🚲 Onde estão as ciclovias de Curitiba?

Feliz ano novo!

A gente agradece por começar mais um ano na sua companhia. Voltamos relativamente descansados (afinal, quem é que consegue descansar com um bebê em casa?), mas cheios de gás para continuar contando as melhores histórias de Curitiba.

Nesta edição, falamos sobre o estado das ciclovias em Curitiba e fazemos um breve apanhado da pandemia, além de contar a história de mais uma marca tradicional da cidade. Quem acertar ganha… uma pipoca.

Se você curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba. Não esqueça de compartilhar esta edição usando os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 19 de janeiro de 2021

1. Por onde pedala Curitiba 🚲

Em tempos de pandemia, usar a bicicleta como meio de transporte se tornou uma alternativa muito atraente. Afinal, é um meio de locomoção individual, ao ar livre e que não está sujeito a aglomerações.

💎 Em 2020, a bike virou um objeto de desejo: nem o maior fabricante de bicicletas global, em Taiwan, está conseguindo dar conta da demanda. (The New York Times, em inglês)

Por aqui, uma tradicional bicicletaria de Curitiba diz que não lembra de um ano tão bom desde 1994, quando dava pra usar vale-transporte para comprar uma bicicleta. Tem até empresa local relatando falta de produto e alta nos preços. (Tribuna do Paraná e Bem Paraná) 

Mas… andar de bicicleta de forma segura, com boa infraestrutura, é para quem pode.

  • A gente d’O Expresso pediu à prefeitura, pela Lei de Acesso à Informação, a divisão da atual infraestrutura cicloviária por bairro, pra ter uma ideia de como está a mobilidade em duas rodas na cidade. Eis o resultado:

52333f2a-6d7e-4436-8c9d-1c4da71f9e0c.png
Quanto mais escuro o bairro, maior a extensão da rede cicloviária. O mapa inclui ciclovias, ciclofaixas, vias calmas, ciclorrotas e passeios compartilhados (entenda a diferença).
 

Um destaque: no total, segundo os dados informados ao Expresso, Curitiba tem 220,8 km de malha cicloviária. Sabe quanto tínhamos em 2018? 208,5 km, segundo o Plano de Estrutura Cicloviária. Ou seja: ganhamos 12,3 km de ciclovias nos últimos dois anos.

👀 A meta da prefeitura é dobrar a malha até 2025, quando começa a próxima gestão. A ideia é chegar aos 408 km de estrutura cicloviária. Dá pra ver que será preciso muito trabalho para cumpri-la.
 

Outras coisas interessantes:

  • Na comparação entre 2020 e 2010 (cujos dados vieram do Infocuritiba), deu para ver que muitos bairros de Curitiba ganharam infraestrutura cicloviária. Nesses dez anos, a malha passou de 113 km para 220 km.
  • A gente sabe, porém, que a qualidade dessas rotas nem sempre é a melhor. O próprio Plano de Estrutura Cicloviária de Curitiba, que é um documento oficial, destaca os trechos bons e ruins, ali no slide 10, segundo a situação em 2018. O principal problema é a iluminação e a sinalização horizontal.
  • Impressionam, ainda, os buracos no mapa: os bairros em branco são aqueles sem nenhuma infraestrutura para os ciclistas. Entre eles, estão Campo Comprido, Mossunguê, Santa Quitéria, Jardim Social e Bom Retiro.

Para ir a fundo:

🗣️ E você, leitor? Conta pra nós sua experiência! É só responder a este e-mail.
 

