😷 A epidemia em Curitiba é pior que em outras cidades?

😷 A epidemia em Curitiba é pior que em outras cidades?

Aqui estamos novamente!

Nesta semana, nossa capital preferida completou 327 anos de história — e continuou mergulhada no enfrentamento da epidemia do COVID-19. Mais uma vez, caçamos alguns dados sobre a doença e sua evolução na cidade, e chamamos você a refletir conosco.
 
Além disso, homenageamos nesta edição um outro aniversariante de Curitiba. Este é bem mais novinho: apenas um ano! Quem será? 🎂

Fora tudo isso, tem mais uma novidade para quem gosta do nosso trabalho.

Como você já deve saber, O Expresso é uma iniciativa independente com foco no jornalismo local. Aos poucos estamos idealizando alternativas que vão permitir a arrecadação de recursos para que possamos manter este projeto que consideramos tão relevante para Curitiba.

A primeira alternativa você já encontra a partir de hoje: no final de algumas notas inserimos um link para quem quiser doar alguns centavos via PicPay. É simples e super rápido (principalmente para quem está no celular e tem uns centavinhos na carteira virtual).  

Como sempre, compartilhe esta edição d’O Expresso com seus amigos, usando o link abaixo ou os botões de compartilhamento das notas via WhatsApp. E mande suas sugestões e críticas para nós!

Uma boa semana! 🙂

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça-feira, 7 de abril

1. Coronavírus em Curitiba: pior que outras cidades?

Como não podia deixar de ser, abrimos esta edição falando novamente do status da epidemia do coronavírus aqui em Curitiba. Nesta segunda (30), eram 79 casos confirmados em Curitiba (um aumento de 61% em relação à semana passada) e 119 suspeitos. Olha o gráfico atualizado aí embaixo:
 

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A linha azul são todos os casos confirmados, enquanto a área amarela representa os suspeitos. Você pode clicar aqui para acessar a versão interativa.


🤔 Ok. Mas o que isso quer dizer? Isso é alarmante ou não? A evolução dos casos está acelerada ou devagar? E, afinal: esta quarentena está servindo para alguma coisa?

A gente aqui d’O Expresso resolveu ir um pouco além nos dados, compilando algumas informações que podem dar algumas ideias de como Curitiba está diante de outras cidades do Brasil (Porto Alegre, São Paulo e Brasília).

Como a gente fez isso? Para começar, resolvemos não comparar os números absolutos de casos de COVID-19, mas sim a taxa de casos confirmados por 100 mil habitantes. Isso dá uma noção mais acurada da evolução da epidemia, proporcionalmente, em cada uma dessas cidades.

🗓 Além disso, tomamos como ponto de partida o “dia zero” de cada uma dessas cidades — ou seja, o dia em que se confirmou o primeiro caso de coronavírus em cada capital. 

  • Curitiba é uma das cidades com menos tempo de epidemia: os primeiros casos foram confirmados no dia 12 de março – o que nos leva a 17 dias de enfrentamento da doença. Em Brasília, o primeiro caso foi detectado uma semana antes; em Porto Alegre, no dia 9; e em São Paulo, no dia 26 de fevereiro.

Então, vamos à comparação:
 

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A marca cinza indica o momento atual da epidemia em Curitiba (somos a bolinha azul), em comparação às outras cidades brasileiras. Você pode acessar o gráfico completo, em sua versão interativa, aqui.
 

Dá pra ver que nossa evolução de casos por 100 mil habitantes, neste momento (dia 17 da epidemia), já é mais acelerada do que foi em Brasília e em São Paulo, mas menos do que em Porto Alegre. Temos 4,1 casos por 100 mil habitantes.

A essa altura da epidemia, Brasília (em verde) registrava 3 e São Paulo (roxo), menos de 1. Já Porto Alegre (em amarelo), como dá para ver, registrou uma progressão bem mais veloz de casos desde o início da epidemia.

E as práticas de isolamento social? Até agora, o que dá para dizer é que Curitiba adotou medidas de ‘quarentena’ mais cedo do que Porto Alegre, Brasília ou São Paulo. Aqui, o decreto municipal que limitou eventos e suspendeu aulas passou a valer em 18 de março (ou dia 7 da epidemia). Em São Paulo, o isolamento oficial começou no 21º dia da epidemia na cidade; em Porto Alegre, no dia 11; e em Brasília, no dia 8. 


Atualmente:

  • Brasília tem 9,9 casos por 100 mil habitantes;
  • Porto Alegre tem 9,7 casos por 100 mil habitantes;
  • São Paulo tem 4,8 casos por 100 mil habitantes;
  • Curitiba tem 4,1 casos por 100 mil habitantes.


Um contexto importante:

  • Vale lembrar que o acesso e o tempo de espera pelos resultados dos testes de COVID-19 variam em cada cidade, e que, justamente por isso, vários epidemiologistas ressaltam que há subnotificação dos casos — então, o número real de infectados pode ser muito maior. (O Estado de S.Paulo)
  • Um bom indicativo desta subnotificação são as internações por problemas respiratórios, que estão nove vezes mais numerosas do que a média para o mês no Brasil, segundo a Fiocruz. (G1)
  • A quem quiser acessar mais dados, recomendamos o site do Lagom Data, que faz o comparativo proporcional de casos nos municípios e estados por milhão de habitantes. Segundo o jornalista Marcelo Soares, fundador do Lagom, “essa relativização ajuda a enxergar a gravidade da situação. Fortaleza e Brasília estão com taxas muito preocupantes”. Em algumas cidades do interior do país, lembra ele, os testes chegam a demorar 17 dias para ficarem prontos.

 
Na semana que vem, vamos comparar a situação de Curitiba a algumas metrópoles pelo mundo — como Nova York, Berlim e Milão.

Até lá, #FiqueEmCasa!
 

2. Teste rápido, #MadeInCuritiba

Uma boa notícia sobre o coronavírus, para aliviar um pouco a semana: a Hi Technologies, uma startup aqui de Curitiba, deve oferecer em meados de abril um teste rápido para diagnóstico do coronavírus.

💉 O teste vai estar disponível em algumas farmácias da cidade, ao custo de R$ 130. 

O resultado, segundo a empresa, sai em até 15 minutos. O paciente insere uma pequena amostra do seu sangue na máquina do Hilab, coletada na pontinha do dedo, ainda na farmácia. O aparelho se comunica com o laboratório da Hi, em Curitiba, que faz a análise e envia o resultado via SMS ou e-mail. (Plural)

“O diagnóstico rápido é essencial para que a pessoa e os familiares sejam informados sobre a doença e possam entrar em isolamento o mais rapidamente possível, evitando a disseminação do vírus”, disse Marcus Figueiredo, CEO e cofundador da Hi Technologies, em entrevista ao LABS

Antes que role uma corrida às farmácias: o teste é indicado apenas para casos em que o paciente já apresente sintomas do coronavírus há pelo menos três dias. É que o que a maquininha identifica é um anticorpo produzido pelo paciente, e não o vírus em si.

E mais algumas boas notícias em meio à pandemia: 🙂

 

3. Curta da semana

Sim, dessa vez, é uma só: o rodízio de água nos bairros de Curitiba volta nesta quarta e quinta-feira (dias 1 e 2). A medida, segundo a Sanepar, foi tomada tanto pela falta de chuvas das últimas semanas quanto pelo aumento do consumo.

🚰 A Sanepar afirma que o “pânico por higiene” em meio à pandemia tem provocado o aumento do consumo, e pede que as pessoas façam uso consciente da água — em especial neste momento.
 

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4. Aniversário em dose dupla

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Uma cena curitibana (de Guilherme Pupo) com duplo objetivo: comemorar os 327 anos de Curitiba, neste domingo + um ano de Cine Passeio – que, no dia 27 de março, completou 12 meses de atividades e atingiu a marca de mais de 81 mil ingressos vendidos

Não teve festa, claro. Mas teve encarte especial indicando como assistir (em casa) os oito filmes com maior bilheteria do primeiro ano de Cine Passeio. 📽


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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“O grande problema é que o coronavírus não ‘derruba’ a maioria dos contaminados. Dá uma dor de garganta, pode dar febre e depois de dois ou três dias em casa a pessoa acha que está bem, sai na rua e pode contagiar outras.”

As aspas de hoje não têm nome. São parte do relato de um dos recuperados da COVID-19 em Curitiba, que deixou o isolamento domiciliar na semana passada após cuidados médicos. Ficam como alerta para continuarmos #EmCasa, mesmo sem sintomas.

 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

🙏 Sim. Há boas notícias em meio ao coronavírus!

🙏 Sim. Há boas notícias em meio ao coronavírus!

Bom dia!

O coronavírus continua alterando significativamente nossas rotinas, como nunca visto antes. E com tantas notícias preocupantes por aí, resolvemos focar naquelas que dão um pouco de esperança para a gente neste cenário – além de dar espaço para uma base de dados do 156 super interessante.

Aproveite a leitura e, como sempre, vale reforçar: indique O Expresso para outros curitibanos, usando o link abaixo ou os botões de compartilhamento das notas via WhatsApp.

Uma boa semana, na medida do possível! 🙂

Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça-feira, 31 de março

1. A pandemia em Curitiba — e algumas boas notícias

Não podíamos deixar de falar, mais uma vez, da situação do coronavírus em Curitiba. De uma semana para cá, vimos o número de casos pelo país se multiplicar, e a rotina das cidades mudou radicalmente. 

