👀 Cenas que não queremos ver

Bom dia!

Hoje, além dos destaques sobre o coronavírus em Curitiba, trazemos mais uma edição d’O Expresso da História — com a história de um lugar icônico da nossa cidade, que já foi indústria e hoje virou ponto de encontro cultural. Adivinha qual?

Como sempre, se tiver sugestões, críticas e comentários, escreva para nós em oi@oexpresso.curitiba.br. E não deixe de compartilhar esta edição com seus amigos e colegas!

Obrigado pela companhia de sempre e uma ótima semana!

Tempo de leitura da edição de hoje:
10 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 26 de maio

1. O coronavírus nos bairros de Curitiba

Aos poucos, vamos descobrindo novos dados sobre o avanço do coronavírus em Curitiba: enfim, os boletins mais recentes da Prefeitura começaram a divulgar o número de casos confirmados de acordo com a regional de residência do paciente.

Começamos a consolidar esses dados no nosso Monitor COVID-19 Curitiba — que é atualizado diariamente.

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Um resumo visual da incidência do coronavírus na nossa capital

Do lado esquerdo, em vermelho, vemos o registro do número absoluto de casos confirmados em cada regional, considerando o local de residência do paciente. Eis o ranking dos bairros com mais casos (você pode consultar todos os dados neste mapa que preparamos):

  • Matriz: 197
  • Santa Felicidade: 110
  • Portão: 94
  • Boa Vista: 92
  • Boqueirão: 70

No lado direito, em laranja, relacionamos (neste outro mapa) a taxa de contágio por 100 mil habitantes. É interessante ver que, em algumas regionais bastante populosas, como CIC e Pinheirinho, a incidência por 100 mil habitantes ainda é baixa. Eis o ranking:

  • Matriz: 94,4 casos/100 mil habitantes
  • Santa Felicidade: 66,06
  • Portão: 50,9 
  • Boa Vista: 34,26
  • Boqueirão: 34,11

Esses e outros dados, não esqueça, estão lá no nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Pra finalizar, seguem os números do coronavírus até o momento (segunda, dia 18) em Curitiba:

  • 854 casos confirmados
  • 34 mortes
  • 247 casos suspeitos

Da terça passada para cá, foram mais 113 casos confirmados. Ah! E aquele padrão de aumento de casos suspeitos continua: mais de 200 internações, diariamente, são investigadas (com exceção dos dias 16/05 e 17/05). 

Como adiantamos na semana passada, a suspeita da Secretaria da Saúde é que o curitibano relaxou com o isolamento social durante o feriado de 1º de maio — e que ainda veremos um novo pico de casos por causa do Dia das Mães. (Gazeta do Povo)

Curtas sobre o coronavírus:

 

2. O Expresso da História: uma fábrica de fitas 💝

Dando uma pausa nas notícias sobre a pandemia, vamos à quinta edição da coluna O Expresso da História, escrita pelo nosso parceiro Diego Antonelli, que fala sobre as indústrias e empresas que marcaram época em Curitiba.

A história de hoje é da Fábrica de Fitas Venske — cujas antigas instalações viraram um ponto cultural e de encontro na nossa capital, ali no Alto da XV. Conta aí, Diego:

🇩🇪 A história da Fábrica de Fitas Venske, fundada em 1907, começa com a chegada do alemão Gustavo Venske ao Brasil, que se mudou para o país na segunda metade do século XIX — mais um entre milhares de alemães que fizeram parte daquela onda imigratória. Venske chegou a Curitiba em 1889, onde se casou com Anna Müller (cuja família era proprietária da tradicional Metalúrgica Müller, onde hoje fica o shopping de mesmo nome) e fundou uma loja de armarinhos.

🎗️ Em 1907, farejando uma oportunidade no ramo de tecidos e confecções, Venske abriu uma pequena manufatura de fitas, com três teares. A produção era inicialmente destinada à sua própria loja de armarinhos, que ficava no Largo da Ordem, numa sociedade entre ele e seu cunhado, Oscar Charles Müller.

A indústria, porém, prosperou. Em 1917, já eram 64 teares na fábrica, que se mudou para uma sede própria no centro de Curitiba.

