🔎 Onde está o emprego em Curitiba?
- Edição enviada em 27/10/2020
- às 06:00
Bom dia!
O Expresso de hoje vem curto e potente como um bom espresso (este, com ‘ésse’), com uma notícia sobre os setores que mais demitiram (e os que voltaram a contratar) durante a pandemia em Curitiba.
Tem também uma homenagem a uma cientista local, e uma cena de uma gostosa calçada da cidade. Se você curte O Expresso, considere se tornar um apoiador: confira os nossos planos em oexpresso.curitiba.br/apoie e ajudar a incentivar o debate sobre Curitiba.
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Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos
Nosso próximo encontro:
Terça, 3 de novembro
1. O emprego perdido com a pandemia 💼
Na semana que passou, foram divulgados dados que mostram a sangria que a pandemia provocou no mercado de trabalho de Curitiba. Afinal, quantas vagas foram perdidas desde a chegada do coronavírus à cidade?
A gente responde: 32 mil vagas 😲
Este é o saldo de vagas com carteira assinada perdidas entre março e agosto deste ano, segundo dados do Caged, divulgados pelo Ministério da Economia.
Foi a maior queda no emprego formal em Curitiba nos últimos dez anos!
Quem deu a história primeiro foi o Livre.jor — e a gente foi atrás de dados complementares e mais detalhados pra contar a você o que aconteceu na economia local desde que o vírus chegou.
🍽️ Quem mais perdeu? Os setores de restaurantes e de hotéis foram os que mais demitiram: os restaurantes fizeram o maior corte absoluto na cidade, com 6 mil vagas a menos. Já a hotelaria teve a maior perda proporcional: perdeu quase 30% da força de trabalho formal. Este gráfico animado mostra o saldo de vagas por atividade em Curitiba, desde janeiro.
👷 Quem segurou as pontas? A construção civil, especialmente em obras de infraestrutura, teve o maior saldo positivo em contratações na cidade: mesmo no auge da pandemia em abril, quando todo mundo demitia, o setor contratou. Outro destaque positivo, adivinhe, é a saúde.
🎭 Quem ainda está sofrendo? Além dos hotéis e restaurantes, as atividades de educação, artes e cultura, transporte e varejo (que encolheu cerca dr 15%) continuam demitindo mês a mês. Educação, aliás, teve pico de demissões em julho — mês do recesso escolar.
🏭 Quem está se recuperando? Indústria e comércio, que foram os setores mais afetados no início da pandemia, já voltaram a contratar — embora estejam longe de retomar o volume que tinham no início do ano. Serviços profissionais e técnicos também voltaram a contratar no segundo semestre, bem como lojas de material de construção e serviços de apoio administrativo.
- Desde junho, o saldo de vagas voltou a ser positivo em Curitiba.
E por que falar disso: Ninguém nega a gravidade da pandemia do coronavírus — que continua fazendo vítimas em Curitiba, aliás, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Mas, em tempos de aparente queda na curva de casos e de campanha eleitoral à prefeitura, vale pensar em como recuperar os empregos perdidos e promover estímulos justos — e seguros! — aos setores mais prejudicados. (Gazeta do Povo)
🤿 Para ir mais a fundo: a quem quiser se aventurar, os dados completos estão neste link do Novo Caged. É só selecionar “Curitiba” e checar as informações.
2. Curtas ⚡
Pedaladas: algumas sugestões de roteiro para quem quiser sair com a bike por aí. Destaque para o “tour pelas praças” — que vai da Praça do Japão, no Batel, ao Bosque Papa João Paulo II, no Centro Cívico. (Gazeta do Povo)
Made in Curitiba: o longa-metragem Alice Junior, de produção curitibana, chega à Netflix para ampliar o debate sobre a temática trans. O filme já coleciona troféus em Berlim, Brasília, São Paulo e Rio. (BandNews FM)
Fact-checking: sabatinados por UOL e Folha, candidatos à prefeitura de Curitiba tiveram suas declarações sobre a pandemia checadas pela reportagem. Confira quem exagerou e quem foi certeiro aqui.
3. Distinto
O clique no centro da cidade é de Gustavo Panacioni, das portas do tradicionalíssimo Ao Distinto Cavalheiro.
4. Pra encerrar: em bom curitibanês ⚽
“Eu percebi que existia esse outro caminho do design — um design que não estava preocupado só com um diferencial estético para a elite, mas que tinha contribuição social. A minha entrada na pesquisa foi por aí.”
As aspas de hoje são de uma curitibana por adoção: a pesquisadora Stephania Padovani, professora do curso de Design da UFPR e uma das entrevistadas do podcast Fala, cientista!, feito pelo pessoal da Agência Escola de Comunicação.
No episódio que integra a série especial Mulheres na Ciência, a pesquisadora conta como foi sua entrada no mundo do design e daí para a pesquisa em ergonomia, usabilidade e até em colmeias urbanas — com a fabricação de colmeias artificiais para a proteção de abelhas nativas.
Falando em design: começa nesta semana o Mês do Design, promovido pela UTFPR e com uma programação online e gratuita. O evento integra um projeto com o lindo nome de “Tão longe, tão perto”.
Continuemos próximos, mesmo que distantes!
Até a próxima semana 🙂