🍎 O curitibano quer comida orgânica

Bom dia!

Tudo o que você precisa para hoje é seu Expresso e… um guarda-chuva ☔ Chove sem parar em Curitiba (que bom!), e tem gente dizendo que sai até neve nesta semana! Será?

Hoje falamos sobre o aparente platô nos casos de coronavírus em Curitiba, sobre os pássaros da cidade e sobre o aumento do consumo de orgânicos na pandemia.

Temos uma porção de novos assinantes nesta semana — saiu notícia sobre a gente, olha que chique 💁‍ Nossas boas vindas a todos, em especial aos novos apoiadores: Alexandre Cardoso, Leonardo Ferrari, Katia Pichelli, Stephanie D’ornelas e Thiago Benassi

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Nosso próximo encontro:
Terça, 25 de agosto

1. Um vírus (ainda) em movimento

Nesta terça (18), Curitiba amanhece com menos restrições: a cidade volta à bandeira amarelareabrindo parques, bares e o comércio aos fins de semana. (Plural)

A justificativa é que a cidade teria entrado no tão falado platô da epidemia: desde a semana passada, o número de novos casos se estabilizou, e a partir de agora a expectativa é que entremos em curva descendente. (Gazeta do Povo)

De fato, se compararmos a semana passada com a anterior, houve:

  • queda no número de novos casos por semana;
  • queda no número de óbitos semanais; 
  • queda dos casos ativos (curitibanos que estão infectados e transmitem o vírus);
  • estabilização da ocupação das UTIs em 80%.

👉 Tem um bom resuminho dos dados nesta reportagem. (Gazeta do Povo)

Mas o alerta permanece: no nosso observatório d’O Expresso sobre a epidemia, o Monitor COVID-19 Curitiba, continuamos colhendo dados regionalizados do coronavírus na cidade. Olha como está a situação hoje:

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A evolução do coronavírus em Curitiba: atualmente, a região sul da cidade é a mais exposta ao vírus. Veja a animação completa aqui.
 

1. Os casos hoje estão concentrados na região sul: a maior incidência do vírus está na regional do Bairro Novo, que abriga o Sítio Cercado, Ganchinho e Umbará.

2. O vírus mata mais na regional do Cajuru: a letalidade lá é de 4,6%, contra uma média de 2,9% na cidade. Os bairros com mais mortes, por sua vez, são CIC, Sítio Cercado, Cajuru e Boqueirão.

3. Ao longo dos meses, dá pra ver claramente o movimento de ‘periferização da doença’, de que já falamos aqui n’O Expresso. Os casos começam no centro, e se deslocam até as bordas da cidade.
 

“Há decréscimos, mas estamos no alto”. Palavras da própria secretária da Saúde de Curitiba, deixando claro que a situação ainda é crítica. Afinal, ninguém sabe como a epidemia vai se comportar nos próximos dias. Por isso, use máscara, mantenha o distanciamento e, se possível, fique em casa!

 

2. Os orgânicos ganham a mesa curitibana 🥕

Com mais gente passando tempo em casa (e na cozinha!), a mesa do curitibano parece ter ficado mais saudável: a procura por alimentos orgânicos cresceu entre 30% e 50% desde os primeiros meses da pandemia, segundo relatam produtores da cidade. (AEN)

“Não temos mais que gastar em saídas; então, vamos comer melhor”, é o que a produtora Claudia Capeletti tem ouvido dos clientes.

🍳 É um movimento nacional, aliás — depois de um ano em que o setor cresceu 15% no país. “O consumidor está entendendo o valor agregado do orgânico e está disposto a pagar pelo seu preço, que, aliás, não é tão maior assim, se computadas as muitas vantagens da escolha”comenta Clauber Cruz, diretor da Organis, baseada em Curitiba. (BBC Brasil) 

Por que é tão caro? A agricultora Milena Miziara, que largou emprego em Curitiba para se dedicar à produção de orgânicos no sítio da família, lista alguns fatores neste texto

  • maior custo de mão de obra (que é intensiva!)
  • uma remuneração mais justa ao produtor, e 
  • mais valor agregado (leia-se, benefícios ao meio ambiente e à saúde). 

Mas ela admite que ainda há abuso nos preços, e que a melhor opção é comprar direto do produtor. (Papo Reto)

🌊 Para aproveitar a onda, o governo do Paraná quer multiplicar o número de produtores orgânicos no estado, passando de 3.500 para 10 mil, ajudando com assistência técnica e certificação. (AEN)

Nem tudo são flores: com a suspensão das feiras livres aos fins de semana em Curitiba e a diminuição do movimento nas ruas em geral, muita gente penou. Para alguns produtores, a queda foi apenas parcialmente compensada com as entregas — que exigiram, além disso, um novo esforço logístico.

🗣️ E você, leitor? Tem algum produtor de orgânicos para indicar? Coloca lá n’O Expresso Conecta, nossa plataforma de negócios locais. As dicas são sempre bem-vindas!

 

 

3. Curtas da semana ⚡

Sucesso: O ranking nacional 100 Startups to Watch colocou 5 startups curitibanas na lista. Beetools, Laura, Hi Technologies, Olist e Polen foram apontadas como iniciativas que merecem atenção de possíveis investidores. (PEGN)

36×36: As chuvas dessa semana não foram suficientes para amenizar a estiagem, e o rodízio no abastecimento de água em Curitiba endureceu: 36 horas com água seguidas de 36 horas sem água. A Sanepar até reativou um reservatório secular, construído em 1906, para tentar amenizar o problema. (Agência Estadual de Notícias e CBN Curitiba) 

Enquanto isso: Curitibanos fazem filas para comprar tambores que armazenam água da chuva e recorrem ao Google para saber sobre as medidas de contenção. A busca por termos como “rodízio Curitiba” e “estiagem Curitiba” aumentaram até 3.500% neste ano. (Tribuna do Paraná e Google Trends)
 

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4. Jacu do Água Verde

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Esses pássaros faceiros aí da foto, por incrível que pareça, são jacus — flagrados num condomínio do bairro Água Verde por Franco Iacomini. 

Muita gente não sabe, mas pelo menos 366 espécies nativas de pássaros podem ser observadas em Curitiba (como o pica-pau que mostramos algumas edições atrás). Teve jacu, aliás, que já virou até mascote no Tarumã. (O Eco e Gazeta do Povo)

Esses jacus não têm nada de… jacus! 😜
 

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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Elle que não facilite com a Hespanhola porque aqui tem morrido muita gente, até sete num dia. O café e a cachaça é um veneno para a Hespanhola.”

As aspas de hoje são da curitibana Thereza Gabardo, direto do túnel do tempo: foram escritas em novembro de 1918, numa carta à sua filha Julia, compartilhada no Antigamente em Curitiba.

Moradora do Portão (é de onde ela assina a carta, aliás), Thereza recomenda à filha uma série de cuidados contra a doença: além do café e da cachaça, estão na lista um chá de “suador” com folha de laranja, “não apanhar vento nunca” e “comer uma sopinha de vez em quando, com pão torrado e caldo”.

Agradecemos a Chris Lavalle, trineta de Thereza, pela preciosidade que compartilhou!

Uma semana com muita sopinha e caldo para esquentar 🙂

Fiquemos em casa!
 

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