Aqui em Curitiba, parques fecharam, a feirinha do Largo da Ordem foi suspensa de forma inédita, e carros da PM e da Guarda Municipal circulam com avisos de som orientando a população a se recolher, para evitar o avanço do vírus. (BandNews FM e Prefeitura de Curitiba)
 

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📊 Nesta segunda (23), eram 37 casos confirmados em Curitiba e 233 suspeitos. O gráfico acima mostra a evolução da epidemia na cidade: os confirmados estão na linha preta e, os suspeitos, na linha amarela tracejada. 

Mas, em meio a tanta incerteza e preocupação, a gente queria aproveitar a oportunidade pra também falar de boas notícias — como algumas iniciativas de solidariedade e de acesso à informação que valem a pena ser compartilhadas.

  • Para ajudar o pequeno comércio da cidade, a página Fortalece CWB, no Instagram, divulga estabelecimentos locais que estão fazendo entregas, como restaurantes e supermercados. Quem tiver interesse, pode preencher este formulário aqui para divulgar seus produtos ou serviços.
  • Ainda na proposta de fortalecimento de negócios locais neste cenário de incertezas, o Plural lançou uma plataforma de classificados que reúne empresas e profissionais locais.
  • Quer mais marcas e produtores locais? A nossa já parceira Mamute (feira gráfica de Curitiba) organizou esta planilha que mostra bons trabalhos aqui da cidade. 
  • Aqui também tem uma planilha colaborativa com conteúdos, cursos e dicas para enfrentar a quarentena de forma produtiva. Tem alguma sugestão? É só entrar e cadastrar. A iniciativa é da Criatilha, aqui de Curitiba.
  • Já o site Existe Amor em Curitiba mapeia grupos, pessoas e redes de apoio que estão promovendo ações de solidariedade em tempos de epidemia, como doação de álcool em gel a asilos e moradores de rua, e suporte psicológico a quem precisa. 
  • Na UFPR, a ação Pergunte a um cientista encaminha aos pesquisadores da universidade as principais dúvidas sobre o vírus, que respondem com base nas mais recentes descobertas científicas a respeito. (Agência UFPR)
  • Médicos do Hospital IPO, especializado em otorrinolaringologia, estão respondendo a dúvidas sobre o coronavírus pela internet, de graça e de forma individual. (G1)
  • E a prefeitura fez uma ação de drive-thru da vacina contra a gripe, especialmente para idosos, a fim de evitar aglomerações e exposição ao coronavírus. Apesar de interessante, deu confusão.


Fora alguns relatos legais que ouvimos de amigos, como esses aqui:

“Aqui no meu prédio, todos os moradores estão comprando frutas e legumes de uma vendinha bem pequena, aqui ao lado. O proprietário monta as cestas para cada cliente, e um grupo de moradores busca e deixa nos apartamentos de quem não pode sair de casa.” 

“Um grupo de moradores deixou um aviso no elevador do prédio, se oferecendo para fazer compras a idosos que não podem sair de casa.”

“Minha filha está saindo distribuir uma sopa caseira para pessoas que moram nas ruas do entorno. Não nos sentimos confortáveis de estar em isolamento em casa, com conforto, alimentação adequada, segurança e afeto, enquanto tem gente na frente, ao lado de onde moramos, totalmente descartada por esse modelo social desigual e injusto.” 

Prossigamos pelas próximas semanas, distribuindo afeto e solidariedade para atravessarmos esse momento difícil. E #FiqueEmCasa!
 

2. As mais pedidas do 156

Para mudar um pouco de assunto: antes de essa epidemia começar, no início de março, o pessoal do Open Data Day (evento de que falamos há algumas semanas) achou um baú de tesouros de Curitiba: a base da Central 156. 

O 156 é conhecido por aqui como um número de telefone que presta informações e recolhe reclamações sobre serviços de Curitiba. Mas, na prática, essa base de dados, que está disponível no site da prefeitura, reúne informações estratégicas vindas de diferentes plataformas (site, e-mail, aplicativo e telefone) — e que se mostram essenciais para entender algumas peculiaridades da nossa cidade

Pois bem: no Open Data Day deste ano, um grupo de programadores e ativistas cívicos se reuniu para analisar as bases do 156 em fevereiro deste ano. Foram mais de 20 mil solicitações no período, entre reclamações e elogios — a maioria delas, feita por e-mail.

Os temas mais recorrentes? 1) trânsito, 2) coleta de lixo, e 3) iluminação pública.

A partir dos dados disponibilizados, O Expresso resolveu separar as solicitações por tipo e criar alguns mapas que nos ajudam a identificar algumas características (e necessidades mais prementes) dos bairros de Curitiba. Dá uma olhada nos exemplos abaixo:

Abordagem social de rua

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Este tópico reúne, basicamente, todos os pedidos de assistência para crianças, adultos e idosos que estão em situação de rua. Adivinhem onde eles se concentram? Das 2.051 solicitações registradas em fevereiro, 419 foram no Centro (1), 295 no Jardim Botânico (2) e 94 no Rebouças (3)Sítio Cercado (4) e Boqueirão (5) aparecem em seguida.

Iluminação Pública
 

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As queixas e pedidos de manutenção da iluminação pública, como é possível perceber no mapa, estão concentrados na região periférica de Curitiba: o (1) Sítio Cercado teve 190 solicitações em fevereiro, (2) CIC chegou a 155 pedidos de manutenção; (3) Uberaba ficou na terceira posição, com 134 registros; e nas posições (4), (5) e (6), respectivamente, Xaxim, Boqueirão e Cajuru, com cerca de 100 solicitações em cada um.

Para saber mais:

  • Se quiser, você pode gerar seus próprios mapas aqui, numa ferramenta disponibilizada por nós d’O Expresso, escolhendo o tema de sua preferência.
  • base de dados completa do 156 em fevereiro, organizada pelo pessoal do Open Data Day, também traz informações como o órgão responsável pela resposta, assim como o gênero e idade dos moradores que fizeram o pedido.
 

3. Ordem no Largo da Ordem

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Resolvemos emprestar o clique do fotógrafo Franklin de Freitas, que registrou uma cena que nunca pensamos ver: o Largo da Ordem vazio num domingo! É apenas um dos efeitos do coronavírus na nossa cidade. (Bem Paraná)


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4. Pra terminar: em bom curitibanês

“Precisava procurar algo que me aproximasse das pessoas. Queria uma causa comum. E imaginei que ter água de boa qualidade para beber e ar para respirar era algo que todos poderiam compartilhar.”

A frase é da jornalista e curitibana Teresa Urban, que faleceu em 2013 — e faria 74 anos nesta semana, no dia 26. Presa e exilada durante a ditadura por participar de grupos estudantis de esquerda, ela mudou de ativismo e escolheu o meio ambiente como campo de ação, se tornando uma pioneira do jornalismo ambiental no país. (Gazeta do Povo)
 

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⏳ Coronavírus em Curitiba, e o que fazer enquanto isso

⏳ Coronavírus em Curitiba, e o que fazer enquanto isso

Bom dia!

Chegou mais uma terça-feira!

A semana passou rápido, ainda mais diante do furacão de notícias sobre o coronavírus em todo o mundo. A gente não teve como fugir: nesta edição, fizemos um apanhado sobre o status da doença na nossa cidade — e também colhemos algumas sugestões bem curitibanas do que fazer enquanto esperamos a tempestade passar…

Semana que vem, assim esperamos, voltaremos à programação normal. No mais, você já sabe: indique O Expresso para seus amigos e vizinhos, usando o link abaixo ou os botões de compartilhamento das notas via WhatsApp.

Cuide-se e uma boa semana 🙂

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Nosso próximo encontro:
Terça, 24 de março

1. Coronavírus em Curitiba: últimas atualizações

Da semana passada pra cá, rolou uma reviravolta na situação do coronavírus em Curitiba: os primeiros casos da doença na cidade foram confirmados, e muitas instituições, escolas e empresas já começaram a adotar medidas de precaução — como suspensão de atividades, isolamento domiciliar, trabalho remoto, cancelamento de reuniões e viagens.

Ou seja: devemos ter algumas semanas de quarentena à vista. Por aqui, nós, editores d’O Expresso, estamos em home office até o final do mês. E foi daqui de casa que colhemos este balanço da situação do Covid-19 em Curitiba:

😷 Quantos casos? Por enquanto, há sete casos confirmados da doença na cidade, todos importados (ou seja, de pessoas que tiveram contato com o vírus em outros países ou estados). Isso indica que ainda não há circulação local do coronavírus na cidade — e também que ainda há tempo, adotadas as medidas necessárias, de frear o avanço da doença por aqui. Todos os pacientes tiveram sintomas leves, passam bem e estão em isolamento domiciliar voluntário. Outros 43 casos estão sob investigação. (Prefeitura de Curitiba)

🎒 As aulas vão parar? Em alguns casos, sim. A UFPR e a UTFPR foram as primeiras a anunciar a medida, neste fim de semana, e outras faculdades as seguiram. Escolas públicas municipais vão parar a partir do dia 23 (segunda), e as escolas e universidades públicas estaduais, a partir do dia 20 (sexta). O governo do Paraná recomenda que as escolas particulares também suspendam as aulas a partir desta sexta, por tempo indeterminado.

🤝 Devo suspender eventos? A recomendação da prefeitura e do governo do Paraná (pelo menos até agora) é que eventos com mais de 50 pessoas sejam adiados ou cancelados.

💼 E as empresas? Muitas estão adotando o home office, inclusive repartições públicas. Grupos de risco, como idosos, doentes crônicos e gestantes, estão sendo afastados de suas funções. (Governo do Paraná)

🚌 Quem pega ônibus, faz o quê? Garanta que as janelas estejam abertas e capriche na higienização de mãos. A Prefeitura de Curitiba e a Comec já informaram que vão reforçar as medidas de limpeza dos veículos e oferecer álcool em gel nos terminais. Gestantes e idosos foram orientados a evitar os veículos, se possível, pelas próximas duas semanas. 

🛑 As orientações de prevenção ao coronavírus, vale lembrar, continuam as mesmas de sempre: lavar bem as mãos, cobrir boca e nariz quando espirrar, manter ambientes bem ventilados, não compartilhar objetos de uso pessoal etc. etc.

  • Uma curiosidade: uma parte do kit diagnóstico do novo coronavírus usado no Brasil é produzida aqui em Curitiba, pelo IBMP (Instituto de Biologia Molecular do Paraná).
  • Um serviço: a prefeitura colocou em operação um telefone tira-dúvidas do coronavírus em Curitiba. É o (41) 3350-9000, que funciona todos os dias, das 8h às 23h.
     

2. O que fazer em Curitiba, em tempos de coronavírus

Algumas sugestões que a gente colheu, pra reduzir a ansiedade do dia a dia 😉

  • Cozinhar pierogui com a família;
  • Fazer uma visita virtual ao Museu Oscar Niemeyer;
  • Assistir a cenas do passado da cidade no site do Arquivo Público;
  • Dar uma volta pelo seu quarteirão pra conhecer a vizinhança (pelo menos por enquanto, a prática de caminhadas ao ar livre, desde que sem contato físico com outras pessoas, ainda não foi desencorajada pelas autoridades de saúde);
  • Ler o suplemento literário O Cândido, da Biblioteca Pública do Paraná.


E você, tem mais alguma ideia? O que está fazendo para manter a saúde mental em casa? Manda pra gente no oi@oexpresso.curitiba.br 

 

3. Curta do dia

Só pra lembrar que ontem (segunda, dia 16) entrou em operação o EstaR eletrônico em Curitiba. O Expresso já fez um guia sobre como está funcionando o serviço na cidade, que você pode reler e compartilhar com os amigos.


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4. Pela janela

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Um retrato da provável realidade curitibana desses últimos e próximos dias: da janela de casa, a gente vê a vida passar lá fora. A arte é do curitibano Rimon Guimarães e o clique foi feito na rua Brigadeiro Franco (quase esquina com a Saldanha Marinho).
 

5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Quando as pessoas veem o que eu faço, podem esquecer problemas pessoais, políticos ou do trabalho e conseguem entrar no mundo das artes visuais.”

A frase de hoje é do Rimon Guimarães, o artista do grafite aí de cima, que nasceu em Curitiba há 32 anos. A especialidade dele são murais de larga escala, pintados pelas ruas, que já estão em quase 30 países, como Holanda, Dinamarca, Alemanha, Bélgica e Síria.

Nessa entrevista à revista Casa e Jardim, ele relembra algumas de suas principais obras, muitas delas pintadas aqui em Curitiba, e defende o espaço público como tela: “O espaço público tem uma abrangência maior e não possui distinção de raça, religião e classe social”.
 

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👟 Mulheres que caminham em Curitiba

👟 Mulheres que caminham em Curitiba

Bom dia!

Mais uma terça-feira com O Expresso na sua caixa de entrada. Queremos agradecer aos leitores e leitoras pelos comentários e sugestões recebidos na última edição! É sempre bom ouvir você.

E já sabe: indique O Expresso para quem também ama Curitiba, usando o link abaixo ou os (novíssimos) botões de compartilhamento das notas via WhatsApp.

Boa leitura!

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Nosso próximo encontro:
Terça, 17 de março

1. Andar a pé em Curitiba, para mulheres 🚺

A gente vive falando aqui n’O Expresso sobre os desafios de caminhar em Curitiba. E, na semana que sucede o Dia Internacional da Mulher, resolvemos abordar o tema sob outro viés: é mais difícil para uma mulher caminhar sozinha pela cidade?

A resposta, infelizmente, parece ser que sim: uma pesquisa divulgada pelo Instituto Sivis nos últimos dias mostra que 73% das mulheres curitibanas têm medo de andar sozinhas pelas ruas, principalmente à noite. 

🚹 Em contraste: apenas 11,7% dos homens da cidade disseram sentir o mesmo.

“[A ideia é] produzir o próprio alimento próximo de casa, arrumar tempero. E não só alimento para o corpo, mas para o espírito. Comida não é só comida; comida é diversão, cultura, arte.”

✍ Depoimento: na hora, a gente lembrou da história da jornalista curitibana Magaléa Mazziotti, de 40 anos, que há quatro adotou os pés como seu principal meio de transporte. Eram caminhadas diárias de 40 minutos, uma hora, até duas horas. 

Infelizmente, ela passou por algumas situações de violência e, desde o ano passado, quando começou a trabalhar em casa, reduziu o ritmo das pernadas — mas continua a defender o pé como modal. Leia abaixo um trecho do depoimento dela:

O meu antídoto contra o medo de ter nos próprios pés o meu principal modal sempre foi o exercício do direito de ir e vir. Considero um ultraje não poder fazer algo tão natural quanto caminhar porque você pode sofrer uma violência — e, de fato, isso ocorre e aconteceu algumas vezes comigo. 

Na época, minha reação foi intensificar a minha decisão. Quanto mais pessoas aderirem a isso, mais seguro fica o ambiente para todos.

Entre 2016 e 2018, elevei radicalmente a militância por ir a pé em qualquer lugar. Não havia limite de horário. Podia ser dia, noite ou madrugada. Meu limite era até duas horas de caminhada para chegar ao compromisso. São múltiplos os benefícios de ter uma rotina em que a caminhada é o seu modal: eu vivia feliz e autoconfiante. Não é por acaso que  diversas religiões valorizam a peregrinação como instrumento de transformação.

  • Ela também deu algumas dicas de segurança: saiba exatamente qual o seu limite, inclusive no sentido de administrar uma abordagem de assalto. A repetição torna a pessoa mais atenta aos pontos em que alguém pode surgir, como caçambas e muretas de prédios. Outra dica valiosa: procure caminhar na direção contrária a da rua em que se está. Por duas vezes, motos invadiram a calçada onde eu caminhava, para arrancar minha bolsa e para me derrubarem com o objetivo de revirar a minha mochila de trabalho. Aliás, quem adere à caminhada como modal precisa entender que celular deve ficar escondido na bolsa. Do contrário, a pessoa vira alvo.
🗣 E você, leitora? Também caminha a pé por Curitiba? Já se sentiu alvo nas ruas apenas por ser mulher? Saiba que não está sozinha — e que, juntas, somos mais fortes.
 

2. O Expresso na História: um macarrão curitibano

Na terceira edição da coluna de reminiscências sobre as principais indústrias de Curitiba, o nosso parceiro e jornalista Diego Antonelli fala sobre a Todeschini, a fábrica de macarrão “sublime” que ficava na Av. Sete de Setembro, esquina com a Bento Viana, ali no Batel. Conta mais, Diego:
 

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Crédito: Fundação Cultural de Curitiba/Curitiba Antiga

🛳 Aos 26 anos de idade, o italiano Giuseppe Todeschini decidiu atravessar o Atlântico com destino ao Brasil. Natural da província de Verona, ele chegou ao país em 1877, onde construiu uma grande indústria alimentícia que marcou a vida de gerações de brasileiros.

Quando tudo começou: em 1880, depois de anos trabalhando na construção de casas e juntando recursos, Giuseppe comprou um lote na atual Avenida Sete de Setembro. Foi ali que o italiano começou a botar seu sonho na prática: montou a primeira indústria de macarrão do sul do Brasil. Segundo o pesquisador Lúcio Borges, as primeiras máquinas usadas para fabricar o macarrão foram projetadas e construídas pelo próprio Giuseppe. 

🍝 A empresa surgiu com o nome “Fábrica di Paste Alimenticie”. Mas era modesta: tinha apenas seis funcionários, e a produção era feita na casa de Giuseppe. Havia resistência de parte da população contra alimentos industrializados ou pré-preparados. O comum era as pessoas produzirem suas próprias comidas.

O que o empreendedor italiano fez? Apostou na simpatia. Giuseppe chegava a ensinar a maneira de cozinhar a massa e até como enrolá-la no garfo. Não raro, ele próprio comia a macarronada acompanhado de algum freguês. 

🏭 fábrica em si, em plena Avenida Sete de Setembro, surgiu em 1906, com a construção de um chalé de dois andares, de tijolos. A indústria passou a se chamar “José Todeschini & Filhos” — Giuseppe teve oito filhos e três filhas, que tocaram a empresa após a morte do pai, em agosto de 1922. A produção de macarrão se consolidou, ganhou o Brasil e avançou para o ramo de balas e depois, biscoitos, com atuação nacional.
 

