Pra fechar o ano: um império curitibano 🏰

O último Expresso do ano!

Isso mesmo: esta é a nossa última edição de 2019 — e desde já agradecemos por abrir caminho na sua caixa de entrada nesses últimos meses 🙂 Foi uma jornada muito enriquecedora para nós, e esperamos que pra você também! 

Pra encerrar o ano com um gostinho de ‘quero mais’, apresentamos uma novidade nesta edição: a série ‘O Expresso da História’, do jornalista e nosso parceiro Diego Antonelli, que vai contar a história de algumas marcas icônicas nascidas em Curitiba. A desta edição está nas gôndolas dos supermercados até hoje! Qual será?

E um recado: O Expresso vai sair de férias e, em função de compromissos assumidos por estes editores, só volta em fevereiro! Aproveite o verão curitibano nesse meio tempo ☀


Boa leitura e um feliz 2020!

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 4 de fevereiro

1. Que dia é mais barato pegar Uber?

Olhem que bacana este levantamento feito pelo Plural: eles colheram dados sobre o comportamento da tarifa do Uber no centro de Curitiba (a partir da praça Santos Andrade). O aplicativo de transporte cobra mais caro a depender da demanda.

Resultado: os dias mais caros para pegar Uber na região central de Curitiba são terça e quarta-feirapor volta das 18h — quando o fator de multiplicação da tarifa chega a 1,7. Ou seja, a viagem fica 70% mais cara que o normal.


E quando é mais barato? Nas quintas-feiras, quando a frequência da tarifa dinâmica na região central é menor, em comparação aos outros dias da semana.

A análise do Plural foi feita por 30 dias, entre os meses de outubro e novembro de 2019.

Ainda sobre mobilidade: a prefeitura diz que foi boa a experiência com a tarifa reduzida de ônibus, que está sendo aplicada em 11 linhas em Curitiba. Segundo a Urbs, foi atingido o “equilíbrio técnico-financeiro”: ou seja, houve aumento de passageiros, o que compensou a redução do preço para R$ 3,50.

 

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2. O Expresso da História: o império Matte Leão

Hoje é dia de novidade n’O Expresso: o jornalista e parceiro Diego Antonelli estreia a série ‘O Expresso da História’, que vai contar um pouquinho sobre o passado das marcas e empresas mais icônicas de Curitiba.

A primeira é de um império: a Matte Leão — que foi fundada, vejam só, por um desempregado. Conta mais, Diego:

📝 Após perder o emprego de gerente-geral de engenhos de erva-mate na empresa que hoje é a Moinhos Unidos do Brasil, Agostinho Ermelino de Leão Júnior se viu na obrigação de tomar alguma iniciativa para garantir o sustento da família. Com a vida toda dedicada ao ramo da erva-mate, ele montou um pequeno engenho em Curitiba que, em pouco tempo, se tornou um verdadeiro império no setor. No dia 8 de maio de 1901, surgia a Leão Júnior S.A. – mais conhecida por Matte Leão.
 

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Crédito: Divulgação/Coca-Cola


Como foi: no começo, segundo depoimento do bisneto Luiz Otávio Leão, havia pouco dinheiro para tocar o negócio. O mercado-alvo da empresa era a América do Sul, especialmente Uruguai, Argentina e Chile. O grande salto veio em meio a uma crise: a Argentina, que era a maior consumidora do produto brasileiro, proibiu a importação de erva-mate já embalada – pronta para consumo. O país só iria comprar a mercadoria a granel, para poder agregar valor em seu território. A família Leão, então, montou um engenho em solo argentino

  • “[A Matte Leão] exportava a granel para si mesma lá na Argentina. Era uma empresa brasileira vendendo com valor agregado. Foi uma oportunidade nessa crise”, conta Luiz Otávio. (Gazeta do Povo, em reprodução de documentário produzido pela Casa da Memória)
🔥 Nos primeiros anos de existência, a companhia enfrentou três grandes incêndios em suas fábricas. Mas, nos anos 1920, a Leão Junior já era a maior empresa brasileira no setor, com um volume de exportação de mais de 5 mil toneladas por ano. 