🎩 As fitas eram vendidas principalmente para o mercado de São Paulo, para serem usadas como adorno em chapéus, vestidos e sapatos. Em sua dissertação de mestrado pela UFPR, o pesquisador Walfrido de Oliveira Júnior relata que a empresa “produzia fitas com técnicas únicas”. 

🏠 Além disso, a indústria foi pioneira no sistema home office. “[A fábrica] manteve por dez anos (1935/1945) aproximadamente 20% de suas tecelãs trabalhando nas próprias residências”, escreve o autor.

Em seu auge, a Fábrica de Fitas Venske chegou a empregar 130 pessoas e produzir 800 mil metros de fita por mês. Em 1938, mudou-se para sua sede definitiva, na rua Ubaldino do Amaral, expandindo sua atuação para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

 

3. Curtas da semana 

Você decidechegou à Câmara a Lei de Diretrizes Orçamentárias de Curitiba para 2021 (Câmara de Curitiba). O documento, que estabelece metas e prioridades de investimentos para a cidade, prevê R$ 9.29 bilhões de receitas e despesas (CBN Curitiba). Antes da votação na Câmara, porém, os curitibanos podem participar da consulta pública que ajuda a decidir o destino dos investimentos. É só participar pelo FacebookTwitter ou Instagram até o dia 25 de maio.  

  • Spoiler: o documento enviado pela prefeitura já prevê uma queda de R$ 580 milhões na arrecadação da cidade neste ano, em função da pandemia. Em relação à previsão inicial de receitas, a diferença é de quase 10% a menos. Teremos tempos de vacas magras pela frente…

Desafiando a lei da gravidade: é daqui o primeiro skatista brasileiro — Gui Khury, de apenas 11 anos — a realizar a manobra 1080 graus no vertical. Os três giros completos de 360º no ar aconteceram aqui em Curitiba, mas foram notícia no The New York TimesThe GuardianCNN e Globo Esporte. 🏻

Para comer: quem está com saudades de frequentar seu restaurante favorito tem até o dia 7 de junho para aproveitar o Restaurant Week Delivery. Oito estabelecimentos de Curitiba prepararam um cardápio a preço fixo (R$ 56,90, incluindo entrada, prato principal e sobremesa), entregue em sua casa. A cada prato pedido, outro será doado a famílias em situação de vulnerabilidade social. (BandNews FM)

De olho na cultura: em poucas linhas, temos tentado falar de muitas coisas legais e culturais que acontecem por aqui. Tem curso EAD grátis de dança na Casa Hoffmann (CWB Mania) e o já popularmente conhecido “Guaíraflix”. Fora isso, vale falar que as visitas virtuais ao MON aumentaram 1200% durante a pandemia. (BandNews FM)
 

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4. Cenas que não queremos ver

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Sem rodeios, a cena de hoje é deste vídeo aqui. “Preciso da sua ajuda” é criação do projeto “Compartilhaí”, desenvolvido na Marista Escola Social Ecológica, e convida a refletir sobre a violência contra crianças e adolescentes.

O tema ganhou projeção neste período de isolamento social, em que o número de vítimas aumentou, além de ser pauta de reflexão nesta segunda (18), Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. (Plural)

A protagonista do vídeo, Alana de Assis, de 15 anos, comenta: “Me sinto como uma pessoa que leva a voz para crianças e adolescentes que são invisíveis e que sofrem com a violação dos seus direitos. Como se de certa forma fosse uma porta-voz dessas crianças e adolescentes, para dar ênfase que nós temos direitos e que eles não devem ser violados.”


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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Não sou gato de Ipanema, sou bicho do Paraná.”

Não havia outra forma de encerrar esta edição senão com uma homenagem a João Lopes, o Bicho do Paraná, que faleceu nesta segunda (18) em Curitiba, vítima de um câncer.

Lopes se notabilizou por compor o “hino informal” dos paranaenses, “Bicho do Paraná” — cujo refrão é esta frase bem-humorada aí de cima. Nascido em Califórnia, no norte do Paraná, o artista era radicado em Curitiba havia anos. 

“Eu vim do meio do cafezal, da roça. Fui para a estrada como um hippie, fazendo pulseirinha com miçanga. Sabia fazer um Ré maior”, contou ele, entre outros causos, nesta entrevista em vídeo à Gazeta do Povo, em 2017. Que haja festa no céu para o nosso eterno Bicho do Paraná!
 

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