🚪 Restaurantes de portas fechadas

🚪 Restaurantes de portas fechadas

Bom dia!

Na edição de hoje (mais breve, com quatro notas), um balanço sobre restaurantes e cafés fechados no ano pandêmico em Curitiba, além de uma atualização sobre a vacinação contra o coronavírus e um convite a parar e… olhar, com o coração.

Nosso imenso obrigado aos novos apoiadores Tiemi Costa e Denis Carneiro. Se você curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

Não esqueça de compartilhar esta edição usando os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos e 30 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 2 de fevereiro

1. Os lugares que nos deixaram 🍽️

Dia desses, passeando pelas ruas da cidade, a gente começou a reparar em um monte de portinhas fechadas… E, quase no mesmo instante, chegou a mensagem da nossa leitora Ana Justi“O que vocês acham de uma nota de lugares legais e antigos de Curitiba que fecharam por conta da pandemia?”

A pulga coçou atrás da orelha, e fomos atrás de alguns casos. Concentramo-nos em restaurantes e cafés, um dos setores que mais sentiram os impactos da pandemia. 

Alguns exemplos: além do Empadas Caruso, de que já falamos aqui, teve o Exprèx Caffè, na Santos Andrade; o Miyako, na Getúlio Vargas; o Bar do Pudim, no centro; e o Castelo Trevizzo, em Santa Felicidade. Nesta semana, a churrascaria Devon’s também anunciou seu fechamento. (Tribuna do Paraná)

  • O problema, claro, é nacional – esta reportagem cita alguns exemplos curitibanos e lembra de outros bares tradicionais que fecharam no Rio, em BH, no Recife. E é, claro, compreensível: afinal, não dá para ignorar o perigo do coronavírus. (Folha de S.Paulo)


Aos números: A gente d’O Expresso foi sondar a base de alvarás de Curitiba para ver se conseguia encontrar algo a respeito. Foi difícil, mas filtrando aqui e ali, descobrimos que 907 restaurantes, cafés e lanchonetes de Curitiba deixaram de ter alvará ativo ao longo do último ano.

  • Porém… ao mesmo tempo, 493 restaurantes, cafés e lanchonetes iniciaram suas atividades em 2020. Muitos têm alvará no mesmo lugar onde, antes, funcionava outro estabelecimento – que em alguns casos só mudou de dono, ou de nome.

🔢 Noves fora, dá para dizer que Curitiba perdeu cerca de 400 restaurantes, lanchonetes e cafés ao longo do último ano. Isso, é claro, é uma estimativa.

O bairro de Curitiba com mais restaurantes, cafés e lanchonetes fechados é o Centro, com 92. Depois vem o Sítio Cercado, com 27. Veja o mapa completo aqui.


Isso sem contar os que estão heroicamente abertos – como o Cosmos Gastrobar, que ficou só em delivery por sete meses em favor do combate à pandemia. (BBC Brasil)

🗣️ E você, leitor? Lembra de algum restaurante ou café do coração que fechou as portas? Ou de algum que está aberto e vale a pena prestigiar? Conta pra gente! #comprelocal

 

2. Updates da vacina em Curitiba 💉

Um jogo rápido sobre a vacinação contra o coronavírus em Curitiba:

Boas notícias:

Mas…


E um alerta: quem mais transmite a doença vai ser vacinado por último, como mostra o Urbideias, grupo de estudos de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Positivo. São as pessoas que têm entre 20 e 59 anos, e que representam 75% dos casos de COVID-19 em Curitiba. (BandNews FM) 

Por isso, não dá para vacilar: acompanhe a curva da epidemia no nosso Monitor COVID-19 Curitiba, se cuide, use máscara e fique em casa sempre que possível! 😷

 

3. Pare, olhe, escute

Um convite para pausar é sempre bem-vindo. O clique, no bairro Cristo Rei, foi de Estelita Carazzai.
 

Acesse esta nota avulsa

Envie por WhatsApp >>

4. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Quem enxerga só com os olhos não vê muita coisa, na verdade. Eu, que sou cego, enxergo com a alma e com o coração.”

A frase que encerra esta edição é de um angolano adotado por Curitiba, Jacob Cachinga, em depoimento à revista piauí.

Cego por consequência do sarampo e refugiado da guerra civil em Angola, ele se mudou para a cidade aos 11 anos, em 2001. Foi acolhido no Instituto Paranaense de Cegos, ali na Visconde de Guarapuava – onde viveu até os 18 anos, aprendeu a se locomover com autonomia e teve aulas de braile.

Dali, ele seguiu à faculdade de Educação Física e ao mestrado, que está concluindo na PUCPR. Além disso, canta no coral Vozes de Angola e é professor voluntário de dança para pessoas cegas. 

“Sinto como se fosse uma forma de retribuir Curitiba por tudo o que a cidade me proporcionou desde que cheguei aqui, quando criança.” ❤️ A gente é quem agradece, Jacob, por tornar a nossa cidade mais humana e plural.

Uma ótima semana e até terça!
 

COMPARTILHE ESTA EDIÇÃO

Compartilhar no email
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no print

Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

💉 Como vai funcionar a vacinação em Curitiba?

💉 Como vai funcionar a vacinação em Curitiba?

Bom dia com vacina!

Nesta terça, além daquele assunto que todo mundo quer saber (ela, a vacina), fazemos nossa justa homenagem a um ator curitibano e trazemos as dicas culturais do mês de janeiro.

Nosso muito obrigado aos novos apoiadores Simone Pilatti e Gabriel Carazzai. Se você curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

Não esqueça de compartilhar esta edição usando os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 20 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 26 de janeiro de 2021

1. Habemus vacina 💉

Essa é a notícia que todo mundo queria dar: já tivemos a primeira pessoa vacinada contra a COVID-19 em Curitiba 🥳 É uma enfermeira de 44 anos, que atua no Hospital do Trabalhador, ali no Novo Mundo. (Tribuna do Paraná)

🗓️ Na quarta-feira (dia 20), se tudo der certo, começa a campanha de vacinação contra o coronavírus na cidade. E como vai ser?

A prefeitura divulgou um tira-dúvidas sobre a vacina. A população da cidade foi dividida em cinco grupos, por ordem de prioridade:

  • Grupo 1: profissionais de saúde, idosos que vivem em asilos, indígenas da aldeia Kakané-Porã, agentes funerários, agentes da FAS e guardas municipais;
  • Grupo 2: idosos acamados, pessoas com mais de 60 anos; detentos e funcionários de estabelecimentos penitenciários;
  • Grupo 3: cardiopatas graves, diabéticos, hipertensos, obesos, doentes neurológicos, pessoas com deficiências permanentes severas, pessoas com neoplasias, imunossuprimidos, transplantados e população de rua;
  • Grupo 4: trabalhadores de serviços essenciais (limpeza pública, segurança pública, motoristas e cobradores, professores, taxistas e motoristas de aplicativos);
  • Grupo 5: população abaixo de 60 anos.


☝️ Neste momento, a campanha começa só para o grupo 1. Todos eles serão contatados pelas instituições em que trabalham ou estudam, ou pelo conselho de classe. A prefeitura fará o agendamento, e cada um irá receber o dia e horário da vacina pelo aplicativo Saúde Já Curitiba (aproveite e já baixe o seu, para Android ou iPhone). Para esse grupo, a vacinação será no pavilhão do Parque Barigui.

  • Depois, a prefeitura começa a vacinar os outros grupos, seguindo a ordem de prioridade, sempre do mais velho para o mais jovem, detalhada no Plano de Vacinação de Curitiba (vale a leitura). Nessa fase, além do pavilhão do Parque Barigui, outras unidades de saúde também vão funcionar como postos de vacinação. O agendamento se dará pelo aplicativo Saúde Já Curitiba.

Mas… vamos respirar fundo, porque a vacina ainda vai demorar. Faça os cálculos conosco:

  • Só o grupo 1 soma 79 mil pessoas, segundo o Plano de Vacinação de Curitiba. Cada uma delas deve receber duas doses da CoronaVac, a única vacina com aval emergencial da Anvisa e que está disponível no momento;
  • Ou seja, são necessárias cerca de 160 mil doses para imunizar por completo o grupo mais prioritário entre os prioritários;
  • Porém, Curitiba recebeu, até agora, apenas 48 mil doses da CoronaVac. Dá para vacinar só um terço das pessoas deste primeiro grupo.

⚠️ Por isso mesmo, não há data para começar a vacinação nos demais grupos – porque ninguém sabe quando isso vai acontecer.

