Ainda dá para ver um grande percentual de positivos em outras franjas da cidade, na região norte. 

O ‘V da pobreza’ também aparece quando analisamos os óbitos pelo coronavírus na cidade, que se concentram em bairros da região sul, como CIC, Sítio Cercado e Xaxim.

“Essas áreas são mais propícias à dispersão do vírus. Nosso objetivo com essa análise é dar subsídios ao poder público para atuar”, afirmou Maziviero. A plataforma dos pesquisadores é atualizada constantemente com novos estudos e mapas — assim como o nosso velho conhecido Monitor COVID-19 Curitiba, feito pela gente d’O Expresso.

Falando nisso:

  • Lembram da nossa reflexão sobre a mobilidade na Curitiba pós-epidemia? Pois a prefeitura está prometendo ampliar ciclofaixas e áreas exclusivas para pedestres, tal como fez no Mercado Municipal. Outras prefeituras brasileiras também estão apostando nas ciclovias como legado da pandemia. (CBN Curitiba, Banda B e Folha de S.Paulo)
  • Serviço: um aplicativo desenvolvido pelo governo do Paraná mostra quais os horários de menor movimento nos supermercados. (Tribuna do Paraná)
  • Sabe a tão falada subnotificação dos casos de COVID? Pois a secretaria da Saúde estima que mais de 50 mil pessoas já tenham sido infectadas pelo novo coronavírus em Curitiba. (CBN Curitiba)

 

3. Curtas da semana

Eleições à vista: sabia que já existem pelo menos 20 pré-candidatos à prefeitura de Curitiba? Neste ano, aliás, a votação vai ser um pouco mais tarde: o primeiro turno ficou para o dia 15/11, e o segundo, 29/11. (Tribuna do Paraná e Nexo)

Cobertor curto: o prometido fundo de R$ 10 milhões para incentivar startups de Curitiba só tem previsão de receber R$ 3,5 milhões neste ano por ora — e, mesmo assim, nenhum tostão ainda está disponível. (Plural) 

Por outro lado: uma iniciativa de empresários locais abriu um edital para apoiar 100 negócios inovadores de Curitiba com R$ 450 mil em subsídios, como espaço físico, horas de formação e consultoria. As inscrições vão até outubro. (Reviravolta Local)


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4. Torneiras fechadas

Em tempos de estiagem, um registro das únicas torneiras da cidade que têm permissão de ficarem constantemente abertas. É de uma das obras de Poty Lazzarotto, ali na Caixa D’Água do Alto da XV.

Aliás, é bom reforçar que, em entrevista recente, um diretor da Sanepar disse que as chuvas devem continuar abaixo da média no Paraná até o fim do ano — e, por causa disso, é possível que o rodízio no abastecimento de Curitiba persista por mais alguns meses. (CBN Curitiba)


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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Aqui e agora, no Centro de Curitiba, me sinto um capitão à deriva. […] Lá embaixo, a cidade é um oceano adormecido, falsamente pacífico. Poucas ondas, muitos náufragos.”

Encerramos a edição de hoje com um trecho (que julgamos apropriado ao momento) da obra do escritor curitibano Luís Henrique Pellanda, retirado do livro “Detetive à deriva”

A inspiração para as 68 crônicas da coletânea é a nossa cidade de Curitiba, com temas tão diversos quanto “uma família de urubus nas alturas de um prédio e um par de botas abandonado”.

A leitura vale um passeio pela cidade e seus cenários — afinal, já que não dá para sair de casa, ao menos visitemos Curitiba com a ajuda da literatura. 📚
 

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🔮 Como será o amanhã em Curitiba?

🔮 Como será o amanhã em Curitiba?

Buenas!

O Expresso de hoje vem mais curtinho, com apenas quatro notas e muita reflexão sobre como será a nossa Curitiba pós-pandemia. Também tem uma cena inusitada da cidade e uma homenagem a um ícone da música curitibana. Quem será? Dá uma olhada aí embaixo.

Um obrigada especial à nossa nova apoiadora Maria Gabriela Telles Fontinelli! Se você é fã do Expresso e também quer contribuir com esta newsletter, dê uma olhada em nossos planos no oexpresso.curitiba.br/apoie.

Não esqueça de compartilhar O Expresso com o vizinho ou o colega de trabalho 😊 É só utilizar os links abaixo:

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Nosso próximo encontro:
Terça, 21 de julho

1. Universidades em ebulição 👨‍🎓

A pandemia do novo coronavírus afetou a vida de todo mundo — e teve um especial impacto na vida universitária de Curitiba, em especial em algumas instituições privadas. 

💲 Depois de serem adquiridas em transações milionárias no fim do ano passado, a Unicuritiba e a Universidade Positivo agora enfrentam um momento delicado, com demissões de professores e até, em uma das instituições, tentativas de diminuir a carga horária nos cursos de graduação. (Contraponto e Tribuna do Paraná)

Na Unicuritiba, os professores votaram um indicativo de greve contra a tentativa de mudança na matriz curricular e a redução de horas-aula. Os estudantes, em paralelo, conseguiram uma decisão judicial que impede as mudanças pretendidas pela nova administração. (Plural e RPC)

Na UP, houve protesto de alunos e buzinaço contra as demissões, que, segundo a universidade, são “parte de um movimento acadêmico”. Com as aulas em modo remoto desde o início do ano, houve alunos que até conseguiram na Justiça um abatimento nas mensalidades, até o retorno das aulas presenciais. (Plural e Contraponto)

Como bem resume esta reportagem, as demissões e reestruturações nessas e em outras universidades da cidade parecem ser fruto da ascensão do ensino a distância — que, somada a uma crise sem igual, à queda de alunos e às recentes movimentações do mercado, forçou o corte de custos. (Contraponto)

👩‍🏫 Enquanto isso, nas universidades públicas, o calendário letivo foi retomado com aulas a distância e opcionais em algumas instituições, como a UFPR. Na UTFPR, a encrenca foi com a eleição online para escolha do novo reitor, que chegou a ser suspensa por problemas na criptografia dos votos. Na semana passada, enfim, o candidato de oposição foi declarado vencedor. (Gazeta do Povo, Bem Paraná, Jornale e Plural)

🗣️ E você, caro leitor? Estuda ou trabalha em alguma dessas universidades? Como sua rotina e a qualidade do seu ensino têm sido afetadas pela pandemia? Escreve pra nós no oi@oexpresso.curitiba.br

 

2. Como será o amanhã? 🛤️

Nesta semana, Curitiba bateu a triste marca de 10 mil casos de infectados pelo novo coronavírus e 267 mortes

🔮 As notícias são ruins, os números crescentes (como registra diariamente o nosso Monitor COVID-19 Curitiba) — mas gostaríamos de mudar um pouco o tom do boletim de hoje pra falarmos sobre como será a cidade pós-pandêmica.

Encontramos há uns dias esse interessante depoimento (em inglês) de um curitibano que estava de passagem pela cidade natal, em plena pandemia: de sua janela, Sergio Avelleda viu canaletas repletas de ciclistas e pedestres, e propôs uma nova forma de pensar a cidade. (The City Fix)

Avelleda, que é diretor de mobilidade urbana do WRI Ross Center for Sustainable Cities, diz que a profusão de pedestres e ciclistas por onde antes circulavam apenas os biarticulados é um indicativo de que a cidade precisa mudar — e que as pessoas “precisam de espaço para uma mobilidade mais segura, limpa e democrática”.

🌎 Ele cita cidades como Paris, Milão e Londres, que já propuseram planos de mobilidade pós-COVID, com incentivos ao uso de bicicletas como modal de transporte e mais espaço para o pedestre. (CityLab, The Guardian e Traffic Technology)

Em Curitiba, uma nota técnica de pesquisadores da UFPR já defendeu mais investimentos em ciclovias no pós-pandemia. (Instituto Democracia Popular) E você, leitor: o que gostaria de ver na nossa cidade? Conte para nós no oi@oexpresso.curitiba.br!

E as últimas do coronavírus em Curitiba:

  • Lembram do nosso mapa com os bairros com mais vítimas do coronavírus? Pois um grupo de pesquisadores de Curitiba também constatou que a epidemia tem se deslocado do centro para a periferia da cidade. (Instituto Democracia Popular)
     
  • chefe de uma UTI lotada de vítimas do coronavírus fez um desabafo à Tribuna do Paraná: é um relato incisivo e triste sobre o perigo do vírus. Vale a leitura.
     
  • A taxa de ocupação das UTIs exclusivas para COVID em Curitiba, aliás, é crescente: bateu em 91% nesta semana. (Gazeta do Povo)
     

3. Onde está Wally?

A quarentena, quem diria, também proporciona encantamento: o nosso leitor Marcelo Ribas, morador do Cristo Rei, começou a reparar que, todo fim de tarde, um pica-pau faz morada na araucária bem em frente à sua janela, e canta por cinco minutos ❤️

Procure e ache, na foto acima, o pica-pau (tirada de um celular a uma distância razoável). Pra quem se interessar, dá pra ouvir o canto dele aqui

E você, leitor, também recebe algum visitante alado por aí? Conta pra gente 😉


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4. Pra terminar: em bom curitibanês

“Quando me lembro / Do cheiro do mato / Da beira da estrada / De comer pinhão / Lembro do amor / De uma árvore / Sem esperar pra ver nascer a flor”

Em homenagem ao Dia Mundial do Rock, celebrado nesta segunda-feira (13), recordamos um rock bem curitibano, “Cheiro de Mato”, composto por Paulo Leminski e Ivo Rodrigues — e eternizado pela Blindagem, “a banda de rock curitibana por excelência”.

A parceria e a amizade entre essas duas lendas curitibanas começou na década de 1970, na “casa branca das Mercês” que servia de residência coletiva para a banda. Mais tarde, Leminski se referiria ao grupo como “uma banda de gatos brabos do terreno baldio daqui […] gente guitarreira, zoenta, punk, jóia de repertório”.

A história está toda contadinha aqui, num texto de João Cândido Martins em memória de Ivo Rodrigues, falecido em 2010, e publicada no site da Câmara Municipal.
 

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😷 Os bairros em que a COVID-19 faz mais vítimas

😷 Os bairros em que a COVID-19 faz mais vítimas

Bom dia com mais um Expresso — este, sem cheirinho de café, infelizmente 😉

Na edição de hoje, fazemos uma análise sobre onde estão as mortes pelo coronavírus em Curitiba. Mas também trazemos notícias sobre literatura, estiagem, ciência e árvores (pra não dizer que não falamos de flores 🌸).

Pra finalizar, um muito obrigado ao nosso mais novo apoiador, Felipe Gollnick! Você também pode contribuir com o nosso jornalismo e fortalecer a discussão sobre a cidade aderindo a um de nossos planos no oexpresso.curitiba.br/apoie.

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Nosso próximo encontro:
Terça, 14 de julho

1. Um vírus que mata mais na periferia?

Nesta edição, voltamos à nossa análise geográfica da epidemia do coronavírus em Curitiba. Só pra lembrar, esses são os últimos números da situação na cidade, divulgados nesta segunda (6) e sempre atualizados no nosso Monitor COVID-19 Curitiba:

  • 7.530 casos confirmados (um aumento de quase 60% em apenas uma semana); e
  • 195 mortes.

🗺️ Loucos por mapas que somos, nós d’O Expresso fuçamos os últimos balanços da secretaria da Saúde para trazer alguns dados sobre onde o coronavírus mata mais em CuritibaSpoiler: não é na região central, onde está a maioria dos casos confirmados.

A partir de um mapa divulgado pela prefeitura na última sexta (3), conseguimos localizar as mortes por bairro causadas pelo coronavírus, com base no endereço de residência da vítima. Foram 166 óbitos mapeados (de um total de 172 naquele dia, ou seja, a grande maioria). Vejam no que deu:
 

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O bairro com mais mortes, em números absolutos, é a CIC, seguida por Sítio Cercado, Xaxim e Pinheirinho. Consulte o mapa completo aqui.


Como deu pra ver, as mortes por coronavírus estão concentradas na região sul da cidade, bem longe do epicentro de casos confirmados até aqui: a zona central. 

Se formos analisar por regionais, cujos dados são divulgados mais abertamente pela prefeitura, a discrepância se mantém: enquanto a incidência do coronavírus é maior nas regionais Matriz, Bairro Novo e Santa Felicidade, a letalidade da doença (ou seja, o percentual de infectados que acabam morrendo) é maior nas regionais do Boqueirão, Boa Vista e Pinheirinho — três regiões que, curiosamente, estão entre as com menos casos confirmados. 

👉 Está tudo ali nos mapas que colocamos no Monitor COVID-19 Curitiba.

O que isso quer dizer? Há muitas conclusões possíveis. Eis algumas hipóteses:

  • Mais testes são realizados na região central, e por isso a letalidade lá apenas aparenta ser menor (ou seja, pode haver uma subnotificação de casos nas demais regionais, o que acaba aumentando o índice de letalidade nesses locais);
  • Está faltando assistência às populações longe da região central;
  • demora ao procurar (ou conseguir acessar) os serviços de saúde nas regionais mais atingidas pode estar contribuindo para aumentar a letalidade. Quem deixa para buscar atendimento médico quando os sintomas já estão severos pode ter menos chances de sobrevivência.

🗣️ O que você acha, leitor? Há desigualdade regional no combate à COVID-19 em Curitiba? A que se devem essas disparidades? Escreva para nós respondendo a este e-mail.

E as últimas do coronavírus:


 

2. Chove, chuva ⛈️

A tempestade da semana passada, com ventos de até 100 km/h aqui na capital, assustou muita gente — mas não representou alívio na estiagem histórica que vivemos.

De acordo com os dados das estações pluviométricas de Curitiba, choveu só 19mm na tempestade da última terça (30), aquela que arrancou telhado e até janela dos prédios da cidade, e 15 mm no dia anterior. (Tribuna do Paraná)

Ou seja: como explica esta reportagem, as chuvas continuam abaixo da média histórica para o período. Os níveis dos principais reservatórios da região de Curitiba permanecem baixos, com capacidade entre 16% e 38%. (Plural)

⛈️ A previsão é que só volte a chover significativamente na região de Curitiba com a chegada do verão, no final do ano. Até lá, o rodízio no abastecimento e a economia no consumo de água devem continuar.

Um serviço: pra saber se sua casa deve ficar sem água nos próximos dias, dá uma olhada nesse mapa da Sanepar. Você pode consultar por endereço ou por região da cidade. Aliás, dá pra ver que a cidade inteirinha, somando a região metropolitana, está passando por cortes no abastecimento de água em função da estiagem.

🚰 Se você é um dos que estão insatisfeitos com o serviço da Sanepar, saiba que um novo marco regulatório do saneamento, aprovado no mês passado no Congresso, deve estimular a concorrência no setor e forçar a empresa a cumprir metas para universalizar água e esgoto tratados no Paraná. (Gazeta do Povo)

  • prepare o guarda-chuvamais um temporal deve atingir Curitiba entre esta terça (7) e quarta-feira (8). A boa notícia: não tão intenso quanto o da semana passada. (Tribuna do Paraná)

 

3. Curtas da semana 

Loco de joia: vejam só que ideia bacana em tempos de isolamento: um grupo de professoras da UFPR lançou um livro de passatempos sobre mulheres cientistas e o coronavírus. Há jogos de palavras-cruzadas e caça-palavras com temas como Fiocruz, álcool em gel e quarentena — além de desenhos para colorir, que representam mulheres como as brasileiras Jaqueline Goes e Ester Sabino, responsáveis por sequenciar o genoma do novo coronavírus. O livro é gratuito e está disponível aqui. (UOL)

Guaíra em casa: o mais tradicional teatro de Curitiba lançou nesta semana a página #GuaíraemCasa, que reúne vídeos de concertos, espetáculos de comédia e até aulas de balé online e abertas ao público. É mais uma iniciativa da cidade em que a internet virou palco. (CBN Curitiba e Gazeta do Povo)

Para abraçar: uma designer de Curitiba cria bonecos de pano com a cara de seus ídolos ou de quem você ama. Bom para combater aquela saudade braba dos mais de cem dias de distanciamento. (Zelig Digital)
 

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4. A céu aberto

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A quem interessar, ainda há tempo de observar as belas flores desta paineira curitibana, que tem cerca de 300 anos de idade e quase 35 metros de altura. O clique é do Fotografando Curitiba.

A árvore é uma das sete da cidade tombadas pelo patrimônio histórico. É tão alta, e está tão isolada de qualquer vegetação, que tem para-raios instalados em sua copa. (Gazeta do Povo)

Ela fica na praça General Werner Gross, no Bom Retiro. As flores desabrocham no outono.


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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Curitiba é minha pele. Não consigo me imaginar fora daqui: eu sempre brinco dizendo que é a cidade perfeita para quem escreve, porque não há nada a fazer.”

A frase de hoje é do escritor Cristóvão Tezza, catarinense de nascença, mas um dos nomes que mais representa Curitiba pelo Brasil e mundo afora — e que soube captar, com alguma galhofa, o espírito dessas terras de muito pinhão.

Tezza acaba de lançar seu novo romance, “A tensão superficial do tempo”. A obra, junto com seus dois últimos romances, forma uma espécie de “trilogia da tragédia brasileira contemporânea”, segundo esta reportagem recente do jornal O Globo, para o qual o autor concedeu entrevista.
 

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💻 Startups, coronavirus e lockdown

💻 Startups, coronavirus e lockdown

Olá!

Mais uma edição d’O Expresso chegando para você! Hoje, enquanto tentamos nos esquentar nesse frio com uma coberta no colo, falamos um pouco sobre coronavírus em Curitiba e, também, sobre nossa cidade como um dos ecossistemas de startups em destaque no mundo.

Não esqueça que você pode ajudar O Expresso a se fortalecer. É só acessar oexpresso.curitiba.br/apoie e assinar um dos nossos planos. Você apoia o jornalismo local e recebe benefícios.

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Nosso próximo encontro:
Terça, 07 de junho

1. Jovens nada saudáveis

Na semana que passou, infelizmente, continuamos a ver novos picos nos casos de coronavírus em Curitiba. Abaixo, os últimos números oficiais, como mostramos diariamente no nosso Monitor COVID-19 Curitiba:

  • Estamos chegando a quase 5.000 casos confirmados;
  • 485 casos suspeitos;
  • 145 mortes.

Para sermos breves, três destaques sobre o cenário atual:

1️⃣ Como mostra esta reportagem da revista piauí, o epicentro da pandemia brasileira agora é a região Sul — e Curitiba, em especial, tem sido manchete nacional pelo aumento consistente do número de casos. A secretária municipal da Saúde chegou a vestir uma máscara estampada com a imagem de Nossa Senhora Aparecida numa das últimas lives para informar o status da epidemia: “Só Nossa Senhora pra nos ajudar a partir de agora“. (piauí)

2️⃣ Os casos em curitibanos com idades entre 20 e 49 anos quase dobraram na última semana. Ou seja, apesar de terem poucos sintomas e na maior parte das vezes sobreviverem ao coronavírus sem gravidade, são os jovens que estão espalhando a epidemia por aí: “É a moçada que se reúne […] e transmite o vírus para outras pessoas“, alertou Huçulak. (CBN Curitiba)

3️⃣ Dá uma olhada em como estão os casos ativos de COVID em Curitiba — ou seja, os curitibanos que podem transmitir o vírus aos outros. O salto dos últimos dias assusta. Lembrando que esses são apenas os casos confirmados, sem contar com tantos outros curitibanos que não foram testados ou não apresentaram sintomas…

Mais sobre a pandemia:

  • Será anunciado hoje (terça, dia 30) um decreto do governo estadual instituindo lockdown na regiões mais atingidas pelo coronavírus no Paraná. Uma reunião para definir as medidas estava marcada para esta manhã — e Curitiba deve entrar na lista. (Tribuna do Paraná e Plural) 
  • lockdown, falando nisso, que pra muita gente já deveria ter sido decretado, precisa ter momento certo para entrar em vigor, segundo essa infectologista. Do contrário, cansa a população e não tem efetividade. O prefeito, aliás, descartou adotar a medida em Curitiba, numa entrevista apenas três dias atrás. A ver se a situação mudará. (CBN Curitiba e CNN)
  • E, apesar do agravamento da epidemia em Curitiba, o índice de isolamento social da cidade não mudou: se manteve em 40%. (Plural)
 

2. Pinhão Valley 🌲

Mudando um pouco de assunto: Curitiba foi uma das duas cidades brasileiras a figurarem no Global Startup Ecosystem Report, um relatório anual feito pela organização Startup Genome que aponta os principais centros de inovação do mundo.

Curitiba e seu “Pinhão Valley” aparecem entre os 100 “ecossistemas emergentes”, ao lado de cidades como Santiago do Chile, Praga, Abu Dhabi e Buenos Aires. 

🎖️ A cidade se destacou no quesito ‘performance’, que indica o atual estado de efervescência do ecossistema (tirou nota 7, a segunda melhor em toda a América Latina). Por outro lado, patinou em todos os outros quesitos: ficou com nota 1 em talento, 1 em financiamento e 2 em alcance de mercado.

A outra cidade brasileira a figurar no ranking, claro, é São Paulo, que aparece em 30º lugar no rankings dos principais ecossistemas de startups do mundo.

Para saber mais: o relatório faz uma interessante análise da situação das startups pós-coronavírus, incluindo balanços sobre demissões, queda em investimentos e fluxo de caixa. A íntegra pode ser acessada aqui.

E uma curiosidade: no quesito ‘talento’ do relatório, quanto maior o salário de um engenheiro de software na cidade em questão… pior é a nota do ecossistema. A ideia do Startup Genome é destacar as cidades com maior potencial de investimento — e aí, quanto menor o custo, melhor para o investidor 🤷‍♀️

3. Curtas da semana 

Para ouvir: com as visitas aos hospitais extremamente restritas, o grupo de palhaços da Trupe da Saúde resolveu encontrar outras formas de chegar aos pacientes. O resultado é o primeiro podcast brasileiro feito por palhaços. (BandNews FM)

Para degustar: pinhão na panela de pressão ou sapecado? Para quem acha que essas são as duas únicas maneiras de preparar esta iguaria do sul do país, deve dar uma olhada neste livro com cem receitas doces e salgadas utilizando o pinhão. (Embrapa Florestas)

Para ficar de olho: a prefeitura acaba de lançar o que está chamando de Muralha Digital — câmeras de monitoramento em pontos estratégicos da cidade. Dessa vez, porém, parte das câmeras a serem instaladas até o fim do ano terá reconhecimento facial — uma medida que causa polêmicas sobre privacidade e vigilância em outros locais do mundo. (Prefeitura de Curitiba e Agência Brasil)
 

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4. Lockdown

A cena de hoje é de uma pequena travessa curitibana chamada Monteiro Lobato. Um reflexo da realidade e do que, provavelmente, está por vir nos próximos dias.

E se você tem saudades de caminhar livremente pela cidade, o projeto Toca Cultural organizou uma iniciativa simples para tempos pandêmicos: vídeos de trajetos a pé de Curitiba. Você já pode “caminhar” da Praça Santos Andrade até a Praça Osório e da Praça Rio Iguaçu (conhece essa?) até o Museu Oscar Niemeyer.


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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Hoje me senti mais cidadão, por exercer esse direito [de doar sangue], e mais humano, por doar parte de mim para salvar a vida do próximo.”

Essa frase cheia de significado é do jornalista curitibano João Pedro Schonarth, que na semana passada fez um ato simples, mas que até pouco tempo lhe era proibido: doou sangue.

Schonarth é homossexual e conseguiu doar sangue pela primeira vez em seus 32 anos graças a uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal, que derrubou as restrições do Ministério da Saúde e da Anvisa à doação por “homens que tiveram relações sexuais com outros homens”. 

A história está toda explicadinha nesta reportagem da revista piauí.
 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

🚩Um mapa da economia local de Curitiba

🚩Um mapa da economia local de Curitiba

Passou batido, mas quinta-feira passada (18) foi o aniversário de dois anos d’O Expresso! 🥳 Pra comemorar, a gente traz uma novidade especialmente útil em tempos de pandemia (dá uma olhadinha aí embaixo) — além das atualizações de sempre sobre o coronavírus e de uma nota especial sobre o processo criativo de um artista da cidade.

Ah! Um super obrigado à nossa nova assinante, Gabriela Pinheiro, que também compartilhou com a gente uma cena curiosa que você vê mais abaixo.

E pra você que ainda não contribuiu com a gente, dá uma olhada lá no oexpresso.curitiba.br/apoie. Você apoia o jornalismo local e recebe benefícios.

Não esqueça de compartilhar O Expresso por aí também! É só utilizar os links abaixo:

Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 12 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 30 de junho

1. Um mapa para chamar de nosso

Talvez você não saiba, mas um dos pilares d’O Expresso, presente desde a nossa origem (lá em 2018), sempre foi “valorizar produtos, serviços e a cultura local”.

A pandemia chegou e Curitiba foi agraciada com uma série de iniciativas que buscam divulgar pequenos comércios e fortalecer a economia local. Mas ainda assim sentíamos falta de uma plataforma que pudesse, literalmente, mapear esses negócios locais e conectá-los com quem estivesse a fim de ajudar.

📢 É com muita alegria, então, que lançamos hoje O Expresso Conectaum mapa de negócios locais em que você pode pesquisar estabelecimentos por bairro e categoria — algo especialmente valioso em tempos de pandemia, distanciamento social e produtos entregues em casa.

A base de dados inicial é do projeto Fortalece.CWB (já falamos deles aqui), mas a ideia é ampliar o mapeamento com a sua ajuda: compartilhe o projeto com pequenos produtores, comerciantes e empreendedores da cidade que queiram aparecer no nosso mapa.

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Para acessar, é só clicar aqui ou digitar exp.re/conecta.

Um agradecimento especial ao John Trigueiro (que ajudou muito no mapeamento dos dados) e para a equipe do Blue-Lab da RedHook, que ajudou a pensar na identidade visual e no nome do nosso mapa: Marcos Quinhoneiro Jr., Valdemar Biondo Junior, Nathalia Raio e Kamila Fagundes.

Falando nisso

  • Ippuc está tocando um estudo sobre como os centros de bairro podem impulsionar a economia de Curitiba em tempos de coronavírus. A ideia do órgão é identificar as principais vias de concentração de comércio e serviços pela cidade e realizar intervenções urbanas — implantando calçadões, por exemplo, que garantam o distanciamento social e fomentem a economia local. Algumas das vias em destaque: av. João Gualberto (Matriz), av. Manoel Ribas (Santa Felicidade), av. Brasília (Pinheirinho), av. República Argentina (Portão), rua Bley Zorning (Boqueirão) e rua Izaac Ferreira da Cruz (Bairro Novo). (Prefeitura de Curitiba)
  • Pra finalizar, esta reportagem conta como a pandemia estimulou a criação de serviços de entrega em pequenos comércios e restaurantes de Curitiba, e aborda também as dificuldades de conseguir faturamento nesses tempos bicudos. (Gazeta do Povo)

2. Uma pandemia à solta

Enquanto isso, em Curitiba, os casos de COVID-19 não param de aumentar — como mostramos diariamente em nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Esse era o cenário nesta segunda (22):

  • Passamos dos 3.000 casos confirmados;
  • 423 casos suspeitos;
  • 114 mortes.

📈 Para se ter uma ideia da gravidade, vale a gente olhar para o número de casos ativos na cidade — ou seja, curitibanos que podem transmitir o vírus para outros moradores. Na semana passada, eram 462. Hoje são 1.135 (os índices nunca foram tão altos).

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Acesse o gráfico completo aqui.


Coincidentemente ou não, a escalada do número de casos ativos começou exatamente duas semanas depois da reabertura dos shoppings na capital. (Tribuna do Paraná)

❗ Uma observação rápida sobre os bairros

Você deve ter notado que há duas semanas não falamos sobre o número de casos por bairro na cidade. O motivo é simples: a prefeitura parou de divulgar essas informações, detalhando apenas os casos por regionais. 

Chegamos até a pedir os dados via Lei de Acesso à Informação, mas a resposta levou 15 dias para chegar e, obviamente, veio com números desatualizados. Mas os últimos dados disponíveis, como sempre, estão lá no nosso Monitor COVID-19 Curitiba.

