🔮 Como será o amanhã em Curitiba?

Buenas!

O Expresso de hoje vem mais curtinho, com apenas quatro notas e muita reflexão sobre como será a nossa Curitiba pós-pandemia. Também tem uma cena inusitada da cidade e uma homenagem a um ícone da música curitibana. Quem será? Dá uma olhada aí embaixo.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos e 48 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 21 de julho

1. Universidades em ebulição 👨‍🎓

A pandemia do novo coronavírus afetou a vida de todo mundo — e teve um especial impacto na vida universitária de Curitiba, em especial em algumas instituições privadas. 

💲 Depois de serem adquiridas em transações milionárias no fim do ano passado, a Unicuritiba e a Universidade Positivo agora enfrentam um momento delicado, com demissões de professores e até, em uma das instituições, tentativas de diminuir a carga horária nos cursos de graduação. (Contraponto e Tribuna do Paraná)

Na Unicuritiba, os professores votaram um indicativo de greve contra a tentativa de mudança na matriz curricular e a redução de horas-aula. Os estudantes, em paralelo, conseguiram uma decisão judicial que impede as mudanças pretendidas pela nova administração. (Plural e RPC)

Na UP, houve protesto de alunos e buzinaço contra as demissões, que, segundo a universidade, são “parte de um movimento acadêmico”. Com as aulas em modo remoto desde o início do ano, houve alunos que até conseguiram na Justiça um abatimento nas mensalidades, até o retorno das aulas presenciais. (Plural e Contraponto)

Como bem resume esta reportagem, as demissões e reestruturações nessas e em outras universidades da cidade parecem ser fruto da ascensão do ensino a distância — que, somada a uma crise sem igual, à queda de alunos e às recentes movimentações do mercado, forçou o corte de custos. (Contraponto)

👩‍🏫 Enquanto isso, nas universidades públicas, o calendário letivo foi retomado com aulas a distância e opcionais em algumas instituições, como a UFPR. Na UTFPR, a encrenca foi com a eleição online para escolha do novo reitor, que chegou a ser suspensa por problemas na criptografia dos votos. Na semana passada, enfim, o candidato de oposição foi declarado vencedor. (Gazeta do Povo, Bem Paraná, Jornale e Plural)

🗣️ E você, caro leitor? Estuda ou trabalha em alguma dessas universidades? Como sua rotina e a qualidade do seu ensino têm sido afetadas pela pandemia? Escreve pra nós no oi@oexpresso.curitiba.br

 

2. Como será o amanhã? 🛤️

Nesta semana, Curitiba bateu a triste marca de 10 mil casos de infectados pelo novo coronavírus e 267 mortes

🔮 As notícias são ruins, os números crescentes (como registra diariamente o nosso Monitor COVID-19 Curitiba) — mas gostaríamos de mudar um pouco o tom do boletim de hoje pra falarmos sobre como será a cidade pós-pandêmica.

Encontramos há uns dias esse interessante depoimento (em inglês) de um curitibano que estava de passagem pela cidade natal, em plena pandemia: de sua janela, Sergio Avelleda viu canaletas repletas de ciclistas e pedestres, e propôs uma nova forma de pensar a cidade. (The City Fix)

Avelleda, que é diretor de mobilidade urbana do WRI Ross Center for Sustainable Cities, diz que a profusão de pedestres e ciclistas por onde antes circulavam apenas os biarticulados é um indicativo de que a cidade precisa mudar — e que as pessoas “precisam de espaço para uma mobilidade mais segura, limpa e democrática”.

🌎 Ele cita cidades como Paris, Milão e Londres, que já propuseram planos de mobilidade pós-COVID, com incentivos ao uso de bicicletas como modal de transporte e mais espaço para o pedestre. (CityLab, The Guardian e Traffic Technology)

Em Curitiba, uma nota técnica de pesquisadores da UFPR já defendeu mais investimentos em ciclovias no pós-pandemia. (Instituto Democracia Popular) E você, leitor: o que gostaria de ver na nossa cidade? Conte para nós no oi@oexpresso.curitiba.br!

E as últimas do coronavírus em Curitiba:

  • Lembram do nosso mapa com os bairros com mais vítimas do coronavírus? Pois um grupo de pesquisadores de Curitiba também constatou que a epidemia tem se deslocado do centro para a periferia da cidade. (Instituto Democracia Popular)
     
  • chefe de uma UTI lotada de vítimas do coronavírus fez um desabafo à Tribuna do Paraná: é um relato incisivo e triste sobre o perigo do vírus. Vale a leitura.
     
  • A taxa de ocupação das UTIs exclusivas para COVID em Curitiba, aliás, é crescente: bateu em 91% nesta semana. (Gazeta do Povo)
     

3. Onde está Wally?

A quarentena, quem diria, também proporciona encantamento: o nosso leitor Marcelo Ribas, morador do Cristo Rei, começou a reparar que, todo fim de tarde, um pica-pau faz morada na araucária bem em frente à sua janela, e canta por cinco minutos ❤️

Procure e ache, na foto acima, o pica-pau (tirada de um celular a uma distância razoável). Pra quem se interessar, dá pra ouvir o canto dele aqui

E você, leitor, também recebe algum visitante alado por aí? Conta pra gente 😉


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4. Pra terminar: em bom curitibanês

“Quando me lembro / Do cheiro do mato / Da beira da estrada / De comer pinhão / Lembro do amor / De uma árvore / Sem esperar pra ver nascer a flor”

Em homenagem ao Dia Mundial do Rock, celebrado nesta segunda-feira (13), recordamos um rock bem curitibano, “Cheiro de Mato”, composto por Paulo Leminski e Ivo Rodrigues — e eternizado pela Blindagem, “a banda de rock curitibana por excelência”.

A parceria e a amizade entre essas duas lendas curitibanas começou na década de 1970, na “casa branca das Mercês” que servia de residência coletiva para a banda. Mais tarde, Leminski se referiria ao grupo como “uma banda de gatos brabos do terreno baldio daqui […] gente guitarreira, zoenta, punk, jóia de repertório”.

A história está toda contadinha aqui, num texto de João Cândido Martins em memória de Ivo Rodrigues, falecido em 2010, e publicada no site da Câmara Municipal.
 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

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