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Crédito: Levy Leiloeiro
 

Mudanças: Na década de 1970, a indústria saiu das instalações originais e migrou para o bairro Pinheirinho. A empresa continuou com a família até começar a enfrentar dificuldades financeiras, de gestão e mais concorrência, a partir dos anos 2000. Em 2006, a saída encontrada para não fechar as portas foi uma parceria com a Imcopa, processadora de óleo e farelo de soja com sede em Araucária. Mas, em 2013, a crise foi irreversível e a centenária empresa fechou as portas

Curiosidades:

  • terreno da antiga fábrica da Todeschini, na Sete de Setembro, abriga hoje um condomínio residencial — mas, nos anos 1990, foi sede do Shopping Todeschini. Quem aí se lembra?
  • Em 2017, a marca Todeschini voltou às gôndolas de supermercado: a indústria paulista Selmi, fabricante dos produtos Galo e Renata, licenciou a marca curitibana e começou a produzir massas e biscoitos com a embalagem Todeschini.
 

3. Curtas da semana

Inscrições abertas: a UFPR (Universidade Federal do Paraná) e o Sebrae/PR recebem até sábado (14) inscrições para o Programa de Pré-Incubação Garage UFPR. Os vencedores receberão mentoria, oficinas e consultoria gratuitamente por quatro meses, e terão a oportunidade de apresentar suas ideias para investidores. Serão selecionadas ideias de negócio consistentes, com uma seleção especial para quem tiver projetos em agronegócio. Inscrições aqui. (UFPR)

Falsa segurança: em tempos de coronavírus, o preço das máscaras cirúrgicas nas farmácias de Curitiba aumentou 500%. Antes, uma caixa com 50 unidades custava R$ 10. Hoje, sai a até R$ 49,90. Vale lembrar que de nada adianta: as máscaras não são recomendadas no combate ao vírus, a não ser para profissionais de saúde que têm contato direto com pacientes infectados. (Plural e Folha de S.Paulo)


Acesse esta nota avulsa

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4. O registro do registro

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Uma pausa para apreciar este trabalho (feito por Thiago Bueno Salcedo) que acontece quase que silenciosamente pelas ruas da cidade: o pessoal do Urban Sketchers Curitiba cria esses belos registros por onde passa. A iniciativa faz parte de um movimento global, que já acontece em mais de 20 países. 

Em Curitiba, ainda dá para conferir a exposição exclusiva no hall térreo da Biblioteca Pública do Paraná – como parte da comemoração do aniversário de 163 anos da instituição.
 

5. Pra fechar: em bom curitibanês

“É bom que essa geração de hoje tenha consciência do que era o radioteatro: eram histórias em que o espectador só imaginava o que estava acontecendo, por meio das inflexões de voz, da sonoplastia. O resto era imaginação.”

Esse é Sinval Martins, ator e astro de radionovelas paranaenses nos anos 1950, além de publicitário das lendárias lojas Hermes Macedo — ele faleceu nesta segunda (9), aos 86 anos. O mineiro que passou a infância no interior do Paraná veio a Curitiba para estudar, aos 17 anos, e nunca mais deixou a cidade.

As aspas dessa semana vieram de uma entrevista concedida ao jornalista José Wille, que mantém um precioso registro da memória curitibana e paranaense em seu site.
 

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🌲 Um jardim de Araucárias

🌲 Um jardim de Araucárias

Oi! Tudo bem aí?

Pedimos licença mais uma vez para entrar na sua caixa de entrada e falar das últimas notícias curitibanas.

É sempre bom lembrar que O Expresso é uma iniciativa independente de jornalismo local — e a gente só tem a agradecer pelo seu interesse neste trabalho que é feito, geralmente, nas noites de segunda (avançando para as madrugadas de terça).

Por isso, se gosta do que a gente faz, utilize uma das opções abaixo para compartilhar O Expresso com a sua galera.

Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 42 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 10 de março

1. O assunto da vez: coronavírus em Curitiba? 😷

Já que não se fala de outra coisa (ainda que com uma boa dose de exagero, segundo o médico Drauzio Varella), O Expresso resolveu fazer uma breve apanhado sobre o status do coronavírus aqui em Curitiba:

Em resumo: não há nenhum caso confirmado. Há, sim, seis casos suspeitos, ainda sob investigação — pelo menos, até a noite desta segunda (2). Todos os pacientes têm sintomas leves, como os de uma gripe comum, e se recuperam em casa, em isolamento domiciliar voluntário.

Vale reforçar:

  • Pelo menos quatro casos suspeitos de coronavírus já foram descartados em Curitiba desde janeiro, quando o novo vírus começou a se espalhar pela Ásia;
  • Com o avanço da epidemia pelo mundo e em países bastante visitados por brasileiros, como Itália, França, Alemanha e Austrália, é natural que o número de casos suspeitos aumente, como informou o diretor do Centro de Epidemiologia de Curitiba: quem tem febre e sintomas de gripe, e fez recentemente uma viagem para esses lugares, já entra na lista de casos suspeitos;
  • Os sintomas do coronavírus são leves, como os de uma gripe comum: febre, tosse, coriza, dor de garganta, dor no corpo, dificuldade para respirar.
  • taxa de mortalidade do novo coronavírus, até agora, foi de aproximadamente 3% — bem menos do que a da epidemia de SARS, de 9,6%, mas maior do que a da gripe sazonal (0,1%) ou da gripe H1N1 (0,02%). A letalidade do vírus aumenta conforme a idade, e chega a 8% para maiores de 70 anos.
  • Os cuidados básicos? Os de sempre, como contra uma gripe normal: lavar bem as mãos, espirrar em lenço de papel ou na dobra do cotovelo, usar álcool gel, manter ambientes bem ventilados etc. etc.

Para evitar pânico, a gente recomenda a leitura da entrevista do médico Drauzio Varella à Rádio Gaúcha, e também a consulta à página oficial do Ministério da Saúde sobre o novo coronavírus.
 

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2. Um jardim de araucárias 🌳

Essa notícia é para aqueles que batem o olho numa araucária e, imediatamente, já sentem uma conexão com a terra-natal. ❤

Essa árvore tipicamente paranaense ganhou um jardim de clones nas imediações de Curitiba, e vem de lá a última novidade da pesquisa coordenada pelo professor Flávio Zanette: uma araucária precoce, que deu a primeira florada em dois anos e meio, e pode começar a produzir pinhas em cinco anos — metade do tempo normal!

🏔 “Para mim isso representa atingir o alto do Everest. Posso descansar, porque minha pesquisa está concluída”, disse ele à UFPR, depois de 34 anos de pesquisa. Uau!

E por que isso é tão importante? Porque, como explicou Zanette nessa entrevista à CBN Curitiba, essa araucária precoce vai permitir, a quem quiser, antecipar a produção de pinhão — o que contribui com o plano de “salvar a araucária pelo pinhão”.
 

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O foco da pesquisa da UFPR é ajudar o pequeno produtor e proprietário rural, que pode se beneficiar economicamente do extrativismo do pinhão e promover o plantio de araucárias, uma espécie ameaçada de extinção. “Desse jeito, a araucária vale mais de pé do que deitada”, comentou Zanette à CBN. 

Saiba maisnesta entrevista à IHU Online, o professor Zanette, que é engenheiro agrônomo, faz um histórico sobre a ameaça de extinção da araucária, critica a atual legislação ambiental e defende uma política de incentivo ao plantio da muda.


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3. Curtas da semana

Dados abertos: vai rolar neste sábado (7) em Curitiba o Open Data Day — um evento que acontece simultaneamente em todo o mundo e promove o desenvolvimento de projetos que explorem dados públicos municipais. Dois temas serão alvo dos esforços desse ‘hackaton’ curitibano: um agregador de dados sobre o sistema de ônibus de Curitiba, e um banco aberto sobre os pedidos e reclamações recebidos no 156. Vai ser neste sábado (7), e os ingressos, gratuitos, já estão pela boa.

Pioneiras: também no sábado (7) tem visita guiada ao Cemitério Municipal com foco na história das mulheres pioneiras de Curitiba, em celebração ao Dia Internacional das Mulheres. Helena Kolody, a fotógrafa Fany Wolk e Enedina Alves Marques – a primeira engenheira negra do Brasil – são algumas das personagens abordadas durante a visita. As inscrições devem ser feitas no e-mail visitaguiada@curitiba.pr.gov.br.

Mão na buzina? A realidade é bem diferente aqui pelas ruas curitibanas (ainda bem!), mas vale conhecer esta ação que a Polícia de Mumbai, na Índia, organizou para diminuir um pouco a algazarra por lá. Mais buzina=mais espera. Para os curitibanos (um pouco) mais antigos, quem lembra da AntaPerua e do Rato?
 

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4. Ladrilhos hidráulicos

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O registro de hoje é de uma das várias obras de Poty Lazzarotto que se espalham por Curitiba — e que, às vezes, passam despercebidas na correria do dia a dia. Formado por 1.344 peças de azulejo e inaugurado em abril de 1996, o painel tem 23 m de comprimento por 3 m de altura, e conta a evolução do saneamento básico. Sabe onde fica? Ali na Caixa D’Água do Alto da XV.

&#x26D4 Errata: na edição passada, mostramos uma foto de uma linda florada curitibana, mas (eita!) erramos o nome da espécie. A árvore não era a extremosa, mas um manacá da serra, ou quaresmeira. O alerta veio da nossa atenta leitora Erika Carvalho: “É possível ver pela folha típica da família à qual essas árvores pertencem (chama-se Melastomataceae). São duas árvores que estão espalhadas pela cidade toda e pela Serra do Mar paranaense”. Corrigido!
 

5. Pra terminar: em bom curitibanês

“A arquitetura que se fazia aqui em Curitiba era meio pós-colonial ainda: adorava-se o barroco e, aqui no sul, havia a influência residencial da arquitetura alemã. A Biblioteca Pública é minha obra número um.”

Esse é Romeu Paulo da  Costa, engenheiro que projetou o prédio da Biblioteca Pública do Paraná — inaugurado em dezembro de 1954, foi um dos primeiros exemplos da arquitetura modernista no estado. A entrevista foi dada em 2001, à dissertação da arquiteta Lauri da Costa.

Biblioteca Pública do Paraná faz 163 anos neste dia 7, e promove uma programação especial de aniversário ao longo de março. Vida longa à instituição!
 

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🚗 Como funciona o EstaR Eletrônico; chuvas em Curitiba

🚗 Como funciona o EstaR Eletrônico; chuvas em Curitiba

Bom dia novamente! 

Mais um O Expresso na sua caixa de entrada, com as últimas notícias de Curitiba e um serviço esperto sobre o novo EstaR eletrônico 🙂 

Aviso aos leitores: estes editores vão pular o Carnaval — e seu boletim preferido “pula” também, voltando daqui a duas semanas. Neste intervalo, compartilhe esta edição com os amigos, e mande suas sugestões de histórias para nós. 

Até breve!

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça-feira, 3 de março

1. O tal EstaR Eletrônico

Na semana que passou, a Prefeitura de Curitiba confirmou: começa no dia 16 de março o uso do EstaR Eletrônico, novo sistema de estacionamento rotativo da cidade.

As placas de sinalização começaram a ser instaladas na semana passada. Nós d’O Expresso flagramos uma bem ali no centro:
 

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E como é que vai funcionar? Segue o resumo da ópera:

📜 Por um tempo, até o dia 10 de maio, o EstaR Eletrônico vai conviver com os talões de papel. Ou seja, quem estacionar vai poder escolher tanto entre usar os talõezinhos convencionais quanto comprar os créditos por aplicativo.

📲 Já existem três aplicativos homologados para comprar créditos de EstaR: Zul EstaR Digital, FAZ Digital Curitiba e Transitabile. Só o último ainda não está disponível para download. Os outros dois já podem ser baixados, tanto na App Store quanto na Google Play. É ali que o motorista vai comprar o saldo para ser usado no EstaR (as opções de pagamento incluem cartão de crédito, débito, transferência, boleto, entre outras).

💲 O EstaR Eletrônico vai ser mais caro do que o atual. A hora custará R$ 3 (hoje, o valor é de R$ 2 por talão). Por outro lado, o motorista vai poder fracionar a hora: cada 15 minutos custarão R$ 0,75.

🚗 Seguimos no passo a passo: o motorista estaciona seu carro na vaga rotativa, acessa o aplicativo (que identifica sua geolocalização) e informa quanto tempo deseja ficar na vaga (se uma ou duas horas). O app, então, deduz o custo do saldo disponível.

🚘 Se o motorista sair antes da vaga, é só informar pelo aplicativo — que, então, cobrará apenas a fração da hora. Se ficar mais de uma hora, pode renovar o período de permanência pelo app, sem precisar voltar ao carro (dentro do limite máximo de uma ou duas horas de acordo com a vaga).

🛃 A fiscalização, por uma questão legal, continuará a cargo apenas dos agentes da Setran. Eles terão um dispositivo eletrônico, com acesso a todo o sistema, que vai informar se aquele veículo pagou pelo estacionamento via app ou não, e se continua dentro do prazo regulamentar. 

⌛ E se eu passar do tempoou não pagar pelo EstaR? Se a infração for identificada por um agente de trânsito, o motorista será notificado (via app ou papeleta) e terá cinco dias para pagar uma taxa de R$ 30 à Urbs, via site da prefeitura. Mas esse valor não será transformado em créditos, como acontece hoje (o motorista atualmente compra um bloquinho de EstaR para se livrar da multa). 

📱 E quem não tiver celular ou acesso à internet, como faz? Usa um dos pontos físicos de venda de créditos na cidade (a prefeitura diz que serão 400), ou acessa um dos totens das empresas de aplicativos (a serem instalados no futuro).

Ufa! Explicamos tudinho? Ficou com alguma dúvida? Escreva para nós no oi@oexpresso.curitiba.br. Também estamos tentando entender como tudo isso vai funcionar 😉
 

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2. Chove, chuva

Na semana passada, um toró daqueles paralisou São Paulo, a maior cidade do país — e deixou muito curitibano assustado com as imagens que se espalharam por aí.

A repórter Rosana Félix, da Gazeta do Povo, fez uma boa comparação da situação de Curitiba à de outras metrópoles em termos de prevenção a enchentes, e chegou a conclusões alentadoras:

  • A grande extensão de áreas verdes em Curitiba ajuda a prevenir alagamentos (é só lembrar dos tradicionais parques Barigui e São Lourenço, feitos propositalmente para isso);
  • relevo pouco acidentado diminui a velocidade da água da chuva pelas ruas, e evita enxurradas;
  • Já existem políticas públicas de prevenção a desastres, como o Plano Diretor de Drenagem, planos setoriais de saneamento básico e leis que exigem, por exemplo, a captação da água da chuva nos prédios da cidade.


Mas, como uma provocação nunca é demais, a gente queria aproveitar a ocasião para compartilhar uma boa reflexão do Washington Fajardo, publicada na Veja São Paulo:

🛑 “Assustador constatar que as lideranças estão mergulhadas em fossas de negação do novo normal: a emergência climática. […] Sem responsabilização sobre os gestores, nada mudará. Observem que prefeitos são obedientes à responsabilidade fiscal, mas completamente arruaceiros no cumprimento de planos urbanísticos e ambientais.”

📒 As grandes metrópoles precisam de uma Agenda Nacional Urbana. É relativamente simples pois implica na definição de orientações comuns para a reciclagem das cidades brasileiras, preparando-as para a próxima década. […] Sem tal pactuação, nenhuma cidade conseguirá [sobreviver]. Nem São Paulo.”


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3. Curtas da semana

Troco do bem: mais uma startup curitibana com investimento e despontando por aí. Dessa vez, porém, o foco do negócio é impacto social. A Pólen nasceu aqui na cidade e tem como proposta destinar parte do dinheiro das vendas de lojas virtuais para mais de 300 ONGs de todo o país. É a primeira vez que este fundo de investimento destina recursos para uma fintech de impacto social. (PEGN)

Se meus óculos falassem: a Biblioteca Pública do Paraná sai na frente mais uma vez em acessibilidade a pessoas com deficiência visual: uma câmera inteligente com mini alto-falantes (que pode ser acoplada a qualquer óculos) lê em voz alta para os usuários o que está nos livros. Os cinco aparelhos começaram a operar no início do mês. (Biblioteca Pública do Paraná e BandNews Curitiba)

Aniversariante do mês: a hipopótamo Glória completou sete anos no dia 16, lá no Zoológico de Curitiba — e ganhou um “bolo vegetariano” de presente. Em 2013, quando nasceu, recebeu o nome através de votação popular. (Prefeitura de Curitiba)

Salários congelados: uma nova proposta que circula na Câmara de Curitiba estabelece congelamento do salário dos vereadores até 2024. Nada confirmado ainda, mas, se for pra frente, os valores devem seguir estagnados por quase uma década (o último reajuste foi em 2015). Importante ressaltar dois pontos: 1) o salário atual é de quase R$ 16 mil mensais; 2) é ano eleitoral. (Gazeta do Povo)
 

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4. Cenas de Curitiba: o florescer do verão

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Como sempre, dá para encontrar as quatro estações num único dia aqui em Curitiba. Primavera resolveu registrar sua presença em pleno verão. A árvore, conhecida como “extremosa”, floresce no verão e pode ser encontrada em três cores: lilás, rosa ou branca. O registro é nosso, aqui d’O Expresso=)

 

5. Pra terminar: em bom curitibanês

“O que queríamos era diminuir o maior de todos os desperdícios, que é o do tempo”.

As aspas de hoje são de Carlos Eduardo Ceneviva, arquiteto curitibano e um dos responsáveis pela criação e implantação do nosso tão falado sistema de transporte público. Ceneviva faleceu nos primeiros dias de 2020, aos 82 anos. O legado é grande. Além do transporte integrado, foi presidente do Ippuc (no final dos anos 70) e da Urbs (na década de 90), além de participar da implantação do ligeirinho e do ligeirão.

Para saber mais: aqui, uma das poucas e últimas entrevistas concedidas por Ceneviva, à revista Bares e Restaurantes.

 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

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🚧 Obras na cidade: o que você acha?

🚧 Obras na cidade: o que você acha?

Chegou o seu Expresso de hoje!

E, com ele, algumas das notícias de nossa cidade 🙂. Nesta edição, temos a segunda coluna d’O Expresso da História, sobre as empresas que fizeram história em Curitiba, por nosso colaborador Diego Antonelli, além de uma reflexão sobre o asfalto na cidade.

Como sempre, fique à vontade para compartilhar esta edição com os amigos, e mande suas sugestões de histórias para nós. Uma boa semana! 

Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 30 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 18 de fevereiro

1. Mais asfaltos, mais obras

A prefeitura deu início ontem (segunda, dia 10) a mais uma fase das obras de pavimentação das ruas de Curitiba. Dessa vez, foi na avenida Visconde de Guarapuava, uma das mais movimentadas da cidade, com direito à presença do prefeito — e, vale notar, em pleno ano eleitoral.

A Visconde deve ficar em obras pelos próximos dois meses, das 9h às 17h.

A gente já contou aqui n’O Expresso que essas obras consumiram pelo menos cerca de R$ 310 milhões em investimento, e outros R$ 7,4 milhões em propaganda (Livre.jor) O objetivo da atual gestão é pavimentar 615 ruas da cidade, num total de 315 km.

🗣 Segundo a prefeitura, o objetivo é dar mais conforto e segurança aos motoristas, e também atender a uma das principais reivindicações da população historicamente manifestadas em consultas públicas.

Vale lembrar… O colunista da Gazeta do Povo João Frey pontua que os gastos com infraestrutura urbana dobraram sua fatia no orçamento durante a atual gestão — e que a aposta é também eleitoral.

E você, leitor e leitora? Acha que o investimento vale a pena? Conta pra gente no oi@oexpresso.curitiba.br 
 

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2. O Expresso da História: a Impressora Paranaense

Na segunda coluna d’O Expresso da História, que fala de algumas das empresas mais icônicas de Curitiba, o nosso colaborador e jornalista Diego Antonelli aborda a Impressora Paranaense — que imprimiu os rótulos de algumas das maiores marcas do país, e cuja história se confunde com a “criação” do estado do Paraná.

Conta mais, Diego:

✍ Era abril de 1854 e fazia somente quatro meses que o Paraná havia se emancipado de São Paulo quando o presidente da recém-criada província, Zacarias de Góes e Vasconcelos, ordenou que fosse montada em Curitiba uma oficina tipográfica: a ideia era publicar um jornal para divulgar os atos oficiais do governo

🚢 Os equipamentos vieram de Niterói (RJ), numa empreitada desafiadora. “Foi, certamente, uma aventura transportar via marítima, até Antonina, o material e, depois, trazê-lo em lombo de burro pela estrada do Itupava a Curitiba”, escreveu o pesquisador Osvaldo Piloto. A “Typographia Paranaense” foi responsável pela impressão do jornal ‘O Dezenove de Dezembro’, marco inicial da imprensa do estado. (Bem Paraná)
 
Em 1888, a empresa passou a se chamar “Impressora Paranaense” e começou a produzir os rótulos das embalagens de erva-mate, sob o comando do Barão do Serro Azul e Jesuíno Martins Lopes. 

✨ Entre idas e vindas, a Impressora Paranaense teve sua fase áurea a partir dos anos 1940, sob o comando do alemão Max Schrappe e seus três filhos (Werner, Max Filho e Oscar Sobrinho), quando se transformou em um dos estabelecimentos gráficos mais avançados do Brasil.
 

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Reconhece este casarão no Batel? Pois foi ali, por muitos anos, a sede da Impressora Paranaense. Crédito: Flavio Ortolan, do blog Fotografando Curitiba.

Entre as marcas que tiveram seus rótulos impressos em terras curitibanas, estão:

  • Balas Zequinha
  • Chiclete Ploc
  • Toddy
  • Nescau
  • Caldo de galinha Knorr
  • Serenata de Amor
  • Maionese Hellmann’s
  • Nescafé
  • Cervejarias Atlântica, Cruzeiro e Providência
  • Fábrica de Fósforos Pinheiro

O fimem 1996, a empresa foi adquirida pela multinacional Dixie Toga, fabricante de embalagens e rótulos. Dois anos depois, se associou à norte-americana Bemis e construiu uma unidade em Londrina. Em 2012, a Bemis fechou a unidade de Curitiba, no bairro Pinheirinho, que contava com 400 funcionários. 

Para saber mais:
  • O Museu Paranaense montou uma exposição sobre as indústrias do Paraná em 2015. Ainda é possível fazer um tour virtual por ela, no site do museu. 
  • Um dos herdeiros da Impressora Paranaense conta suas memórias, em entrevista à Fundação Cultural de Curitiba.
  • Confira aqui a última coluna do Expresso da História, sobre a Matte Leão.


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3. Curtas da semana

💪 Girl power: acontece hoje (terça, dia 11) o evento “Meninas nas Exatas”, organizado por um grupo de professoras e estudantes da UFPR que quer promover o interesse de mulheres por Exatas. A programação, que inclui palestras, oficinas, mesas redondas e experimentos, vai das 9h às 17h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui. (BandNews Curitiba e UFPR)

🎉 Carnaval em Curitiba: Já dá pra esquentar os tamborins e participar dos ensaios abertos das escolas de samba da capital. Tem programação quase todo dia, de segunda a domingo. A lista completa pode ser consultada aqui.  (Prefeitura de Curitiba)

🔬 Adeus a um grande curitibano: enquanto O Expresso estava de férias, em janeiro, morreu um dos cientistas mais brilhantes do paísRicardo Rodrigues — nascido e formado em Curitiba, pela UFPR, e responsável por aceleradores de partículas “made in Brasil”. Era um dos projetos mais ousados da ciência brasileira. “Um engenheiro genial”, “um pesquisador dedicado e gentil” e “um líder extraordinário” são algumas das referências a ele nesta reportagem. Fica aqui nossa tardia, porém devida, homenagem a Rodrigues. (Folha de S.Paulo e Revista Galileu)
 

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4. Cenas de Curitiba: o beijo de Chaplin

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O clique é de Washington Cesar Takeuchi, do blog Circulando por Curitiba. Pra quem nunca viu, esta belíssima arte fica logo ali na frente da entrada principal do Jardim Botânico. E, indo um pouco mais além, trata-se da cena final do filme The Gold Rush (1925). Quem já viu (o filme e/ou a pintura)?

 

5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Ser um refugiado mestre, para mim, é um grande feito — porque significa que os refugiados conseguem salvar seu futuro.”

A frase é de Amr Houdaifa, primeiro refugiado a ser diplomado mestre pela UFPR (Universidade Federal do Paraná). Houdaifa defendeu sua dissertação em dezembro do ano passado, e sua história foi contada no site da universidade.

Curiosidade: o prédio histórico da UFPR, ali na Praça Santos Andrade, foi onde Houdaifa fez sua defesa, mas também onde dormiu em uma das suas primeiras noites na capital paranaense, ao relento, em 2015.

 

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🚘⚡ Um carro elétrico pra chamar de nosso

🚘⚡ Um carro elétrico pra chamar de nosso

Estamos de volta!

A gente sabe que está um pouco tarde para dar Feliz Ano Novo, mas essa é, finalmente, a nossa primeira edição de 2020 🙂

Nesta edição, falamos de uma pesquisa que mostra como alguns bairros de Curitiba ainda são “desertos de oportunidades”, e ainda desafiamos Elon Musk com o primeiro carro elétrico autônomo do país – “made in Curitiba”.

Sentimos saudades! Como sempre, compartilhe esta edição com os amigos e mande suas sugestões de histórias para nós. Boa leitura! 

Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos e 30 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 11 de fevereiro

1. Os desertos de oportunidades em Curitiba

Será que, dependendo do bairro em que vive, um curitibano tem mais ou menos acesso a emprego, saúde ou educação?

Essa foi a pergunta feita por pesquisadores do Ipea, num estudo recém-lançado que mapeou os chamados “desertos de oportunidade” em 20 cidades brasileiras, incluindo Curitiba. 

A conclusão foi que sim — e, em Curitiba, essa tal desigualdade de acessibilidade se manifesta especialmente no acesso a trabalho e a hospitais. Dê uma olhada no mapa abaixo, que mostra o percentual de oportunidades de emprego a até uma hora de ônibus:

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🚍 Deu pra notar que, nas franjas da cidade, há mais dificuldade de acessar vagas de emprego. Por outro lado, também dá para ver como os eixos do BRT (o famoso vermelhão) colaboram para aumentar as oportunidades (é só seguir as linhas amarelas do mapa para identificar por onde os biarticulados passam).

🏥 Outro destaque, não tão positivo, é que em Curitiba o número de hospitais de alta complexidade acessíveis a pé pela população branca é mais do que duas vezes maior do que os acessíveis pela população negra. Segundo o Ipea, “esses resultados mostram como as desigualdades e a segregação racial também se manifestam territorialmente […] nas cidades brasileiras”.

Os mapas completos (e interativos) estão aqui. Já o Nexo fez uma reportagem bem completinha com um balanço da pesquisa.

Em resumo: “Os resultados apontam que a população branca e de alta renda tem em média mais acesso a oportunidades de trabalho, saúde e educação que a população negra e pobre em todas as cidades estudadas, independentemente do meio de transporte considerado.”
 

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2. Te cuida, Elon Musk

Um carro elétrico e autônomo, desses que andam sozinhos (até parece coisa de Poltergeist, mas é apenas inteligência artificial), foi apresentado dias atrás pela Hitech Electric, startup sediada em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

É o primeiro carro elétrico autônomo do país. O Rodrigo Ghedin, do Manual do Usuário, testou o veículo — e contou em vídeo como foi a experiência. 

🗣 “É inquietante e fascinante ver o volante se mexendo sozinho, fazendo curvas e chegando ao destino desejado.”

O veículo foi desenvolvido pela Hitech, em parceria com a Lume, ligada à UFES (Universidade Federal do Espírito Santo), e a Positivo Tecnologia.

Tudo tem limites, claro: o carrinho só chega a, no máximo, 50 km/h. Por enquanto, ele é recomendado apenas para ambientes internos, relativamente controlados — como o pátio de uma indústria ou o estacionamento de uma empresa. Por isso, só está disponível para aluguel voltado ao segmento corporativo, em contratos de 24 ou 36 meses.

 

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3. Despedida das amarelinhas

A empresa Grow anunciou no mês passado a retirada das bicicletas de aluguel, aquelas amarelinhas, de Curitiba e outras cidades brasileiras. (Folha de S.Paulo)

Ou seja: apenas um ano depois do início da operação, as bikes compartilhadas saem de cena. Em Curitiba, permaneceram apenas os patinetes. 

🚲 Semanas antes, centenas de bikes, que antes rodavam pelas ruas, estavam depositadas num terreno no bairro Rebouças, aguardando manutenção. Um indicativo de que a coisa não ia muito bem. (Tribuna do Paraná)

Entre aspas, uma boa reflexão“Muitas startups têm um plano apenas financeiro e não pensam como se integrar nas cidades. Emprestam bicicletas ou patinetes, mas poderiam alugar qualquer coisa que parecesse rentável.” Esse foi o Daniel Guth, diretor da Aliança Bike, em entrevista à Folha.

Outro lado: a Grow informou que a empresa “continua acreditando que este mercado tem espaço para crescer” no Brasil, e que busca parceiros públicos e privados para “fortalecer e ampliar sua operação”.
 

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4. Curtas da semana

✂ Apertem os cintos: a UFPR vai começar o ano com menos grana do que em 2019. A diferença no orçamento para 2020 é de 3% a menos, segundo conta o Plural.

👁 MON ao alcance de um clique: exposições do Museu Oscar Niemeyer já estão disponíveis no Google Arts & Culture, um serviço do Google que permite acessar obras de arte pela internet. Há nove exposições completas e 692 itens disponíveis online. “É uma ferramenta fundamental para alunos e pesquisadores que não podem estar pessoalmente no museu”, disse a diretora Juliana Vosnika. (Gazeta do Povo)

🚀 Aos startupeiros: vai até dia 10 (segunda-feira) o prazo para startups se candidatarem a uma vaga nos ‘worktibas’, coworkings públicos da prefeitura para empresas de tecnologia e economia criativa. Além do espaço compartilhado, com acesso a computadores e internet, os empreendedores também recebem apoio técnico para desenvolver o negócio. (Prefeitura de Curitiba)
 

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5. Cenas curitibanas: origem indígena

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Flagra da nossa sempre presente leitora Adri Brum, ali na João Gualberto, relembrando um pouco das nossas origens da “terra de muito pinhão”.

 

5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Eu não desisto, eu vou até o fim; um dia eles enjoam da minha cara e me aprovam.”

A frase é de Enedina Marques, a primeira engenheira negra do Brasil, que estudou em Curitiba e se formou na UFPR (Universidade Federal do Paraná), em 1945. O relato foi feito pela amiga Elfrida Sickael, neste trabalho do historiador Jorge Luiz Santana — que sustenta que a engenheira sofreu discriminação nos bancos acadêmicos.

Depois de formada, Enedina trabalhou para o governo estadual e atuou, entre outros projetos, na usina hidrelétrica Parigot de Souza e na represa Capivari. Ela morreu aos 68 anos, em 1981.

 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Pra fechar o ano: um império curitibano 🏰

Pra fechar o ano: um império curitibano 🏰

O último Expresso do ano!

Isso mesmo: esta é a nossa última edição de 2019 — e desde já agradecemos por abrir caminho na sua caixa de entrada nesses últimos meses 🙂 Foi uma jornada muito enriquecedora para nós, e esperamos que pra você também! 

Pra encerrar o ano com um gostinho de ‘quero mais’, apresentamos uma novidade nesta edição: a série ‘O Expresso da História’, do jornalista e nosso parceiro Diego Antonelli, que vai contar a história de algumas marcas icônicas nascidas em Curitiba. A desta edição está nas gôndolas dos supermercados até hoje! Qual será?

E um recado: O Expresso vai sair de férias e, em função de compromissos assumidos por estes editores, só volta em fevereiro! Aproveite o verão curitibano nesse meio tempo ☀


Boa leitura e um feliz 2020!

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 4 de fevereiro

1. Que dia é mais barato pegar Uber?

Olhem que bacana este levantamento feito pelo Plural: eles colheram dados sobre o comportamento da tarifa do Uber no centro de Curitiba (a partir da praça Santos Andrade). O aplicativo de transporte cobra mais caro a depender da demanda.

Resultado: os dias mais caros para pegar Uber na região central de Curitiba são terça e quarta-feirapor volta das 18h — quando o fator de multiplicação da tarifa chega a 1,7. Ou seja, a viagem fica 70% mais cara que o normal.


E quando é mais barato? Nas quintas-feiras, quando a frequência da tarifa dinâmica na região central é menor, em comparação aos outros dias da semana.

A análise do Plural foi feita por 30 dias, entre os meses de outubro e novembro de 2019.

Ainda sobre mobilidade: a prefeitura diz que foi boa a experiência com a tarifa reduzida de ônibus, que está sendo aplicada em 11 linhas em Curitiba. Segundo a Urbs, foi atingido o “equilíbrio técnico-financeiro”: ou seja, houve aumento de passageiros, o que compensou a redução do preço para R$ 3,50.

 

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2. O Expresso da História: o império Matte Leão

Hoje é dia de novidade n’O Expresso: o jornalista e parceiro Diego Antonelli estreia a série ‘O Expresso da História’, que vai contar um pouquinho sobre o passado das marcas e empresas mais icônicas de Curitiba.

A primeira é de um império: a Matte Leão — que foi fundada, vejam só, por um desempregado. Conta mais, Diego:

📝 Após perder o emprego de gerente-geral de engenhos de erva-mate na empresa que hoje é a Moinhos Unidos do Brasil, Agostinho Ermelino de Leão Júnior se viu na obrigação de tomar alguma iniciativa para garantir o sustento da família. Com a vida toda dedicada ao ramo da erva-mate, ele montou um pequeno engenho em Curitiba que, em pouco tempo, se tornou um verdadeiro império no setor. No dia 8 de maio de 1901, surgia a Leão Júnior S.A. – mais conhecida por Matte Leão.
 

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Crédito: Divulgação/Coca-Cola


Como foi: no começo, segundo depoimento do bisneto Luiz Otávio Leão, havia pouco dinheiro para tocar o negócio. O mercado-alvo da empresa era a América do Sul, especialmente Uruguai, Argentina e Chile. O grande salto veio em meio a uma crise: a Argentina, que era a maior consumidora do produto brasileiro, proibiu a importação de erva-mate já embalada – pronta para consumo. O país só iria comprar a mercadoria a granel, para poder agregar valor em seu território. A família Leão, então, montou um engenho em solo argentino

  • “[A Matte Leão] exportava a granel para si mesma lá na Argentina. Era uma empresa brasileira vendendo com valor agregado. Foi uma oportunidade nessa crise”, conta Luiz Otávio. (Gazeta do Povo, em reprodução de documentário produzido pela Casa da Memória)
🔥 Nos primeiros anos de existência, a companhia enfrentou três grandes incêndios em suas fábricas. Mas, nos anos 1920, a Leão Junior já era a maior empresa brasileira no setor, com um volume de exportação de mais de 5 mil toneladas por ano. 

 Outro baque foi a morte de Agostinho, em 1907. Em fevereiro do ano seguinte, a viúva Maria Clara de Abreu Leão assumiu o comando da companhia, tornando-se pioneira nesse ramo de negócios no país. A empresa chegou a mudar o nome, temporariamente, para ‘Viúva Leão Júnior’.
  • Desde então, a Matte Leão sempre esteve nas mãos da família Leão — até ser comprada, em 2007, pela Coca-Cola. (O Globo)

Duas curiosidades:

☕ Na década de 1930, muitos moradores da região Sul, como alternativa ao chá preto (que era caro), tomavam chá mate tostado em brasa. Em 1938, a empresa lançou o Matte Leão Tostado no mercado brasileiro. O slogan: “Use e abuse, já vem queimado”.

🏖 Em 1980, surgiu um dos principais sucessos da empresa: percebendo o hábito, especialmente nas praias do Rio de Janeiro, de se tomar chá gelado, a empresa lançou o Matte Leão em copos selados, produto pioneiro no país no ramo dos chás prontos para beber.


Pra saber mais:
  • prédio onde ficava a indústria da Matte Leão não existe mais: foi demolido em 2011 e substituído pela atual sede da Igreja Universal do Reino de Deus, no bairro Rebouças. (Gazeta do Povo)
  • O acervo do extinto museu Matte Leão agora pertence ao Museu Paranaense. Pena que a exposição das peças ao público foi encerrada em setembro.
 

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3. É de Curitiba!

A curitibana Bárbara Domingos, de 19 anos, foi eleita nesta semana a melhor atleta de Ginástica Rítmica do Brasil em 2019 pelo Comitê Olímpico Brasileiro.

Entre os pódios que ela acumulou neste ano, estão:
🥈 prata em fita, nos Jogos Pan-Americanos de Lima;
🥇 um ouro, duas pratas e um bronze no Campeonato Sul-Americano de Bogotá;
🏆 31o. lugar individual no Mundial de Baku, a melhor colocação da história do país.

O mais legal: Bárbara treina no Clube Agir, no Capão da Imbuia — uma iniciativa que nasceu em 2009, por mulheres e mães de atletas apaixonadas pela ginástica que resolveram botar um centro de treinamento de pé. 

Uma delas é a Márcia Naves, que teve sua história contada pela Gazeta do Povo, quando o time brasileiro de ginástica rítmica, com muitas paranaenses à frente, se preparava para as Olimpíadas do Rio.
 

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4. Curtas da semana

👨 UFPR entre as melhores: a instituição pública foi a única universidade do Paraná a atingir o conceito máximo no IGC (Índice Geral de Cursos), do MEC, com nota 5. O reitor Marcelo Fonseca atribui o resultado ao investimento em pesquisa e inovação. (CBN Curitiba)

💰 Falando em universidade: mais uma faculdade de Curitiba foi vendida na semana passada. A Unicuritiba foi arrematada pelo grupo Ânima Educação, de São Paulo, por R$ 130 mihões. O negócio ainda precisa ser aprovado pelo Cade. (Gazeta do Povo)

🥕 Nas ruas: as feiras livres de Curitiba são visitadas toda semana por 76 mil pessoas, em média. A maioria (70%) dos visitantes são mulheres. (BandNews Curitiba)
 

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5. Cenas de Curitiba: as janelas do Palácio Avenida

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Enquanto todo mundo olha para o Palácio Avenida durante a noite, a gente traz um clique feito num desses belos e raros dias de sol curitibano. O registro é do nosso editor Gustavo Panacioni.

 

6. Pra terminar: em bom curitibanês

“Olha lá, Jaime: Curitiba é igualzinha à maquete!”

Do ex-prefeito e urbanista Jaime Lerner, durante palestra em 2014, ao relatar o que um motorista seu disse ao sobrevoar Curitiba pela primeira vez, nos anos 1980: a capital começava a ganhar os contornos de uma cidade planejada, tal qual as maquetes do arquiteto, com os eixos estruturantes que viraram as canaletas do expresso. 

Lerner — uma figura política controversa, mas até hoje considerado referência mundial em urbanismo — faz aniversário nesta terça (17), quando completa 82 anos.

 

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🏠💰 Quanto custa viver em Curitiba?

🏠💰 Quanto custa viver em Curitiba?

Olá novamente!

Cá estamos outra vez, pedindo licença para trazer notícias de Curitiba à sua caixa de entrada 🙂 Dessa vez, abrimos a news com um levantamento sobre os preços de imóveis na cidade, e fechamos com um ícone curitibano que já tem mais de 150 anos de história! Quem será?

Não deixe de enviar O Expresso para quem também se interessa pela cidade. O link para recomendar a assinatura é este aqui embaixo 😊

Boa leitura!

Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos e 54 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 17 de dezembro

1. Quanto custa viver em Curitiba? 🏠

A gente aqui d’O Expresso adora ficar pesquisando números sobre Curitiba. E foi numa dessas buscas rotineiras que nos deparamos com alguns dados que chamaram a nossa atenção: quanto custa alugar ou comprar um imóvel na cidade.

Os dados são de uma plataforma europeia chamada Nuroa, que agrega informações de todas as ofertas imobiliárias da internet. Com isso, a gente conseguiu fazer um levantamento do preço médio de um imóvel em Curitiba, para aluguel ou venda, entre o comecinho de 2012 e março de 2018.

Para comprar:
Os valores por metro quadrado para comprar um imóvel em Curitiba nunca foram tão altos. Desde 2012a média só aumentou – com pouquíssimas recaídas. 2013 registrou o maior aumento em um ano (e logo abaixo explicamos por quê).
 

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Clique na imagem para ampliar


Atualmente, Curitiba tem o 6º valor mais alto por metro quadrado no país, segundo os últimos dados disponíveis no Nuroa (que são de março de 2018):

1) Brasília, R$ 8.632
2) Rio de Janeiro, R$ 8.215
3) São Paulo, R$ 7.988
4) Salvador, R$ 5.783
5) Belo Horizonte, R$ 5.615
6) Curitiba, R$ 5.614
7) Fortaleza, R$ 5.018
8) Manaus, R$ 3.907

Para alugar:
Mais uma vez, vemos um pico de preços em junho de 2013 — que arrefeceu e estabilizou a partir do ano seguinte, chegando à média mais recente de R$ 1.477 por m2. Os valores são uma média do aluguel cobrado por mês, em toda a cidade.
 

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Clique na imagem para ampliar


No ranking das maiores cidades brasileiras, segundo os últimos dados do Nuroa, Curitiba está em sétimo lugar no quesito ‘preço médio do aluguel’. 

1) Rio de Janeiro, R$ 3.276
2) São Paulo, R$ 3.395
3) Manaus, R$ 2.640
4) Brasília, R$ 2.317
5) Salvador, R$ 2.037
6) Belo Horizonte, R$ 1.730
7) Curitiba, R$ 1.477
8) Fortaleza, R$ 1.297

Por que 2013? 2013 foi o ano pré-Copa – e isso resultou diretamente no aquecimento do mercado. O crescimento do setor imobiliário foi de 13% e o Valor Geral de Vendas (VGV, como chamam os especialistas) atingiu R$ 90 bilhões. (UOL)

E 2019? Como a gente disse, os dados compilados acima vão até março de 2018. De lá para cá, é importante dizer, a tendência começa a mudar um pouco. Em outubro de 2019, já havia sinais no mercado brasileiro de aumento no valor de contratos de aluguéis e queda no valor de venda. (G1)

Apesar das novas tendênciaso último consolidado do Índice FipeZap (de setembro de 2019) ainda coloca Curitiba como uma das capitais com aluguel mais barato. De 11 capitais brasileiras consideradas, a cidade ocupa a 9ª posição – à frente apenas de Fortaleza e Goiânia. (Fipe e Grupo ZAP)

🗣 E você, leitor e leitora? Foi testemunha da escalada nos preços dos imóveis para venda? Ainda acha que alugar é um bom negócio em Curitiba? Ou depende muito do bairro? Mande sua opinião para oi@oexpresso.curitiba.br 
 

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2. Tour natalino 🎄

Essa dica veio da nossa leitora Nicole Siqueira: começou a circular na semana passada um ônibus especial para conferir a decoração natalina em Curitiba.

Linha Especial de Natal percorre nove pontos da cidade, num passeio de duas horas, que sai do centro e vai até os lados do Parque Tanguá — passando por Palácio Avenida, rua XV e Bosque Alemão, entre outros.

📝 Tome nota: o ônibus funciona de terça a domingo, com embarques das 19h às 21h, partindo sempre da rua XV de Novembro, ao lado do Teatro Guaíra. Custa R$ 20 por pessoa, que podem ser pagos em dinheiro no momento do embarque. Os veículos, promete a prefeitura, circulam de 12 em 12 minutos.

Spoiler: o ponto inicial da linha, ao lado do Guaíra, está “fantasiado de Papai Noel”, com o telhadinho pintado de vermelho. Dá uma olhada ali embaixo, nas nossas cenas curitibanas.
 

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3. Curtas da semana

🚕 Lançamento: o app Urbs Táxi Curitiba, que promete ser o “Uber dos táxis curitibanos”, está enfim disponível para download. Como a gente já contou aqui, o aplicativo foi lançado pela prefeitura, e oferece viagens nas categorias ‘Normal’, ‘Mulher’, ‘SUV’, ‘Executivo’ e ‘Adaptado para cadeira de rodas’. Pode ser baixado na App Store e na Google Play. 

💰 Negócios: a Universidade Positivo foi comprada na semana passada pelo grupo paulista Cruzeiro do Sul, marcando o reposicionamento de um dos mais tradicionais grupos educacionais do Paraná —  o Positivo agora concentra suas operações nas escolas de Ensino Fundamental e Médio. (Gazeta do Povo e Plural)

🦅 Bicho do Paraná: um animal símbolo do Paraná chegou ao zoológico de Curitiba. É uma harpia, ou gavião-real — que marca presença no brasão do estado (aquela ave portentosa que abre as asas nos materiais oficiais do governo). Dá uma olhada na boniteza do bicho aqui. (Prefeitura de Curitiba)
 

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4. Cenas de Curitiba: Natal expresso

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Um ponto de ônibus que faz “ho, ho, ho”: é dele que saem os ônibus da Linha Especial de Natal, ao lado do Teatro Guaíra. O clique é do nosso editor Gustavo Panacioni.
 

5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Uma mulher parda e pobre, […] de vida alegre, mas inofensiva criatura, de quem a polícia não tem a menor queixa em seus arquivos.”

É essa a descrição que o “Diário do Comércio” fez de Maria Bueno, a “santinha de Curitiba”, num artigo de 1893. A mulher que foi assassinada brutalmente em janeiro daquele ano virou alvo de devoção e peregrinação até hoje. Bueno nasceu há 165 anos, no dia 8 de dezembro de 1854. 

Sua morte foi talvez o primeiro grande caso de feminicídio de Curitiba, e o culto à sua memória fez dela “uma representante do heróico feminino, cuja ênfase reside não na força física, mas no conceito arcaico de honra”, segundo esse artigo de Andrea de Alvarenga Lima.
 

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