😱 Deu no New York Times e no Expresso também

Salve!

Entre uma mamada e outra da nossa pequena, aqui estamos para mais uma edição — em que resgatamos a história de um grande sambista local (sim, há samba, e dos bons, na cidade) e contamos que Curitiba apareceu no New York Times nesta semana. Adivinha com o quê? ⚽

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Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos e 54 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 18 de agosto

1. Ocupemos as calçadas 🏙️

As discussões sobre a cidade pós-pandêmica ganharam um novo ingrediente nesta semana: um estudo do Ippuc, o órgão de planejamento urbano de Curitiba, propõe ampliar o uso de ruas e calçadas para feiras, comércios e restaurantes.

Seria uma alternativa de convívio seguro nas ruas em tempos de coronavírus.

Alguns croquis foram divulgados:

  • feiras livres, como a do Largo da OrdemAlto da Glória e Praça 29 de Março, ganhariam um novo desenho para garantir o distanciamento de clientes e feirantes (com a implantação de cones e ‘vias’ de circulação, de sentido único, para os visitantes); 
  • os bares e restaurantes da rua Prudente de Morais, que se tornou um polo gastronômico, usariam parte do asfalto para colocar mesas e cadeiras; 
  • a calçada na rua Enette Dubard, polo comercial do Tatuquara, seria ampliada para aumentar a mobilidade dos pedestres;
  • as barracas dos ambulantes na rua Izaac Ferreira da Cruz, no Sítio Cercado, iriam para as esquinas, a fim de aumentar o espaço de circulação.

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Mesas de bares no Largo da Ordem com distanciamento social, segundo a proposta do Ippuc. Veja mais imagens aqui.


🚲 Além disso, mais ciclovias seriam implantadas pela cidade (mas sem nada de muito novo, além da já anunciada ciclofaixa na rua Padre Anchieta e da recuperação da ciclovia na João Bettega, que leva à CIC).

Só que: são só sugestões. Segundo o Ippuc, algumas das intervenções já foram e outras devem ser implementadas no curto prazo, como as ciclofaixas ao redor do Mercado Municipal. Mas não há nenhum plano concreto para implementar todas elas. (BandNews Curitiba)

E, pra não esquecer: como sempre, atualizamos no nosso Monitor COVID-19 Curitiba os números da epidemia na cidade — que, infelizmente, continua a todo vapor. Já estamos em quase 25 mil casos confirmados e pouco mais de 700 mortesNão se descuide: use máscara, mantenha o distanciamento e, se puder, fique em casa.

Curtas pandêmicas:

  • Uma nota positiva: o número de casos ativos (ou seja, de pessoas que podem transmitir o vírus) parece estar diminuindo em Curitiba, segundo os dados divulgados pela prefeitura. O pico até agora foi em 26 de julho.
  • Por outro lado, um estudo recém-lançado aponta que a flexibilização da quarentena colocou Curitiba “na rota do colapso”. Para Maria Carolina Maziviero, uma das responsáveis pelo estudo e que já entrevistamos por aqui“é um contrassenso que a cidade tenha decidido reabrir serviços não essenciais, como shopping centers e academias, enquanto parques e praças sigam fechados”. (BBC Brasil)
  • A pesquisa também critica a falta de dados detalhados por bairro, gênero, faixa etária e raça, para orientar as políticas públicas de combate ao vírus. O texto destaca que há bairros mais vulneráveis na cidade — como mostramos aqui.
  • Por fim: começaram os testes da vacina chinesa contra o coronavírus, com voluntários da área da saúde, no HC. (TV UFPR)

 

2. Deu no New York Times ⚽

Um time da suburbana de Curitiba saiu neste domingo no New York Times. Que tal, hein?
 

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É o Trieste, tradicional clube de Santa Felicidade e que tem um centro de treinamento de jovens talentos, entre 11 e 14 anos. O clube já foi apelidado por aqui como “o time amador com a melhor estrutura do país”. (Verminosos por Futebol)

Parte desta estrutura é dedicada à categoria de base, cuja maior revelação é Renan Lodi, craque do Athletico que foi vendido no ano passado ao Atlético de Madrid. Hoje, o Trieste tem parceria com o Flamengo. (Bem Paraná e Gazeta do Povo)

💰 A reportagem do New York Times destrincha a história e o funcionamento do negócio de descoberta de jovens talentos — comparando os jogadores a commodities.

Segundo a reportagem, mais de 100 jogadores que começaram seu treinamento no Trieste, fundado por imigrantes italianos em 1937, atuam em times profissionais pelo país.

⌛ O trabalho é de longo prazo, segundo o diretor Rafael Stival. Empresário egresso do ramo alimentício, ele afirmou ainda não ter recuperado o investimento feito há 14 anos. Stival tem contrato com o Trieste até 2025. (Gazeta do Povo)

 

3. Curtas da semana ⚡

A olho nufotos das represas de Curitiba divulgadas nesta semana revelam a gravidade da estiagem recente — e que vai forçar o prolongamento do rodízio de água. O racionamento virou até piada no Twitter: “NASA acaba de confirmar a existência de água em Marte: Marte 1, Curitiba 0”. (Tribuna do Paraná)

Chove chuva: ainda sobre isso, o professor da UTFPR Eloy Casagrande defendeu em entrevista o uso doméstico de cisternas de água pluvial, para aliviar a crise. E deu a letra: “Curitiba tem isso previsto em seu Plano Diretor [incentivos, como desconto no IPTU, para instalação de mecanismos de economia de água], mas a lei nunca foi regulamentada. É uma cobrança que devia se fazer do poder público.” (CBN Curitiba)

Você viu? A busca por um cachorro desaparecido num acidente de carro em Curitiba mobilizou as redes sociais — e rolou até mutirão de buscas. “Nos emocionamos muito ao ver as pessoas nos recebendo em uma cidade que não é a nossa”, disse um dos donos do animalzinho, que mora em São Paulo. Boa nova: Caju foi encontrado neste sábado. (Época e Tribuna do Paraná)
 

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4. Meu pé de mexerica 🌳 

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A casa de madeira no Boa Vista, com o pé carregado de mimosas (ou seriam mexericas? Ou ainda, bergamotas?), foi clicada pelo Fotografando Curitiba. É no inverno que elas deixam os quintais da cidade salpicados de laranja.
 

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5. Pra terminar: em bom curitibanês

O Brasil inteiro fala no Salgueiro / Mangueira, Estácio de Sá / Mas ninguém sabe que a vila é / O bom do samba no Paraná […] Se você é sambista de verdade / Abandona a cidade / E vai lá pra vila mostrar

Este samba legitimamente curitibano, chamado “Deixa o moço falar”, é do icônico Maé da Cuíca, precursor do gênero na cidade e autor do primeiro samba-enredo da capital.

Maé era morador da Vila Tassi, uma antiga vila de operários e ferroviários próxima ao Viaduto Colorado. Lá nos anos 1940, o sambista incentivou os moradores a cruzar a linha ferroviária e ir pular o Carnaval no centro, desafiando o racismo e o preconceito da sociedade curitibana da época. (Folha de Londrina)

Parte da obra de Maé da Cuíca foi reunida num álbum lançado nesta semana, que pode ser ouvido no Spotify. O Samba do Sindicatis vai fazer uma live todo sábado em seu canal no YouTube, até meados de setembro, como parte do lançamento. (Plural)

Uma semana cheia de samba a você!
 

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