2. O Expresso da História: uma pipoca curitibana 🍿

Pra começar bem o ano, vamos de mais uma coluna O Expresso da História, escrita pelo nosso parceiro Diego Antonelli – que hoje fala de uma presença carimbada nos terminais de ônibus e nas banquinhas da cidade: a Pipoteca. Uma história que começa… nos embalos de sábado à noite:

🕺 A discoteca reinava no Brasil de 1978, que não perdia um capítulo da novela Dancing Days, da Rede Globo. Ciente do sucesso das danceterias, o catarinense Sebastião Anastácio dos Santos decidiu: a empresa que ele estava por criar homenagearia, de alguma forma, a onda das discotecas. Dito e feito: a partir da estranha combinação de “pipoca” com “discoteca”, nasceu a Pipoteca.

Recomeço: Aos 42 anos, com uma vida dedicada ao ramo da agricultura, torrefação de café e produção de sabão, Sebastião resolveu vender tudo na cidade catarinense de Pouso Redondo e recomeçar sua vida profissional em Curitiba. Chegou à capital paranaense em 31 de julho de 1978.

🏭 Pouco tempo depois, adquiriu uma antiga fábrica de pipoca na Vila Fanny, onde a empresa está até hoje.

  • No começo, a fábrica era também a sua casa, da esposa e dos seis filhos. Todo mundo contribuía com seu quinhão para o sucesso da empresa. 

Em Curitiba, é difícil quem não tenha apreciado a famosa pipoca doce embalada em um pacote rosa meio transparente. Foi com esse sabor que tudo começou. “Colocamos o grão de canjica numa espécie de canhão e ele se transformou nessa guloseima que marca gerações”, segundo a descrição da própria empresa.

Hoje, são mais de 50 tipos de guloseimas – doces e salgadas – produzidas pela Pipoteca, que continua sendo administrada pela família Santos. (Tribuna do Paraná) 

Curiosidades:

  • A primeira embalagem de Pipoteca trazia estampados os atores John Travolta e Olivia Newton John, reproduzindo uma cena do filme Grease.
  • Depois, a empresa chegou a ter como mascotes o Mickey e a Minnie. Foram alertados que corriam risco de serem processados por violação dos direitos autorais. Hoje, a Pipoteca tem seus próprios mascotes.

 

3. Curtas ⚡

Ainda a pandemia: continua grave a situação da pandemia do novo coronavírus em Curitiba. O Plural mostrou essa semana, por exemplo, que a COVID-19 causou uma em cada seis mortes na cidade em 2020, e que 25% dos pacientes internados com a doença morreu. Acompanhe os dados completos no nosso Monitor COVID-19 Curitiba.

Vale do Guadalupe: temos notícias no front das startups de Curitiba. A Bcredi, fintech leite quente que trabalha com crédito imobiliário, foi comprada pela Creditas. A cafeteria The Coffee vai expandir internacionalmente. E a MadeiraMadeira se tornou o novo unicórnio brasileiro, com valor de mercado de mais de US$ 1 bilhão. Já é o segundo da cidade, ao lado do EBANX. (Startupi, LABS e Brazil Journal)
 

Acesse esta nota avulsa

Envie por WhatsApp >>

4. Nos trilhos

123774a0-fb02-4fa5-bc35-ae9870015769.jpeg

O clique é de Estelita Carazzai.
 

Acesse esta nota avulsa

Ou envie por WhatsApp >>

5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Sou o primeiro negro, mas tenho certeza de que não serei o único.”

Encerramos esta primeira edição do ano com uma aspas do Robson Privado, cofundador da MadeiraMadeira, uma startup de Curitiba que atingiu o status de unicórnio neste mês (ou seja, vale mais que US$ 1 bilhão).

Robson é negro – o primeiro na atual lista de cofundadores dos unicórnios brasileiros e, vejam só, logo de Curitiba, uma cidade com fama de europeia e branca. Como ele contou nesta entrevista para a Folha de S.Paulo, “o sucesso profissional ainda é muito solitário para os negros”.

“Meu papel é mostrar que é possível chegar. Não é a cor da pele que faz diferença.”

Tenha uma ótima semana!
 

COMPARTILHE ESTA EDIÇÃO

Compartilhar no email
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no print

Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS