💧 Mais rodízio de água

Olá! Chegou mais uma edição quentinha do seu Expresso ☕

Hoje, falamos sobre a estiagem recorde em Curitiba e sobre um imóvel icônico do centro da cidade, além de prestarmos homenagem a um montanhista nonagenário dessas bandas. Já sabe quem é?

Você também pode nos escutar no Podcast Expresso de Curitiba, que toda sexta faz um breve recompilado das notícias da semana.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 17 de agosto

1. Uma estiagem persistente 🌧️

Ao que parece, 2021 não tem dado trégua: depois de um ano de pandemia, com uma crise de saúde pública e recessão econômica, continuamos a sofrer também com a estiagem recorde em Curitiba e região.

Na semana passada, a Sanepar voltou a fazer valer o rodízio de 36h em Curitiba: um dia e meio com água, um dia e meio sem. Segundo a empresa, isso foi feito para “afastar a possibilidade de colapso” do sistema de abastecimento de Curitiba. 

🛑 Mas de que possível colapso estamos falando? Fomos atrás dos dados que mostram os níveis dos reservatórios de água de Curitiba e região nos últimos dois anos. E eis a curva que encontramos:

 


Depois de uma melhora significativa, o nível dos reservatórios voltou a cair a partir de abril – e a falta de chuvas preocupa. Veja o gráfico completo aqui.
 

Em resumo:

  • O nível mais crítico a que chegamos foi em novembro de 2020, quando o nível geral do sistema de abastecimento de Curitiba bateu em 28%;
  • Hoje, estamos em 50%. Até parece confortável, mas a perspectiva é de estiagem braba nos próximos meses. Em julho, por exemplo, choveu apenas 14,6 milímetros em Curitiba e região, contra uma média histórica de 92,4 mm (G1 PR);
  • A barragem que mais preocupa atualmente é a de Piraquara II, até pouco tempo a mais abastecida da cidade: em quatro meses, o nível do reservatório passou de 94% a 61%.


Então, caro leitor, já sabe: o negócio é fechar a torneira e se preparar para os próximos meses – ainda mais porque a conta de água ficou mais cara neste ano. (Gazeta do Povo)
 

2. Expresso da História: O palácio do Barão 👑

Na semana que homenageia o Barão do Serro Azul – empresário, produtor de erva-mate e personagem histórico da cidade –, o nosso Diego Antonelli nos conta um pouco mais sobre o Solar do Barão, prédio encravado no centro de Curitiba e tema da sua sexta coluna sobre os edifícios históricos da capital. Fala, Diego:

🇮🇹 O imponente palácio concluído em meados de 1885 carrega uma história singular na capital paranaense. Projetado pelos engenheiros italianos Angelo Vendramin e Batista Casagrande, o atual “Solar do Barão” foi construído para ser a residência de Ildefonso Correia, o Barão do Serro Azul, empresário e político de grande prestígio no Império. As obras tiveram início em 1880, e duraram cerca de cinco anos. 

🎩 Enquanto serviu de moradia para Serro Azul, as paredes do palácio foram testemunhas de bailes, festas, debates e discussões sobre o comércio de madeira e de erva-mate envolvendo a alta cúpula política da época. 

  • Correia, que foi fundador da Associação Comercial do Paraná, deputado provincial e presidente interino da Província do Paraná, morou por dez anos no local ao lado de sua família. 
O Solar do Barão nos dias atuais. Foto: Daniel Castellano/SMCS
 

assassinato do barão em 1894, em consequência da Revolução Federalista, motivou a saída de sua família do palacete. O Barão do Serro Azul e seus companheiros foram fuzilados no quilômetro 65 da ferrovia da Serra do Mar, na noite de 20 de maio de 1894. Após o seu assassinato, foi construída, ao lado do Solar, uma residência para a Baronesa e seus filhos. (Gazeta do Povo)

Depois disso, o prédio foi ocupado pelo 5º Distrito Militar, e de 1912 a 1975 pelo Exército, quando enfim foi adquirido pela Prefeitura de Curitiba.

Nobre destino: Em 1980, o prédio foi restaurado para sediar um novo espaço cultural. A restauração evidenciou os elementos decorativos dos forros e paredes, a riqueza de detalhes dos pisos e das principais salas, além de destacar a madeira das escadas internas e o ferro e mármore da escada externa.

🎭 O complexo cultural Solar do Barão, que funciona atualmente no local, abriga a Gibiteca de Curitiba, o Museu da Fotografia e o Museu da Gravura. O edifício é tombado pelo estado e considerado Unidade de Interesse de Preservação do município.


Para saber mais: o Solar do Barão é uma das paradas do circuito em homenagem a Ildefonso Correia, que selecionou oito pontos no centro de Curitiba relacionados à sua história e à vida na cidade no final do século XIX. Todos os pontos receberam um QR Code, que conduz a mais informações sobre o local e a história do Barão. (Prefeitura)

 

3. Curtas ⚡

Paciência: ao contrário de outras capitais brasileiras, Curitiba não pretende antecipar a segunda dose da vacina contra a COVID – todo mundo terá que esperar 90 dias, rigorosamente. Segundo a secretária da Saúde, seria “um equívoco adiantar a segunda dose enquanto a primeira não estiver totalmente aplicada”, porque ela tem contribuído para baixar o número de casos e mortes. Você pode acompanhar os últimos números da pandemia no nosso Monitor COVID-19 Curitiba. (Gazeta do Povo e O Expresso)

Turnê curitibana: a exposição que mergulha no universo criativo de dois gênios da arte urbana brasileira, OSGEMEOS, virá a Curitiba. Em setembro, ainda sem data confirmada, as obras dos irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo chegam ao Museu Oscar Niemeyer. Pra quem estiver curioso, dá para conferir o tour virtual aqui. (Curitiba Cult e Pinacoteca de SP)

Reabertura: finalmente, depois de quase um ano e meio fechada, a Biblioteca Pública do Paraná reabriu para empréstimos e devoluções. De quebra, há 300 novos títulos disponíveis no catálogo, como “Avesso da Pele”, de Jeferson Tenório, e “Longa Pétala de Mar”, de Isabel Allende. (G1 PR e BPP)

 

4. Amenidades

Contribuição do nosso leitor Rodrigo Ghedin, que registrou um clique bucólico no Água Verde“É a ciclovia da avenida Presidente Getúlio Vargas, bem ao lado da Arena. Estava um solzinho gostoso, clima ameno, ótimo para caminhar”.
 

Acesse esta nota avulsa

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

É a visão de uma águia: aquele silêncio, aquela coisa linda, aquela natureza de vários planos. Aí você vê que não é nada, e que a natureza é muito mais forte que você.

Terminamos a edição de hoje com uma frase de Henrique Paulo Schmidlin, o famoso Vitamina, montanhista de 90 anos e um dos pioneiros da escalada no Paraná.

Neste recente depoimento, Vitamina falou sobre a histórica atração humana pelo ponto mais alto, e de como isso o impulsionou a ser um dos pioneiros nas trilhas que levavam ao Marumbi, o pico mais alto da Serra do Mar paranaense. (Plural e Tribuna do Paraná)

Foi ali, do ladinho de Curitiba, que teve início o montanhismo nacional, o que impulsionou também o movimento de conservação e preservação da Serra do Mar.

Uma ótima semana a você!
 

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