🚕 Sabe quantos motoristas de apps existem em Curitiba?

Chegou a terça-feira!

E, com ela, mais um O Expresso nosso de toda semana. 

Hoje falamos um pouquinho sobre aplicativos de transporte e seu impacto na cidade. Também tem mais sobre o sarampo (olha ele aí de novo), e uma imagem de dar água na boca lá no final da news.

Boa leitura! Não esquece de contar o que achou 😉

Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos e 30 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 3 de setembro

1. Haja passageiro para tanto aplicativo

Voltou à agenda a disputa entre carros de aplicativos vs. taxistas em Curitiba. Os táxis protestaram nesta semana, pedindo mais fiscalização e cadastro dos concorrentes. A prefeitura respondeu rápido, publicando um novo decreto que cumpre exatamente o que os manifestantes pediram. (G1 e Gazeta do Povo)

Enquanto esse cadastramento não acontece e não temos números mais atualizados, vamos relembrar o tamanho desse universo em Curitiba:

Existem 4 vezes mais motoristas de apps que taxistas.

R$ 18,3 milhões: foi quanto a prefeitura arrecadou com os apps de transporte (out/2017 a dez/2018). Com os táxis, a receita ficou em R$ 4,5 milhões.

3 aplicativos de transporte são usados em Curitiba: 99, Uber e Cabify.

Os dados foram retirados daqui (2019) e daqui (2018).

Curiosidade: há pouco tempo, Nova York foi a primeira cidade a impor um teto ao número de carros de aplicativos na cidade. O prefeito declarou que queria combater os congestionamentos e a ‘exploração dos trabalhadores nova-iorquinos’. (Agência EFE)

Falando nisso: o Plural publicou ontem uma reportagem sobre a queda do número de passageiros no transporte coletivo de Curitiba. No primeiro semestre, o número médio de pessoas transportadas por dia na cidade caiu 20 mil — e estamos falando daquele sistema de transporte que é considerado modelo para o país. 

  • Entre os motivos: custo, qualidade e outras alternativas de transporte. 
  • Com R$ 0,80 a mais, eu vou mais rápido, sentada, com ar-condicionado […], saio da porta de casa e desço no portão da empresa.  Se identificou? Leia mais.
E no mundo: saiu há poucas semanas um estudo que mostra o quanto os veículos da Uber e Lyft colaboram para o engarrafamento de seis grandes cidades dos EUA. Conclusões?
  • A participação dos carros compartilhados nessas cidades variou entre 1% (no caso de Los Angeles) e 13% (na tecnológica San Francisco), considerando a quilometragem rodada por veículo.
  • Para as empresas, isso mostra que a contribuição dos apps para os engarrafamentos é mínima.
  • Mas… alguns estudiosos destacam que essa é só uma parte da história, já que esses números não avaliam o comportamento dos veículos no trânsito, nem o quanto eles aumentam as emissões de carbono numa cidade. (Axios)

2. Ainda sobre o sarampo: já procurou a vacina?

A gente já falou aqui sobre a volta do sarampo no Paraná. Daí, na semana passada, a prefeitura confirmou o primeiro caso da doença em Curitiba — isso sem falar nos outros 16 casos sob investigação em todo o estado! 

Pra quem acha que pegar sarampo é mais difícil do que ser acertado por um raio: bem pelo contrário. Confira a palavra da especialista:

“É um vírus de transmissão extremamente fácil. Cada infectado pode transmitir a doença para até 18 pessoas. Se em um voo de quatro horas alguém estiver doente, 90% dos passageiros serão infectados”.

Rosana Richtmann, infectologista do Instituto Emílio Ribas, em entrevista ao UOL.


Fica o alerta: a vacina é a única forma de prevenção eficaz contra o sarampo. Agora, todas as crianças entre seis meses e um ano também precisam tomar a vacina. (O Globo)

Para aprofundar: uma reportagem em áudio sobre a disseminação de ideias sem base científica em grupos antivacina. (BandNews FM)

Falando nisso: referência na produção de vacinas, a Fiocruz Paraná completou 20 anos nesta semana. Vida longa à instituição! (Gazeta do Povo)

3. Curtas da semana

_A fumaça das queimadas na Amazônia, que preocupou o mundo todo na semana passada, também chegou ao Paraná. Essa é do blog do Narley Resende.

_Cinco universidades do Paraná (e três de Curitiba!) estão entre as melhores do país. (CBN Curitiba)

_O número de mulheres que trabalham em empresas de tecnologia cresceu no Paraná (Assespro-PR). Mas, apesar disso, a mulherada ainda tem baixa representatividade (só somam 18% do setor) e ganha menos: em cargos de direção, a diferença no salário chega a 70%! (Paraná S.A.)

_Design para quem é designer: uma série de oficinas gratuitas para aproximar o profissional do design da pequena indústria de Curitiba. Começa nesta semana. (Sebrae/PR)

4. Cenas curitibanas: comida da terra

Panelões convidativos como esses vão estar na Praça Santos Andrade a partir desta quinta-feira (29), na Jornada de Agroecologia. Uma feirinha com produtos e alimentos orgânicos, feitos por agricultores familiares, em comunidades quilombolas e em assentamentos da região de Curitiba, vai funcionar até domingo (1º). A imagem é da edição passada, num clique de Leandro Taques.

5. Pra terminar: em curitibanês das antigas

“Compenetrado d’esse dever, o mestre tem muitas vezes necessidade de elevar seu espírito à altura das grandes difficuldades d’essa nobilíssima empresa, para que possa assim dignamente desempenhar as funções do cargo, que só deve exercer por decidida e innata vocação”.

A professora Júlia Wanderleyem carta de 1905, sobre o ofício de lecionar. Ontem, foram completados 145 anos de seu nascimento.

As aspas vieram de uma pesquisa (que depois virou livro!) da professora Silvete Crippa de Araújo, que estudou como a história de Júlia foi transformada em mito, no processo de feminização do magistério paranaense. Vale a leitura, pra quem gostar de educação, história e feminismo.

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