🎨 Os Potys de Curitiba

Bom dia!

Hoje estreamos um novo mapa da série “Lugares que amamos” (adivinhe sobre o quê?), falamos da pandemia e também homenageamos uma feminista raiz de Curitiba, lá da década de 1940.

Um obrigada especial à nossa nova apoiadora, Ana de Angelo. Se você curte o trabalho d’O Expresso, conheça nossos planos em oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

Você também pode nos escutar no Podcast Expresso de Curitiba, que toda sexta faz um breve recompilado das notícias da semana. E para compartilhar esta edição, use os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 42 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 24 de agosto

1. Lugares que amamos: as obras de Poty

Dando sequência à série de mapas dos lugares que amamos em Curitiba (que começou com as árvores mais legais da cidade), hoje estreamos mais um mapa colaborativoas obras de Poty Lazzarotto.

❤️  Este curitibano nascido no Cajuru tinha “uma relação de amor indissolúvel” com Curitiba, e nos brindou com painéis, esculturas e murais ao ar livre, esparramados pela região central, como um verdadeiro precursor da arte urbana. (UFPR)

  • “Quando eu era pequeno, morria de inveja do ilustrador de cartaz de cinema, porque muita gente via seu trabalho”, disse Poty numa entrevista em 1998, como já contamos por aqui. (O Expresso)

🔢  E quantas são as obras de Poty esparramadas por Curitiba? Difícil dizer. Só de obras tombadas pelo patrimônio cultural, são 32, a maioria delas em edifícios públicos e muitas em áreas externas. Isso sem contar obras em locais privados, como este painel num edifício no Cabral. (O Expresso)
 


Mapeamos algumas das principais obras de Poty Lazzarotto esparramadas por Curitiba. Confira e faça o passeio neste link.
 

Mas vale notar: uma interessantíssima dissertação sobre o trabalho de Poty, de Walmir de Faria Júnior, mostra que apenas 17% de suas obras compõem a paisagem urbana, e que a maioria dos seus trabalhos feitos em Curitiba foi encomendado por instituições privadas, como colégios, hotéis, indústrias e clubes. (UFPR)

Ou seja, esta é só uma pequena amostra de Poty, com a intenção de guiar um passeio diferente pela cidade e abrir nossos olhos para a arte.

✏️ Um último lembrete: este mapa, como todos os outros da série, é colaborativo. Se você souber de outros murais e painéis de Poty espalhados por Curitiba, compartilhe conosco no oi@oexpresso.curitiba.br. Vamos engrossar a lista!
 

 

2. Mais transmissão, mais casos

Essa é daquelas notícias que não gostaríamos de dar: a taxa de contágio do coronavírus em Curitiba aumentou. Como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba, o número de novos casos do vírus, no intervalo de uma semana, aumentou 14%. Dá uma olhada no gráfico:

Em amarelo, a média de novos casos por dia fez uma leve curva para cima desde o início de agosto. Veja o gráfico completo no Monitor COVID-19 Curitiba.


O que dizem os números:

  • Duas semanas atrás, a média diária de novos infectados pelo coronavírus em Curitiba era de aproximadamente 400. Hoje, este número está em 639;
  • A média diária de mortes também teve um leve aumento (passou de 13 para 15), e a ocupação de UTIs subiu a 74%. (Gazeta do Povo)

Por quê? Muito provavelmente, o aumento de casos se deve à emergência da variante delta, que já está em transmissão comunitária no Paraná e representa 45% das amostras testadas pela UFPR. Se persistir, isso pode alterar a cor da bandeira em Curitiba e até fechar colégios por surtos de COVID. (AEN, Plural, Tribuna do Paraná e Paraná Portal)

Mas e a vacinação? A vacina ajudou a reduzir a taxa de internação e de mortalidade, mas segue naquela montanha-russa a que estamos acostumados. A chamada de novas faixas etárias (estamos nos 26 anos) só acontece quando chegam novas doses – e a imunização da população depende da adesão coletiva, sendo que muita gente ainda não tem aparecido. (G1 PR)

🔎 Falando nisso, uma última informação que cavamos por aqui n’O Expresso: a taxa de abandono da segunda dose da vacina contra o COVID-19 em Curitiba é de 4,09%. Até a semana passada, 18.285 pessoas não haviam comparecido na data marcada para receber a segunda dose da vacina na cidade.

4,09% é alto ou baixo?

  • Em São Paulo, o percentual de faltosos é de 3,8%;
  • No Rio de Janeiro, está em 4,24%;
  • No Paraná, o governo estima que esta taxa gire em torno de 5% (são os municípios que contabilizam os números);
  • Em Porto Alegre, a taxa de faltantes varia de acordo com o tipo de vacina. Para a Coronavac, está em 8,2%. No caso da AstraZeneca, 6,9%.


Então, caro leitor, continue com os cuidados e se vacine, assim que tiver a oportunidade. Vacina no braço significa poder correr para o abraço depois 🙂

 

3. Curtas ⚡

Um alívio: lembra do baixo nível dos reservatórios de água de Curitiba, de que falamos na última edição? Pois essa chuva toda dos últimos dias ajudou a melhorar um pouco a situação – ainda que não acabe com a estiagem, é claro. (Tribuna do Paraná e Plural)

Bicicletários de volta? Quatro falecidos bicicletários de Curitiba devem voltar a funcionar em novembro, desta vez pelas mãos da iniciativa privada. Os espaços, no Jardim Botânico, São Lourenço, Pinheirinho e na avenida Arthur Bernardes, vão abrigar serviços de aluguel e estacionamento de bicicletas, além de uma lanchonete ou café. Não houve interessados no bicicletário do Centro Cívico nem do Carmo. (Gazeta do Povo)

Quitute local: uma coxinha e um pastel em formato de capivara, um dos símbolos curitibanos, ganharam as redes nesta semana. As iguarias podem ser provadas nas feiras noturnas do Água Verde e do Lindoia. (Plural)

 

 

4. Fim de dia

O clique de um recente pôr do sol no Cristo Rei, por Gustavo Panacioni.
 

Acesse esta nota avulsa

Envie por WhatsApp >>

5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Se hoje Curitiba ainda é considerada tradicional, naquela época era pior ainda.”

Terminamos esta edição com Elvira Kenski, uma das primeiras mulheres a andar de calça comprida em Curitiba, na década de 1940 – ela morreu na semana passada, aos 106 anos.

“Paravam e ficavam olhando pra gente”, contou ela sobre o passeio de calça pela Rua XV. “Eu não ligava para o que os outros pensavam.” (RPC)

Nesta entrevista, a descendente de poloneses fala sobre o preconceito que sofria por “ser polaca e filha de operário”, e sobre a luta pelo voto feminino na época. (Bem Paraná)

Elvira ainda foi uma das primeiras mulheres a estudar na UFPR (Universidade Federal do Paraná), onde se formou em Odontologia. No consultório, que só pode abrir com autorização do marido, conforme a lei da época, ouvia histórias de violência doméstica e acabava servindo de terapeuta para muitas mulheres. (Tribuna do Paraná)

Obrigada, Elvira, pelo exemplo e pela resistência 🙂

Uma ótima semana a você!
 

COMPARTILHE ESTA EDIÇÃO

Compartilhar no email
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no print

Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS