⚠ O novo epicentro é na periferia

Bom dia! Mais uma terça-feira deste ano que parece infinito.

O Expresso de hoje fala um pouco sobre a promessa do 5G em Curitiba, do novo epicentro da COVID na cidade e, também, do livro Presença Negra em Curitiba.

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Nosso próximo encontro:
Terça, 4 de agosto

1. 5G em Curitiba

Essa é para os entusiastas da tecnologia: desde a última sexta (24), já dá para experimentar a tecnologia 5G em Curitiba

Mas… em uma única operadora, só em alguns bairros, apenas em uma frequência teste e só se você tiver o único aparelho celular que oferece a tecnologia no Brasil, ao custo mínimo de R$ 5 mil. 😕

Está tudo explicadinho nessa reportagem: o 5G é uma oferta da operadora Vivo, disponível para as áreas “entre o Centro Cívico e o Alto da Glória e entre o Batel e o Água Verde”. Bem pouquinho, né? (Gazeta do Povo)

É que o leilão oficial do 5G no Brasil só acontece em 2021. Por enquanto, algumas operadoras estão usando frequências vagas no 3G e 4G para testar a nova tecnologia, que promete uma internet móvel bem mais veloz e estável.

A velocidade é até 12 vezes maior que a do 4G, o que deve enfim viabilizar a internet das coisas, com a conexão em massa de sensores que permitem automação de tarefas e a tão sonhada cidade inteligente.

A saber: aqui em Curitiba, a prefeitura simplificou no ano passado, por decreto, o processo para instalar antenas de telefonia na cidade. As que ficam em topos de prédios, por exemplo, não vão mais precisar de licenciamento.
 

2. O novo epicentro da COVID em Curitiba

A curva de novos casos e mortes pelo coronavírus em Curitiba continua subindo, como mostram os registros diários do nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Até esta segunda (27), eram 480 mortes mais de 17 mil casos confirmados.

Na semana que passou, o que mais chamou a nossa atenção foi a explosão de casos no Tatuquara: a regional, que engloba os bairros do Tatuquara, Caximba e Campo de Santana, passou a região central e é a que mais tem casos de COVID por 100 mil habitantes. (Tribuna do Paraná)

A COVID por regional: quanto mais escura a cor, maior a concentração de casos confirmados. Veja o mapa completo aqui.


A secretaria da Saúde de Curitiba atribui a explosão de casos no local principalmente à falta de distanciamento social e uso de máscara“Fui no Tatuquara e fiquei assustada. O que tinha de gente andando sem máscara é assustador”disse a secretária Márcia Huçulak.

Mas vale lembrar: segundo o Mapa da Vulnerabilidade da Plataforma PR Contra Covid, de um grupo independente de pesquisadores, a região é um dos setores de alto risco para a COVID em Curitiba, principalmente em função de baixos índices de saneamento (apenas 66% das residências têm acesso a esgoto tratado) e do elevado percentual de idosos (6,2% da população).

A prefeitura inaugurou novos leitos clínicos na região, para tentar desafogar o atendimento a casos suspeitos de COVID.

Ainda sobre o corona:

  • Em novo decreto, a prefeitura de Curitiba proibiu o funcionamento de mercados no domingo, que teriam virado o novo shopping do curitibano. Alguns supermercados foram à Justiça contra a medida, sem sucesso por ora. (CBN Curitiba e Plural)
  • Vão começar na semana que vem os testes da vacina chinesa contra o coronavírus no HC. Quem é profissional de saúde ainda pode se inscrever como voluntário para a pesquisa. (UFPR)
  • Artesãos do Largo da Ordem protestaram pelo retorno da tradicional feirinha aos domingos. Algumas das queixas: “Tem feira acontecendo durante a semana, por que não a nossa?” “Não é possível abrir shoppings, academias e não permitirem a feira.” A prefeitura diz que a feira não é atividade essencial e, por isso, não pode funcionar aos fins de semana. (Banda B e CBN Curitiba)

 

3. (Bem) Curtas da semana 

Universidades em crise: o reitor da Universidade Positivo, José Pio Martins, concedeu uma importante entrevista ao Plural sobre as recentes demissões na instituição. Neste fim de semana, teve novo protesto por lá. Não é a única universidade que sofre em tempos de quarentena: um aluno de Medicina da PUCPR conseguiu na Justiça reduzir pela metade o valor da mensalidade, enquanto durarem as aulas remotas. (Plural e Contraponto)

Polenta expressa: essa é pra matar as saudades. O tradicional restaurante Madalosso, de Santa Felicidade, lançou um drive-thru de polenta e asinha de frango. Neste fim de semana, também entraram no cardápio porções de lasanha na manteiga e risoto. (Tribuna do Paraná)
 

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4. Vidas em projeção


 

Essa é a última semana pra conferir, na lateral deste querido teatro curitibano, projeções de filmes, balés e concertos. A iniciativa foi de funcionários do Teatro Guaíra, para “acolher os trabalhadores que passam por ali ao retornar para casa”. As projeções começam sempre às 18h30, e vão até o dia 31. O flagra é de Heros Schwinden.


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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Eu não sou polaco lá da Barreirinha / Sou crioulo forte da periferia / Eu acendi vela e lampião, luz pra Nossa Senhora / E na fundação miscigenada da vila / Amassei o barro lá nas Olarias”

A letra aí em cima é do poeta curitibano Adegmar da Silvao Candiero, que reivindica neste “Batuque Curitibano” a presença negra na nossa tão falada “capital europeia” — uma falácia muito mais publicitária do que real.

O depoimento dele e de outros negros curitibanos está no recém-lançado Presença Negra em Curitiba, livro que reúne fotos e textos sobre a fundamental participação dos negros na vida intelectual, cultural e cotidiana da nossa cidade. É o compilado da exposição de mesmo nome, organizada pela Fundação Cultural de Curitiba entre 2018 e 2019.

Esse material valiosíssimo pode ser acessado na íntegra aqui.

Falando nisso: o Instituto Legado, aqui da terrinha, oferece bolsas de MBA para mulheres negras. Interessadas podem se candidatar até o dia 16 de agosto, neste link.
 

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