Sim, ainda dá para outras vacinas chegarem e ajudarem a reforçar o plano (como a AstraZeneca, desenvolvida pela Fiocruz/Oxford e que também teve o uso emergencial aprovado pela Anvisa). Mas corremos o risco de falta de insumos em todo o país, então, há a possibilidade de todo o cronograma atrasar. (UOL e Folha de S.Paulo)

Então, segure a onda! A situação continua bem grave, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Continue mantendo o distanciamento social, use máscara e fique em casa sempre que possível! 😷

 

2. Cultura Expressa: os destaques de janeiro

Vamos à primeira coluna Cultura Expressa do ano, com as dicas do pessoal do Curitiba de Graça. A curadoria é de Camile Triska:

Para ouvir: começou a Oficina de Música de Curitiba, que desta vez será inteiramente online e gratuita. Tem tango de Astor Piazzola, MPB de Lenine e Mônica Salmaso, rap de Criolo e Beethoven pela Orquestra Sinfônica da Bahia.

Um cubista local: quem é fã de Picasso ou Juan Gris precisa conhecer o paranaense Fernando Velloso, que ganhou uma exposição neste mês no MON (Museu Oscar Niemeyer). Com 90 anos, ele estudou com o francês André Lhote, foi gestor em órgãos culturais do Paraná – e segue na ativa.

Rap no Paiol: o rapper curitibano Beduino lançou um DVD gravado no Teatro Paiol, que está disponível no YouTube. No Curitiba de Graça, dá para ler mais sobre o músico – que começou fazendo freestyle nas praças da cidade.

Curitiba ilustrada: fica em cartaz até março uma exposição de Curitiba em ilustrações, feita pelo designer e ilustrador Maycon Prasniewski, num shopping do bairro Portão. 

Viva Zé: foi lançada no finalzinho do ano a biografia do ator José Maria Santos, que batiza um teatro em Curitiba. Ele viveu da arte e apresentou impressionantes 1.800 vezes a sua peça mais popular, o monólogo “Lá”, como conta o autor e ex-colega de palco, Ulisses Iarochinski.

 

 

3. Curtas ⚡

Dança da chuva: para tentar amenizar a estiagem que atinge Curitiba e região desde o final de 2019, a Sanepar resolveu testar uma tecnologia que faz chover. É a semeadura de nuvens, que irá custar R$ 2,48 milhões pelos próximos sete meses. (Gazeta do Povo)
 

Acesse esta nota avulsa

Envie por WhatsApp >>

4. Na curva da esquina

f9d17e2e-dc57-4f94-9bc7-8d41932b196f.jpeg

Na curva da esquina, tinha uma árvore. O clique é de Gustavo Panacioni.
 

Acesse esta nota avulsa

Ou envie por WhatsApp >>

5. Pra encerrar: em bom curitibanês

Ter “ene” personalidades me ajudaria tremendamente no meu trabalho, porque lá em Curitiba eu tinha que me modificar: para cada personagem, tinha que ser uma pessoa diferente.

A frase de hoje é de um curitibano que, assim esperamos, vivia numa Curitiba muito diferente da atual: o ator Ary Fontoura, que celebra 88 anos na semana que vem.

Radicado no Rio de Janeiro, Fontoura deu um longo depoimento para o livro “Ary Fontoura: Entre rios e janeiros”. Segundo ele conta, a Curitiba das décadas de 1940 a 1960 não era nada acolhedora: moralista e provinciana, destilava preconceito contra quem fazia radionovelas, como ele. Nem bailarinas para as peças ele conseguia encontrar – as mulheres da cidade se recusavam a dançar no palco.

Ele passou 31 anos na cidade, quando aprendeu a ter as “ene personalidades” de que fala. Eventualmente faz visitas à terra natal – que, esperamos, caro Ary, lhe acolha hoje com mais humanismo e amor.

O livro sobre Ary Fontoura está disponível na íntegra, e de graça, aqui.

Boa semana e até terça que vem!
 

COMPARTILHE ESTA EDIÇÃO

Compartilhar no email
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no print

Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

🚲 Onde estão as ciclovias de Curitiba?

🚲 Onde estão as ciclovias de Curitiba?

Feliz ano novo!

A gente agradece por começar mais um ano na sua companhia. Voltamos relativamente descansados (afinal, quem é que consegue descansar com um bebê em casa?), mas cheios de gás para continuar contando as melhores histórias de Curitiba.

Nesta edição, falamos sobre o estado das ciclovias em Curitiba e fazemos um breve apanhado da pandemia, além de contar a história de mais uma marca tradicional da cidade. Quem acertar ganha… uma pipoca.

Se você curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba. Não esqueça de compartilhar esta edição usando os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 19 de janeiro de 2021

1. Por onde pedala Curitiba 🚲

Em tempos de pandemia, usar a bicicleta como meio de transporte se tornou uma alternativa muito atraente. Afinal, é um meio de locomoção individual, ao ar livre e que não está sujeito a aglomerações.

💎 Em 2020, a bike virou um objeto de desejo: nem o maior fabricante de bicicletas global, em Taiwan, está conseguindo dar conta da demanda. (The New York Times, em inglês)

Por aqui, uma tradicional bicicletaria de Curitiba diz que não lembra de um ano tão bom desde 1994, quando dava pra usar vale-transporte para comprar uma bicicleta. Tem até empresa local relatando falta de produto e alta nos preços. (Tribuna do Paraná e Bem Paraná) 

Mas… andar de bicicleta de forma segura, com boa infraestrutura, é para quem pode.

  • A gente d’O Expresso pediu à prefeitura, pela Lei de Acesso à Informação, a divisão da atual infraestrutura cicloviária por bairro, pra ter uma ideia de como está a mobilidade em duas rodas na cidade. Eis o resultado:

52333f2a-6d7e-4436-8c9d-1c4da71f9e0c.png
Quanto mais escuro o bairro, maior a extensão da rede cicloviária. O mapa inclui ciclovias, ciclofaixas, vias calmas, ciclorrotas e passeios compartilhados (entenda a diferença).
 

Um destaque: no total, segundo os dados informados ao Expresso, Curitiba tem 220,8 km de malha cicloviária. Sabe quanto tínhamos em 2018? 208,5 km, segundo o Plano de Estrutura Cicloviária. Ou seja: ganhamos 12,3 km de ciclovias nos últimos dois anos.

👀 A meta da prefeitura é dobrar a malha até 2025, quando começa a próxima gestão. A ideia é chegar aos 408 km de estrutura cicloviária. Dá pra ver que será preciso muito trabalho para cumpri-la.
 

Outras coisas interessantes:

  • Na comparação entre 2020 e 2010 (cujos dados vieram do Infocuritiba), deu para ver que muitos bairros de Curitiba ganharam infraestrutura cicloviária. Nesses dez anos, a malha passou de 113 km para 220 km.
  • A gente sabe, porém, que a qualidade dessas rotas nem sempre é a melhor. O próprio Plano de Estrutura Cicloviária de Curitiba, que é um documento oficial, destaca os trechos bons e ruins, ali no slide 10, segundo a situação em 2018. O principal problema é a iluminação e a sinalização horizontal.
  • Impressionam, ainda, os buracos no mapa: os bairros em branco são aqueles sem nenhuma infraestrutura para os ciclistas. Entre eles, estão Campo Comprido, Mossunguê, Santa Quitéria, Jardim Social e Bom Retiro.

Para ir a fundo:

🗣️ E você, leitor? Conta pra nós sua experiência! É só responder a este e-mail.
 

2. O Expresso da História: uma pipoca curitibana 🍿

Pra começar bem o ano, vamos de mais uma coluna O Expresso da História, escrita pelo nosso parceiro Diego Antonelli – que hoje fala de uma presença carimbada nos terminais de ônibus e nas banquinhas da cidade: a Pipoteca. Uma história que começa… nos embalos de sábado à noite:

🕺 A discoteca reinava no Brasil de 1978, que não perdia um capítulo da novela Dancing Days, da Rede Globo. Ciente do sucesso das danceterias, o catarinense Sebastião Anastácio dos Santos decidiu: a empresa que ele estava por criar homenagearia, de alguma forma, a onda das discotecas. Dito e feito: a partir da estranha combinação de “pipoca” com “discoteca”, nasceu a Pipoteca.

Recomeço: Aos 42 anos, com uma vida dedicada ao ramo da agricultura, torrefação de café e produção de sabão, Sebastião resolveu vender tudo na cidade catarinense de Pouso Redondo e recomeçar sua vida profissional em Curitiba. Chegou à capital paranaense em 31 de julho de 1978.

🏭 Pouco tempo depois, adquiriu uma antiga fábrica de pipoca na Vila Fanny, onde a empresa está até hoje.

  • No começo, a fábrica era também a sua casa, da esposa e dos seis filhos. Todo mundo contribuía com seu quinhão para o sucesso da empresa. 

