👂 De ouvidos bem abertos

Bom dia de novo!

Por aqui, passamos o fim de semana debruçados sobre uma base de dados que revelou as preocupações e ansiedades dos curitibanos durante a pandemia. Ficou curioso? Dá uma olhada aí embaixo. 

Esta edição também traz uma reflexão sobre os ônibus de Curitiba, dicas de lazer pra curtir no sofá e um clique solidário das ruas 💖

Nosso obrigada especial aos nossos novos apoiadores: Claudio StringariAlessandro Antonio Scaduto e Daiana Lopes! Se você é fã d’O Expresso, considere se tornar um apoiador e incentivar o debate sobre a cidade em oexpresso.curitiba.br/apoie. Se preferir outra forma de contribuição, pode entrar em contato com a gente no oi@oexpresso.curitiba.br.

E não esqueça de compartilhar este boletim usando os links abaixo:

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos e 42 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 1 de setembro

1. Os ouvidos da cidade 🎧

Quem é de Curitiba já sabe. Se sua rua está esburacada, se o ônibus atrasou, se o poste não funciona, basta discar 156 no telefone e voilà: a informação, queixa ou solicitação que você busca estará, no mínimo, registrada.

📞 Nesta edição, por curiosidade e pra fugir um pouco das notícias de sempre, a gente d’O Expresso resolveu mapear tudo que dizia respeito à epidemia de coronavírus na base de dados da Central 156 — que, com uma média de 800 registros por dia, é provavelmente um dos melhores termômetros do cotidiano curitibano.

feb25bac-ba7f-45a4-8a9e-a8499ad17b9b.gif
A animação mostra a evolução das demandas sobre o coronavírus na Central 156 desde março — e onde cada uma delas foi registrada. Veja o mapa completo aqui.
 

Foram pouco mais de 7 mil demandas sobre a epidemia desde março, incluindo denúncias de aglomerações, dúvidas sobre funcionamento de comércio e pedidos de fiscalização. O atendimento para quem tem sintomas da doença, é bom lembrar, foi concentrado em uma central específica da prefeitura (portanto, não está incluído aqui). (Gazeta do Povo)\

Chegamos a algumas descobertas interessantes, que compartilhamos com você:

1- Bares, supermercados, academias, shoppings e (curiosamente) armarinhos estão entre os estabelecimentos com o maior número de queixas de aglomeração

🧶 Os armarinhos, aliás, chamaram a nossa atenção: aparentemente, com tanta gente em casa, fazer artesanato (e em especial, máscaras de tecido) virou hábito entre os curitibanos, que provocaram um fluxo inédito às lojas. Em relatos ao 156, moradores dizem que falta ventilação às lojas e que os clientes não respeitam o distanciamento.

2- Os meses de março e julho registraram os picos de ocorrências sobre o coronavírus no 156. O primeiro marcou o início da pandemia, quando ainda havia muitas dúvidas sobre o funcionamento da cidade; o segundo registrou o auge de casos até agora.

  • As ocorrências crescem especialmente nos dias seguintes à imposição da bandeira laranja na cidade e ao decreto de lockdown do governo estadual.

3- Os bairros Centro, CIC, Água Verde, Sítio Cercado e Boqueirão são os campeões de registros de aglomerações e pedidos de fiscalização de comércios e templos. 

🔎 Você pode consultar o mapa com todas as ocorrências aqui — e até buscar os registros mais próximos da sua casa ou do seu local de trabalho. Os dados estão atualizados até 31/07/2020.

Para saber mais: o Marcos Abreu, que integra o grupo Code for Curitiba, fez uma análise bem interessante sobre as solicitações do 156 nos últimos dois anos. Demandas sobre a coleta de lixo, trânsito e iluminação pública são as mais recorrentes na capital. 

E, como sempre: os dados mais recentes da epidemia de coronavírus em Curitiba estão atualizados no nosso Monitor COVID-19 Curitiba.

 

2. Mais dinheiro para os ônibus 🚌

Passamos agora a um dos temas preferidos do curitibano: o busão.

Semana passada, os vereadores aprovaram um novo repasse de aproximadamente R$ 135 milhões às empresas de ônibus de Curitiba — um auxílio emergencial até o fim do ano para compensar a queda de passageiros durante a pandemia. (Câmara Municipal de Curitiba)

justificativa do município é que o dinheiro vai manter em funcionamento o sistema, que é de utilidade pública e tem relevância social. Até a Constituição Federal, explica a mensagem do Executivo à Câmara, diz que o transporte público é um serviço essencial — e que, se parar, provocaria danos enormes à cidade. “Curitiba não socorre empresa. Mantém seu transporte ativo, a todo vapor”, disse o líder do prefeito na Câmara.

📉 Pra quem não sabe, por causa da pandemia, o número de passageiros caiu cerca de 60% em relação à previsão inicial das empresas. É como se 360 mil pessoas sumissem dos ônibus todos os dias. Está tudo aqui, em dados disponibilizados pela URBS. (Portal da Transparência Coronavírus)

  • As empresas afirmam que, atualmente, só arrecadam o suficiente para cobrir metade dos seus custos. Segundo os cálculos da URBS, a passagem teria que custar R$ 16 (em vez de R$ 4,50) para reequilibrar a equação financeira.

Na mensagem encaminhada com a proposta, a área técnica da URBS argumenta que “não haveria como o sistema continuar subsistindo por muito tempo” com a atual redução de passageiros, e que os ônibus “fatalmente atingiriam uma situação de colapso”.

Mas… O socorro milionário às gigantes do transporte, enquanto pequenos empresários, autônomos e desempregados também sofrem com a pandemia, provocou críticas. O Ministério Público resolveu apurar os repasses, o Tribunal de Contas questionou se houve infração à Lei de Responsabilidade Fiscal e o assunto, é claro, já virou tema de pré-campanha. (Gazeta do Povo e G1 Paraná)

🗣️ E você, leitor: o que acha? O auxílio ao sistema de ônibus é justificado? Será que haveria como evitar aglomeração nos veículos? Daria pra investir num transporte de massa mais seguro em meio a uma pandemia? Mande sua opinião para nós respondendo a esse email 😉

 

3. Curtas da semana ⚡

Pra acompanhar do sofá: ainda está rolando o Festival Folclórico de Etnias do Paraná, com apresentações online (e lindas!) sempre às 20h, até domingo (30). Também começou neste mês a edição online do diálogo com artistas do Museu Oscar Niemeyer, transmitida uma vez por mês, aos domingos, às 16h, pelo canal do Youtube do museu. (Plural e MON)

Pra ir de máscara: foi retomada no último fim de semana a Feira do Largo da Ordem (que agora também funciona no sábado, e passou de 1.300 barraquinhas para 300 😲). O Mercado Municipal também reabriu aos domingos, assim como os parques da cidade. Aproveite com moderação! 😷(Curitiba de Graça e BandNews FM)

Pra comer: vai até quinta (27) o festival VinaBurguer, um festival de hambúrgueres a R$ 22 para pedir pelo aplicativo e comer em casa. (Tribuna do Paraná)
 

Acesse esta nota avulsa

Envie por WhatsApp >>

4. Japona para todos

7da93890-6b97-4891-b962-bfc6a245d2cf.jpeg
 

Em tempos de frio recorde, também temos solidariedade em Curitiba: este café no centro da cidade aproveitou um espacinho da sua vitrine para oferecer casacos e cobertores a quem precisasse. ❤️ O clique é da leitora Isadora Rupp.
 

Acesse esta nota avulsa

Ou envie por WhatsApp >>

5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Era uma matemática muito diferente daquela que eu conhecia da escola. Ela me apresentava a descoberta de possibilidades, de áreas, de conceitos e estruturas que eu não tinha ideia que existiam.”

Essa paixão inspiradora pela Matemática é de Aline Zanardini, uma curitibana por adoção: natural de Pato Branco (PR), ela se formou por aqui, na Universidade Federal do Paraná, e hoje é doutoranda na Universidade da Pensilvânia, nos EUA.

Aline foi destaque recente após participar de um seminário internacional sobre geometria algébrica. Os estudos que faz, boa parte na base do papel e caneta, nos lembraram os gênios da série The Big Bang Theory 😉(Portal UFPR)

Que tenhamos uma semana repleta de possibilidades!
 

COMPARTILHE ESTA EDIÇÃO

Compartilhar no email
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no print

Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS