😩 Dá pra não falar de coronavírus?

😩 Dá pra não falar de coronavírus?

Bom dia!

“Dá para não falar de coronavírus?” é a pergunta que nos fazemos todos os dias! Inevitavelmente, abrimos esta edição com as últimas da pandemia. Mas, para não dizer que não tentamos, trazemos a história de uma marca centenária e, lá no finalzinho, um convite para fugirmos dos temas obrigatórios.

Mas antes, precisamos agradecer os 5 novos assinantes do O Expresso:

Erika Carvalho, Bruna Rasmussen, Rubens Campana, Maria Elena Roncaglio e Rodrigo Ghedin.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
10 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 16 de junho

1. Uma epidemia em expansão

Começamos esta edição, como já virou tradição, falando dos últimos dados da epidemia do coronavírus em Curitiba — que, vale lembrar, são atualizados diariamente no nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Nesta segunda-feira (8), essa era a situação na cidade:

  • 1.352 casos confirmados
  • 279 casos suspeitos
  • 61 mortes

Da semana passada para cá (atenção), foram 223 novos casos confirmados — o maior aumento semanal de casos desde o início da circulação do vírus aqui na cidade. 

📝 Uma observação interessante: fizemos aqui n’O Expresso a conta dos casos ativos de COVID em Curitiba — ou seja, o número de curitibanos infectados pelo vírus e que estão em condição de transmiti-lo a outras pessoas, como explica esta reportagem. (Gazeta do Povo)

Trocando em miúdos, isso equivale ao número de casos confirmados, excluindo-se recuperados (que já não têm necessidade de isolamento social) e mortos. Resultado: atingimos nesta semana o pico de casos ativos no município, o que significa que a possibilidade de transmissão do vírus é a maior da epidemia até aqui.
 

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Evolução dos casos ativos de COVID-19 em Curitiba. Acesse o gráfico completo aqui.
 

Nos bairros: E onde estão estes casos? Você já deve saber que Cristo Rei e Mossunguê juntaram-se a Cascatinha e Batel como os bairros com maior incidência da COVID-19.

O que você não sabe é que 22 bairros de Curitiba apresentaram aumento no número de casos, com base nos dados divulgados pela Prefeitura na última sexta. Cristo Rei e Mossunguê estão na lista, claro, somados a Abranches, Água Verde, Ahú, Bacacheri, Barreirinha, Boa Vista, Cabral, Campina do Siqueira, Campo de Santana, Campo Comprido, Ganchinho, Novo Mundo, Rebouças, Santa Quitéria, São Francisco, Seminário, Tarumã, Umbará e Vila Izabel.

🗣️ E aí? Seu bairro está na lista? Conta pra gente como está a situação por aí pelo oi@oexpresso.curitiba.br ou na nossa enquete no final da edição.

Curtas da epidemia

  • Um baita serviço do Plural: onde fazer o teste para COVID-19 em Curitiba. Para quem não sabe, a cobertura do exame pelos planos de saúde agora é obrigatória; basta ter requisição médica. 
  • Causaram choque na cidade as imagens de bares de Curitiba lotados neste fim de semana, com clientes sem máscara e aglomerações no estilo pré-pandemia. Houve reação: em entrevista, o prefeito repudiou a ação, e o poder público reforçou que está fiscalizando e notificando bares e outros estabelecimentos denunciados. A ver. (G1 Paraná e Prefeitura de Curitiba)
  • Direto das gôndolas: apesar de parecerem lucrar como nunca, os supermercados viram o consumo voltar aos patamares pré-pandemia já em abril. O movimento pode até ser maior, mas os clientes estão priorizando itens baratos, como água sanitária e alvejantesegundo este empresário. (Gazeta do Povo)
  • Não é feitiçaria: pesquisadores da PUCPR criaram um modelo matemático para prever a evolução dos casos de COVID-19 em Curitiba. Spoiler: a curva está subindo. (Gazeta do Povo)

2. O Expresso da História: Últimas notas

Trazemos hoje mais uma edição da coluna O Expresso da História, em que o nosso parceiro Diego Antonelli mostra as raízes de uma tradicional fábrica curitibana que tem origens alemãs e, quem diria, argentinas!… Conta lá, Diego:

🎹Os acordes dos pianos ressoaram pela última vez em 1997, no cruzamento entre as ruas Mauá e Campos Sales, no bairro Alto da Glória. A tradicional fábrica de pianos Essenfelder se despediu naquele ano do povo paranaense e virou parte da história.
 

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A antiga fábrica da Essenfelder em Curitiba, localizada no Alto da Glória, em imagem do início do século XX (colorida digitalmente). Crédito: Divulgação

 

🇩🇪 🇦🇷 A saga da centenária fábrica começa no velho continente, quando o alemão Florian Essenfelder aprendeu o ofício da fabricação de pianos na C. Bechstein, em Berlim, famosa por produzir um dos melhores pianos do mundo. Ali, ele descobriu sua vocação. 

  • Em 1889, Florian embarcou com esposa e dois filhos com destino a Buenos Aires, onde abriria uma oficina de pianos. Foi lá, portanto, que nasceu a primeira fábrica de pianos com a marca F. Essenfelder & Cia.

🇧🇷 Anos depois, em 1902, já viúvo e com seis filhos, Florian migrou para o Brasil, se estabelecendo primeiro em Pelotas, no Rio Grande do Sul, e, na sequência, em Curitibaonde chegou em 1909. A capital paranaense foi escolhida na época pela abundância de matéria-prima para a fabricação de seus pianos — leia-se, madeira de alta qualidade, como mogno, imbuia e cerejeira. (Gazeta do Povo)

Em seu auge, a fábrica conseguia produzir entre 120 a 130 pianos por mês e contou com mais de 300 funcionários. A Essenfelder ganhou prêmios nacionais e internacionais pela qualidade do produto — como fazia questão de destacar a fachada da fábrica: “Pianos Essenfelder, premiados em exposições internacionais”. Gerações e mais gerações de músicos se formaram nas teclas de um Essenfelder.

📉 Nos anos 1990, a crise começou a baquear a empresa. As políticas econômicas do governo Collor facilitaram a importação de produtos, e fizeram com que pianos mais baratos chegassem ao país. Com isso, a Essenfelder perdeu a competitividade e o espaço no mercado, vindo a fechar a fábrica em 1997.

Curiosidades:

  • Pouca gente sabe, mas a empresa Essenfelder ainda existe, reinventada: agora, ela produz pianos acústicos e digitais, em parceria com uma fábrica na China!
  • O local onde funcionava a antiga fábrica abriga hoje uma das sedes do Tribunal de Justiça do Paraná — batizado de Edifício Essenfelder.
  • Quem quiser saber mais sobre a trajetória de Florian Essenfelder pode conferir esta dissertação de mestrado de João Baptista Penna de Carvalho Neto, que associa o sucesso do empresário à transformação da economia paranaense na época, de agro-exportadora para industrial.

3. Curtas da semana 

Rodízio à vista: a estiagem não dá trégua e se consolida como a pior dos últimos 100 anos. O Rio Iguaçu, por exemplo, tem o menor volume de água em 90 anos de registros. Por isso, a Sanepar já prevê estender o rodízio de abastecimento de água em Curitiba até setembro ou outubro. (Gazeta do Povo)

Agilidade: já é possível registrar Boletins de Ocorrência de crimes de violência contra a mulher pela internet. A ferramenta teve o lançamento priorizado, diante do aumento de casos durante a pandemia. Ao mesmo tempo, a Polícia Civil do Paraná passou a divulgar dados trimestrais sobre feminicídio. (Comunicare, Gazeta do Povo e BandNews FM)

Festival (só) de Curitiba: as apresentações de um dos maiores festivais de teatro do país, o Festival de Curitiba, serão reformuladas. A proposta é que sejam todas gratuitas, em espaços abertos e com foco apenas em produções locais. A única atração de fora é Emicida, que abre o evento – ainda sem data definida para acontecer. (CBN Curitiba)
 

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4. Aos velhos tempos

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Dois anos depois de fechar, a antiga locadora Vídeo 1 deu um vislumbre de esperança em alguns curitibanos nostálgicos quando renovou a fachada do prédio histórico, nas Mercês. 

A reforma, porém, foi motivada pela segurança e manutenção do local — que, de quebra, ganhou uma arte em homenagem ao que foi, um dia, a locadora mais antiga da América Latina. (Gazeta do Povo)
 

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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Todos — sem exceção — padecem no momento do mesmo mal: o imperativo dos assuntos únicos. Leia-se a pandemia e o governo federal. […] Tornou-se imoral falar sobre outra coisa. O mundo desabando e a gente ali — na base do amor, do sorriso e da flor.”

A frase de hoje é do jornalista, professor e curitibano da gema José Carlos Fernandes — com a qual a gente se identificou pacas.

Afinal, quem é que não cansa de falar do assunto do momento? Quem é que não precisa de um refresco mental vez ou outra, em meio aos dias em isolamento? 

É o que tentamos fazer aqui n’O Expresso — e a gente pede desculpa se as notas sobre a pandemia parecem disco riscado, mas ignorar o obrigatório se tornou, como diz o Zeca, “uma tremenda falta de sensibilidade”.

Pra encerrar num tom mais leve, não deixe de ler essa crônica-desabafo deliciosa de Fernandes, que saiu na última edição do jornal Cândido.
 

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🔍 COVID-19 por bairro, aniversariante do mês e novidades

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Bom dia!

Chegando na sua caixa de entrada com mais atualizações sobre o coronavírus na capital e um espaço para o aniversariante do mês. Adivinha quem é?

