📊 O ano em cliques

Ufa, já acabou?

Esta é a última edição d’O Expresso em 2020. Agradecemos a você pelo apoio e companhia – apesar de tudo, foi um ano muito bom para nós. Tem até retrospectiva aí embaixo, além de mais uma coluna da Adriana Baggio. 👀

Um agradecimento especial aos nossos novos apoiadores Etel FrotaLuiz Kokot e Paulo Souza – e a todos os que nos leram, escreveram e contribuíram para o projeto! Se você curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
9 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 12 de janeiro de 2021

1. Ônibus livres do fiu-fiu

mobilidade das mulheres em Curitiba é novamente o tema da coluna de hoje da Adriana Baggio, que fala sobre a dificuldade de ser mulher e… pegar um ônibus, livre de assédio. Quem aqui sabe do que estamos falando? 🙋‍♀️ Diga lá, Adriana:

Muita gente pode não se dar conta, mas são as mulheres quem mais caminham e usam o transporte público em grandes cidades (Gênero e Número). São elas, majoritariamente, que vão pegar os filhos na escola, que saem para as compras do mês, que levam um parente ao médico.

E em Curitiba, não por acaso, o transporte público é campeão em ocorrências de assédio sexual de rua, com 31% dos registros na Guarda Municipal nos últimos dez anos. Parques vêm em segundo lugar (15%) e escolas, em terceiro (5%).

 

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Veja que interessante: os registros de assédio nos ônibus coincidem com os eixos de transporte público da cidade. O eixo do Pinheirinho e o terminal do Cabral se destacam. O mapa completo está na nossa página especial Deixa a guria em paz.

 

🚌 O assédio acontece dentro do ônibus, nos pontos ou estações-tubo, nas imediações deles e até mesmo nos terminais. Impossível não perceber o profundo impacto que isso provoca na mobilidade das mulheres, na sua saúde física e mental e, consequentemente, no acesso às oportunidades de estudo, trabalho e lazer.
 

Como resolver o problema? Educação e punição são fundamentais e urgentes, mas uma prefeitura tão empenhada em obras de infraestrutura poderia começar com medidas mais pontuais – e bem simples. Uma pesquisa realizada pelo projeto Meu ponto seguro (Think Olga), por exemplo, mostra que iluminação adequada e a presença de outras pessoas nos pontos de ônibus aumentam a sensação de segurança e a segurança real.
 

🚲 Há mais pessoas nas ruas e no entorno dos equipamentos de transporte público quando o próprio transporte é de qualidade e acessível, quando há estímulo ao uso da bicicleta, quando as ruas são pensadas também para pedestres e não apenas para carros, quando se incentiva o comércio e atividades de lazer diversificados, especialmente os pequenos negócios. Será que Curitiba tem dado a devida atenção a essas medidas?
 

Last, but not least: no momento, é melhor não estarmos nas ruas. Mas há quem precise sair de casa para trabalhar, usar o ônibus, cuidar dos seus. Aliás, interessante notar: em 2020, diminuíram as ocorrências atendidas pela Guarda Municipal em escolas — por motivos óbvios —, mas aumentaram aquelas nos equipamentos públicos de saúde. É uma soma de vulnerabilidades.
 

São mulheres, principalmente das camadas mais pobres da população, as que mais utilizam e dependem de ônibus, unidades de saúde e escolas públicas. Binários e asfalto não resolvem os problemas de mobilidade urbana que afetam essas curitibanas e que acentuam a desigualdade social em nossa cidade.
 

2. Retrospectiva Expressa 🎆

Com o final de 2020 à porta, O Expresso chega à 148ª edição e a 647 notas produzidas e enviadas para os nossos assinantes. Já são três anos desde os nossos primeiros passos, e a gente agradece sua companhia até aqui

Para dar aquele gostinho de fim de ano, nada melhor que uma retrospectiva à la Expresso: elencamos um TOP 10 dos temas que foram mais relevantes para nossos leitores, com base nas notas mais clicadas do ano. Esta análise tem dois principais motivos: 

  • relembrar o que rolou neste ano; e
  • fortalecer nossa missão de pensar e produzir conteúdos que sejam relevantes para nossos assinantes.


O ano da pandemia

coronavírus foi o principal tema d’O Expresso (e do mundo!) em 2020. Não por acaso, foi um dos assuntos mais lidos nas nossas edições. Foi cansativo, porém necessário. Lançamos, ainda lá em abril, nosso Monitor COVID-19 Curitiba que reúne (até hoje), em um só lugar, os principais dados do avanço do novo coronavírus pela cidade.

Mas não foi o único: nossa página especial sobre as eleições em Curitiba, por exemplo, que mostra a votação por bairros, teve o maior engajamento da história d’O Expresso.

Confira o top 10 deste ano:

  1. Como Curitiba Votou, na edição do dia 24 de novembro;

  2. O custo da pandemia no supermercado, de setembro, onde apresentamos os produtos que mais encareceram neste ano em Curitiba;

  3. Boas notícias da pandemia em Curitiba, lá do dia 24 de março, com algumas sugestões de iniciativas que surgiram em meio à doença;

  4. Em que bairro mora o coronavírus, com uma apuração então inédita dos bairros de Curitiba com mais casos;

  5. Eu quero uma casa na cidade, também de setembro, em que mostramos quais são os bairros com mais casas e apartamentos em Curitiba;

  6. Quatro anos depois, outra eleição, com uma análise detalhada do perfil dos candidatos a vereança;

  7. Um vírus (ainda) em movimento, enviada em agosto, onde falamos do aparente platô do número de casos de COVID-19;

  8. Domingo é dia de votar, com uma página super especial que reuniu as principais declarações de cada um dos 16 candidatos à prefeitura de Curitiba;

  9. Um vírus que mata mais na periferia? A partir do número de casos por bairro, conseguimos mostrar que a COVID-19 fazia mais vítimas na periferia da cidade;

  10. Como será o amanhã?, um breve ensaio do mundo pós-pandêmico a partir da mobilidade urbana.


A gente fica especialmente feliz de ver, nesse top 10, apurações exclusivas que fizemos ao longo do ano, e que se somam à nossa curadoria de notícias curitibanas.

Obrigada por sua companhia neste longo e difícil ano! Que 2021 venha suave – e que a vacina venha junto! 💉

 

3. Curtas ⚡

Status da pandemia: apesar de o número diário de novos casos ter diminuído, não dá para facilitar. Os hospitais ainda estão lotados e a taxa de ocupação de UTIs em Curitiba é de 92%. Acompanhe a curva da pandemia no nosso Monitor COVID-19 Curitiba.

Natal em segurança: para se manter em saúde com os seus neste Natal, não tem segredo: reúna poucas pessoas (de preferência só o seu núcleo de convívio), faça isolamento por pelo menos uma semana e mantenha os cuidados de distanciamento social na ceia. Essas são as dicas oficiais em Curitiba. Alguns pesquisadores são ainda mais rigorosos, e alertam para o alto grau de contágio em reuniões intrafamiliaresquer um Natal em família no ano que vem? Poupe-se deste. (Gazeta do Povo e GloboNews)

Para aproveitar enquanto dá: a tradicionalíssima Empadas Caruso anunciou seu fechamento, depois de 66 anos. Vai funcionar até o dia 30 deste mês, na Visconde do Rio Branco, no centro. Depois disso, para comer as empadas, só por encomenda. (Reinaldo Bessa)
 

Acesse esta nota avulsa

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4. Janelas fechadas

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Um ponto clássico do Natal de Curitiba – neste ano, sem aglomerações. A foto é de Estelita Carazzai.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Sentir-se sozinha em uma ilha de brancos no sul do país é uma realidade nociva e que muitas vezes não traz perspectiva de futuro para muitas meninas que não se veem em lugares de poder.”

A última aspas do ano é de Jaqueline Ramos, estudante de Química da UFPR e uma das autoras do livro de passatempos Cientistas Negras: Brasileiras, mais uma obra fenomenal do grupo Meninas e Mulheres nas Ciências.

O livro, aliás, é uma bela resposta ao sentimento da estudante. A ideia do projeto foi divulgar o protagonismo de cientistas negras brasileiras, homenageando 14 mulheres de diferentes áreas do conhecimento. (Portal UFPR)

O grupo já fez outro livro de passatempos, de que também já falamos. Aproveite esses tempos de isolamento para baixar o material e ocupar a mente 😉

Um abraço, muita saúde e um bom final de ano!
 

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