 Outro baque foi a morte de Agostinho, em 1907. Em fevereiro do ano seguinte, a viúva Maria Clara de Abreu Leão assumiu o comando da companhia, tornando-se pioneira nesse ramo de negócios no país. A empresa chegou a mudar o nome, temporariamente, para ‘Viúva Leão Júnior’.
  • Desde então, a Matte Leão sempre esteve nas mãos da família Leão — até ser comprada, em 2007, pela Coca-Cola. (O Globo)

Duas curiosidades:

☕ Na década de 1930, muitos moradores da região Sul, como alternativa ao chá preto (que era caro), tomavam chá mate tostado em brasa. Em 1938, a empresa lançou o Matte Leão Tostado no mercado brasileiro. O slogan: “Use e abuse, já vem queimado”.

🏖 Em 1980, surgiu um dos principais sucessos da empresa: percebendo o hábito, especialmente nas praias do Rio de Janeiro, de se tomar chá gelado, a empresa lançou o Matte Leão em copos selados, produto pioneiro no país no ramo dos chás prontos para beber.


Pra saber mais:
  • prédio onde ficava a indústria da Matte Leão não existe mais: foi demolido em 2011 e substituído pela atual sede da Igreja Universal do Reino de Deus, no bairro Rebouças. (Gazeta do Povo)
  • O acervo do extinto museu Matte Leão agora pertence ao Museu Paranaense. Pena que a exposição das peças ao público foi encerrada em setembro.
 

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3. É de Curitiba!

A curitibana Bárbara Domingos, de 19 anos, foi eleita nesta semana a melhor atleta de Ginástica Rítmica do Brasil em 2019 pelo Comitê Olímpico Brasileiro.

Entre os pódios que ela acumulou neste ano, estão:
🥈 prata em fita, nos Jogos Pan-Americanos de Lima;
🥇 um ouro, duas pratas e um bronze no Campeonato Sul-Americano de Bogotá;
🏆 31o. lugar individual no Mundial de Baku, a melhor colocação da história do país.

O mais legal: Bárbara treina no Clube Agir, no Capão da Imbuia — uma iniciativa que nasceu em 2009, por mulheres e mães de atletas apaixonadas pela ginástica que resolveram botar um centro de treinamento de pé. 

Uma delas é a Márcia Naves, que teve sua história contada pela Gazeta do Povo, quando o time brasileiro de ginástica rítmica, com muitas paranaenses à frente, se preparava para as Olimpíadas do Rio.
 

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4. Curtas da semana

👨 UFPR entre as melhores: a instituição pública foi a única universidade do Paraná a atingir o conceito máximo no IGC (Índice Geral de Cursos), do MEC, com nota 5. O reitor Marcelo Fonseca atribui o resultado ao investimento em pesquisa e inovação. (CBN Curitiba)

💰 Falando em universidade: mais uma faculdade de Curitiba foi vendida na semana passada. A Unicuritiba foi arrematada pelo grupo Ânima Educação, de São Paulo, por R$ 130 mihões. O negócio ainda precisa ser aprovado pelo Cade. (Gazeta do Povo)

🥕 Nas ruas: as feiras livres de Curitiba são visitadas toda semana por 76 mil pessoas, em média. A maioria (70%) dos visitantes são mulheres. (BandNews Curitiba)
 

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5. Cenas de Curitiba: as janelas do Palácio Avenida

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Enquanto todo mundo olha para o Palácio Avenida durante a noite, a gente traz um clique feito num desses belos e raros dias de sol curitibano. O registro é do nosso editor Gustavo Panacioni.

 

6. Pra terminar: em bom curitibanês

“Olha lá, Jaime: Curitiba é igualzinha à maquete!”

Do ex-prefeito e urbanista Jaime Lerner, durante palestra em 2014, ao relatar o que um motorista seu disse ao sobrevoar Curitiba pela primeira vez, nos anos 1980: a capital começava a ganhar os contornos de uma cidade planejada, tal qual as maquetes do arquiteto, com os eixos estruturantes que viraram as canaletas do expresso. 

Lerner — uma figura política controversa, mas até hoje considerado referência mundial em urbanismo — faz aniversário nesta terça (17), quando completa 82 anos.

 

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