💰 Dinheiro reinvestido em Curitiba

Bom dia!

Esperamos que você tenha descansado neste feriado 🙂 Hoje falamos mais sobre o ecossistema de startups de Curitiba, além de trazer um pouco de história localarte urbana e culinária… com glitter.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 23 de novembro

1. Um ciclo virtuoso 🔁

Na semana passada, nós falamos aqui n’O Expresso sobre o recorde de investimentos em startups de Curitiba – as empresas de tecnologia local já atraíram mais de R$ 4 bilhões em aportes nacionais e internacionais só neste ano.

Hoje a gente vai mais um pouquinho a fundo neste assunto, mostrando como um pólo tecnológico se retroalimenta: uma startup investe em outra, que investe em mais uma, cujos fundadores formam um fundo… e assim se cria uma cadeia.

Segundo o levantamento deste Expresso, que mapeou quase 200 investimentos feitos nas empresas de Curitiba (com base na plataforma Crunchbase), pelo menos 10% dos cheques investidos na cidade vieram de fundos locais de venture capital (ou capital de risco) – ou seja, de investidores curitibanos que apostaram seus recursos aqui.

 


As ondas do investimento local em startups de Curitiba: na última década, foram pelo menos 20 aportes por investidores daqui. Acesse o gráfico completo aqui.
 

São eles:


💰 Esses quatro fundos já participaram de pelo menos 20 aportes em startups curitibanas nos últimos nove anos, investindo cerca de R$ 25 milhões até agora – é bom lembrar, considerando apenas os valores divulgados (já que nem todos os cheques são públicos) e apenas aqueles incluídos na plataforma da Crunchbase (ou seja, pode haver mais aportes curitibanos por aí).

  • ano da pandemia (2020) foi o que registrou o maior número de apostas dos fundos locais: foram cinco no total.

🧾 Até aqui, os cheques dos investidores curitibanos foram destinados principalmente para empresas de SaaS (Software as a Service) e Marketing – mas também houve aportes em setores como moda, fintech, educação e RH.

  • A gente colocou tudo nesta tabela, que detalha quais são as startups de Curitiba financiadas por investidores locais.

Para Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação (órgão público responsável por fomentar o ecossistema local), isso é um sinal da maturidade do ecossistema – em que as conexões são fluidas e há uma “certeza de que se está no caminho certo”. “É uma aposta financeira, claro, mas vai além disso. É também resultado da confiança que o ecossistema tem nele mesmo.”

Para ir a fundo: disponibilizamos a íntegra do levantamento neste link. E você também pode ler os destaques da última edição – que mostrou como o setor de e-commerce tem se destacado na cidade, e como o funil do venture capital ainda é estreito e pouco diverso 👀
 

 
 

2. O Expresso da História: A casa que resistiu a um incêndio 🔥

Hoje é dia da nossa já tradicional coluna O Expresso da História, com Diego Antonelli, que faz um resgate dos prédios históricos de Curitiba. Hoje, ele fala de uma construção centenária e muito bem preservada – que, pouca gente sabe, sobreviveu a um incêndio. Conta mais, Diego:

Localizada no Largo da Ordem, no centro histórico de Curitiba, a Casa Hoffmann foi construída em junho de 1890 e, na época, considerada um marco arquitetônico da transformação urbana da capital paranaense. Durante mais de 130 anos, as paredes da moradia resistiram ao tempo e até hoje continuam a embelezar o cenário de quem transita naquele espaço.

A casa foi construída no fim do século XIX pela família Hoffmann e representou a prosperidade da família de tecelões austríacos que se mudou para o Brasil naquela mesma época. O imóvel foi habitado pela família até 1974, que mantinha no local uma loja de tecidos e armarinhos.

  • Depois, a casa foi alugada e sofreu diversas adaptações ao longo dos anos.


O fogo: a Casa Hoffmann foi destruída por um incêndio em 1996. Apenas as paredes externas e a fachada sobreviveram. Mas o imóvel, catalogado como unidade de interesse de preservação do município, foi totalmente restaurado ao longo dos anos.

Desde 2003, a Casa Hoffmann é a sede do Centro de Estudos do Movimento, ligado à Fundação Cultural de Curitiba, referência na “exploração de novas estéticas do movimento”, segundo o site oficial da prefeitura. Em seus três andares, ela abriga estúdios para a realização de oficinas de dança, pesquisas e apresentações de pequeno porte.


Para quem quiser conhecer: as oficinas de dança da Casa Hoffmann já voltaram e estão com inscrições abertas, em formato online e presencial. Pra quem quiser apreciar o imóvel, basta uma caminhada pelo Largo da Ordem 😉

 

3. Curtas ⚡

Um ano e meio depois: semana a semana, a gente vai tendo a certeza de que a vacinação contra a COVID-19 vem surtindo efeito. Curitiba já tem o menor número de casos ativos da doença desde junho do ano passado – além de ter registrado apenas uma morte entre os dias 11 e 12 de novembro (chegamos a ter entre 40 e 50 mortes por dia em março deste ano). Está tudo lá no nosso Monitor COVID-19 Curitiba.

Para ouvir: foi lançado o novo EP da banda curitibana ímã – produzido à distância e com quatro músicas que se originaram de poemas de escritores da cidade. Dá para ouvir tudo no YouTube ou no Spotify.

Natal ao ar livre: a gente piscou e… já faltam menos de 40 dias para o Natal. A programação oficial do Natal de Curitiba começa nesta quinta (18) e conta com voo de balão, luzes e projeções geradas por pedaladas em bicicletas, passeios iluminados e até uma caravana. Para agendamentos, é só clicar aqui.

 

4. Em construção

Na rua Mateus Leme, a arte de Filite em construção. O clique é de Estelita Carazzai.
 

Acesse esta nota avulsa

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Da mesma forma que alguém fala: ‘E aí, mano?’, tá tudo certo falar: ‘E aí, viado?’ A gente pode enriquecer esse diálogo de diversas maneiras.”

Terminamos a edição de hoje com o curitibano Gabriel Castro, criador da padaria O Pão Que o Viado Amassou – um negócio que começou na pandemia, virou sucesso entre amigos e hoje ocupa um casarão no Rebouças para servir pão com glitter (de verdade!) e abrir diálogos sobre o movimento LGBTQIA+.

Castro foi tema de uma reportagem da revista piauí, em que conta como sua reclusão de pandemia o levou a amassar pão. “O pão foi um grande amigo para manter a sanidade. E aí virou um esporte, porque eu queria acertar o diacho do pão”, disse ele à Isadora Rupp.

A padaria, que funciona de segunda a sábado, tem apenas funcionários LGBTQIA+, e na linha de frente do atendimento, só pessoas trans. Para ele, é uma forma de extrapolar a bolha e promover a convivência entre diferentes.

Que continuemos abrindo nossas vidas à riqueza dos outros!

Uma ótima semana pra você 🙂
 

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