Mais da pandemia: 😷

  • Por que os leitos de enfermaria contra o COVID em Curitiba estão vazios e as UTIs, lotadas? Esta reportagem explica: os curitibanos com sintomas da doença estão demorando a buscar atendimento médico. (Gazeta do Povo)
  • Se você ainda não baixou, o aplicativo Saúde Já Curitiba agora exibe alertas sobre casos confirmados de COVID próximos a você. (Prefeitura de Curitiba)
  • Mais um teste rápido para detecção do vírus: desenvolvido pelo professor Luciano Huergo, da UFPR, consegue apresentar resultados em até 15 minutos a um custo de R$ 10. (Correio do Litoral)
  • Pode abraçar durante a pandemia? Este lar de idosos criou uma alternativa para promover o contato entre familiares e residentes da casa: um túnel do abraço. (Bem Paraná)

3. Curtas da semana 

Cobertor curto: Nesta segunda, foi aprovada a Lei de Diretrizes Orçamentárias de Curitiba para 2021. Entre os destaques da votação, a rejeição de emendas da oposição, que pretendiam ampliar investimentos em assistência social, e mais verba para obras. Segundo o líder do governo, “o cobertor é curto e não dá pra fazer de tudo”. (Plural e Câmara de Curitiba)

Seca sem fim: Mesmo com as chuvas das últimas semanas, a média dos reservatórios da região ainda está abaixo do esperado. E, assim, o rodízio de água proposto pela Sanepar continua. (BandNews FM e RIC Mais)

Dança em casa: O Balé Teatro Guaíra vai oferecer oficinas virtuais de dança em diferentes modalidades. As inscrições estão abertas até o dia 2 de julho. (Agência Estadual de Notícias)
 

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4. Tecnologia de ponta

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Em tempos de isolamento, essa curitibana das Mercês criou um jeito prosaico de receber encomendas: uma cestinha puxada por um fio, direto da sacada. A invenção já existia antes da pandemia, contam os vizinhos, mas veio bem a calhar nos tempos atuais.

O flagra foi da nossa leitora Gabriela Pinheiro, que publicou a cena em seu Instagram e gentilmente cedeu a imagem pra gente.


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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Uma cor altera todas as outras ao redor, como se fosse uma espécie de contágio. É um processo quase meditativo.”

A frase é do artista plástico e designer Gustavo Francesconi — que é catarinense, é verdade, mas radicado em Curitiba, onde mantém seu ateliê, um estúdio de design gráfico e vive em um apê lindo demais

Francesconi foi tema de uma reportagem do jornal O Globo nesta semana, em que comenta um pouco sobre seu processo criativo. Sua matéria-prima, como explica acima, são as cores — e sua obra “cria um universo hipnótico, com traços do pop, em um clima psicodélico”, afirmou uma crítica francesa.
 

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🚧 O que COVID-19 e asfalto têm em comum?

🚧 O que COVID-19 e asfalto têm em comum?

Entre uma mamada e outra da nossa recém-nascida, chegamos com mais uma edição!

Hoje a gente fala da mais recente bronca que os curitibanos levaram em relação ao coronavírus, das obras de recapeamento pela cidade e de um flagra na Brigadeiro Franco.

E os nossos agradecimentos de hoje vão para Carolina Cattani, Sheila Tsukuda, Adriana Baggio, Lindamir Panacioni e Christian Schwartz – que assinaram um dos nossos planos mensais de financiamento.

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E pra não perder o costume, aproveite os links abaixo e compartilhe a melhor newsletter de notícias de Curitiba com a família, amigos e colegas de trabalho.

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 23 de junho

1. Curitiba rumo ao lockdown? 🛑

Todo mundo já viu, mas não tem como deixar de falar: a epidemia do coronavírus se agravou em Curitiba na última semana. Tivemos um salto sem igual nos casos confirmados, mortes e suspeitas — a doença tem se espalhado como nunca pela cidade.

Houve dia em que foram mais de 200 novos casos! 😱 Dá uma olhada na curva de casos confirmados, que é atualizada diariamente no nosso Monitor COVID-19 Curitiba:

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O maior salto foi no último dia 10: atualmente, temos 1.865 casos confirmados e 83 mortes pela COVID-19 em Curitiba


Esta reportagem do El País Brasil faz um bom resumo da ópera: a estratégia da cidade foi revista diante do aumento de casos; um novo protocolo de monitoramento da doença foi implementado; e, a partir desta semana, atividades em igrejas, academias, parques e comércio foram proibidas ou restritas.

