🗳️ Um resumão eleitoral para votar neste domingo

Terça-feira é dia de Expresso!

E domingo já é dia de votar. Hoje trazemos uma curadoria especial sobre as eleições em Curitiba e mais uma coluna da nossa Adriana Baggio, sobre assédio sexual de rua.

Aquele obrigada especial aos novos apoiadores Diego Haas SanchesMariana DomakoskiMichel Prado e Myllena Da Silva. Se você curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos e 54 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 17 de novembro

1. Domingo é dia de votar 🗳️

A gente piscou e… o dia de votar para prefeito e vereador chegou. Será neste domingo (15) o primeiro turno das eleições municipais deste ano pandêmico.

Pode ser que você tenha sentido falta desse assunto por aqui. A gente, de fato, optou por se distanciar do rame-rame da campanha e continuar debatendo a cidade, como sempre fizemos – falando, por exemplo:

⚠️ Nós d’O Expresso acreditamos que isso ajuda tanto quanto o noticiário eleitoral na escolha de um candidato ou candidata – ou até mais!

Mas, para não deixar passar em branco, fizemos uma pequena curadoria para ajudar na sua escolha deste domingo. Reunimos as principais entrevistas de cada candidato ao Executivo, os seus planos de governo, os debates de que participaram e as principais reportagens do período.

E ainda fizemos uma lista de todos os candidatos e candidatas a vereador – para filtrar por sexo, partido, raça, gênero, profissão e se disputa reeleição.

Está tudo aqui, na página especial Eleição em Curitiba 2020 🙂

No domingo: não se esqueça de levar a própria caneta para assinar a presença, além de um documento oficial com foto – e claro, a máscara. A votação começa às 7h neste ano, e vai até as 17h. Pela manhã, até as 10h, a preferência para votar é dos idosos. Vote consciente! (Tribuna do Paraná) 

 

O que você pode fazer pelos pequenos negócios? Esta é uma das perguntas que norteiam o trabalho do Comes, Bebes e Vives – um coletivo de restaurantes, bares e estabelecimentos gastronômicos de Curitiba que incentiva o consumo local e consciente. A iniciativa tem origem no movimento Fechados Pela Vida que, durante a pandemia, buscou garantir a sobrevivência, junto ao governo, de comércios locais curitibanos.

Confira a lista dos integrantes do Comes, Bebes e Vives – lugares que dão espaço ao produtor local, alimentos orgânicos e a deliverys sem embalagens desnecessárias.


*Este conteúdo é uma parceria e ajuda a manter o nosso trabalho de conexão com Curitiba.

2. Por que é tão difícil punir assediadores?

Hoje é dia de mais uma coluna da Adriana Baggio, que tem falado sobre o assédio sexual de rua em Curitiba, como mostrou a nossa página especial Deixa a guria em paz. Manda lá, Adriana:

Quase um mês atrás, falamos aqui n’O Expresso sobre o assédio sexual de rua em Curitiba. Voltamos ao assunto nesta edição, pois os dados mostram aquilo que muitas mulheres vivenciam na prática: a dificuldade em conseguir punição para este e outros tipos de violência de gênero.

👩🏽‍⚖️  Vimos que o número de mulheres que já sofreu assédio é altíssimo. No entanto, dados do Conselho Nacional de Justiça mostram que, em todo o Paraná, apenas 564 processos relativos a esse tipo de crime foram abertos em 2019: 275 de atentado violento ao pudor (7 contra crianças e adolescentes) e 289 de importunação sexual. 

❓Qual o motivo para tão poucos processos, se formos levar em conta a quantidade de relatos de assédio e de abuso?

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Na última década, a Guarda Municipal registrou 2.131 casos de assédio sexual de rua em Curitba. Em 2019, foram 220. Leia mais no especial Deixa a guria em paz.
 

