🙏 Sim. Há boas notícias em meio ao coronavírus!

Bom dia!

O coronavírus continua alterando significativamente nossas rotinas, como nunca visto antes. E com tantas notícias preocupantes por aí, resolvemos focar naquelas que dão um pouco de esperança para a gente neste cenário – além de dar espaço para uma base de dados do 156 super interessante.

Aproveite a leitura e, como sempre, vale reforçar: indique O Expresso para outros curitibanos, usando o link abaixo ou os botões de compartilhamento das notas via WhatsApp.

Uma boa semana, na medida do possível! 🙂

Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça-feira, 31 de março

1. A pandemia em Curitiba — e algumas boas notícias

Não podíamos deixar de falar, mais uma vez, da situação do coronavírus em Curitiba. De uma semana para cá, vimos o número de casos pelo país se multiplicar, e a rotina das cidades mudou radicalmente. 

Aqui em Curitiba, parques fecharam, a feirinha do Largo da Ordem foi suspensa de forma inédita, e carros da PM e da Guarda Municipal circulam com avisos de som orientando a população a se recolher, para evitar o avanço do vírus. (BandNews FM e Prefeitura de Curitiba)
 

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📊 Nesta segunda (23), eram 37 casos confirmados em Curitiba e 233 suspeitos. O gráfico acima mostra a evolução da epidemia na cidade: os confirmados estão na linha preta e, os suspeitos, na linha amarela tracejada. 

Mas, em meio a tanta incerteza e preocupação, a gente queria aproveitar a oportunidade pra também falar de boas notícias — como algumas iniciativas de solidariedade e de acesso à informação que valem a pena ser compartilhadas.

  • Para ajudar o pequeno comércio da cidade, a página Fortalece CWB, no Instagram, divulga estabelecimentos locais que estão fazendo entregas, como restaurantes e supermercados. Quem tiver interesse, pode preencher este formulário aqui para divulgar seus produtos ou serviços.
  • Ainda na proposta de fortalecimento de negócios locais neste cenário de incertezas, o Plural lançou uma plataforma de classificados que reúne empresas e profissionais locais.
  • Quer mais marcas e produtores locais? A nossa já parceira Mamute (feira gráfica de Curitiba) organizou esta planilha que mostra bons trabalhos aqui da cidade. 
  • Aqui também tem uma planilha colaborativa com conteúdos, cursos e dicas para enfrentar a quarentena de forma produtiva. Tem alguma sugestão? É só entrar e cadastrar. A iniciativa é da Criatilha, aqui de Curitiba.
  • Já o site Existe Amor em Curitiba mapeia grupos, pessoas e redes de apoio que estão promovendo ações de solidariedade em tempos de epidemia, como doação de álcool em gel a asilos e moradores de rua, e suporte psicológico a quem precisa. 
  • Na UFPR, a ação Pergunte a um cientista encaminha aos pesquisadores da universidade as principais dúvidas sobre o vírus, que respondem com base nas mais recentes descobertas científicas a respeito. (Agência UFPR)
  • Médicos do Hospital IPO, especializado em otorrinolaringologia, estão respondendo a dúvidas sobre o coronavírus pela internet, de graça e de forma individual. (G1)
  • E a prefeitura fez uma ação de drive-thru da vacina contra a gripe, especialmente para idosos, a fim de evitar aglomerações e exposição ao coronavírus. Apesar de interessante, deu confusão.


Fora alguns relatos legais que ouvimos de amigos, como esses aqui:

“Aqui no meu prédio, todos os moradores estão comprando frutas e legumes de uma vendinha bem pequena, aqui ao lado. O proprietário monta as cestas para cada cliente, e um grupo de moradores busca e deixa nos apartamentos de quem não pode sair de casa.” 

“Um grupo de moradores deixou um aviso no elevador do prédio, se oferecendo para fazer compras a idosos que não podem sair de casa.”

“Minha filha está saindo distribuir uma sopa caseira para pessoas que moram nas ruas do entorno. Não nos sentimos confortáveis de estar em isolamento em casa, com conforto, alimentação adequada, segurança e afeto, enquanto tem gente na frente, ao lado de onde moramos, totalmente descartada por esse modelo social desigual e injusto.” 

Prossigamos pelas próximas semanas, distribuindo afeto e solidariedade para atravessarmos esse momento difícil. E #FiqueEmCasa!
 

2. As mais pedidas do 156

Para mudar um pouco de assunto: antes de essa epidemia começar, no início de março, o pessoal do Open Data Day (evento de que falamos há algumas semanas) achou um baú de tesouros de Curitiba: a base da Central 156. 

O 156 é conhecido por aqui como um número de telefone que presta informações e recolhe reclamações sobre serviços de Curitiba. Mas, na prática, essa base de dados, que está disponível no site da prefeitura, reúne informações estratégicas vindas de diferentes plataformas (site, e-mail, aplicativo e telefone) — e que se mostram essenciais para entender algumas peculiaridades da nossa cidade

Pois bem: no Open Data Day deste ano, um grupo de programadores e ativistas cívicos se reuniu para analisar as bases do 156 em fevereiro deste ano. Foram mais de 20 mil solicitações no período, entre reclamações e elogios — a maioria delas, feita por e-mail.

Os temas mais recorrentes? 1) trânsito, 2) coleta de lixo, e 3) iluminação pública.

A partir dos dados disponibilizados, O Expresso resolveu separar as solicitações por tipo e criar alguns mapas que nos ajudam a identificar algumas características (e necessidades mais prementes) dos bairros de Curitiba. Dá uma olhada nos exemplos abaixo:

Abordagem social de rua

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Este tópico reúne, basicamente, todos os pedidos de assistência para crianças, adultos e idosos que estão em situação de rua. Adivinhem onde eles se concentram? Das 2.051 solicitações registradas em fevereiro, 419 foram no Centro (1), 295 no Jardim Botânico (2) e 94 no Rebouças (3)Sítio Cercado (4) e Boqueirão (5) aparecem em seguida.

Iluminação Pública
 

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As queixas e pedidos de manutenção da iluminação pública, como é possível perceber no mapa, estão concentrados na região periférica de Curitiba: o (1) Sítio Cercado teve 190 solicitações em fevereiro, (2) CIC chegou a 155 pedidos de manutenção; (3) Uberaba ficou na terceira posição, com 134 registros; e nas posições (4), (5) e (6), respectivamente, Xaxim, Boqueirão e Cajuru, com cerca de 100 solicitações em cada um.

Para saber mais:

  • Se quiser, você pode gerar seus próprios mapas aqui, numa ferramenta disponibilizada por nós d’O Expresso, escolhendo o tema de sua preferência.
  • base de dados completa do 156 em fevereiro, organizada pelo pessoal do Open Data Day, também traz informações como o órgão responsável pela resposta, assim como o gênero e idade dos moradores que fizeram o pedido.
 

3. Ordem no Largo da Ordem

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Resolvemos emprestar o clique do fotógrafo Franklin de Freitas, que registrou uma cena que nunca pensamos ver: o Largo da Ordem vazio num domingo! É apenas um dos efeitos do coronavírus na nossa cidade. (Bem Paraná)


Acesse esta nota avulsa

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4. Pra terminar: em bom curitibanês

“Precisava procurar algo que me aproximasse das pessoas. Queria uma causa comum. E imaginei que ter água de boa qualidade para beber e ar para respirar era algo que todos poderiam compartilhar.”

A frase é da jornalista e curitibana Teresa Urban, que faleceu em 2013 — e faria 74 anos nesta semana, no dia 26. Presa e exilada durante a ditadura por participar de grupos estudantis de esquerda, ela mudou de ativismo e escolheu o meio ambiente como campo de ação, se tornando uma pioneira do jornalismo ambiental no país. (Gazeta do Povo)
 

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