🗣️ As novas proibições geraram protestos de comerciantes, donos de academias e bares, que foram até à casa do prefeito. (Banda B e CBN Curitiba) Muita gente questionou:

  • Por que não atuar na segurança dos ônibus, que ainda circulam com muita gente?
  • Por que os shoppings ficaram de fora das atuais restrições, se no decreto original estariam fechados com a bandeira laranja? (Plural)
  • E é válido proibir manifestações até a próxima semana? (Plural)

Outro lado: A prefeitura disse que os shoppings cumpriram regras de segurança e não estavam entre os locais que geraram mais aglomerações nas semanas passadas. Já os ônibus começaram a circular com novas restrições de ocupação – a ver se serão aplicadas pra valer. Sobre protestos, a prefeitura diz que quer evitar a propagação do vírus. Por fim, o Executivo também recebeu manifestantes e prometeu estudar nova regulamentação para academias. (El País Brasil, BandNews FM, Gazeta do Povo e Prefeitura de Curitiba)

Mais do que nunca: esta será uma semana crítica para o combate ao coronavírus em Curitiba, já alertaram médicos e especialistas. A ocupação de UTIs chegou ao nível máximo desde o início da pandemia. (Banda B e Plural)

🚩Se os indicadores piorarem, podemos entrar na bandeira vermelha — isto é, lockdown total, com funcionamento apenas de serviços essenciais, como hospitais, farmácias e mercados.

Fica o velho recado: se puder, fique em casa!

Curtas da epidemia:⚡

 

2. Enquanto isso, mais asfalto na cidade 🛣️

Começou a circular na semana passada um vídeo publicitário da prefeitura de Curitiba que associa a nova malha de asfalto ao combate à pandemia do coronavírus. Sim, é isso mesmo.

Segundo a propaganda, que destaca que a prefeitura não parou com a epidemia, o asfalto novo espalhado pela cidade é “um cuidado que leva dignidade, qualidade de vida e saúde” aos curitibanos. No vídeo, cidadãos de máscara sorriem para as câmeras.

Vale lembrar: o asfalto também é promessa de campanha do atual prefeito — e vai ser concluído com um empréstimo de R$ 60 milhões aprovado no fim de maio pelos vereadores. (Plural e Gazeta do Povo)

🗳️ A votação do projeto, aliás, foi polêmica: a proposta foi aprovada em regime de urgência, e já teve até pré-candidato que aproveitou para criticar a medida. (Bem Paraná e Gazeta do Povo)

justificativa da prefeitura é que, com o dinheiro que chega via empréstimo, o orçamento próprio da cidade poderá ser remanejado para o “atendimento de emergências provocadas pela atual situação que a cidade, e o mundo, enfrenta pela pandemia do COVID-19”. (Câmara de Curitiba)

💲 Até agora, como a gente já contou aqui n’O Expresso, pelo menos R$ 300 milhões já foram gastos nas obras de pavimentação durante a atual gestão. Nesta semana, falando nisso, começou uma nova etapa do programa de asfaltamento.

3. Curtas da semana 

Eleições adiadas? Parece estar próxima a definição sobre o adiamento das eleições deste ano — o que impacta nossa vida aqui em Curitiba, já que teríamos a escolha de um novo (ou velho) prefeito. Nesta semana, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Barroso, sinalizou um possível atraso no cronograma por algumas semanas. A decisão final, porém, é do Congresso. (UOL)

Cinema na Pedreira: você já pode conferir a programação do cinema drive-in inaugurado na Pedreira Paulo Leminski. Entre as atrações em cartaz, estão os filmes Parasita (Oscar de melhor filme e outras três estatuetas em 2020) e 1917 (também ganhador de Oscar neste ano). O ingresso, pra você saber, passa dos R$ 100 por carro.

Sem aglomerações: o Festival de Inverno do Centro Histórico de Curitiba vai acontecer remotamente, entre os dias 25 de junho e 1º de julho. Além dos combos promocionais gastronômicos que podem ser retirados nos estabelecimentos ou entregues via delivery, o evento também organiza oficinas, bate-papos e ações culturais online. (BandNews FM)
 

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4. Black Lives Matter

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O flagra feito pelo Expresso foi neste feriado, na rua Brigadeiro Franco: uma homenagem de Curitiba ao afro-americano George Floydmorto durante uma abordagem policial e que virou símbolo de protestos mundiais contra o racismo

A arte é de um grupo independente, e retrata as últimas palavras de Floyd: “Eu não consigo respirar”.


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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Curitiba sem pinheiro ou céu azul, pelo que vosmecê é – província, cárcere, lar –, esta Curitiba, e não a outra para inglês ver, com amor eu viajo, viajo, viajo.”

Não podia ser diferente: a frase desta edição é do famoso Vampiro de Curitiba, o escritor Dalton Trevisan — que completou 95 anos neste domingo (14). As aspas acima encerram o conto “Em Busca de Curitiba Perdida”, publicado em 1992.

Como comenta o jornalista Luiz Rebinski neste ótimo artigo, a obra de Trevisan “tem em Curitiba não apenas um cenário, mas sua própria razão de existir. Trevisan pegou emprestado o nome da capital paranaense para construir um mundo próprio em dezenas de livros”. (Folha de S.Paulo)

Considerado o maior contista brasileiro vivo, o escritor vive recluso em sua casa no Alto da XV. Uma curiosidade que poucos sabem: Trevisan já foi escoteiro, e desde criança publicava seus sonetos e contos em jornais de Curitiba. (Zelig)
 

 

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