Em Curitiba, é difícil quem não tenha apreciado a famosa pipoca doce embalada em um pacote rosa meio transparente. Foi com esse sabor que tudo começou. “Colocamos o grão de canjica numa espécie de canhão e ele se transformou nessa guloseima que marca gerações”, segundo a descrição da própria empresa.

Hoje, são mais de 50 tipos de guloseimas – doces e salgadas – produzidas pela Pipoteca, que continua sendo administrada pela família Santos. (Tribuna do Paraná) 

Curiosidades:

  • A primeira embalagem de Pipoteca trazia estampados os atores John Travolta e Olivia Newton John, reproduzindo uma cena do filme Grease.
  • Depois, a empresa chegou a ter como mascotes o Mickey e a Minnie. Foram alertados que corriam risco de serem processados por violação dos direitos autorais. Hoje, a Pipoteca tem seus próprios mascotes.

 

3. Curtas ⚡

Ainda a pandemia: continua grave a situação da pandemia do novo coronavírus em Curitiba. O Plural mostrou essa semana, por exemplo, que a COVID-19 causou uma em cada seis mortes na cidade em 2020, e que 25% dos pacientes internados com a doença morreu. Acompanhe os dados completos no nosso Monitor COVID-19 Curitiba.

Vale do Guadalupe: temos notícias no front das startups de Curitiba. A Bcredi, fintech leite quente que trabalha com crédito imobiliário, foi comprada pela Creditas. A cafeteria The Coffee vai expandir internacionalmente. E a MadeiraMadeira se tornou o novo unicórnio brasileiro, com valor de mercado de mais de US$ 1 bilhão. Já é o segundo da cidade, ao lado do EBANX. (Startupi, LABS e Brazil Journal)
 

Acesse esta nota avulsa

Envie por WhatsApp >>

4. Nos trilhos

123774a0-fb02-4fa5-bc35-ae9870015769.jpeg

O clique é de Estelita Carazzai.
 

Acesse esta nota avulsa

Ou envie por WhatsApp >>

5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Sou o primeiro negro, mas tenho certeza de que não serei o único.”

Encerramos esta primeira edição do ano com uma aspas do Robson Privado, cofundador da MadeiraMadeira, uma startup de Curitiba que atingiu o status de unicórnio neste mês (ou seja, vale mais que US$ 1 bilhão).

Robson é negro – o primeiro na atual lista de cofundadores dos unicórnios brasileiros e, vejam só, logo de Curitiba, uma cidade com fama de europeia e branca. Como ele contou nesta entrevista para a Folha de S.Paulo, “o sucesso profissional ainda é muito solitário para os negros”.

“Meu papel é mostrar que é possível chegar. Não é a cor da pele que faz diferença.”

Tenha uma ótima semana!
 

COMPARTILHE ESTA EDIÇÃO

Compartilhar no email
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no print

Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

📊 O ano em cliques

📊 O ano em cliques

Ufa, já acabou?

Esta é a última edição d’O Expresso em 2020. Agradecemos a você pelo apoio e companhia – apesar de tudo, foi um ano muito bom para nós. Tem até retrospectiva aí embaixo, além de mais uma coluna da Adriana Baggio. 👀

Um agradecimento especial aos nossos novos apoiadores Etel FrotaLuiz Kokot e Paulo Souza – e a todos os que nos leram, escreveram e contribuíram para o projeto! Se você curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

Não esqueça de compartilhar O Expresso usando os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

Tempo de leitura da edição de hoje:
9 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 12 de janeiro de 2021

1. Ônibus livres do fiu-fiu

mobilidade das mulheres em Curitiba é novamente o tema da coluna de hoje da Adriana Baggio, que fala sobre a dificuldade de ser mulher e… pegar um ônibus, livre de assédio. Quem aqui sabe do que estamos falando? 🙋‍♀️ Diga lá, Adriana:

Muita gente pode não se dar conta, mas são as mulheres quem mais caminham e usam o transporte público em grandes cidades (Gênero e Número). São elas, majoritariamente, que vão pegar os filhos na escola, que saem para as compras do mês, que levam um parente ao médico.

E em Curitiba, não por acaso, o transporte público é campeão em ocorrências de assédio sexual de rua, com 31% dos registros na Guarda Municipal nos últimos dez anos. Parques vêm em segundo lugar (15%) e escolas, em terceiro (5%).

 

fe69ba7b-720d-477f-8e00-2d9022fc6571.png

Veja que interessante: os registros de assédio nos ônibus coincidem com os eixos de transporte público da cidade. O eixo do Pinheirinho e o terminal do Cabral se destacam. O mapa completo está na nossa página especial Deixa a guria em paz.

 

🚌 O assédio acontece dentro do ônibus, nos pontos ou estações-tubo, nas imediações deles e até mesmo nos terminais. Impossível não perceber o profundo impacto que isso provoca na mobilidade das mulheres, na sua saúde física e mental e, consequentemente, no acesso às oportunidades de estudo, trabalho e lazer.
 

Como resolver o problema? Educação e punição são fundamentais e urgentes, mas uma prefeitura tão empenhada em obras de infraestrutura poderia começar com medidas mais pontuais – e bem simples. Uma pesquisa realizada pelo projeto Meu ponto seguro (Think Olga), por exemplo, mostra que iluminação adequada e a presença de outras pessoas nos pontos de ônibus aumentam a sensação de segurança e a segurança real.
 

🚲 Há mais pessoas nas ruas e no entorno dos equipamentos de transporte público quando o próprio transporte é de qualidade e acessível, quando há estímulo ao uso da bicicleta, quando as ruas são pensadas também para pedestres e não apenas para carros, quando se incentiva o comércio e atividades de lazer diversificados, especialmente os pequenos negócios. Será que Curitiba tem dado a devida atenção a essas medidas?
 

Last, but not least: no momento, é melhor não estarmos nas ruas. Mas há quem precise sair de casa para trabalhar, usar o ônibus, cuidar dos seus. Aliás, interessante notar: em 2020, diminuíram as ocorrências atendidas pela Guarda Municipal em escolas — por motivos óbvios —, mas aumentaram aquelas nos equipamentos públicos de saúde. É uma soma de vulnerabilidades.
 

São mulheres, principalmente das camadas mais pobres da população, as que mais utilizam e dependem de ônibus, unidades de saúde e escolas públicas. Binários e asfalto não resolvem os problemas de mobilidade urbana que afetam essas curitibanas e que acentuam a desigualdade social em nossa cidade.
 

2. Retrospectiva Expressa 🎆

Com o final de 2020 à porta, O Expresso chega à 148ª edição e a 647 notas produzidas e enviadas para os nossos assinantes. Já são três anos desde os nossos primeiros passos, e a gente agradece sua companhia até aqui

Para dar aquele gostinho de fim de ano, nada melhor que uma retrospectiva à la Expresso: elencamos um TOP 10 dos temas que foram mais relevantes para nossos leitores, com base nas notas mais clicadas do ano. Esta análise tem dois principais motivos: 

  • relembrar o que rolou neste ano; e
  • fortalecer nossa missão de pensar e produzir conteúdos que sejam relevantes para nossos assinantes.


O ano da pandemia

coronavírus foi o principal tema d’O Expresso (e do mundo!) em 2020. Não por acaso, foi um dos assuntos mais lidos nas nossas edições. Foi cansativo, porém necessário. Lançamos, ainda lá em abril, nosso Monitor COVID-19 Curitiba que reúne (até hoje), em um só lugar, os principais dados do avanço do novo coronavírus pela cidade.

Mas não foi o único: nossa página especial sobre as eleições em Curitiba, por exemplo, que mostra a votação por bairros, teve o maior engajamento da história d’O Expresso.

Confira o top 10 deste ano:

  1. Como Curitiba Votou, na edição do dia 24 de novembro;

  2. O custo da pandemia no supermercado, de setembro, onde apresentamos os produtos que mais encareceram neste ano em Curitiba;

  3. Boas notícias da pandemia em Curitiba, lá do dia 24 de março, com algumas sugestões de iniciativas que surgiram em meio à doença;

  4. Em que bairro mora o coronavírus, com uma apuração então inédita dos bairros de Curitiba com mais casos;

  5. Eu quero uma casa na cidade, também de setembro, em que mostramos quais são os bairros com mais casas e apartamentos em Curitiba;

  6. Quatro anos depois, outra eleição, com uma análise detalhada do perfil dos candidatos a vereança;

  7. Um vírus (ainda) em movimento, enviada em agosto, onde falamos do aparente platô do número de casos de COVID-19;

  8. Domingo é dia de votar, com uma página super especial que reuniu as principais declarações de cada um dos 16 candidatos à prefeitura de Curitiba;

  9. Um vírus que mata mais na periferia? A partir do número de casos por bairro, conseguimos mostrar que a COVID-19 fazia mais vítimas na periferia da cidade;

  10. Como será o amanhã?, um breve ensaio do mundo pós-pandêmico a partir da mobilidade urbana.


A gente fica especialmente feliz de ver, nesse top 10, apurações exclusivas que fizemos ao longo do ano, e que se somam à nossa curadoria de notícias curitibanas.

Obrigada por sua companhia neste longo e difícil ano! Que 2021 venha suave – e que a vacina venha junto! 💉

 

3. Curtas ⚡

Status da pandemia: apesar de o número diário de novos casos ter diminuído, não dá para facilitar. Os hospitais ainda estão lotados e a taxa de ocupação de UTIs em Curitiba é de 92%. Acompanhe a curva da pandemia no nosso Monitor COVID-19 Curitiba.

Natal em segurança: para se manter em saúde com os seus neste Natal, não tem segredo: reúna poucas pessoas (de preferência só o seu núcleo de convívio), faça isolamento por pelo menos uma semana e mantenha os cuidados de distanciamento social na ceia. Essas são as dicas oficiais em Curitiba. Alguns pesquisadores são ainda mais rigorosos, e alertam para o alto grau de contágio em reuniões intrafamiliaresquer um Natal em família no ano que vem? Poupe-se deste. (Gazeta do Povo e GloboNews)

Para aproveitar enquanto dá: a tradicionalíssima Empadas Caruso anunciou seu fechamento, depois de 66 anos. Vai funcionar até o dia 30 deste mês, na Visconde do Rio Branco, no centro. Depois disso, para comer as empadas, só por encomenda. (Reinaldo Bessa)
 

Acesse esta nota avulsa

Envie por WhatsApp >>

4. Janelas fechadas

d79bbedd-5178-4c9a-8ec8-3db07e5f1fe0.png

Um ponto clássico do Natal de Curitiba – neste ano, sem aglomerações. A foto é de Estelita Carazzai.
 

Acesse esta nota avulsa

Ou envie por WhatsApp >>

5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Sentir-se sozinha em uma ilha de brancos no sul do país é uma realidade nociva e que muitas vezes não traz perspectiva de futuro para muitas meninas que não se veem em lugares de poder.”

A última aspas do ano é de Jaqueline Ramos, estudante de Química da UFPR e uma das autoras do livro de passatempos Cientistas Negras: Brasileiras, mais uma obra fenomenal do grupo Meninas e Mulheres nas Ciências.

O livro, aliás, é uma bela resposta ao sentimento da estudante. A ideia do projeto foi divulgar o protagonismo de cientistas negras brasileiras, homenageando 14 mulheres de diferentes áreas do conhecimento. (Portal UFPR)

O grupo já fez outro livro de passatempos, de que também já falamos. Aproveite esses tempos de isolamento para baixar o material e ocupar a mente 😉

Um abraço, muita saúde e um bom final de ano!
 

COMPARTILHE ESTA EDIÇÃO

Compartilhar no email
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no print

Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

🌆 O preço dos imóveis em Curitiba

🌆 O preço dos imóveis em Curitiba

Bom dia!

Aproveite a leitura, que esta é a penúltima edição do ano – e que ano. Voltamos ao tema da nova onda de coronavírus em Curitiba, e também falamos do preço dos imóveis na cidade e de agricultura, além de dicas culturais pra curtir em casa.

Fica o nosso ‘muito obrigada’ aos novos apoiadores Ana Flávia da SilvaCamila Barp e Rafael Faccio. Se você curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

Não esqueça de compartilhar O Expresso usando os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 30 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 15 de dezembro

1. Ainda o coronavírus – e os hospitais ⛑️

Infelizmente, não tem como fugir do assunto coronavírus em Curitiba. Se você é como a gente, passou a semana sabendo de amigos que tiveram o vírus, que perderam familiares, que estão internados… Não foram dias fáceis. 😢

A gente escolheu chamar a atenção para três pontos:

1) Os hospitais estão cheios: em uma única semana, houve em média 100 internações diárias por COVID ou por suspeita da doença em Curitiba (dados até o dia 29, obtidos nesta planilha do Ministério da Saúde). A fila de espera por uma UTI triplicou, e na rede privada há até congestionamento para fazer o teste da COVID. (Paraná Portal e Plural)

📈 Como mostra este gráfico, o Hospital do Idoso continua com mais de cem internações por semana, mas se destacam também a Santa Casa e, entre outros, o Hospital Infantil Pequeno Príncipe, com 25 casos suspeitos na última semana – sinal de que crianças também têm se contaminado com gravidade.

2) Falta de ar, tosse e diarreia: a maior parte dos internados em Curitiba tem como sintoma primordial a falta de ar, claro. Mas você sabia que a tosse é mais comum que a febre, e a diarreia, mais comum que a dor de garganta? Também está lá na planilha. Fique atento.

3) Pinheirinho na dianteira: no nosso Monitor COVID-19 Curitiba, em que colocamos todos os números da pandemia, dá pra ver que a regional do Pinheirinho (que inclui bairros como Capão Raso e Novo Mundo) continua campeã em incidência da doença. Já em número de mortes, as piores são Cajuru e Matriz (a região central).

Para ver o copo meio cheio:

 

2. Imóveis em alta 🏡

Em tempos de ficar em casa, o mercado imobiliário de Curitiba ficou aquecido. A gente achou interessante essa reportagem do G1 PR, que mostra que em metade dos bairros da cidade, o preço do metro quadrado subiu acima da inflação no último ano.

Os dados são do Imovelweb, baseados em anúncios de imóveis colocados à venda na plataforma, e foram compilados pelo G1 PR. A gente resolveu mapear a informação, e olhe no que deu:

6384e36b-d0af-4397-893b-833ccec04404.png
Quanto mais escuro, maior a valorização dos imóveis residenciais no bairro, ao longo do último ano. Veja o mapa completo aqui.
 

Em resumo:

  • As regiões leste e norte de Curitiba foram as que mais encareceram neste ano, com destaque para o Capão da Imbuia e o Pilarzinho.
  • Na contramão, o preço médio variou para baixo no São JoãoButiatuvinhaBom Retiro e Jardim Botânico, segundo o levantamento do Imovelweb.
  • metro quadrado mais caro da cidade, de acordo com os imóveis anunciados no Imovelweb, é do Batel, seguido por Campina do SiqueiraJuvevêAhú e Mercês.
  • Os periféricos CachoeiraAugusta e Campo de Santana aparecem no final da tabela.


💭 Em tempos em que muita gente pensa em (e pode) mudar de casa, vale lembrar que isso muitas vezes é um privilégio: no Brasil, sete em cada dez que moram em casas com algum tipo de inadequação são pretos ou pardos. (Folha de S.Paulo)

 

3. Curtas com Cultura Expressa ⚡

As curtas de hoje são culturais: é a última coluna do ano com as dicas do pessoal do Curitiba de Graça, selecionadas por Camile Triska – e todas pra curtir de casa, em distanciamento social. Vamos a elas!

Festa virtual: começa hoje e vai até sexta (11) a Flibi, Festa Literária da Biblioteca Pública do Paraná. Todos os debates e oficinas serão transmitidos de graça pelo YouTube: tem Eliane Brum, Xico Sá, Ferréz e outros gênios. Vale conferir a programação.

Falando em livros: o Curitiba de Graça entrevistou os escritores locais Guido Viaro, que venceu o Prêmio Biblioteca Digital, da Biblioteca Pública (e neto do artista plástico de mesmo nome); e Luiz Manfredini, paranaense radicado em Curitiba, que reeditou um romance sobre ditadura militar e tortura.

Teatro no sofá: quem quiser curtir a quarentena com um pouco de teatro pode aproveitar a temporada online de O Solo dos Mares, peça que debate o racismo brasileiro contando a história de João Cândido Felisberto, o herói injustiçado da Revolta da Chibata. A produção é de Isidoro Diniz, ator e diretor radicado em Curitiba.

Curitiba em quadrinhosfoi lançada neste mês a HQ “CWB”, de José Aguiar, que faz uma homenagem crítica à cidade: um homem e uma mulher saem de suas casas em dois pontos diferentes da cidade para se encontrar. Nesta quarta (9), também tem o lançamento online da HQ “O Filho Mau”, dos artistas curitibanos Carol Sakura e Walkir Fernandes. 

 

Acesse esta nota avulsa

Envie por WhatsApp >>

4. Enclausurado

db8b6a2f-c1b4-47bb-82b3-4b1e9c9c1b44.jpeg

O clique de hoje é de Maura Martins, direto do Alto da XV. Na foto, um sabiá-laranjeira no meio dos concretos da cidade. Pra quem lembra, em setembro falamos do misterioso silêncio da espécie aqui em Curitiba.
 

