🚧 Obras na cidade: o que você acha?

Chegou o seu Expresso de hoje!

E, com ele, algumas das notícias de nossa cidade 🙂. Nesta edição, temos a segunda coluna d’O Expresso da História, sobre as empresas que fizeram história em Curitiba, por nosso colaborador Diego Antonelli, além de uma reflexão sobre o asfalto na cidade.

Como sempre, fique à vontade para compartilhar esta edição com os amigos, e mande suas sugestões de histórias para nós. Uma boa semana! 

Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 30 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 18 de fevereiro

1. Mais asfaltos, mais obras

A prefeitura deu início ontem (segunda, dia 10) a mais uma fase das obras de pavimentação das ruas de Curitiba. Dessa vez, foi na avenida Visconde de Guarapuava, uma das mais movimentadas da cidade, com direito à presença do prefeito — e, vale notar, em pleno ano eleitoral.

A Visconde deve ficar em obras pelos próximos dois meses, das 9h às 17h.

A gente já contou aqui n’O Expresso que essas obras consumiram pelo menos cerca de R$ 310 milhões em investimento, e outros R$ 7,4 milhões em propaganda (Livre.jor) O objetivo da atual gestão é pavimentar 615 ruas da cidade, num total de 315 km.

🗣 Segundo a prefeitura, o objetivo é dar mais conforto e segurança aos motoristas, e também atender a uma das principais reivindicações da população historicamente manifestadas em consultas públicas.

Vale lembrar… O colunista da Gazeta do Povo João Frey pontua que os gastos com infraestrutura urbana dobraram sua fatia no orçamento durante a atual gestão — e que a aposta é também eleitoral.

E você, leitor e leitora? Acha que o investimento vale a pena? Conta pra gente no oi@oexpresso.curitiba.br 
 

Compartilhe esta nota >>

2. O Expresso da História: a Impressora Paranaense

Na segunda coluna d’O Expresso da História, que fala de algumas das empresas mais icônicas de Curitiba, o nosso colaborador e jornalista Diego Antonelli aborda a Impressora Paranaense — que imprimiu os rótulos de algumas das maiores marcas do país, e cuja história se confunde com a “criação” do estado do Paraná.

Conta mais, Diego:

✍ Era abril de 1854 e fazia somente quatro meses que o Paraná havia se emancipado de São Paulo quando o presidente da recém-criada província, Zacarias de Góes e Vasconcelos, ordenou que fosse montada em Curitiba uma oficina tipográfica: a ideia era publicar um jornal para divulgar os atos oficiais do governo

🚢 Os equipamentos vieram de Niterói (RJ), numa empreitada desafiadora. “Foi, certamente, uma aventura transportar via marítima, até Antonina, o material e, depois, trazê-lo em lombo de burro pela estrada do Itupava a Curitiba”, escreveu o pesquisador Osvaldo Piloto. A “Typographia Paranaense” foi responsável pela impressão do jornal ‘O Dezenove de Dezembro’, marco inicial da imprensa do estado. (Bem Paraná)
 
Em 1888, a empresa passou a se chamar “Impressora Paranaense” e começou a produzir os rótulos das embalagens de erva-mate, sob o comando do Barão do Serro Azul e Jesuíno Martins Lopes. 

✨ Entre idas e vindas, a Impressora Paranaense teve sua fase áurea a partir dos anos 1940, sob o comando do alemão Max Schrappe e seus três filhos (Werner, Max Filho e Oscar Sobrinho), quando se transformou em um dos estabelecimentos gráficos mais avançados do Brasil.
 

b53d1cd6-423a-4274-be6f-e1baf1c176ab.jpg


Reconhece este casarão no Batel? Pois foi ali, por muitos anos, a sede da Impressora Paranaense. Crédito: Flavio Ortolan, do blog Fotografando Curitiba.

Entre as marcas que tiveram seus rótulos impressos em terras curitibanas, estão:

  • Balas Zequinha
  • Chiclete Ploc
  • Toddy
  • Nescau
  • Caldo de galinha Knorr
  • Serenata de Amor
  • Maionese Hellmann’s
  • Nescafé
  • Cervejarias Atlântica, Cruzeiro e Providência
  • Fábrica de Fósforos Pinheiro

O fimem 1996, a empresa foi adquirida pela multinacional Dixie Toga, fabricante de embalagens e rótulos. Dois anos depois, se associou à norte-americana Bemis e construiu uma unidade em Londrina. Em 2012, a Bemis fechou a unidade de Curitiba, no bairro Pinheirinho, que contava com 400 funcionários. 

Para saber mais:
  • O Museu Paranaense montou uma exposição sobre as indústrias do Paraná em 2015. Ainda é possível fazer um tour virtual por ela, no site do museu. 
  • Um dos herdeiros da Impressora Paranaense conta suas memórias, em entrevista à Fundação Cultural de Curitiba.
  • Confira aqui a última coluna do Expresso da História, sobre a Matte Leão.


Compartilhe esta nota >>

3. Curtas da semana

💪 Girl power: acontece hoje (terça, dia 11) o evento “Meninas nas Exatas”, organizado por um grupo de professoras e estudantes da UFPR que quer promover o interesse de mulheres por Exatas. A programação, que inclui palestras, oficinas, mesas redondas e experimentos, vai das 9h às 17h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui. (BandNews Curitiba e UFPR)

🎉 Carnaval em Curitiba: Já dá pra esquentar os tamborins e participar dos ensaios abertos das escolas de samba da capital. Tem programação quase todo dia, de segunda a domingo. A lista completa pode ser consultada aqui.  (Prefeitura de Curitiba)

🔬 Adeus a um grande curitibano: enquanto O Expresso estava de férias, em janeiro, morreu um dos cientistas mais brilhantes do paísRicardo Rodrigues — nascido e formado em Curitiba, pela UFPR, e responsável por aceleradores de partículas “made in Brasil”. Era um dos projetos mais ousados da ciência brasileira. “Um engenheiro genial”, “um pesquisador dedicado e gentil” e “um líder extraordinário” são algumas das referências a ele nesta reportagem. Fica aqui nossa tardia, porém devida, homenagem a Rodrigues. (Folha de S.Paulo e Revista Galileu)
 

Compartilhe esta nota >>

4. Cenas de Curitiba: o beijo de Chaplin

de8eec73-1f06-47dc-a7f3-1725e710b6dc.jpg

O clique é de Washington Cesar Takeuchi, do blog Circulando por Curitiba. Pra quem nunca viu, esta belíssima arte fica logo ali na frente da entrada principal do Jardim Botânico. E, indo um pouco mais além, trata-se da cena final do filme The Gold Rush (1925). Quem já viu (o filme e/ou a pintura)?

 

5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Ser um refugiado mestre, para mim, é um grande feito — porque significa que os refugiados conseguem salvar seu futuro.”

A frase é de Amr Houdaifa, primeiro refugiado a ser diplomado mestre pela UFPR (Universidade Federal do Paraná). Houdaifa defendeu sua dissertação em dezembro do ano passado, e sua história foi contada no site da universidade.

Curiosidade: o prédio histórico da UFPR, ali na Praça Santos Andrade, foi onde Houdaifa fez sua defesa, mas também onde dormiu em uma das suas primeiras noites na capital paranaense, ao relento, em 2015.

 

COMPARTILHE ESTA EDIÇÃO

Compartilhar no email
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no print

Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS