🌆 O preço dos imóveis em Curitiba

Bom dia!

Aproveite a leitura, que esta é a penúltima edição do ano – e que ano. Voltamos ao tema da nova onda de coronavírus em Curitiba, e também falamos do preço dos imóveis na cidade e de agricultura, além de dicas culturais pra curtir em casa.

Fica o nosso ‘muito obrigada’ aos novos apoiadores Ana Flávia da SilvaCamila Barp e Rafael Faccio. Se você curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

Não esqueça de compartilhar O Expresso usando os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 30 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 15 de dezembro

1. Ainda o coronavírus – e os hospitais ⛑️

Infelizmente, não tem como fugir do assunto coronavírus em Curitiba. Se você é como a gente, passou a semana sabendo de amigos que tiveram o vírus, que perderam familiares, que estão internados… Não foram dias fáceis. 😢

A gente escolheu chamar a atenção para três pontos:

1) Os hospitais estão cheios: em uma única semana, houve em média 100 internações diárias por COVID ou por suspeita da doença em Curitiba (dados até o dia 29, obtidos nesta planilha do Ministério da Saúde). A fila de espera por uma UTI triplicou, e na rede privada há até congestionamento para fazer o teste da COVID. (Paraná Portal e Plural)

📈 Como mostra este gráfico, o Hospital do Idoso continua com mais de cem internações por semana, mas se destacam também a Santa Casa e, entre outros, o Hospital Infantil Pequeno Príncipe, com 25 casos suspeitos na última semana – sinal de que crianças também têm se contaminado com gravidade.

2) Falta de ar, tosse e diarreia: a maior parte dos internados em Curitiba tem como sintoma primordial a falta de ar, claro. Mas você sabia que a tosse é mais comum que a febre, e a diarreia, mais comum que a dor de garganta? Também está lá na planilha. Fique atento.

3) Pinheirinho na dianteira: no nosso Monitor COVID-19 Curitiba, em que colocamos todos os números da pandemia, dá pra ver que a regional do Pinheirinho (que inclui bairros como Capão Raso e Novo Mundo) continua campeã em incidência da doença. Já em número de mortes, as piores são Cajuru e Matriz (a região central).

Para ver o copo meio cheio:

 

2. Imóveis em alta 🏡

Em tempos de ficar em casa, o mercado imobiliário de Curitiba ficou aquecido. A gente achou interessante essa reportagem do G1 PR, que mostra que em metade dos bairros da cidade, o preço do metro quadrado subiu acima da inflação no último ano.

Os dados são do Imovelweb, baseados em anúncios de imóveis colocados à venda na plataforma, e foram compilados pelo G1 PR. A gente resolveu mapear a informação, e olhe no que deu:

6384e36b-d0af-4397-893b-833ccec04404.png
Quanto mais escuro, maior a valorização dos imóveis residenciais no bairro, ao longo do último ano. Veja o mapa completo aqui.
 

Em resumo:

  • As regiões leste e norte de Curitiba foram as que mais encareceram neste ano, com destaque para o Capão da Imbuia e o Pilarzinho.
  • Na contramão, o preço médio variou para baixo no São JoãoButiatuvinhaBom Retiro e Jardim Botânico, segundo o levantamento do Imovelweb.
  • metro quadrado mais caro da cidade, de acordo com os imóveis anunciados no Imovelweb, é do Batel, seguido por Campina do SiqueiraJuvevêAhú e Mercês.
  • Os periféricos CachoeiraAugusta e Campo de Santana aparecem no final da tabela.


💭 Em tempos em que muita gente pensa em (e pode) mudar de casa, vale lembrar que isso muitas vezes é um privilégio: no Brasil, sete em cada dez que moram em casas com algum tipo de inadequação são pretos ou pardos. (Folha de S.Paulo)

 

3. Curtas com Cultura Expressa ⚡

As curtas de hoje são culturais: é a última coluna do ano com as dicas do pessoal do Curitiba de Graça, selecionadas por Camile Triska – e todas pra curtir de casa, em distanciamento social. Vamos a elas!

Festa virtual: começa hoje e vai até sexta (11) a Flibi, Festa Literária da Biblioteca Pública do Paraná. Todos os debates e oficinas serão transmitidos de graça pelo YouTube: tem Eliane Brum, Xico Sá, Ferréz e outros gênios. Vale conferir a programação.

Falando em livros: o Curitiba de Graça entrevistou os escritores locais Guido Viaro, que venceu o Prêmio Biblioteca Digital, da Biblioteca Pública (e neto do artista plástico de mesmo nome); e Luiz Manfredini, paranaense radicado em Curitiba, que reeditou um romance sobre ditadura militar e tortura.

Teatro no sofá: quem quiser curtir a quarentena com um pouco de teatro pode aproveitar a temporada online de O Solo dos Mares, peça que debate o racismo brasileiro contando a história de João Cândido Felisberto, o herói injustiçado da Revolta da Chibata. A produção é de Isidoro Diniz, ator e diretor radicado em Curitiba.

Curitiba em quadrinhosfoi lançada neste mês a HQ “CWB”, de José Aguiar, que faz uma homenagem crítica à cidade: um homem e uma mulher saem de suas casas em dois pontos diferentes da cidade para se encontrar. Nesta quarta (9), também tem o lançamento online da HQ “O Filho Mau”, dos artistas curitibanos Carol Sakura e Walkir Fernandes. 

 

Acesse esta nota avulsa

Envie por WhatsApp >>

4. Enclausurado

db8b6a2f-c1b4-47bb-82b3-4b1e9c9c1b44.jpeg

O clique de hoje é de Maura Martins, direto do Alto da XV. Na foto, um sabiá-laranjeira no meio dos concretos da cidade. Pra quem lembra, em setembro falamos do misterioso silêncio da espécie aqui em Curitiba.
 

Acesse esta nota avulsa

Ou envie por WhatsApp >>

5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Primeiro eu sentia que estava sujando a mão de terra. Hoje é ao contrário: quando eu enfio a mão na terra, as minhas mãos ficam limpas. Cheias de terra, mas limpas.”

A frase de hoje é de um argentino radicado em Curitiba, o Nei Zuzek, que acaba de lançar um livro sobre sua experiência com a agricultura.

Designer por formação, Zuzek largou a vida urbana por uma nova experiência junto à terra, numa área próxima à represa do Passaúna. Ali ele se denomina “hortelão”, e planta orgânicos numa horta em formato de mandala.

“Plantar é a atividade mais fundamental do ser humano desde que decidiu, há milênios, ser sedentário. Então, por que não aprendemos a plantar na escola?”, é uma das provocações da obra. Ainda dá pra comprar o livro direto na editora. A dica foi do nosso leitor Paulo Souza.
 

COMPARTILHE ESTA EDIÇÃO

Compartilhar no email
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no print

Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS