💉 Quem falta vacinar?

Bom dia!

Hoje falamos de chuva, de pandemia e prestamos homenagem a um ícone da astronomia indígena brasileira, que vivia aqui em Curitiba. Será que você o conhece?

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Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 14 de setembro

1. Nem com dança da chuva 🌧️

Está certo que andou garoando bastante nos últimos dias, mas a situação das nossas represas (e torneiras!) não está muito melhor. O nível dos reservatórios de Curitiba e região continua estacionado na casa dos 50%, e o rodízio de água mais rigoroso (de 36h por 36h) permanece em vigor.

🤔 Na semana passada, a gente perguntou para a Sanepar que fim levou, afinal, aquele avião que prometia fazer chover. Poucos dias depois, a empresa divulgou um balanço do experimento. (Tribuna do Paraná e Agência Estadual de Notícias)

Em resumo:

  • O avião operou entre dezembro de 2020 e maio de 2021;
  • Foram realizados 47 voos, que ajudaram a provocar 32 chuvas;
  • O experimento foi mais bem-sucedido em março: foram 12 bilhões de litros de chuva, ou quase 70% de todo o volume gerado ao longo de seis meses;
  • Nos outros meses, o volume de chuva não passou de 2,4 bilhões de litros por mês. Em maio, mês final do experimento, chegou a apenas 5 milhões de litros.

 


Na faixa cinza, o período em que o ‘avião que faz chover’ foi testado. As chuvas de março ajudaram a recuperar as represas de Piraquara II e Iraí. Veja mais aqui.
 

Segundo a Sanepar, a ação ajudou para que o volume geral dos reservatórios, que estava em 31% em dezembro, subisse para 61% em abril. As represas de Piraquara/Iraí receberam 64% do volume de chuvas provocadas pelo avião, e a do Passaúna, 34%.

🤑 O experimento custou R$ 2,48 milhões. Mas, no fim das contas, a Sanepar não informou se pretende utilizar o avião novamente ou se vai acabar como a técnica de dessalinizar a água do mar, que foi testada em 2018: muito cara para pouco resultado. (Gazeta do Povo)

⚠️ Até as chuvas voltarem de vez (o que deve acontecer só em outubro), continue economizando água – trocando a mangueira pelo balde, tomando banhos mais rápidos, reaproveitando a água do banho e a da máquina de lavar para limpar a calçada. Dá para ouvir algumas das dicas neste episódio do podcast Conta Gotas. (Bem Paraná e Sanepar)
 

 

2. 90% vacinados 💉

A nota sobre a pandemia de hoje é aquela notícia do tipo copo meio cheio: graças ao avanço da vacinação por faixa etária, Curitiba chegou, enfim, a 90% da população adulta com pelo menos uma dose da vacina contra o coronavírus. (Plural)

  • São 1.321.105 pessoas vacinadas na cidade. Além disso, quase 40% da população já está imunizada (ou seja, completou o esquema vacinal, com duas doses ou dose única). 


👀 Se formos comparar, já chegamos perto do percentual de imunização dos Estados Unidos (que está em 51%), e também estamos bem acima da média brasileira, de 28%. (Our World in Data)

Mas… Nem tudo são boas notícias. Mesmo com o avanço da vacinação, cerca de 60 mil pessoas entre 25 e 39 anos ainda não apareceram para receber a vacina, como mostra este gráfico. Entre toda a população adulta, este número chega a 90 mil pessoas. (O Expresso)


Em cinza, as pessoas que ainda não tomaram a vacina, por faixa etária; em amarelo e verde, as que receberam uma ou duas doses. Veja o gráfico completo aqui.
 

E por quê? Segundo a prefeitura, tem a ver com os ‘sommeliers de vacina‘, que querem escolher a marca do imunizante. Pessoas que tiveram sintomas de COVID também precisam aguardar as repescagens para se vacinar – sem contar, é claro, com os negacionistas. (CBN Curitiba)

Na prática, quem deixa de se vacinar também prejudica os outros: os casos ativos de coronavírus voltaram a subir, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba.

  • Mais perigoso ainda: houve aumento de internamentos e mortes de idosos em Curitiba, desde agosto, em função da variante delta. A prefeitura já começou a aplicar a terceira dose neste grupo, e deve estender o reforço da imunização a todos com mais de 70 anos conforme houver doses disponíveis. (Prefeitura de Curitiba)

 

3. Cultura Expressa, uma despedida 😢

Hoje, teremos a última curadoria do pessoal do Curitiba de Graça, que encerra conosco a parceria de um ano. Agradecemos à confiança da Kristiane Rothstein e da Camile Triska, que gentilmente nos enviaram as dicas deste mês de setembro:

Lá no MON: nem só de OSGEMEOS vive o Museu Oscar Niemeyer. Nesta terça (31), o espaço inaugura uma exposição de arte africana, com peças oriundas de países como Mali, Nigéria, Camarões, Congo e Moçambique.

Pocket show: quem estiver à toa nesta quarta (1) pode conferir o pocket show de Mônica Salmaso, online e gratuito, na abertura do festival Revele seu Talento, da PUCPR.

Pizza no precinho: hoje (terça, dia 31) é o último dia para aproveitar o Circuito de Pizzas Curitiba Honesta, com releituras de sabores clássicos por R$ 35, R$ 45 e R$ 55.

Teatro para criançasum “João e Maria” diferente, em tempos de isolamento, é o tema da peça online e beneficente promovida pelo Amigos do HC. O espetáculo fica no ar até fevereiro, e toda a renda será revertida em prol do Hospital das Clínicas.

 

4. Procura-se

Um clique, na Rua Dr. Goulin, no Alto da Glória, daquilo que está meio escondido nos últimos dias aqui na cidade: o sol. Contribuição da nossa leitora Bruna Cattani.
 

Acesse esta nota avulsa

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Todos os mistérios estão no céu”.

Terminamos esta edição com a sensibilidade do sul-mato-grossense Germano Bruno Afonso, professor por quase três décadas da UFPR, morador de Curitiba e, infelizmente, mais uma das vítimas da COVID-19, na última quinta (26). (Tribuna do Paraná)

Uma das especialidades do professor foi a astronomia indígena brasileira, muito por conta das suas próprias raízes. Segundo ele, observando o céu, os indígenas monitoram os períodos de estiagem e chuva, de calor ou frio, e regulam a vida na Terra, adequando plantios, festas e acompanhando épocas de reprodução de peixes e animais. 

“Segundo os pajés, a terra nada mais é do que um reflexo do céu”, comentou nesta entrevista. Mais recentemente, uma das preocupações do professor era atualizar os calendários indígenas para contemplar os efeitos das mudanças climáticas.

Há poucos dias, em meados de agosto, Afonso deixou registrada sua última atuação docente nesta aula sobre Astrofotografia com o celular – em que dá dicas práticas e mostra as principais constelações indígenas.

Que o céu continue a guardar seus mistérios!
 

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