⚖️ A lei da importunação sexual foi promulgada em 2018 para reconhecer e punir adequadamente atos de assédio que atentam gravemente contra a dignidade sexual. Antes, esses casos eram registrados como simples contravenção. 

Foi com base nessa lei que, em 2019, a curitibana Caroline Bilibio tentou denunciar o homem que havia se masturbado e ejaculado em sua frente em um ônibus no Boqueirão, às 8h30 da manhã. (RIC Mais)

 ⚠️ Caroline seguiu todos os procedimentos: o motorista foi avisado e fechou as portas do coletivo até a chegada da Guarda Municipal. Mas a moça passou horas percorrendo delegacias antes de conseguir registrar um boletim de ocorrência. Apesar das evidências e do histórico de violência sexual do acusado, ele foi liberado – sob o argumento de que não houve contato e, por isso, não teria havido crime.

Se atos de violência explícita contra a mulher são minimizados, desqualificados ou ficam impunes, é difícil ter coragem de encarar o sistema jurídico para fazer uma denúncia.

⛔ Mariana Ferrer, assim como Caroline Bilibio, teve essa coragem: denunciou seu estuprador, mas igualmente sem conseguir justiça. Para piorar, na semana passada uma reportagem publicou imagens da audiência em que Mariana é humilhada e difamada pelo advogado da defesa, com anuência do juiz. (The Intercept Brasil) 

Recentemente, um trabalho da ONG Think Olga fez um convite para magistradas e magistrados pensarem a importância de seu papel na garantia da justiça nas relações de gênero. Esse convite precisa ser urgentemente aceito por todos os operadores jurídicos — mas não só por eles

Precisamos também nós desnaturalizar os discursos e as atitudes que, mesmo aparentemente inocentes, toleram ou são a própria violência contra a mulher. 🚺  

🧶  Falando nisso:

  • Um dos exemplos mais famosos de difamação da vítima é o caso Doca Street. Doca assassinou a companheira Angela Diniz em 1976 e foi julgado pela primeira vez em 1979. Saiu praticamente inocentado sob o argumento de “legítima defesa da honra”. Com a mobilização da sociedade, especialmente dos movimentos feministas, houve um novo julgamento e a condenação do assassino. Você pode acompanhar a história no brilhante podcast Praia dos Ossos, que discute a permanência, até hoje, das práticas de difamação da vítimas de violência sexual e feminicídio. (O Estado de Minas)
 

3. Curtas  ⚡

Alerta COVID: depois de uma aparente arrefecida, os casos de COVID-19 voltaram a apresentar alta em Curitiba. Os casos ativos estão em escadinha ascendente, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba, e (sinal de alerta!) a prefeitura aumentou os leitos de UTI na semana que passou, de 274 para 283. (Banda B e Dados Abertos Curitiba)

Então é Natal: neste Natal pandêmico, tem Papai Noel virtual e até em pernas de pau nos shoppings da cidade. Mas a gente indica mesmo as tradicionais feirinhas de Natal, ao ar livre, nas praças Osório e Santos Andrade, que vão começar no dia 23 deste mês. (Bem Paraná e BandNews FM)


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4. Juntas

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Sem palavras. O clique é de Gustavo Panacioni.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Meu sonho é as pessoas serem respeitadas pelo que elas são, não pelo que vestem, por um padrão. É uma agressão ao ser humano medi-lo, julgá-lo a partir disso. O padrão é uma desgraça. Ele te obriga a ser quem você não é.”

As aspas de hoje são de uma personagem icônica de Curitiba, a Claudia Silvano, diretora do Procon do Paraná – uma técnica que permanece no cargo há nove anos, governo atrás de governo! (Bem Paraná)

Ela se notabilizou pelas roupas despojadas e coloridas que veste nas várias entrevistas que concede à imprensa. E nesta entrevista à Tribuna do Paraná, soltou a frase que encerra a edição de hoje.

Um belo convite para continuarmos sendo quem somos, com liberdade 🙂

Boa semana a você!

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