Acesse esta nota avulsa

Ou envie por WhatsApp >>

5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Primeiro eu sentia que estava sujando a mão de terra. Hoje é ao contrário: quando eu enfio a mão na terra, as minhas mãos ficam limpas. Cheias de terra, mas limpas.”

A frase de hoje é de um argentino radicado em Curitiba, o Nei Zuzek, que acaba de lançar um livro sobre sua experiência com a agricultura.

Designer por formação, Zuzek largou a vida urbana por uma nova experiência junto à terra, numa área próxima à represa do Passaúna. Ali ele se denomina “hortelão”, e planta orgânicos numa horta em formato de mandala.

“Plantar é a atividade mais fundamental do ser humano desde que decidiu, há milênios, ser sedentário. Então, por que não aprendemos a plantar na escola?”, é uma das provocações da obra. Ainda dá pra comprar o livro direto na editora. A dica foi do nosso leitor Paulo Souza.
 

COMPARTILHE ESTA EDIÇÃO

Compartilhar no email
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no print

Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

🌊 Onda? Tsunami

🌊 Onda? Tsunami

Mais um dia começando com o seu Expresso de todas as terças.

A edição de hoje, fechada com o choro de um bebê que não queria dormir, traz uma breve análise sobre os hospitais de Curitiba que mais receberam casos de COVID, e a história de uma marca de refrigeradores do coração da cidade 💛

Nosso agradecimento especial vai para Tyrso Meireles, que assinou um dos planos mensais de apoio ao O Expresso. Se você curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

Não esqueça de compartilhar O Expresso usando os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos e 11 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 8 de dezembro

1. Um tsunami de casos 🌊

A gente não queria começar dezembro falando de pandemia (ainda!). Mas infelizmente o novo pico de casos de coronavírus em Curitiba, como a gente mostrou nas últimas edições, está parecendo um tsunami, segundo a própria secretária municipal de Saúde. (Plural)

E não é para menos, como mostra o gráfico aí embaixo:

b17d7b05-6765-4c8c-88ad-ae820f409bb1.png
A curva mostra o número de casos ativos do vírus na cidade – ou seja, que têm potencial de transmitir a doença para outras pessoas. Veja os dados completos no nosso Monitor COVID-19 Curitiba.

 

O que mais preocupa agora é a situação dos hospitais: apesar da abertura de mais leitos exclusivos para a COVID na cidade, muitos estão lotados e suspenderam o atendimento de emergência. (Gazeta do Povo e BandNews FM) 

🔎 A gente d’O Expresso foi atrás de mais dados, e conseguimos achar uma planilha do Ministério da Saúde que concentra todos os casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), incluindo COVID, no país. 

Fuça daqui, fuça dali, e montamos uma lista dos dez hospitais que mais receberam casos de coronavírus em Curitiba (tanto confirmados quanto suspeitos) nas últimas duas semanas (de 08 a 23 de novembro):

Hospital do Idoso Zilda Arns: 198 casos em duas semanas
Hospital Evangélico Mackenzie: 109
Hospital de Clínicas: 98
Ônix Mateus Leme: 72
Cruz Vermelha: 59
Santa Casa de Curitiba: 58
Hospital Santa Cruz: 57
Vita Curitiba: 45
Hospital Pilar: 28
Hospital Nossa Senhora das Graças: 28

Em resumo, é MUITA coisa. Em alguns hospitais, o número de casos admitidos ou atendidos neste mês ultrapassa o pico do inverno. 

Fica aquele velho recado: se cuide e cuide dos demais! Use máscara e, se puder, fique em casa.

 

2. O Expresso da História: das bicicletas aos eletrodomésticos 🚴

Vamos a mais uma viagem pela história de Curitiba com o nosso Diego Antonelli, que hoje fala de uma indústria curitibana famosa pelos eletrodomésticos, mas que começou mesmo com bicicletas: a Prosdócimo.

🚋 Nas primeiras décadas do século 20, as ruas de Curitiba eram dominadas por bondes, cavalos e carroças. Mas foi o mercado crescente das bicicletas que chamou a atenção de João Prosdócimo. 

🚲 Em 1929, nasceu a João Prosdócimo & Filhos – uma oficina de bicicletas, armas de fogo e de máquinas de costura, além de oficina mecânica, com capital financeiro de 30 contos de réis. Ali se vendia uma variedade de bicicletas e motos. A cereja do bolo, porém, eram os itens de marca própria: as Bicycletas Prosdócimo.

  • Em 1934, a loja foi transferida para a Praça Tiradentes, onde permaneceu por décadas como a matriz das Lojas Prosdócimo, que se tornou uma completa loja de departamentos. No auge, o estabelecimento ocupava sete pavimentos, sendo cinco de lojas e dois para escritórios e setor administrativo. (Fecomércio)


Surgem os eletrodomésticos: em paralelo ao sucesso da Prosdócimo, uma dupla de empreendedores começava uma história que se cruzaria com a empresa de bicicletas. Em 1949, período de pós-guerra, a importação e a produção interna de refrigeradores não conseguiam atender à demanda do mercado nacional.

  • Foi quando Kurt Emilio David Berhend Lysis e José Isfer criaram a Refrigeração Paraná (Refripar), em Curitiba.


🧊 Em 1954, a Refripar foi adquirida pelos Prosdócimo, que passaram a utilizar o nome da família como marca dos refrigeradores. Em 1961, a empresa lançou o primeiro freezer horizontal no Brasil e, em 1963, já fabricava mil geladeiras por mês! Aos poucos, a marca se tornou referência, e chegou a ser a segunda maior fabricante brasileira da chamada “linha branca” de eletrodomésticos. (UFPR, dissertação de Sandra de Brito da Silva)

Àquela época, a Prosdócimo ainda era uma empresa familiar. Os irmãos Pedro e João Antônio dividiam o comando das empresas: Pedro era presidente no comércio, e João Antônio, na indústria. 


O fim: a crise econômica dos anos 1980 colocou um ponto final na trajetória do braço comercial do grupo. Em 1984, a cadeia de 23 lojas entrou em recuperação judicial e foi vendida para o grupo Arapuã.

Já a Refripar ficou no comando da família Prosdócimo até 1996, quando foi comprada pela sueca Electrolux. Em 1997, a marca “Prosdócimo” deixou de ser utilizada em definitivo.

🏙️ Uma curiosidade: sede das Lojas Prosdócimo, o edifício João Prosdócimo foi construído em 1947 na praça Tiradentes. Em 1958, anunciou com pompa que inaugurava a primeira escada rolante de Curitiba. “O que Nova Iorque, Rio e São Paulo têm, agora para você também!” (Memória Urbana)

 

3. Curta 

Pano pra manga: a página especial sobre eleições d’O Expresso foi tema de algumas análises super interessantes de nossos leitores. Uns destacaram a presença dos vereadores eleitos nos bairros em que foram vencedores – pelo visto, bater perna ainda faz diferença na campanha. Outros lembraram do episódio de um apresentador global na Caximba, que acabou sendo o bairro com maior proporção de votos do atual prefeito. E o Eduardo Prox refletiu sobre o fraco desempenho da esquerda na periferia: “No Caximba, os vereadores mais votados foram do Podemos, PSD, Republicanos e PSL. Será que isso demonstra um descolamento da esquerda das pautas relevantes para a periferia?”.
 

Acesse esta nota avulsa

Envie por WhatsApp >>

4. Aglomeração

7d64a4e0-920a-4e2c-a010-4900129e9336.jpg

Quando o sol sai em Curitiba é assim: hora de aproveitar para dar uma arejada nos bichos de pelúcia. O registro incrível é da leitora e amiga Ana Paula Málaga.

Ah! A foto da semana passada, aliás, era de uma Araucária com uma Bougainville – também conhecida como primavera -, como nos informou o nosso leitor Fabio 🙂

 

Acesse esta nota avulsa

Ou envie por WhatsApp >>

5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“A enchente de 1983 destruiu tudo na casa dos meus pais. […] Eu queria poder ajudar as pessoas a não passarem pelo que a minha família enfrentou.”

A frase de hoje marca o início da caminhada da pesquisadora Alice Grimm, que nesta semana foi elencada em um ranking internacional como uma das cientistas mais citadas no mundo no ano que passou. (Portal UFPR)

Grimm é professora da UFPR em Curitiba e pesquisadora do clima. A história dela com a ciência começou com essa enchente de que ela fala, como contou nesta palestra. (UFSC)

“Às vezes, uma região passa por muitos anos de seca extrema ou chuva exagerada, e as pessoas não sabem que se trata de mudanças interdecadais, e que poderiam se organizar melhor se houvesse uma previsão mais precisa”, disse. Aliás, a estiagem pela qual passamos aqui no Paraná entra nesta lista. (Gazeta do Povo)

Se quiser saber mais, você pode ouvir uma palestra recente (e super interessante) dela aqui. (Semana da Física UnB)

Ótima semana a você 🙂
 

COMPARTILHE ESTA EDIÇÃO

Compartilhar no email
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no print

Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

🔎 Seu bairro votou em quem?

🔎 Seu bairro votou em quem?

Olá!

Mais um O Expresso chegando por aqui. Hoje a gente apresenta uma análise detalhada de como Curitiba votou nas eleições de 2020 e, claro, não podemos deixar de falar da COVID-19.

Antes de seguirmos, fica o convite de sempre: se você curte nosso trabalho e nossas apurações exclusivas, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

Não esqueça de compartilhar O Expresso usando os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 1 de dezembro

1. Uma cidade em alerta 😷

Infelizmente, as notícias não são boas no front do coronavírus: a curva de casos ativos em Curitiba já é a maior desta pandemia, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba (que, aliás, foi destaque nesta reportagem do Livre.jor).

e50cd684-ae59-4caa-a6b3-b003a3bd67c1.gif

Este gráfico mostra a aceleração da pandemia em todas as regionais da cidadeCIC, em verde, e Boa Vista, em amarelo, são as que mais tiveram casos novos na última semana. Já as mortes aceleraram no Pinheirinho e no Boqueirão.
 

⛑️ Nos últimos dias, hospitais privados anunciaram lotação máxima e chegaram a interromper o atendimento a pacientes graves. Curitiba suspendeu cirurgias eletivas no SUS, e pede que o estado do Paraná faça o mesmo. (Tribuna do Paraná e UOL)


Mas nem tudo é má notícia: o grande aumento no número de casos também se deve ao aumento da testagem. Ou seja, temos mais casos do que no inverno porque testamos 142% a mais, segundo a secretaria da Saúde – o que ajuda a explicar, também, porque a letalidade está menor. (Plural) 


📉 O número de mortes, de fato, caiu em comparação ao pico da pandemia, em julho: chegamos a ter 120 óbitos por semana naquela época. Na semana passada, esse número foi de aproximadamente 50. (O Expresso) 


🎅🏼   Um Natal possível: a prefeitura diz que irá criar um protocolo especial com orientações para passar o Natal em família da forma mais segura possível. Nesta reportagem, um cientista já recomenda algumas táticas, como reuniões ao ar livre, de máscara, com ventiladores voltados para a janela – e, na hora da comida, cada um em seu cantinho, de preferência em silêncio. (Gazeta do Povo e IJNet)
 

2. Como Curitiba votou?

Na semana que passou, saíram os dados completos da votação para prefeito e vereador em Curitiba – e, como prometemos, a gente mergulhou neles para descobrir como Curitiba votou

Atualizamos nossa página especial das eleições com todos os mapas (que adoramos, como você sabe ❤️). Mas a gente adianta alguns destaques abaixo:

🏆 Que Rafael Greca permanece como prefeito até 2024, todo mundo já sabe. Mas é legal olhar o mapa abaixo para notar que a votação dele foi mais expressiva na região oeste na cidade e em torno do centro. Outros destaques:

  • O atual mandatário foi o mais votado em todos os bairros da cidade;
  • Seu melhor desempenho foi no Caximba, no extremo sul da cidade, onde fez 66% dos votos totais (somando nulos e brancos);
  • Greca só ficou abaixo dos 50% em seis bairros: Alto Boqueirão, Cachoeira, Campina do Siqueira, Centro, Prado Velho e Uberaba;
  • Sua pior votação, aliás, foi no Campina do Siqueira: 37% dos votos totais.
a7dcd0a9-5c66-4c98-a939-01f55d48b7ac.png

Os bairros mais em tons mais escuros deram, proporcionalmente, mais votos ao atual prefeito. Confira tudo na nossa página especial sobre as eleições em Curitiba
 

Na Câmara, cada um dos 38 vereadores eleitos mostrou ter uma base eleitoral bastante distinta. É claro que eles governam para toda a cidade, mas é interessante observar o eleitorado cativo de cada parlamentar neste mapa. Já aqui, dá pra saber quais foram os vereadores eleitos mais votados no seu bairro.

 

3. Curtas  ⚡

Startupeiras: a semana foi de muitas notícias no setor de tecnologia de Curitiba. A TROC, brechó online fundado na cidade, foi comprada pela Arezzo. O Olist recebeu investimentos milionários do fundo japonês Softbank. A Contabilizei anunciou novos produtos para virar fintech no ano que vem. E a MadeiraMadeira, segundo esta reportagem, pode se tornar o novo unicórnio da cidade, depois do EBANX. (LABS, Brazil Journal, Neofeed e InfoMoney)


Chove mais: a chuva que caiu nos últimos dias ajudou a afastar o rodízio mais severo em Curitiba e região. Mas a situação está longe de ser confortável, portanto, continue economizando. (Gazeta do Povo e Plural)


Acesse esta nota avulsa

Envie por WhatsApp >>

4. Simbiose

99c8850d-5112-4088-b16b-ea79f0384aab.jpeg

O clique de hoje, de uma araucária maravilhosamente misturada ao que achamos ser um ipê roxo, é da nossa leitora Katna Baran. Fica no Alto da XV, na esquina da rua Saldanha da Gama com a Benjamin Constant.
 

Acesse esta nota avulsa

Ou envie por WhatsApp >>

5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Eu era executivo de dia, boêmio à noite e menestrel na madrugada.”

A frase de hoje é de Gerson Bientinez, o Gersinho, músico e compositor curitibano que faleceu no início do mês e deixou uma discografia de amor a Curitiba

Filho de radialista e violonista de mão cheia, Gersinho tocou ao lado de ícones da Bossa Nova e deixou um álbum pronto para ser lançado. (Curitiba de Graça) Como disse a amiga Etel Frota neste texto emocionado, teve “uma encarnação paralela como burocrata”. “Fim de expediente, virava menestrel e, cinderelo, caía na noite”. (Plural)

Uma semana cheia de música a você 🙂
 

COMPARTILHE ESTA EDIÇÃO

Compartilhar no email
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no print

Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

🗳️ Um balanço das urnas em Curitiba

🗳️ Um balanço das urnas em Curitiba

Bom dia!

Ficamos até agora há pouco fechando esta edição pra você, na tentativa de trazer alguma luz sobre a nova bancada de vereadores de Curitiba. O resultado está aí embaixo, junto com um alerta sobre (adivinhe) o novo coronavírus.

Um muito obrigado aos novos apoiadores Aléxia HetkaGuylherme Custódio e Marina Vello. Se você curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

Não esqueça de compartilhar O Expresso usando os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

Tempo de leitura da edição de hoje:
5 minutos e 30 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 24 de novembro

1. A nova Câmara de Curitiba 🗳️

A gente começa o nosso balanço das eleições com uma análise mais modesta do que prevíamos – porque os dados completinhos da votação, por bairro e seção eleitoral, só devem estar disponíveis nos próximos dias. A gente promete trazê-los na próxima edição 🙂

Vamos então ao básico: no Executivo, o atual prefeito Rafael Greca (DEM) foi reeleito com 59,74% dos votos – e aqui você relembra algumas das principais promessas dele. Também tem mais na nossa página especial das eleições, que reúne as principais entrevistas e propostas do Greca candidato. (Tribuna do Paraná)

⚠️ Foi uma eleição atípica, com abstenção recorde de 30% – nas últimas eleições municipais, quatro anos atrás, esse índice foi de 16%. O recorde histórico até agora em Curitiba havia sido de 20%, no segundo turno da última disputa para a prefeitura, em 2016. (BandNews FM e Tribuna do Paraná)

No Legislativo, tivemos quase 50% de renovação, mas o perfil majoritário da Câmara ainda é o mesmo: branco e masculino. Ao mesmo tempo, houve mais negros, mais vereadores com diploma universitário e a mesma pluralidade partidária, com 20 partidos representados no plenário. (Tribuna do Paraná e Plural)


A nova Câmara de Curitiba, em ‘bolinhas’: poucas mulheres, e também mais negros, mais jornalistas e mais partidos. Confira a visualização completa que fizemos aqui.

 

♀️ Duas mulheres fizeram história: Carol Dartora se elegeu a primeira vereadora negra de Curitiba, e Indiara Barbosa, a primeira mulher mais votada para o Legislativo. (UOL e G1 PR)  

 

2. Segunda onda a caminho? 😷

Pra quem acha que a epidemia do coronavírus acabou, dê uma olhada nesse gráfico – e na assustadora curva ascendente de casos dos últimos dias:
 


Os casos ativos de coronavírus em Curitiba chegaram ao mesmo nível do pico da pandemia, em julho. Veja o gráfico completo no nosso Monitor COVID-19 Curitiba.
 

Com uma média de 700 novos casos por dia, Curitiba chegou nesta semana ao mesmo nível de casos ativos do pico da pandemia, em julho. Ou seja: o vírus está circulando agora com a mesma intensidade que no ápice do inverno – só que agora, com muito menos isolamento social e muito mais gente nas ruas. 😕

🥛 Mas… também dá para ver o copo meio cheio: o grosso dos novos casos está concentrado em curitibanos de 20 a 35 anos. Acima dessa faixa etária, a variação tem sido de 7%, contra 30% em média entre os mais jovens. (BandNews FM) 

  • Por isso, o percentual de internações tem diminuído (está atualmente em 11%), e a taxa de ocupação de UTIs também – na verdade, também porque a prefeitura aumentou os leitos de UTI recentemente, o que ajuda a diminuir a ocupação. (O Expresso Curitiba)

Por que isso aconteceu? “Isso está diretamente relacionado à dinâmica da cidade, ao deslocamento das pessoas”, comentou o diretor do Centro de Epidemiologia, Alcides Souto de Oliveira, na última reunião do Conselho Municipal de Saúde. Ou seja, com mais gente saindo de casa, o vírus circula mais.

Fica, mais uma vez, aquele velho lembrete: se puder, fique em casa! E, se sair, use máscara e mantenha o distanciamento social. 🏡

 

3. Curtas  ⚡

Ainda a água: apesar das chuvas recentes, os reservatórios de Curitiba continuam em níveis baixíssimos. Na semana passada, atingiram o nível histórico de 26,92%, o mais baixo em toda a história. (Plural)


Ainda sem aula: na semana que passou, a Justiça negou pedido das escolas particulares para o retorno às aulas presenciais. As escolas argumentavam que “o contínuo cerceio (…) da retomada das atividades escolares é conduta ilegal”. O TJ avaliou que não era prudente voltar agora. (Gazeta do Povo)


Acesse esta nota avulsa

Envie por WhatsApp >>

4. Dia de sol

Um clique de domingo no Passeio Público, do nosso leitor e apoiador Rodrigo Ghedin.

 

Acesse esta nota avulsa

Ou envie por WhatsApp >>

5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“E tratou de aprumar as asas que a vida lhe deu. Aquilo sim, é que era vôo de verdade”.

Esse trecho de poema, pequenino e poderoso, é de Luci Collin, escritora curitibana e uma das paranaenses a compor a lista dos finalistas ao Prêmio Jabuti 2020, com o livro Rosa que está. (Curitiba de Graça)

Você pode ouvir a própria poeta declamando essa linda poesia nesta entrevista à Top View, onde ela também fala de como “o poema é uma entidade sonora”, e de como o livro sempre foi seu “passaporte para essa coisa misteriosa”. 

Uma conversa que vale ler com um bom café ao lado. ☕

Uma boa semana!
 

COMPARTILHE ESTA EDIÇÃO

Compartilhar no email
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no print

Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

🗳️ Um resumão eleitoral para votar neste domingo

🗳️ Um resumão eleitoral para votar neste domingo

Terça-feira é dia de Expresso!

E domingo já é dia de votar. Hoje trazemos uma curadoria especial sobre as eleições em Curitiba e mais uma coluna da nossa Adriana Baggio, sobre assédio sexual de rua.

Aquele obrigada especial aos novos apoiadores Diego Haas SanchesMariana DomakoskiMichel Prado e Myllena Da Silva. Se você curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

Não esqueça de compartilhar O Expresso usando os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos e 54 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 17 de novembro

1. Domingo é dia de votar 🗳️

A gente piscou e… o dia de votar para prefeito e vereador chegou. Será neste domingo (15) o primeiro turno das eleições municipais deste ano pandêmico.

Pode ser que você tenha sentido falta desse assunto por aqui. A gente, de fato, optou por se distanciar do rame-rame da campanha e continuar debatendo a cidade, como sempre fizemos – falando, por exemplo:

⚠️ Nós d’O Expresso acreditamos que isso ajuda tanto quanto o noticiário eleitoral na escolha de um candidato ou candidata – ou até mais!

Mas, para não deixar passar em branco, fizemos uma pequena curadoria para ajudar na sua escolha deste domingo. Reunimos as principais entrevistas de cada candidato ao Executivo, os seus planos de governo, os debates de que participaram e as principais reportagens do período.

E ainda fizemos uma lista de todos os candidatos e candidatas a vereador – para filtrar por sexo, partido, raça, gênero, profissão e se disputa reeleição.

Está tudo aqui, na página especial Eleição em Curitiba 2020 🙂

No domingo: não se esqueça de levar a própria caneta para assinar a presença, além de um documento oficial com foto – e claro, a máscara. A votação começa às 7h neste ano, e vai até as 17h. Pela manhã, até as 10h, a preferência para votar é dos idosos. Vote consciente! (Tribuna do Paraná) 

 

O que você pode fazer pelos pequenos negócios? Esta é uma das perguntas que norteiam o trabalho do Comes, Bebes e Vives – um coletivo de restaurantes, bares e estabelecimentos gastronômicos de Curitiba que incentiva o consumo local e consciente. A iniciativa tem origem no movimento Fechados Pela Vida que, durante a pandemia, buscou garantir a sobrevivência, junto ao governo, de comércios locais curitibanos.

Confira a lista dos integrantes do Comes, Bebes e Vives – lugares que dão espaço ao produtor local, alimentos orgânicos e a deliverys sem embalagens desnecessárias.


*Este conteúdo é uma parceria e ajuda a manter o nosso trabalho de conexão com Curitiba.

2. Por que é tão difícil punir assediadores?

Hoje é dia de mais uma coluna da Adriana Baggio, que tem falado sobre o assédio sexual de rua em Curitiba, como mostrou a nossa página especial Deixa a guria em paz. Manda lá, Adriana:

Quase um mês atrás, falamos aqui n’O Expresso sobre o assédio sexual de rua em Curitiba. Voltamos ao assunto nesta edição, pois os dados mostram aquilo que muitas mulheres vivenciam na prática: a dificuldade em conseguir punição para este e outros tipos de violência de gênero.

👩🏽‍⚖️  Vimos que o número de mulheres que já sofreu assédio é altíssimo. No entanto, dados do Conselho Nacional de Justiça mostram que, em todo o Paraná, apenas 564 processos relativos a esse tipo de crime foram abertos em 2019: 275 de atentado violento ao pudor (7 contra crianças e adolescentes) e 289 de importunação sexual. 

❓Qual o motivo para tão poucos processos, se formos levar em conta a quantidade de relatos de assédio e de abuso?

3464b415-f586-4304-9408-f882d66fac69.png
Na última década, a Guarda Municipal registrou 2.131 casos de assédio sexual de rua em Curitba. Em 2019, foram 220. Leia mais no especial Deixa a guria em paz.
 

⚖️ A lei da importunação sexual foi promulgada em 2018 para reconhecer e punir adequadamente atos de assédio que atentam gravemente contra a dignidade sexual. Antes, esses casos eram registrados como simples contravenção. 

Foi com base nessa lei que, em 2019, a curitibana Caroline Bilibio tentou denunciar o homem que havia se masturbado e ejaculado em sua frente em um ônibus no Boqueirão, às 8h30 da manhã. (RIC Mais)

 ⚠️ Caroline seguiu todos os procedimentos: o motorista foi avisado e fechou as portas do coletivo até a chegada da Guarda Municipal. Mas a moça passou horas percorrendo delegacias antes de conseguir registrar um boletim de ocorrência. Apesar das evidências e do histórico de violência sexual do acusado, ele foi liberado – sob o argumento de que não houve contato e, por isso, não teria havido crime.

Se atos de violência explícita contra a mulher são minimizados, desqualificados ou ficam impunes, é difícil ter coragem de encarar o sistema jurídico para fazer uma denúncia.

⛔ Mariana Ferrer, assim como Caroline Bilibio, teve essa coragem: denunciou seu estuprador, mas igualmente sem conseguir justiça. Para piorar, na semana passada uma reportagem publicou imagens da audiência em que Mariana é humilhada e difamada pelo advogado da defesa, com anuência do juiz. (The Intercept Brasil) 

Recentemente, um trabalho da ONG Think Olga fez um convite para magistradas e magistrados pensarem a importância de seu papel na garantia da justiça nas relações de gênero. Esse convite precisa ser urgentemente aceito por todos os operadores jurídicos — mas não só por eles

Precisamos também nós desnaturalizar os discursos e as atitudes que, mesmo aparentemente inocentes, toleram ou são a própria violência contra a mulher. 🚺  

🧶  Falando nisso:

  • Um dos exemplos mais famosos de difamação da vítima é o caso Doca Street. Doca assassinou a companheira Angela Diniz em 1976 e foi julgado pela primeira vez em 1979. Saiu praticamente inocentado sob o argumento de “legítima defesa da honra”. Com a mobilização da sociedade, especialmente dos movimentos feministas, houve um novo julgamento e a condenação do assassino. Você pode acompanhar a história no brilhante podcast Praia dos Ossos, que discute a permanência, até hoje, das práticas de difamação da vítimas de violência sexual e feminicídio. (O Estado de Minas)
 

3. Curtas  ⚡

Alerta COVID: depois de uma aparente arrefecida, os casos de COVID-19 voltaram a apresentar alta em Curitiba. Os casos ativos estão em escadinha ascendente, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba, e (sinal de alerta!) a prefeitura aumentou os leitos de UTI na semana que passou, de 274 para 283. (Banda B e Dados Abertos Curitiba)

Então é Natal: neste Natal pandêmico, tem Papai Noel virtual e até em pernas de pau nos shoppings da cidade. Mas a gente indica mesmo as tradicionais feirinhas de Natal, ao ar livre, nas praças Osório e Santos Andrade, que vão começar no dia 23 deste mês. (Bem Paraná e BandNews FM)


Acesse esta nota avulsa

Envie por WhatsApp >>

4. Juntas

0791e74c-c345-4112-a50c-2603c5ebdb0d.png

Sem palavras. O clique é de Gustavo Panacioni.
 

Acesse esta nota avulsa

Ou envie por WhatsApp >>

5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Meu sonho é as pessoas serem respeitadas pelo que elas são, não pelo que vestem, por um padrão. É uma agressão ao ser humano medi-lo, julgá-lo a partir disso. O padrão é uma desgraça. Ele te obriga a ser quem você não é.”

As aspas de hoje são de uma personagem icônica de Curitiba, a Claudia Silvano, diretora do Procon do Paraná – uma técnica que permanece no cargo há nove anos, governo atrás de governo! (Bem Paraná)

Ela se notabilizou pelas roupas despojadas e coloridas que veste nas várias entrevistas que concede à imprensa. E nesta entrevista à Tribuna do Paraná, soltou a frase que encerra a edição de hoje.

Um belo convite para continuarmos sendo quem somos, com liberdade 🙂

Boa semana a você!

COMPARTILHE ESTA EDIÇÃO

Compartilhar no email
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no print

Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

📚 Um ranking das universidades de Curitiba

📚 Um ranking das universidades de Curitiba

Bom dia!

Depois de um fim de semana prolongado, chegamos mais uma vez à sua caixa de entrada para falar das melhores universidades de Curitiba, com uma análise dos resultados do último Enade. Também tem a agenda cultural do mês e uma reflexão de um curitibano sobre nossa relação com a cidade 😉 

Se você curte O Expresso, considere se tornar um apoiador: confira os nossos planos em oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

Não esqueça de compartilhar O Expresso usando os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 10 de novembro

1. As universidades cinco estrelas de Curitiba ⭐

Alguns dias atrás, foram divulgados os últimos resultados do Enade, exame nacional que avalia o desempenho das universidades de todo o país. (Correio Braziliense)
 

Mais uma vez, como fizemos no ano passadoO Expresso analisou os dados das instituições de ensino superior de Curitiba, e traz a você alguns destaques da avaliação deste ano.

fbc65258-c233-4ab7-8501-18694be054a8.png
Quase metade dos 167 cursos de Curitiba avaliados em 2019 tem nota 3 no Enade.
Você pode acessar o relatório completo aqui.

 

O que mudou: neste ano, foram avaliados cursos nas áreas de Engenharia, Saúde, Agronomia e Arquitetura, além de tecnológicos de Saúde e Meio Ambiente. No ano passado, as áreas avaliadas eram outras.


No total, 18 cursos de Curitiba receberam a nota máxima no Enade deste ano. Em todo o Paraná, foram 48. (Gazeta do Povo)


Curitiba tem boa representatividade nas áreas de Arquitetura e UrbanismoMedicinaFarmácia e Engenharia Civil: todas elas têm pelo menos dois cursos com nota máxima no Enade.


🏆 O Top 5: elencamos as cinco universidades locais que têm pelo menos um curso avaliado com a nota máxima (conceito 5) no Enade 2019. São elas:

1. Universidade Federal do Paraná (10 cursos com nota máxima)
2. Universidade Tecnológica Federal do Paraná (4 cursos),
3. PUCPR (2 cursos),
4. Uninter (1 curso), e
5. Universidade Positivo (1 curso).


Deu para ver, mais uma vez, que as universidades federais se destacam entre os cursos de excelência — assim como em todo o país. (Zero Hora)


🤿 Para saber maisacesse o nosso relatório completo, que inclui os dados de 2018 e 2019. Lá também estão as bases de dados originais utilizadas na nossa análise.

 

2. Cultura Expressa: o mês de novembro 🎭

Mais um mês se inicia — e, com ele, a nossa já tradicional agenda cultural, em parceria com o pessoal do Curitiba de Graça. A curadoria de hoje é de Camile Triska:
 

Prata da casa: tem curitibano (e vários!) na lista de semifinalistas do Prêmio Jabuti de Literatura. Romancistas, ilustradores, fotógrafos, poetas e cronistas da terrinha estão no páreo: é muita gente boa! No dia 5, o prêmio divulga a lista final de concorrentes.
 

Pintor centenário: acontecem nesta semana as celebrações ao aniversário de 160 anos do pintor paranaense Alfredo Andersen, considerado o pai da pintura local. A programação inclui divulgação de obras no Instagram do museu que leva o seu nome e até um bate-papo online com os bisnetos do artista.
 

Arte com consciência: museus de Curitiba preparam uma programação especial (online e de graça) em celebração ao Mês da Consciência Negra. Vai rolar exposição virtual de obras de artistas negros locais e debates sobre a atuação de intelectuais negros no Paraná, entre outros eventos.
 

Batuque bom: começa na próxima segunda (9) o Festival Internacional de Percussão de Curitiba, desta vez online e gratuito, com transmissão pelo YouTube.

 

3. Curtas  ⚡

Ainda a pandemia: não dá mesmo para facilitar: apesar de o número médio de casos e mortes pelo coronavírus em Curitiba ter diminuído sensivelmente em outubro, ainda assim houve um avanço recente nos casos ativos, que transmitem o vírus pela cidade. O relatório completo está no nosso Monitor COVID-19 Curitiba. (Bem Paraná)

Para passear: alguns parques na região de Curitiba (com ar puro e bastante distanciamento 😉) reabriram recentemente. Destaque para a Reserva Salto Morato, em Guaraqueçaba, e para o Parque Vila Velha, que agora tem voos de balão, passeios de arvorismo e tirolesa. (BandNews FM e G1PR)

Torneira fechada: deve chover um pouco mais em novembro, mas a situação dos reservatórios na região de Curitiba ainda é crítica: o nível médio era de 27,5% na semana passada. Se este índice chegar a 25%, poderemos ter rodízio com 48h sem água. Vale aquele velho recado: economize! (Tribuna do Paraná e Plural)


Acesse esta nota avulsa

Envie por WhatsApp >>

4. De perto

fdc909da-5689-47cd-a416-b155ce3834a8.gif

Pode não parecer, mas o registro aí de cima foi feito bem no meio da cidade, na Rua Prof. Fernando Moreira – ou Rua dos Chorões. O canal a céu aberto é do Córrego do Bigorrilho, que desemboca no Rio Ivo, afluente do Rio Belém. O clique é de Gustavo Panacioni.
 

Acesse esta nota avulsa

Ou envie por WhatsApp >>

5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Quando você conhece sua cidade, a praça, o parque, você passa a viver esses espaços, frequentá-los mais. [Se aumentarmos a conexão com as cidades], possivelmente as cidades seriam melhores. Porque você teria mais críticos, mais gente prestando atenção.”

Este belo conselho de convivência com a cidade é do arquiteto Domingos Bongestabs, “modernista até o último fio de cabelo” e autor de alguns cartões-postais de Curitiba, como a Ópera de Arame, a Universidade Livre do Meio Ambiente e a Praça 29 de Março.

Foi num destes pontos, aliás, que ele foi entrevistado em 2017, numa bela (e crítica) conversa sobre a nossa relação com a cidade. Vale a leitura! (Gazeta do Povo).

Por hoje é só 🙂

Até a semana que vem!

 

COMPARTILHE ESTA EDIÇÃO

Compartilhar no email
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no print

Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS