💉 Como vai funcionar a vacinação em Curitiba?

Bom dia com vacina!

Nesta terça, além daquele assunto que todo mundo quer saber (ela, a vacina), fazemos nossa justa homenagem a um ator curitibano e trazemos as dicas culturais do mês de janeiro.

Nosso muito obrigado aos novos apoiadores Simone Pilatti e Gabriel Carazzai. Se você curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Nosso próximo encontro:
Terça, 26 de janeiro de 2021

1. Habemus vacina 💉

Essa é a notícia que todo mundo queria dar: já tivemos a primeira pessoa vacinada contra a COVID-19 em Curitiba 🥳 É uma enfermeira de 44 anos, que atua no Hospital do Trabalhador, ali no Novo Mundo. (Tribuna do Paraná)

🗓️ Na quarta-feira (dia 20), se tudo der certo, começa a campanha de vacinação contra o coronavírus na cidade. E como vai ser?

A prefeitura divulgou um tira-dúvidas sobre a vacina. A população da cidade foi dividida em cinco grupos, por ordem de prioridade:

  • Grupo 1: profissionais de saúde, idosos que vivem em asilos, indígenas da aldeia Kakané-Porã, agentes funerários, agentes da FAS e guardas municipais;
  • Grupo 2: idosos acamados, pessoas com mais de 60 anos; detentos e funcionários de estabelecimentos penitenciários;
  • Grupo 3: cardiopatas graves, diabéticos, hipertensos, obesos, doentes neurológicos, pessoas com deficiências permanentes severas, pessoas com neoplasias, imunossuprimidos, transplantados e população de rua;
  • Grupo 4: trabalhadores de serviços essenciais (limpeza pública, segurança pública, motoristas e cobradores, professores, taxistas e motoristas de aplicativos);
  • Grupo 5: população abaixo de 60 anos.


☝️ Neste momento, a campanha começa só para o grupo 1. Todos eles serão contatados pelas instituições em que trabalham ou estudam, ou pelo conselho de classe. A prefeitura fará o agendamento, e cada um irá receber o dia e horário da vacina pelo aplicativo Saúde Já Curitiba (aproveite e já baixe o seu, para Android ou iPhone). Para esse grupo, a vacinação será no pavilhão do Parque Barigui.

  • Depois, a prefeitura começa a vacinar os outros grupos, seguindo a ordem de prioridade, sempre do mais velho para o mais jovem, detalhada no Plano de Vacinação de Curitiba (vale a leitura). Nessa fase, além do pavilhão do Parque Barigui, outras unidades de saúde também vão funcionar como postos de vacinação. O agendamento se dará pelo aplicativo Saúde Já Curitiba.

Mas… vamos respirar fundo, porque a vacina ainda vai demorar. Faça os cálculos conosco:

  • Só o grupo 1 soma 79 mil pessoas, segundo o Plano de Vacinação de Curitiba. Cada uma delas deve receber duas doses da CoronaVac, a única vacina com aval emergencial da Anvisa e que está disponível no momento;
  • Ou seja, são necessárias cerca de 160 mil doses para imunizar por completo o grupo mais prioritário entre os prioritários;
  • Porém, Curitiba recebeu, até agora, apenas 48 mil doses da CoronaVac. Dá para vacinar só um terço das pessoas deste primeiro grupo.

⚠️ Por isso mesmo, não há data para começar a vacinação nos demais grupos – porque ninguém sabe quando isso vai acontecer.

Sim, ainda dá para outras vacinas chegarem e ajudarem a reforçar o plano (como a AstraZeneca, desenvolvida pela Fiocruz/Oxford e que também teve o uso emergencial aprovado pela Anvisa). Mas corremos o risco de falta de insumos em todo o país, então, há a possibilidade de todo o cronograma atrasar. (UOL e Folha de S.Paulo)

Então, segure a onda! A situação continua bem grave, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Continue mantendo o distanciamento social, use máscara e fique em casa sempre que possível! 😷

 

2. Cultura Expressa: os destaques de janeiro

Vamos à primeira coluna Cultura Expressa do ano, com as dicas do pessoal do Curitiba de Graça. A curadoria é de Camile Triska:

Para ouvir: começou a Oficina de Música de Curitiba, que desta vez será inteiramente online e gratuita. Tem tango de Astor Piazzola, MPB de Lenine e Mônica Salmaso, rap de Criolo e Beethoven pela Orquestra Sinfônica da Bahia.

Um cubista local: quem é fã de Picasso ou Juan Gris precisa conhecer o paranaense Fernando Velloso, que ganhou uma exposição neste mês no MON (Museu Oscar Niemeyer). Com 90 anos, ele estudou com o francês André Lhote, foi gestor em órgãos culturais do Paraná – e segue na ativa.

Rap no Paiol: o rapper curitibano Beduino lançou um DVD gravado no Teatro Paiol, que está disponível no YouTube. No Curitiba de Graça, dá para ler mais sobre o músico – que começou fazendo freestyle nas praças da cidade.

Curitiba ilustrada: fica em cartaz até março uma exposição de Curitiba em ilustrações, feita pelo designer e ilustrador Maycon Prasniewski, num shopping do bairro Portão. 

Viva Zé: foi lançada no finalzinho do ano a biografia do ator José Maria Santos, que batiza um teatro em Curitiba. Ele viveu da arte e apresentou impressionantes 1.800 vezes a sua peça mais popular, o monólogo “Lá”, como conta o autor e ex-colega de palco, Ulisses Iarochinski.

 

 

3. Curtas ⚡

Dança da chuva: para tentar amenizar a estiagem que atinge Curitiba e região desde o final de 2019, a Sanepar resolveu testar uma tecnologia que faz chover. É a semeadura de nuvens, que irá custar R$ 2,48 milhões pelos próximos sete meses. (Gazeta do Povo)
 

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4. Na curva da esquina

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Na curva da esquina, tinha uma árvore. O clique é de Gustavo Panacioni.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

Ter “ene” personalidades me ajudaria tremendamente no meu trabalho, porque lá em Curitiba eu tinha que me modificar: para cada personagem, tinha que ser uma pessoa diferente.

A frase de hoje é de um curitibano que, assim esperamos, vivia numa Curitiba muito diferente da atual: o ator Ary Fontoura, que celebra 88 anos na semana que vem.

Radicado no Rio de Janeiro, Fontoura deu um longo depoimento para o livro “Ary Fontoura: Entre rios e janeiros”. Segundo ele conta, a Curitiba das décadas de 1940 a 1960 não era nada acolhedora: moralista e provinciana, destilava preconceito contra quem fazia radionovelas, como ele. Nem bailarinas para as peças ele conseguia encontrar – as mulheres da cidade se recusavam a dançar no palco.

Ele passou 31 anos na cidade, quando aprendeu a ter as “ene personalidades” de que fala. Eventualmente faz visitas à terra natal – que, esperamos, caro Ary, lhe acolha hoje com mais humanismo e amor.

O livro sobre Ary Fontoura está disponível na íntegra, e de graça, aqui.

Boa semana e até terça que vem!
 

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