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Nosso próximo encontro:
Terça, 9 de junho

1. Um vírus que se espalha pela cidade 🦠

Ainda falando do assunto do momento — a epidemia do coronavírus –, voltamos ao tema que trouxemos em primeira mão na última edição: o número de casos confirmados por bairro em Curitiba, que foi atualizado pela prefeitura na última sexta (29).

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As cores indicam a taxa de incidência do coronavírus por bairro (em casos confirmados por 100 mil habitantes). As informações completas estão no nosso Monitor COVID-19 Curitiba — agora, dá pra pesquisar por bairro e comparar os índices semana a semana.

Comparando com o mapa da semana passada:

  • Batel tem agora um novo companheiro para dividir a liderança em casos de coronavírus: o Cascatinha, pertinho de Santa Felicidade, que agora também tem uma taxa de incidência de 200-350 casos por 100 mil habitantes;

  • Alguns bairros viram um aumento em seus índices de contaminação, principalmente na região central (Centro, Alto da XV, Alto da Glória) e na região norte da cidade, próximo a Santa Felicidade (Butiatuvinha, Orleans, Santa Felicidade, Vista Alegre e Cachoeira);

  • Também houve aumento considerável da taxa de contágio mais ao sul da capital, atingindo os bairros de Prado Velho, Capão Raso, Hauer, Umbará, Tatuquara e Caximba.

❗Só pra lembrar: temos atualmente 1.129 casos confirmados e 50 mortes pelo coronavírus em Curitiba (dados desta segunda, dia 1). O salto da última semana se deve também à inclusão dos testes de farmácia nas estatísticas. Ainda assim, nossa taxa de contágio e de letalidade da doença ainda são menores que a de outras capitais brasileiras, como também mostra o nosso Monitor COVID-19.

Mas não é hora de relaxar: em entrevista à CBN Curitiba, a secretária da Saúde Márcia Huçulak disse que o número de casos só deve começar a cair em agosto, e o pico da epidemia em Curitiba será atingido no final de junho. O número de casos suspeitos, aliás, vem crescendo nos últimos dias — um indicativo de que o contágio está avançando por aqui.

⚡ Curtas do coronavírus:

  • Depois de figurar mal num ranking de transparência, a prefeitura de Curitiba lançou um novo portal com informações sobre as despesas emergenciais com a pandemia. Em tempo: a cidade já gastou R$ 32,9 milhões com dispensa de licitação em ações de combate ao coronavírus — mas, por outro lado, recebeu R$ 63,5 milhões do governo federal para combater a epidemia. (Gazeta do Povo)

  • E uma plataforma colaborativa ajuda a monitorar o risco de contágio pelo vírus nos bairros de Curitiba. (BandNews FM)

2. Dois anos e algumas novidades

Junho chegou e, com ele, os dois anos d’O Expresso. Sim! No dia 18 de junho, a gente completa 24 meses de notas, links e muitos cliques com informações da nossa cidade (dá pra ler e pesquisar todas as edições no nosso site).

🏆 Entre quase 7 mil cliques dos nossos leitores, ao longo de 120 edições e 508 notas publicadas, vale fazer um remember dos cinco links mais clicados da história d’O Expresso:

  1. O mapa com os casos de COVID-19 por bairro de Curitiba (que saiu na edição passada);

  2. Nosso Monitor COVID-19 Curitiba, com dados consolidados do avanço da doença;

  3. Instagram do Fortalece.CWB, que está dando uma força na divulgação de negócios locais neste momento de pandemia;

  4. Nosso relatório sobre os cursos superiores de Curitiba com nota mais alta no Enade;

  5. Uma lista de produtores locais organizada pela Mamute.

Por trás de tudo isso, muita pesquisa, sistematização de dados e, claro, uma rede de leitores que não para de crescer e que nos convida a melhorar, continuamente, este serviço de conexão com Curitiba.

📰 Assim seguimos, tentando sempre nos aperfeiçoar e ampliar nosso impacto. E é justamente com este propósito que apresentamos nossos planos de assinatura mensal – que nos ajudam a continuar fazendo o que fazemos semanalmente: jornalismo local.

Não se preocupe: nossa newsletter continua gratuita, e isso nunca vai mudar. Continue divulgando para os amigos, repassando nossos links e indicando a leitura — todo mundo vai conseguir acessar nossas notícias! 😉

Quem contribuir financeiramente com O Expresso, além de ajudar a financiar o jornalismo que fazemos, terá acesso a algumas ferramentas exclusivas que preparamos exaustivamente ao longo de quase seis meses. Uma delas é nosso exclusivo Monitor de Notícias Locais, atualizado diariamente, que apresenta os principais links de notícias de Curitiba em um só lugar (categorizados por data, temas e fontes).

Fica o convite: a hora que tiver um tempinho, passe lá na nossa página de apoio para conferir as opções e contribua com a quantia que desejar.

Aliás, nosso agradecimento especial aos três primeiros contribuidores mensais d’O Expresso: Terence Keller, Eduardo Baggio e Erika Carvalho

E também a você, leitor, que nos acompanha, prestigia, critica, sugere e indica O Expresso aos amigos. Muito obrigado!

 

3. Curtas da semana 

#ExposedCuritiba: a hashtag do momento para mulheres curitibanas compartilharem, nas redes sociais, relatos de assédio e violência sexual. (BandNews FM)

As mais pedidas: obras, segurança e educação foram as áreas mais votadas pelos curitibanos e curitibanas para receber investimentos em 2021. É o resultado da consulta pública feita pela Câmara entre os dias 16 e 25 de maio. (Contraponto)

Despedida: o Bar do Pudim, um dos mais tradicionais da cidade e que anunciou seu fechamento, prorrogou a despedida final para meados de junho. Serão os últimos dias para apreciar a empadinha de palmito e o pastel de provolone do local — sempre de máscara, é claro. (Reinaldo Bessa e Tribuna do Paraná)
 

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4. Curitiba infinita

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A cena de hoje é um passeio rápido e animado pelo Bosque Alemão. Se fosse uma foto estática não daria conta de representar o trabalho do filmmaker e fotógrafo Alexandre TellesNo perfil do Instagram dele tem outras composições incríveis da cidade.
 

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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Simpatia, o que foi que deu errado?”

A frase é do icônico jornalista curitibano Ali Chaim, mais conhecido como Califa 33 — um dos repórteres policiais mais célebres da cidade, que atuou entre as décadas de 1960 e 1980 e morreu na semana passada, aos 81 anos.

“Ele revolucionou o noticiário policial quando começou a divulgar o que os ‘filhinhos de papai’ aprontavam na Avenida Batel”afirmou o colega Antônio Nascimento.

Chaim era conhecido pela forma como abordava os suspeitos dos crimes: oferecendo um Carlton e um pão fresquinho, como conta José Carlos Fernandes, obtinha confissões e depoimentos que deixavam muito delegado no chinelo. De vez em quando, fazia as vezes da Justiça.

“Em minutos, a diferença entre nós e a turma que entrou em cana é que eles estão presos, e nós não. O jornalismo que pratica não é perfeito, mas não é babaca, nem hipócrita, nem ensaiado”, bem pontuou Fernandes neste texto de 2017.
 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

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Em que bairro de Curitiba mora o coronavírus?

Em que bairro de Curitiba mora o coronavírus?

Mais um O Expresso chegando!

Nesta edição falamos sobre os bairros de Curitiba com maior incidência de casos da COVID-19 e apresentamos uma rádio virtual – projeto curitibano, claro, que vai muito mais além do que ouvir músicas no Spotify.

Não esqueça de compartilhar O Expresso com quem você quiser utilizando o link do WhatsApp abaixo.

Boa semana!

Tempo de leitura da edição de hoje:
9 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 2 de junho

1. Em que bairro mora o coronavírus? 🦠

Pra não perder o hábito, começamos esta edição com os últimos dados sobre a epidemia de coronavírus em Curitiba. Esses são os números divulgados nesta segunda (25) pela prefeitura, que estão sistematizados lá no nosso Monitor COVID-19 Curitiba:

  • 961 casos confirmados
  • 38 mortes
  • 307 casos suspeitos

⚠️Destaque: atingimos nesta segunda (25) o segundo maior pico de casos suspeitos desde o início da pandemia — vale lembrar, duas semanas depois do Dia das Mães. É bem como havia adiantado a secretária da Saúde: ela disse que veríamos um aumento de casos após o relaxamento do distanciamento social naquela data. (Gazeta do Povo)

Para acompanhar nosso monitoramento sobre o número de casos suspeitos, é só clicar aqui.
 

Por onde está o coronavírus

Já falamos desse tema na edição passada d’O Expresso — mas voltamos a ele com dados mais precisos sobre a localização dos casos de coronavírus por bairro em Curitiba.

Na semana passada, a prefeitura divulgou discretamente um mapa com a incidência de casos de COVID-19 por bairro — e não por regional, como mostramos na última edição. Nós d’O Expresso sistematizamos as informações neste mapa, que está resumido abaixo:

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Os bairros com mais casos de COVID-19 em Curitiba, em 22/maio/20. O mapa completo, com o nome dos bairros, está disponível aqui.
 

De cara, já podemos destacar que os bairros com maior incidência estão na região central, e são também alguns dos bairros mais ricos da cidade

  • Em primeiro lugar absoluto, está o Batel, com taxa de incidência entre 200 e 350 casos por cem mil habitantes (é ele o perímetro em roxo no mapa acima). Vale dizer, é um dos bairros com maior renda média per capita em Curitiba, de R$ 4.100 (a média na capital é de R$ 1.400);
  • Logo em seguida, aparecem Bigorrilho, Mossunguê, Juvevê, Centro Cívico, Jardim Social, Cristo Rei, Hugo Lange, Cascatinha e São João, com taxa entre 100 e 200 casos por cem mil habitantes;
  • Os bairros com menor incidência são Caximba, Tatuquara, Riviera e Taboão.

🤔 Seria a COVID-19 uma doença que afeta mais os mais ricos (pelo menos em Curitiba)?

Algumas ressalvas metodológicas importantes

  • O mapa demonstra a taxa aproximada de incidência da COVID-19 por cem mil habitantes em cada bairro — e não o número de casos absoluto, que não foi divulgado pela prefeitura;
  • coeficiente exato por bairro, vale dizer, também não foi revelado pelo poder público: o mapa acima se baseia em uma aproximação, divulgada pela própria prefeitura;
  • A localização se baseia no endereço declarado de residência de cada paciente com a doença confirmada. Vale lembrar: isso não quer dizer que ele tenha se contaminado naquele bairro específico. De qualquer forma, os dados não deixam de demonstrar um tipo de perfil do curitibano mais suscetível ao vírus;
  • Secretaria Municipal da Saúde optou por divulgar os números absolutos de casos apenas por regional, e não por bairro — segundo O Expresso apurou, não só pela possível discrepância entre o endereço de residência vs. local de contaminação, mas por temer um relaxamento no distanciamento social nos bairros com menos casos.  


⚡ Curtas sobre a epidemia:

  • Depois de cair no início da pandemia, a poluição do ar voltou a subir em Curitiba — sinal de mais carros circulando pelas ruas. Os radares espalhados pela cidade comprovam o aumento da circulação de veículos. (Gazeta do Povo e CBN Curitiba) 
  • Em outro sinal do relaxamento do isolamento social, também houve aumento de passageiros nos ônibus de Curitiba. (CBN Curitiba)
  • A UFPR confirmou nesta semana o adiamento do vestibular deste ano, que vai ficar para janeiro de 2021. (G1 Paraná)
  • Curitiba foi destaque negativo no ranking da Transparência Internacional sobre gastos emergenciais durante a pandemia, pela falta de informações consolidadas sobre o tema. A prefeitura prometeu readequar seu site. (Gazeta do Povo) 
  • Pra finalizar: em tempos de coronavírus, o Hospital Cajuru está recorrendo a um robô para permitir ‘visitas’ a pacientes da UTI. Familiares e amigos falam com os internados por uma tela, a distância. (CBN Curitiba)

2. Para ouvir e ampliar horizontes 🎙️

Entre as boas notícias que surgem em meio à pandemia, está um novo projeto cultural ‘Made in Curitiba’: a Haharadio, uma rádio virtual com programação 24h e curadoria própria.

A ideia surgiu em meio à epidemia, fruto de uma onda de ócio criativo. “Aproveitei o tempo em casa para criar uma emissora própria”, conta o músico Heitor Humberto, um dos criadores do projeto.

“Chega uma hora em que você cansa das suas playlists, ou que o algoritmo já tá meio viciado e te sugere coisas que você já escutou bastante. E é tão boa a sensação de ouvir algo e se perguntar ‘quem tá tocando isso?’. Ser surpreendido com uma música é uma delícia.”

🎵 A gente pediu a ele para indicar aos leitores d’O Expresso alguns artistas, músicas e bandas curitibanas para ouvir. Vamos trazer mais dicas nas próximas edições, mas a primeira é essa aqui: “O corpo cansou”do artista curitibano Conde Baltazar.

Palavras do curador“Essa faixa saiu há poucos dias e está no EP ‘Bob Uilson’, mais recente trabalho do artista Conde Baltazar. Diferentemente da sua performance como vocalista do ‘Trombone de Frutas’, nesta faixa ele está cantando com um tom mais sereno, uma letra não muito feliz, em cima de uma base muito bonita. Um som para degustar mais de três vezes.”

A faixa está disponível no YouTube — e quem mais cansou de ouvir ‘mais do mesmo’ pode sempre acessar a Haharadio.

 

3. Curtas da semana 

Como explicar a estiagem: para quem busca entender a situação atual de falta de chuvas e água, aqui está um provável culpado (Gazeta do Povo). A hipótese é de que o fenômeno El Niño Central esteja por trás de um dos piores períodos de seca dos últimos tempos.

Mais um drive-in: depois de restaurante e circo drive-in, agora chegou a vez de uma possível Pedreira Paulo Leminski no mesmo esquema. Ainda é preciso aprovação, mas o espaço pode comportar até 117 veículos e deve começar com exibição de alguns filmes. (BandNews FM)

Para saber mais sobre cinema: em tempos de quarentena, o Olhar de Cinema, festival internacional de cinema de Curitiba, expandiu sua plataforma online de conteúdo sobre audiovisual com palestras e minicursos. Nesta terça (26), começa a Semana da História do Cinema.

E falando em cinema: fica a dica para conferir o documentário Condomínio em Quarentena, de Leandro Kindermann (nosso assinante). E também vale falar que o Cine Passeio disponibilizou mais títulos, inclusive de filmes infantis, em sua sala virtual recém-inaugurada. (Prefeitura de Curitiba)
 

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4. Simetria curitibana

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Olhando assim, até parece mais uma cena da nossa realidade de isolamento social. Mas não. O registro de um Jardim Botânico quase deserto, do fotógrafo Pedro Ribas, é de abril do ano passado. 

Mais de um ano depois, o parque talvez continue vazio (agora por motivos de força maior), mas tem recebido visitas ilustres por lá: animais silvestres, em sua maioria aves e borboletas. (Prefeitura de Curitiba)


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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“O que vivemos agora é uma tragédia. A resposta que damos para isso é voltar para casa. E, a partir disso, entender que precisamos de poucas coisas.”

As aspas de hoje são de um gaúcho que mora nos Campos Gerais — mas que é radicado em Curitiba e é professor da UTFPR, o padeiro Rene Seifert. 

Ele é um dos idealizadores do projeto O Pão da Casa, um espaço de pesquisa e produção de pães e outros saberes domésticos, localizado na Colônia Witmarsum, a 60 km de Curitiba. 

O comentário acima, tão pertinente para o momento que vivemos, foi dado em entrevista à revista Vida Simples. Seifert defende “a casa como espaço de produção” e também de resiliência, para onde nos voltamos em tempos difíceis como os atuais. Uma bela inspiração

Você pode ler mais sobre Seifert e seu trabalho nesta reportagem recente.
 

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👀 Cenas que não queremos ver

👀 Cenas que não queremos ver

Bom dia!

Hoje, além dos destaques sobre o coronavírus em Curitiba, trazemos mais uma edição d’O Expresso da História — com a história de um lugar icônico da nossa cidade, que já foi indústria e hoje virou ponto de encontro cultural. Adivinha qual?

Como sempre, se tiver sugestões, críticas e comentários, escreva para nós em oi@oexpresso.curitiba.br. E não deixe de compartilhar esta edição com seus amigos e colegas!

Obrigado pela companhia de sempre e uma ótima semana!

Tempo de leitura da edição de hoje:
10 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 26 de maio

1. O coronavírus nos bairros de Curitiba

Aos poucos, vamos descobrindo novos dados sobre o avanço do coronavírus em Curitiba: enfim, os boletins mais recentes da Prefeitura começaram a divulgar o número de casos confirmados de acordo com a regional de residência do paciente.

Começamos a consolidar esses dados no nosso Monitor COVID-19 Curitiba — que é atualizado diariamente.

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Um resumo visual da incidência do coronavírus na nossa capital

Do lado esquerdo, em vermelho, vemos o registro do número absoluto de casos confirmados em cada regional, considerando o local de residência do paciente. Eis o ranking dos bairros com mais casos (você pode consultar todos os dados neste mapa que preparamos):

  • Matriz: 197
  • Santa Felicidade: 110
  • Portão: 94
  • Boa Vista: 92
  • Boqueirão: 70

No lado direito, em laranja, relacionamos (neste outro mapa) a taxa de contágio por 100 mil habitantes. É interessante ver que, em algumas regionais bastante populosas, como CIC e Pinheirinho, a incidência por 100 mil habitantes ainda é baixa. Eis o ranking:

  • Matriz: 94,4 casos/100 mil habitantes
  • Santa Felicidade: 66,06
  • Portão: 50,9 
  • Boa Vista: 34,26
  • Boqueirão: 34,11

Esses e outros dados, não esqueça, estão lá no nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Pra finalizar, seguem os números do coronavírus até o momento (segunda, dia 18) em Curitiba:

  • 854 casos confirmados
  • 34 mortes
  • 247 casos suspeitos

Da terça passada para cá, foram mais 113 casos confirmados. Ah! E aquele padrão de aumento de casos suspeitos continua: mais de 200 internações, diariamente, são investigadas (com exceção dos dias 16/05 e 17/05). 

Como adiantamos na semana passada, a suspeita da Secretaria da Saúde é que o curitibano relaxou com o isolamento social durante o feriado de 1º de maio — e que ainda veremos um novo pico de casos por causa do Dia das Mães. (Gazeta do Povo)

Curtas sobre o coronavírus:

 

2. O Expresso da História: uma fábrica de fitas 💝

Dando uma pausa nas notícias sobre a pandemia, vamos à quinta edição da coluna O Expresso da História, escrita pelo nosso parceiro Diego Antonelli, que fala sobre as indústrias e empresas que marcaram época em Curitiba.

A história de hoje é da Fábrica de Fitas Venske — cujas antigas instalações viraram um ponto cultural e de encontro na nossa capital, ali no Alto da XV. Conta aí, Diego:

🇩🇪 A história da Fábrica de Fitas Venske, fundada em 1907, começa com a chegada do alemão Gustavo Venske ao Brasil, que se mudou para o país na segunda metade do século XIX — mais um entre milhares de alemães que fizeram parte daquela onda imigratória. Venske chegou a Curitiba em 1889, onde se casou com Anna Müller (cuja família era proprietária da tradicional Metalúrgica Müller, onde hoje fica o shopping de mesmo nome) e fundou uma loja de armarinhos.

🎗️ Em 1907, farejando uma oportunidade no ramo de tecidos e confecções, Venske abriu uma pequena manufatura de fitas, com três teares. A produção era inicialmente destinada à sua própria loja de armarinhos, que ficava no Largo da Ordem, numa sociedade entre ele e seu cunhado, Oscar Charles Müller.

A indústria, porém, prosperou. Em 1917, já eram 64 teares na fábrica, que se mudou para uma sede própria no centro de Curitiba.

🎩 As fitas eram vendidas principalmente para o mercado de São Paulo, para serem usadas como adorno em chapéus, vestidos e sapatos. Em sua dissertação de mestrado pela UFPR, o pesquisador Walfrido de Oliveira Júnior relata que a empresa “produzia fitas com técnicas únicas”. 

🏠 Além disso, a indústria foi pioneira no sistema home office. “[A fábrica] manteve por dez anos (1935/1945) aproximadamente 20% de suas tecelãs trabalhando nas próprias residências”, escreve o autor.

Em seu auge, a Fábrica de Fitas Venske chegou a empregar 130 pessoas e produzir 800 mil metros de fita por mês. Em 1938, mudou-se para sua sede definitiva, na rua Ubaldino do Amaral, expandindo sua atuação para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

 

3. Curtas da semana 

Você decidechegou à Câmara a Lei de Diretrizes Orçamentárias de Curitiba para 2021 (Câmara de Curitiba). O documento, que estabelece metas e prioridades de investimentos para a cidade, prevê R$ 9.29 bilhões de receitas e despesas (CBN Curitiba). Antes da votação na Câmara, porém, os curitibanos podem participar da consulta pública que ajuda a decidir o destino dos investimentos. É só participar pelo FacebookTwitter ou Instagram até o dia 25 de maio.  

  • Spoiler: o documento enviado pela prefeitura já prevê uma queda de R$ 580 milhões na arrecadação da cidade neste ano, em função da pandemia. Em relação à previsão inicial de receitas, a diferença é de quase 10% a menos. Teremos tempos de vacas magras pela frente…

Desafiando a lei da gravidade: é daqui o primeiro skatista brasileiro — Gui Khury, de apenas 11 anos — a realizar a manobra 1080 graus no vertical. Os três giros completos de 360º no ar aconteceram aqui em Curitiba, mas foram notícia no The New York TimesThe GuardianCNN e Globo Esporte. 🏻

Para comer: quem está com saudades de frequentar seu restaurante favorito tem até o dia 7 de junho para aproveitar o Restaurant Week Delivery. Oito estabelecimentos de Curitiba prepararam um cardápio a preço fixo (R$ 56,90, incluindo entrada, prato principal e sobremesa), entregue em sua casa. A cada prato pedido, outro será doado a famílias em situação de vulnerabilidade social. (BandNews FM)

De olho na cultura: em poucas linhas, temos tentado falar de muitas coisas legais e culturais que acontecem por aqui. Tem curso EAD grátis de dança na Casa Hoffmann (CWB Mania) e o já popularmente conhecido “Guaíraflix”. Fora isso, vale falar que as visitas virtuais ao MON aumentaram 1200% durante a pandemia. (BandNews FM)
 

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4. Cenas que não queremos ver

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Sem rodeios, a cena de hoje é deste vídeo aqui. “Preciso da sua ajuda” é criação do projeto “Compartilhaí”, desenvolvido na Marista Escola Social Ecológica, e convida a refletir sobre a violência contra crianças e adolescentes.

O tema ganhou projeção neste período de isolamento social, em que o número de vítimas aumentou, além de ser pauta de reflexão nesta segunda (18), Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. (Plural)

A protagonista do vídeo, Alana de Assis, de 15 anos, comenta: “Me sinto como uma pessoa que leva a voz para crianças e adolescentes que são invisíveis e que sofrem com a violação dos seus direitos. Como se de certa forma fosse uma porta-voz dessas crianças e adolescentes, para dar ênfase que nós temos direitos e que eles não devem ser violados.”


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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Não sou gato de Ipanema, sou bicho do Paraná.”

Não havia outra forma de encerrar esta edição senão com uma homenagem a João Lopes, o Bicho do Paraná, que faleceu nesta segunda (18) em Curitiba, vítima de um câncer.

Lopes se notabilizou por compor o “hino informal” dos paranaenses, “Bicho do Paraná” — cujo refrão é esta frase bem-humorada aí de cima. Nascido em Califórnia, no norte do Paraná, o artista era radicado em Curitiba havia anos. 

“Eu vim do meio do cafezal, da roça. Fui para a estrada como um hippie, fazendo pulseirinha com miçanga. Sabia fazer um Ré maior”, contou ele, entre outros causos, nesta entrevista em vídeo à Gazeta do Povo, em 2017. Que haja festa no céu para o nosso eterno Bicho do Paraná!
 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

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😷 Casos suspeitos de coronavírus voltam a aumentar

😷 Casos suspeitos de coronavírus voltam a aumentar

Bom dia!

O Expresso de hoje chega na quarta-feira — mais uma vez, em função de compromissos parentais com nossa pequena recém-nascida, nosso calendário de envio foi forçosamente alterado. Quem é pai ou mãe por aí sabe como é! 🙂

Na edição de hoje, além da já tradicional atualização sobre os casos de coronavírus em Curitiba, trazemos as últimas sobre a histórica estiagem no estado e os causos de um tradicional serviço curitibano que completou 35 anos. Sabe qual é?

Mais uma vez, agradecemos a leitura e a companhia em mais uma edição! Sugestões, críticas e comentários, é só escrever para o oi@oexpresso.curitiba.br.

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 19 de maio

1. Aumentam os casos suspeitos de COVID-19

Nossa rotina semanal de atualização sobre os casos de coronavírus em Curitiba continua. Lá no Monitor COVID-19 Curitiba você acompanha os dados que consolidamos diariamente, desde o início das confirmações do vírus na nossa cidade.

Os números até o momento:

  • 759 casos confirmados
  • 29 mortes
  • 263 casos suspeitos

Numa comparação rápida com a semana passada, temos mais 90 casos confirmados. 

📈 Mas é sobre os casos suspeitos que precisamos trocar uma ideia na edição de hoje, já que os números vêm atingindo níveis não vistos há mais de um mês. Sim. A última vez que os casos suspeitos passaram de 200 foi no dia 3 de abril. 

Desde então até o início de maio, os casos suspeitos não haviam passado, na maior parte do período, de 150. Na última quarta-feira, porém, eles voltaram a crescer a patamares acima de 200, atingindo um pico de 263 nesta terça.

 
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No gráfico acima (também disponível aqui), consolidamos todos os registros de casos suspeitos desde o dia 2 de março. As colunas amarelas são os picos do final de março e começo de abril – e as vermelhas são os dados mais recentes, dos últimos 7 dias.

Os motivos para este aumento podem ser os mais variados. Desde o abandono do isolamento por parte dos curitibanos até a mudança no clima. (Plural)

“Com a queda [da temperatura] e com a mudança do clima, os quadros respiratórios aumentam as internações, ficam mais graves. Nem todos são COVID, mas são internados como síndromes agudas respiratórias graves que estão em investigação, afirmou a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, no boletim desta segunda (11).
 

Curtas sobre o coronavírus:

2. Água: aprecie com moderação

Falamos sobre isso rapidamente na semana passada, mas o assunto exige mais atenção: a pior estiagem dos últimos 40 anos de Curitiba e região deve ampliar por mais tempo o rodízio no abastecimento de água por aqui (Paraná Portal). 

O cenário era imprevisível e promete continuar assim por tempo indeterminado, segundo os meteorologistas.

“Nenhum modelo previu essa seca. Havia uma tendência de chuva abaixo da média, mas não uma situação como essa”afirmou o meteorologista do Simepar, Lizandro Jacobsen (Gazeta do Povo).

🆘 Na quinta passada (7), o governador do Paraná decretou estado de emergência hídrica por 180 dias, devido à situação – o que permite às empresas de água tomarem medidas de racionamento. Além disso, junto com o Simepar, o governo está fazendo o acompanhamento em tempo real da situação das bacias hídricas (AEN). 

Além da queda na vazão do Rio Miringuava (em quase 70%), também vemos os efeitos da estiagem na represa do PassaúnaEm vídeo, o fotógrafo Guilherme Pupo mostra a realidade por lá (Plural).

🏠 Para se prevenir em um cenário de racionamento, a recomendação da Sanepar é que as casas e prédios tenham caixas d’água com capacidade para abastecer os moradores por 24h.

 

3. Curtas da semana 

Acabou o tempo: o EstaR em papel deixou de existir, oficialmente, nesta segunda (11). Agora, quem quiser estacionar nas vagas rotativas da cidade deve baixar os aplicativos e se acostumar com o sistema digital (Prefeitura de Curitiba). Caso você ainda tenha bloquinhos no porta-luvas do carro, ainda dá tempo de trocar por créditos: é só ir até a Urbs ou agendar um atendimento aqui, até o dia 10 de junho.

Fusão: virou notícia a informação de que a rede Festval vai assumir as lojas do Pão de Açúcar aqui na capital (Gazeta do Povo). Não se sabe ainda o que vai acontecer, mas as unidades do Batel, Água Verde, Bigorrilho e Jardim Social agora integram as outras 11 lojas do Grupo Beal — que desde 2003 atua em Curitiba.

Eleições 2020: mesmo que seja necessário alterar as datas de primeiro e segundo turno, as eleições municipais não devem ser suspensas neste ano em função da epidemia do coronavírus. Em entrevista, o próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral diz que é consenso não prorrogar mandatos (Estadão). Aqui em Curitiba, os pré-candidatos já começam a se manifestar: alguns deles são Rafael Greca, Fernando Francischini, Ney Leprevost, Gustavo Fruet, Goura Nataraj, Tadeu Veneri e Roberto Requião.

Periferia curitibana: nesta quarta (13), às 21h30, o filme curitibano Nóis por Nóis estreia no Canal Brasil. Gravado há quase cinco anos, o longa aborda a realidade violenta na periferia da cidade, especificamente na Vila Sabará. Aqui, um trailer para conhecer um pouco mais a proposta, aqui uma entrevista com o co-diretor Aly Muritiba e, aqui, uma outra entrevista com o diretor de fotografia Mauricio Baggio (e fotos dos bastidores).

Mais cultura: o MON agora disponibiliza a exposição “União Soviética Através da Câmera” no Google Arts & Culture. Além desta iniciativa – que é a décima exposição online do museu – o MON também começou uma série de oficinas pelo YouTube.
 

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4. Cenas: Passeio Público parisiense

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Cemitério de Cães em Paris

Passeio Público? Quase! A cena de hoje vem direto de Paris, mais precisamente do Cemitério dos Cães, que serviu de inspiração para a construção do famoso portão do primeiro e mais antigo parque urbano de Curitiba (Gazeta do Povo). No comecinho deste mês de maio, o Passeio Público completou 134 anos.

Apesar de o parque ter sido inaugurado em 1886, foi só em 1913 que o então prefeito Cândido de Abreu propôs a construção de um portão de entrada para o Passeio.


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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Ele me pediu para explicar o que era sujeito, adjetivo, verbo, predicado, ou seja, o programa de um semestre inteiro. Eu perguntei para quando ele precisava saber de tudo aquilo e ele me disse: ‘Para amanhã’. Claro que não foi possível, mas ainda fiquei uma hora no telefone para explicar o básico.”

A frase de hoje é de um dos causos que o Telegramática, serviço curitibano que tira dúvidas sobre a Língua Portuguesa, coleciona. O consultor José Francisco Coelho contou aqui a história de um aluno que ligou para tirar dúvidas para uma prova (Gazeta do Povo). 

Criado a partir de uma parceria entre Prefeitura e Telepar, o serviço completou 35 anos de existência neste ano. A soma de atendimentos realizados pelo Telegramática passa de 1,5 milhão. Apesar do nome, porém, atualmente também é possível realizar consultas pelo site. (Prefeitura de Curitiba)

Ah! E pra quem tiver interesse, a Prefeitura também mantém um Manual de Comunicação Escrita Oficial que, além de criar padrões para documentos da administração pública municipal, dedica algumas páginas às dúvidas mais frequentes da nossa língua. Uso dos “porquês”, hífen, crase e concordância são alguns dos temas abordados a partir da página 60.

 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

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🐍 Pandemia, transporte público e cobras pela cidade

🐍 Pandemia, transporte público e cobras pela cidade

Oi!

Mais um O Expresso na quarta-feira! 

Por aqui, ainda nos acostumando com a nova rotina. Já já voltamos à programação normal.

Nesta edição, mais atualizações sobre coronavírus em Curitiba, nossa pior estiagem dos últimos tempos e algumas notícias rápidas super bacanas.

Nosso pedido de sempre: compartilhe esta edição d’O Expresso com seus amigos, usando o link abaixo ou os botões de compartilhamento das notas via WhatsApp. E mande suas sugestões e críticas para cá!

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 12 de maio

1. Mais sobre Coronavírus em Curitiba

Seguimos acompanhando os casos de COVID-19 na nossa cidade. Boletim desta terça, da Prefeitura Municipal, apresentou novos números de casos e mortes – e todos os dados estão atualizados lá no nosso Monitor COVID-19 Curitiba.

Até agora, os números:

  • 658 casos confirmados
  • 26 mortes
  • 135 casos suspeitos


Dados alarmantes

A semana que passou, aliás, foi impactante. Curitiba registrou recorde no número de mortes em 24h e um aumento expressivo no número de casos confirmados (BandNews FM). Desde a nossa última edição até agora, por exemplo, passamos de 17 para 26 óbitos pela COVID-19 na capital.

Em transmissão ao vivo pelo Facebook, na última quinta (30), a Secretária Municipal de Saúde, Márcia Huçulak, alertou para um possível colapso no sistema de saúde caso os índices da doença aumentem na mesma proporção da semana passada (CBN Curitiba). E faz um apelo para a população ficar em casa e respeitar os pedidos de isolamento e distanciamento social.

E sobre a eficácia ou não do isolamento social, vale referenciar o estudo da Comissão de Acompanhamento e Controle de Propagação do Coronavírus da UFPR que defende as medidas adotadas pela Prefeitura como essenciais para o controle da disseminação da doença (Tribuna do PR).


Curtas sobre coronavírus

  • As aulas na rede municipal foram suspensas até o dia 2 de julho, para a continuidade do controle de contágio na cidade (BandaB). UFPR também oficializou a suspensão das aulas presenciais por tempo indeterminado (CBN Curitiba).
  • A Prefeitura começou a incluir os chamados “testes rápidos”, além dos exames moleculares, para contabilizar os casos de COVID-19 em Curitiba. Para evitar falsos positivos, porém, indica-se a utilização do método rápido apenas a partir do décimo dia de infecção (Gazeta do Povo).
  • Ainda sobre testes: as farmácias da cidade também estão aplicando os testes rápidos, conforme autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para quem apresentar sintomas por mais de 5 dias (Bem Paraná). 
  • 23 pacientes com COVID-19 e internados em UTI’s de Curitiba estão recebendo tratamento com hidroxicloroquina. É o primeiro estudo próprio no Paraná para atestar a eficácia deste medicamento (CBN Curitiba).
  • Coronavírus também está mudando a rotina de maternidades. Dá uma lida nesta reportagem que fala sobre o descumprimento da Lei de Acompanhamento nos partos em alguns hospitais da cidade (Plural).
  • E pra fechar, um vídeo especial que fala sobre a “pneumonia silenciosa” e a dificuldade em diagnosticar casos de COVID-19 (BBC).

2. COVID-19 e o transporte público

Se o colapso do sistema de saúde de Curitiba já está no radar, o colapso do sistema de transporte é quase realidade. No dia 10 de março (poucos dias antes dos primeiros decretos de isolamento social) eram 759,5 mil passageiros. Em abril este número cai para pouco mais de 200 mil (Plural).

A situação levou as empresas de transporte da capital a pedirem ajuda para a Prefeitura. O resultado: a Câmara aprovou um repasse emergencial de R$ 54 milhões para manter os serviços pelos próximos 3 meses (Plural). Para a concretização dos repasses, as empresas concordaram em operar sem lucro neste período e a incluir a diferença de custos atuais para a tarifa técnica do ano que vem.

Em entrevista, o prefeito diz que não é um subsídio, mas sim uma forma de assegurar o transporte público durante a pandemia (CBN Curitiba). Inclusive, desde a semana passada novas medidas estão sendo implantadas nos terminais da cidade. Os ônibus só podem deixar os terminais com até 50% de ocupação (Prefeitura).

 

3. Curtas da semana ⚡

Natureza tomando conta: em tempos de pandemia, algumas notícias curiosas sobre a fauna de Curitiba ocupando a cidade. Além do número de aves aumentando nos parques da cidade (BandaB), cagado de espécie em extinção faz ninho em uma das quadras de vôlei do Parque Barigui (Prefeitura) e, no Passeio Público, as cobras tomam sol livremente (G1).
 

Um hospital em 40 dias: é de Curitiba a empresa responsável pela construção relâmpago de um hospital para a Prefeitura de São Paulo. A Tecverde começou as obras em 23 de março e concluiu no dia 30 de abril (Tecverde). “A tendência é cortar inovação, cortar custos. A gente fez o contrário. Acelerou a inovação”, comenta Caio Bonatto, CEO da empresa.


A pior estiagem dos últimos 40 anos: os rodízios de fornecimento de água devem continuar até setembro aqui em Curitiba. Com a falta de chuva, a vazão de um dos principais rios que abastecem a cidade caiu 70% (Plural). Além disso tem obra grande nesta quinta (7) que vai interromper o fornecimento de água em diversos bairros (BandaB).


Coisas legais para fazer: neste período de quarentena, MON Capela Santa Maria e Cine Passeio lançam tour virtual (Prefeitura). E ainda tem o MON – que inaugurou uma exposição virtual na última sexta-feira (BandNews FM) – e o Madalosso, que vai oferecer sessões de cinema drive-in no estacionamento do restaurante (Gazeta do Povo).
 

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4. Cinema de rua virtual

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A cena de hoje é um resgate histórico do Cine Vitória, inaugurado em 1963 e por muito tempo o maior cinema de rua de Curitiba – com capacidade para até 1.800 pessoas. Apesar de não existir mais (foi encerrado em 1987 e hoje dá espaço para o Centro de Convenções da cidade), o cinema acabou de ser virtualmente reaberto pelo Cine Passeio.


A sala virtual vai exibir diversos filmes (gratuitos e pagos), começando por uma curadoria especial de produções cinematográficas de Curitiba. Aqui você encontra todas as novidades do Cine Passeio para te fazer #ficaremcasa por mais um tempinho.
 

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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Curitibanos não gostam de incomodar os outros”.

A frase é do ator curitibano Guilherme Weber, aniversariante deste dia 6, em entrevista para a Folha. Um dos curadores do Festival de Curitiba, Weber tem carreira extensa em TV e cinema, mas é no teatro que se firmou na parceria com Felipe Hirsch (também curitibano) e a Sutil Companhia de Teatro.

Apesar de projeção internacional, o ator considera Curitiba a base para um “… humor particularíssimo, ácido, desconfiado e uma poética concreta dos grandes das letras curitibanas, Leminski, Dalton Trevisan, Marcos Prado, Thadeu Wojciechowski, Manoel Carlos Karam”.
 

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👋 Passando para dar oi!

👋 Passando para dar oi!

Mais um O Expresso chegando para você! 😊

Hoje, porém, ao invés de tomar um café da manhã contigo, resolvemos aparecer na sua caixa de entrada à noite.

O motivo? Já comentamos rapidamente sobre isso na última edição, mas notícia boa merece sempre ser repetida: semana passada nossa filha nasceu – no mesmo dia em que enviamos O Expresso, olha só! Agradecemos todas as mensagens que recebemos e vamos responder uma a uma assim que possível.

Até a gente organizar nossas rotinas por aqui, as edições serão mais objetivas. Nosso encontro semanal, entretanto, ainda acontece. Se tudo permitir, será toda terça-feira de manhã como sempre.

Hoje só passamos para dar um “oi” 👋 e te entregar a edição mais expressa da história d’O Expresso, atualizando os casos de COVID-19 na capital.

Aliás, não deixe de sempre entrar no nosso Monitor para acompanhar. Estamos atualizando diariamente, condensando num só lugar dados atualizados de casos e mortes.

📉 O cenário atual, até a noite desta terça (28), é este:

  • 17 mortes causadas pela COVID-19
  • 559 casos confirmados 
  • 137 casos suspeitos 

Alguns insights:

  • Desde nossa última edição, saímos de 435 para 559 casos confirmados: são 124 casos a mais (aumento de 28%) em apenas uma semana.
     
  • De todos os casos confirmados, 66 estão internados. Destes, mais da metade (38) está na UTI e 14 fazem uso de respiradores (Plural).
     
  • A taxa de contágio por 100 mil habitantes que, em Curitiba, sempre foi acima da média nacional, hoje ficou ligeiramente abaixo dos 31,98 infectados por 100 mil habitantes no país. Na capital o índice é de 28,9.
     
  • Estamos acompanhando o perfil das mortes que acontecem em Curitiba pela doença. Até agora sabemos que a pessoa mais jovem a morrer foi uma profissional de saúde de 39 anos. Os mais velhos: 94 anos de idade (um homem e uma mulher). As vítimas com mais de 80 anos representam quase 60% das mortes.
     

Por hoje é só!

No mais, o nosso pedido de sempre: espalhe O Expresso por aí, utilizando seu link personalizado ou o de compartilhamento via WhatsApp.

Até semana que vem e fique em casa!

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📚 Literatura, música e louças em tempos de epidemia

📚 Literatura, música e louças em tempos de epidemia

Hoje, O Expresso chegou na quarta-feira! 😊

Tiveram um bom feriado — ainda que em casa? Por aqui, aproveitamos para descansar e tomar aquele solzinho na janela. 

Nesse ‘recomeço’ de semana, trazemos a você, como sempre, as últimas informações sobre o coronavírus em Curitiba, além de conexões insuspeitas entre porcelanas e literatura e uma homenagem a um grande personagem da música local, que nos deixou nesta semana.

Como sempre, compartilhe esta edição d’O Expresso com seus amigos, usando o link abaixo ou os botões de compartilhamento das notas via WhatsApp. E mande suas sugestões e críticas para cá!

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 28 de abril

1. As últimas do coronavírus em Curitiba 😷

Começamos, mais uma vez, com as últimas sobre o coronavírus em Curitiba. Se estiver cansado, você já sabe que pode acompanhar os números atualizados de casos e mortes no nosso Monitor COVID-19 Curitiba, que é abastecido diariamente.

📉 Um apanhado da situação atual, até a noite desta terça (21):

  • 14 mortes causadas pela COVID-19
  • 435 casos confirmados 
  • 101 casos suspeitos
 
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Tem novidade no Monitor COVID-19 Curitiba: a taxa de letalidade do coronavírus nas principais capitais brasileiras. Na imagem acima, Curitiba aparece em vermelho. A versão completa do gráfico está aqui.
 
Hoje, também trazemos algumas curiosidades sobre as mortes pelo vírus na cidade: 
  • média de idade das vítimas fatais da COVID-19 em Curitiba é de 78 anos. Até agora, 85% delas eram idosas, ou seja, tinham mais de 60 anos. No Brasil, por outro lado, a doença tem feito mais mortes entre jovens: um quarto dos mortos está fora desse grupo de risco. (O Globo)
  • letalidade do novo coronavírus na capital paranaense (ou seja, o percentual de mortes em relação ao total de casos) é de 3,2% — abaixo da média nacional, portanto, que está em 6,4%. 

🎤 Palavra oficial: a secretária da Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, disse que espera que o pico de casos na cidade seja registrado no final de abril, início de maio. Para a prefeitura, porém, o pico da epidemia em Curitiba já foi adiado ou achatado com as medidas de isolamento social. (Gazeta do Povo e BandNews Curitiba) 

Porém: Vale lembrar que o índice de isolamento social está em queda em Curitiba, segundo mostram dados da In Loco, empresa de geolocalização que monitora uma base de 60 milhões de celulares pelo país. (Plural)

⏩ Notícias expressas sobre a epidemia:
  • Nunca é demais lembrar: agora, o uso de máscaras é obrigatório em locais públicos e comerciais de Curitiba. (G1 Paraná)
  • Após pressão, o comércio curitibano reabriu na última sexta (17), mas com pouco movimento e com regras de funcionamento para manter o distanciamento social. O presidente da Associação Comercial do Paraná disse que, com as medidas sanitárias adotadas, Curitiba não vai virar uma nova Milão e a epidemia deve permanecer sob controle. (Gazeta do Povo, Plural e BandNews Curitiba) 
  • Outros empresários, porém, protestaram contra a reabertura do comércio — e, após outras reações, o prefeito veio a público para dizer que “a vida não voltou ao normal“, e que as pessoas devem continuar em casa. (Plural, BandNews Curitiba e Gazeta do Povo)
  • Pelo menos 70 vacinas contra o coronavírus estão sendo desenvolvidas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. A lista completa pode ser acessada aqui. (Bloomberg)
  • Os índices de criminalidade caíram no Paraná com as medidas de isolamento social — ao menos de acordo os dados oficiais. (Gazeta do Povo)
  • Um retrato da epidemia na periferia da capital paranaense: algumas das dificuldades são lavar as mãos, ter acesso a informações e manter o distanciamento social em casas de apenas um cômodo. (Plural)

2. Louças e literatura 📚

O nosso leitor Terence Keller nos chamou a atenção para uma incrível coincidência da edição passada, em que falamos de Dalton Trevisan e de uma antiga fábrica de louças de Colombo:

“A família de Dalton Trevisan é de Colombo e possuía um fábrica de louças [😲] Inclusive, quando adolescente, Dalton sofreu um acidente (se não me engano uma peça caiu em sua cabeça) e ele ficou acamado por um longo período — foi nesta ocasião que intensificou suas leituras e se encaminhou para a literatura.”

Ou seja, a produção de cerâmicas da região metropolitana, quem diria, pode colocar na conta mais um legado (ainda que indireto) para a cidade: a obra de Dalton Trevisan

Relembre algumas delas aqui, neste especial do finado Caderno G, da Gazeta do Povo.

 

3. Curtas da semana ⚡

Para cozinhar: que tal aproveitar a chegada do friozinho e a temporada de pinhão (já começou!) com essas receitas bem curitibanasfarofa de pinhão e pinhão enrolado com bacon? Só de falar, já deu água na boca… (CBN Curitiba)

Para passear: o Museu Oscar Niemeyer inaugurou duas novas exposições virtuais no Google Arts & Culture — uma delas, sobre Paris nos anos 1920 a 1940, lançada apenas cinco dias antes de o local fechar em função da pandemia. A outra se chama O Último Império, e trata da Rússia contemporânea. (BandNews Curitiba)

Para as crianças: a Biblioteca Pública do Paraná lançou na semana passada um canal de contação de histórias no YouTube. Boa dica para pais e filhos quarentenados em casa.

Para recordar: um dos shoppings mais antigos da cidade anunciou seu fechamento nesta semana: o PolloShop, no Alto da XV. A epidemia do coronavírus acelerou o fim do empreendimento, que já lutava contra o preço do aluguel do terreno e enfrentava nova e pesada concorrência na região. (Paraná Portal)
 

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4. Cenas em tempos de isolamento: coral em casa 🎤

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Uma cena diferente na edição de hoje: as crianças do Coral Brasileirinho, cada uma em sua casa, cantando em coro a música Sementes do Amanhã, do Gonzaguinha. O encontro virtual foi registrado neste vídeo aqui (spoiler: esta editora, grávida, chorou ao assistir).

Genuinamente curitibano, o Coral Brasileirinho se aproxima dos 30 anos de existência. 

A performance virtual das crianças é mais uma das iniciativas culturais em tempos de pandemia: a Fundação Cultural de Curitiba, por exemplo, disponibilizou uma série de atrações e conteúdos digitais a quem tiver interesse. 


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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Éramos três ou quatro compositores em volta da mesa; na semana seguinte, eram dez; depois, eram 20. De repente, já tinha cem pessoas dentro do bar curtindo nossa música. Juntou a fome com a vontade de comer.”

frase é do músico, compositor e poeta curitibano João Gilberto Tatára, que nos deixou nesta terça (21), aos 73 anos, vítima de câncer. Um “agitador da arte no melhor sentido”, como afirmou a amiga Jordana Soletti à CBN Curitiba.

Tatára era dono do Bardo Tatára (assim mesmo, tudo junto), no bairro Água Verde — famoso pela Segunda Autoral, que congregava músicos locais, de vários estilos, todas as segundas-feiras. 

Curiosidade: desde o início da epidemia do coronavírus, as Segundas Autorais estavam sendo realizadas pelo Instagram, no melhor estilo live. Ainda dá pra assistir trechos das últimas edições por lá.

Encerramos por aqui, com as palavras do próprio Tatára: “Lave as mãos, Jacaré, e continue a cantar”
 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

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😩 Chega de coronavírus?

😩 Chega de coronavírus?

Chegou a terça-feira! E, com ela, seu Expresso do dia ☕

Na edição de hoje, além dos últimos dados do coronavírus em Curitiba, também tem uma nova coluna d’O Expresso da História, sobre uma marca de porcelana que marcou o início do século 20 na região. Você sabe qual é?

Ainda trazemos uma imagem impressionante de um dos pontos turísticos mais icônicos do país, intimamente ligado à capital curitibana e impactado pela severa estiagem que atinge a cidade.

Como sempre, compartilhe esta edição d’O Expresso com seus amigos, usando o link abaixo ou os botões de compartilhamento das notas via WhatsApp. E mande suas sugestões e críticas para nós!

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Quarta, 22 de abril

1. O monitor do coronavírus em Curitiba

Ainda sobre o assunto inevitável das últimas semanas — a pandemia do coronavírus –, a gente traz uma novidade: colocamos em operação, na semana passada, o Monitor COVID-19 Curitiba, que exibe dados atualizados diariamente sobre a doença na cidade.

📈 É basicamente um compilado, em tempo real, dos gráficos que demos por aqui nas últimas edições, e que comparam a situação da epidemia em Curitiba com outras cidades brasileiras.

Pra não perdermos o hábito, eis um resumo do status atual da epidemia em Curitiba:

  • 6 mortes causadas pela COVID-19
  • 343 casos confirmados (aumento de 78% em uma semana)
  • 127 casos suspeitos 
  • 47 anos é a média de idade dos pacientes com casos confirmados na cidade
Com os atuais índices, Curitiba é a capital com menor proporção de casos confirmados por 100 mil habitantes (quando comparada a São Paulo, Porto Alegre, Brasília e Rio de Janeiro): nosso índice é de 17 casos por 100 mil habitantes (contra 51,8 em São Paulo, por exemplo). 

Por outro lado, a curva de casos confirmados na cidade é crescente — o que, segundo a secretaria municipal da Saúde, reforça a necessidade de manter o isolamento social.

❗ Acrescentamos ainda uma ponderação interessante que recebemos do leitor Francisco Castro Neves Neto, via LinkedIn (sim, temos uma página por lá!): ele destacou que o índice curitibano de casos de coronavírus por 100 mil habitantes é maior que a média brasileira, que atualmente é de 11. O estado do Paraná, por outro lado, está em 6,6/100k. 

Enquanto isso:
  • índice de isolamento social diminuiu em Curitiba, tanto segundo o monitoramento do trânsito na cidade quanto segundo dados de geolocalização obtidos a partir de celulares. O pico foi atingido em meados de março; do final do mês para cá, esse percentual tem diminuído (BandNews Curitiba e Plural);
  • Pelo menos 50 profissionais de saúde já foram contaminados pelo vírus em Curitiba, em cinco hospitais da capital e região (RPC Curitiba);
  • abre-não-abre do comércio curitibano continua: depois do anúncio de reabertura a partir desta segunda (e da reação negativa do Ministério Públicoprefeitura e governo estadual), a Associação Comercial do Paraná recuou e continua recomendando o isolamento social. Mas a entidade diz que “não se pode fechar os olhos” para a situação dos comerciantes. De fato, nesta segunda (13), algumas lojas retomaram as atividades (Bem Paraná e Gazeta do Povo);
  • Uma vítima do coronavírus conta sua história de recuperação: “Você não faz ideia do que é buscar o ar e não ter”. “Vou falar o que mais me impressionou [na saída do hospital]: fiquei assustado com o tanto de gente na rua no caminho para casa. As pessoas estão achando que é brincadeira.” (Gazeta do Povo);
  • E uma boa notícia, para finalizar: a poluição do ar diminuiu graças à redução do tráfego na cidade durante a quarentena (CBN Curitiba).
 

2. O Expresso da História: porcelanas colombenses 🍽

Pra virar um pouco o disco (desenterramos essa!), hoje publicamos a quarta edição d’O Expresso da História, escrito pelo jornalista e parceiro Diego Antonelli, que rememora por aqui a trajetória de algumas das principais marcas de Curitiba.

Desta vez, ele fala de uma “capital da louça” mais antiga que Campo Largo, aqui na região metropolitana: a cidade de Colombo, que se notabilizou pela Fábrica de Louças Colombo. Fala lá, Diego!

📜 No final do século 19, por volta de 1880, o imigrante italiano Francisco Busato abriu uma produção significativa de louças que conquistou o país. Sustentada principalmente por mão de obra estrangeira, e com incentivos fiscais para importação de maquinário, a Fábrica de Louças Colombo foi premiada e reconhecida nacionalmente pela qualidade de seus produtos.

A indústria produzia pratos, bules, xícaras, floreiras, vasos e peças especiais sob encomenda. Cogita-se que esta tenha sido a primeira produção em escala industrial de louças no país, segundo o Museu Paranaense.
 

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Um exemplo da louça fabricada em Colombo, no final do século 19. Crédito: Museu Paranaense
 

🇮🇹 Busato era imigrante da região de Vêneto, na Itália, e se instalou na antiga colônia Alfredo Chaves — que virou o município de Colombo, em 1890. O italiano, que já atuava no ramo em seu país natal, encontrou na cidade uma espécie de argila branca, matéria-prima para a confecção das louças, e decidiu apostar na produção em território brasileiro.
 

  • No início, o empreendimento apostou na contratação de artesãos italianos especializados em cerâmica e nas técnicas decorativas aplicadas às peças. No entanto, a produção artesanal, com peças pintadas à mão, foi perdendo espaço para meios de produção mais industriais, como decalques ou impressão das imagens.


🔥 Ao longo dos anos, a fábrica ganhou novos sócios e mudou de nome para “Fábrica de Louças São Zacarias”. Em 1908, ela produzia quase 10 mil peças por dia. Mas, em 1925, um incêndio destruiu as instalações e colocou um ponto final na empresa. Naquela época, as indústrias funcionavam em galpões de madeira, e as fornalhas para a fabricação de cerâmica operavam em temperaturas extremamente altas — um convite para grandes incêndios, infelizmente. 

Apesar do fim trágico, a atual produção de cerâmicas do estado deve muito ao pioneirismo de Busato, que plantou a semente da produção de ‘louças finas’ em solo paranaense. 


Para saber mais:

  • Uma imagem singular de trabalhadoras mulheres em ação, no galpão de louças da Fábrica Colombo (Museu Paranaense)
  • Esta dissertação de mestrado sobre a fábrica traz algumas imagens incríveis de peças produzidas pela indústria colombense — como um sapato feminino de louça (isso mesmo!) e um leque (isso mesmo, novamente!), ricamente decorados à mão. O garimpo foi feito pela historiadora Martha Becker Morales.
 

3. Curtas da semana

Boca no trombone: Os curitibanos têm até o final deste mês para votarem na consulta pública que vai eleger as prioridades para o orçamento da cidade em 2021. A votação é feita pela internet, e cada morador pode escolher até cinco temas prioritários para seu bairro. (Prefeitura de Curitiba)

EstaR eletrônico: Com essa pandemia toda, a gente quase que esqueceu dele — mas parece que o EstaR eletrônico está pegando. Em pouco menos de um mês, 45 mil tickets eletrônicos já foram vendidos. (Prefeitura de Curitiba) 

Atraso de salário: parte dos motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba recebeu só metade do salário neste mês. O motivo? Coronavírus, pra variar. Segundo a Urbs, o movimento no transporte público da cidade caiu até 80%, em média, neste mês — e, com ele, também o repasse feito às empresas. Elas se comprometeram a pagar o restante dos salários até o fim do mês. (Gazeta do Povo)  

Largo da Ordem virtual: quem está sentindo falta de bater perna na tradicional feirinha do Largo da Ordem pode aproveitar a versão online da feirinha, que entrou no ar nesta segunda (13). Nessa vitrine virtual, dá pra procurar os artesãos por categoria, nome ou tipo de produto — você consegue ver as fotos dos produtos, o contato de telefone e até link para redes sociais e loja online, se houver. Na maioria dos casos, a negociação e venda dos produtos é acertada pelo Whats. (Prefeitura de Curitiba)
 

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4. Cataratas de pedra

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Sim, o registro da edição de hoje está a 650 km de Curitiba — mas tem tudo a ver com a gente. Por incrível que pareça, essas são as Cataratas do Iguaçu, num clique feito pela RPC TV, no início da semana passada. 

E por que elas estão com a menor vazão de água do ano? Porque não está chovendo nada por aqui em Curitiba, onde fica a nascente do rio Iguaçu. Segundo o Simepar, esta é a pior estiagem do Paraná em 23 anos — em março, Curitiba registrou míseros 12 mm de chuva, ou apenas 10% da média histórica (CBN Curitiba).
 
Em alguns bairros da cidade, continua o rodízio no abastecimento de água. As fotos das barragens na região de Curitiba são impressionantes. Vale o alerta: feche bem as torneiras e evite o desperdício.


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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Talvez já nos encontremos em plena subida para o novo clima social… Tudo leva a crer que assim seja. O artista sensível, antes marginal, assume agora a liderança e fala numa nova linguagem que ainda não conhece gramáticas”.

O trecho acima é um dos versos do “Manifesto para não ser lido”, da primeira edição da revista Joaquim, em abril de 1946 — que achamos bem pertinente para os tempos atuais. Curitibana, a publicação tinha como um dos comandantes o escritor Dalton Trevisan. A redação, inclusive, ficava na casa do autor.

Naquele cenário pós-guerra, o clima era de ansiedade e questionamentos. “A Joaquim não apenas ofereceu novas portas, como veio para quebrar as portas ou dizer que as portas locais eram muito pouco diante das portas universais, mesmo nesse mundo pós-Holocausto”, comenta Daniel Zanella, editor do Jornal RelevO e especialista em Joaquins. 

Para saber maisum resgate da obra de Dalton Trevisan na Joaquim, também de autoria de Daniel Zanella, na edição número 11 da revista “Cândido” — em 2012.
 

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⚠ Quarentena pelos próximos 4 meses?

⚠ Quarentena pelos próximos 4 meses?

Bom dia!

Ontem mesmo a gente ouviu que este vai ser um ano diferente. E, como não podia deixar de ser, O Expresso também está um pouquinho diferente: mais uma vez, esta é uma edição dedicada à epidemia de coronavírus em Curitiba.

Abaixo, estão mais gráficos e mais notícias sobre a doença — incluindo boas notícias (porque precisamos)! 💛  

Prometemos que, na semana que vem, vamos variar um pouquinho o cardápio, com mais uma coluna ‘O Expresso na História‘, entre outras notícias 🙂

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Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça-feira, 14 de abril

1. Curitiba e o mundo no combate ao coronavírus

O dever nos obriga a abrir novamente a edição de hoje com os novos números do coronavírus em Curitiba — e infelizmente, desta vez, com o registro das primeiras mortes pela doença. (Gazeta do Povo)

Atualmente, a cidade registra:

  • 3 mortes causadas pela COVID-19
  • 192 casos confirmados (aumento de 143% em uma semana)
  • 138 casos suspeitos (aumento de 15% em uma semana)


📈 O gráfico abaixo mostra a evolução dos casos confirmados em Curitiba (em amarelo) e, pela primeira vez, a inversão entre casos confirmados e casos suspeitos (em cinza). Também está lá o número de mortes: a bolinha vermelha no canto direito.
 

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Acesse a visualização na íntegra, montada pela equipe d’O Expresso, aqui.
 

Comparando Curitiba a outras capitais brasileiras, vemos que a situação da cidade ainda é relativamente confortável: dos cinco municípios destacados, a capital paranaense ainda tem atualmente o menor índice de casos por 100 mil habitantes. Abaixo, uma animação da evolução dos índices que você pode acessar aqui.

 

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🌎 E em relação ao mundo? Nesta edição, como prometemos, trazemos também a comparação de Curitiba com algumas das principais metrópoles globais afetadas pela COVID-19: Milão, Nova York e Berlim. O gráfico completo está aqui.
 

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Olhe que interessante: a bolinha laranja é Nova York; a bolinha verde, Milão; e a bolinha roxa, Berlim. Curitiba ficou lááá embaixo, na bolinha preta (bem pequenininha) — o que mostra que a evolução da epidemia por aqui, felizmente, é bem menos agressiva do que foi nessas metrópoles (ao menos por enquanto). 

A gente fez uma animação completa, comparando a evolução da COVID-19 no Brasil e no mundo em casos por 100 mil habitantes. Spoiler: Milão é a cidade (dentre as analisadas por nós) com mais casos por 100 mil habitantes até agora, mas em Nova York a epidemia evolui mais rápido.

De onde vêm os dados?
 
Para consolidar os gráficos que você vê acima, a gente consultou os dados oficiais de cada um dos municípios. E aí vale citar alguns exemplos de monitoramento do avanço da COVID-19 como estudo de caso para a nossa cidade.

  • Itália tem uma das plataformas mais interessantes sobre o coronavírus no país. A iniciativa, veja só, vem do jornalismo com o veículo Is Sole 24 Ore. Por lá a gente conseguiu selecionar os casos só de Milão.
  • Outra proposta de monitoramento por dados e de fácil leitura é da Prefeitura do Rio de Janeiro. O Painel Rio COVID-19 consolida todas as confirmações até agora e mostra os casos por bairros. Precisamos disso aqui, hein, Prefs?
  • Em Curitiba, conseguimos monitorar os casos por meio das atualizações constantes na página de Facebook da Prefeitura, mas as informações ainda são bem superficiais.
 

2. O futuro da epidemia em Curitiba 😷

Infelizmente, o cenário do coronavírus em Curitiba pode mudar nas próximas semanas, alertou a secretária municipal da Saúde:
 
🏃 “Estamos só no começo de uma corrida de longa distância, disse a secretária Márcia Huçulak nesta segunda (6)“O trabalho para achatar a curva de transmissão do vírus vai ser feito ao longo de meses. Haverá períodos em que será necessário menos flexibilidade e mais restrições ao convívio, e outros com menos.”

🛍 O comércio da cidade, falando nisso, deve continuar de portas fechadas: por ora, a orientação da Associação Comercial de Curitiba, depois de muito debate, é “não reabrir” (Gazeta do Povo). O prefeito também diz que procura uma solução a respeito: “Eu sempre vou procurar o caminho do meio. É como uma guitarra: se apertar demais, a corda arrebenta; se deixar frouxo, não toca”. (BandNews Curitiba)

Por fim, alguns veículos levantaram, ao longo desta semana, questões importantes sobre a epidemia em Curitiba. A gente destaca:

 

3. Curtas (boas!) da semana 

Mate a saudade do Mercado Municipal. Alguns lojistas e feirantes desse querido local da cidade, que está fechado há duas semanas, estão fazendo entregas. A lista completa você encontra aqui — tem até bacalhau para a Páscoa. (BandNews FM)

Ajude um artesão. Os artesãos das feirinhas de Curitiba abriram lojas virtuais na Olist Shops, iniciativa da startup curitibana para ajudar comerciantes fechados na quarentena. Tem loja de chocolate caseiropulseiras de couro e lembranças de Páscoa, entre outras. (Prefeitura de Curitiba)

Observe sua vizinhança. Essa dica veio do ‘urbenauta’ Eduardo Fenianos, explorador de longa data da cidade. Em seu ‘diário do confinamento‘ na CBN Curitiba, ele contou um pouquinho da rotina do confinamento: olhando as varandas dos vizinhos, reparou em mais bicicletas ergométricas, brinquedos, hortas e gente tomando sol, e menos plantas ornamentais e festinhas, é claro. (CBN Curitiba)

Indique a um amigo com deficiência visual. O “Guia para Todos Verem“, feito por dois jovens de Curitiba, traz informações atualizadas e totalmente acessíveis sobre a epidemia do coronavírus para pessoas com deficiência visual. Dá para acessar no computador e no celular.
 

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4. Lembranças de outros tempos

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Hoje é dia de #TBT. Mas ao invés de um ‘Throwback Thursday’, resolvemos criar um ‘Throwback Tuesday’, trazendo um cartão postal das antigas. Na foto, o aquário dos peixes do Passeio Público, o parque municipal mais antigo da cidade. O clique está nesta reportagem sobre a história dos parques de Curitiba, feita por nosso parceiro Diego Antonelli. (Gazeta do Povo)

falando em parques: em tempo de coronavírus, a prefeitura resolveu fechar os estacionamentos de alguns deles para reduzir a circulação de pessoas. Mesmo assim, o movimento na semana passada ainda parecia bem expressivo. (Gazeta do Povo)


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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Estamos só no começo de uma corrida de longa distância, e ainda vamos enfrentar a tormenta. Estamos no pé da montanha.”

Essa foi a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, durante uma videoconferência com vereadores de Curitiba nesta segunda (6) — alertando que teremos dias difíceis adiante no combate à epidemia. (Gazeta do Povo)

Foi o mesmo tom que adotou a infectologista da prefeitura, Marion Burger, também em entrevista nesta segunda (6): “O distanciamento social vai ser, sim, a nossa realidade pelos próximos quatro meses. Este ano vai ser diferente.” (Banda B)
 

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