⚠ Quarentena pelos próximos 4 meses?

Bom dia!

Ontem mesmo a gente ouviu que este vai ser um ano diferente. E, como não podia deixar de ser, O Expresso também está um pouquinho diferente: mais uma vez, esta é uma edição dedicada à epidemia de coronavírus em Curitiba.

Abaixo, estão mais gráficos e mais notícias sobre a doença — incluindo boas notícias (porque precisamos)! 💛  

Prometemos que, na semana que vem, vamos variar um pouquinho o cardápio, com mais uma coluna ‘O Expresso na História‘, entre outras notícias 🙂

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Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça-feira, 14 de abril

1. Curitiba e o mundo no combate ao coronavírus

O dever nos obriga a abrir novamente a edição de hoje com os novos números do coronavírus em Curitiba — e infelizmente, desta vez, com o registro das primeiras mortes pela doença. (Gazeta do Povo)

Atualmente, a cidade registra:

  • 3 mortes causadas pela COVID-19
  • 192 casos confirmados (aumento de 143% em uma semana)
  • 138 casos suspeitos (aumento de 15% em uma semana)


📈 O gráfico abaixo mostra a evolução dos casos confirmados em Curitiba (em amarelo) e, pela primeira vez, a inversão entre casos confirmados e casos suspeitos (em cinza). Também está lá o número de mortes: a bolinha vermelha no canto direito.
 

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Acesse a visualização na íntegra, montada pela equipe d’O Expresso, aqui.
 

Comparando Curitiba a outras capitais brasileiras, vemos que a situação da cidade ainda é relativamente confortável: dos cinco municípios destacados, a capital paranaense ainda tem atualmente o menor índice de casos por 100 mil habitantes. Abaixo, uma animação da evolução dos índices que você pode acessar aqui.

 

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🌎 E em relação ao mundo? Nesta edição, como prometemos, trazemos também a comparação de Curitiba com algumas das principais metrópoles globais afetadas pela COVID-19: Milão, Nova York e Berlim. O gráfico completo está aqui.
 

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Olhe que interessante: a bolinha laranja é Nova York; a bolinha verde, Milão; e a bolinha roxa, Berlim. Curitiba ficou lááá embaixo, na bolinha preta (bem pequenininha) — o que mostra que a evolução da epidemia por aqui, felizmente, é bem menos agressiva do que foi nessas metrópoles (ao menos por enquanto). 

A gente fez uma animação completa, comparando a evolução da COVID-19 no Brasil e no mundo em casos por 100 mil habitantes. Spoiler: Milão é a cidade (dentre as analisadas por nós) com mais casos por 100 mil habitantes até agora, mas em Nova York a epidemia evolui mais rápido.

De onde vêm os dados?
 
Para consolidar os gráficos que você vê acima, a gente consultou os dados oficiais de cada um dos municípios. E aí vale citar alguns exemplos de monitoramento do avanço da COVID-19 como estudo de caso para a nossa cidade.

  • Itália tem uma das plataformas mais interessantes sobre o coronavírus no país. A iniciativa, veja só, vem do jornalismo com o veículo Is Sole 24 Ore. Por lá a gente conseguiu selecionar os casos só de Milão.
  • Outra proposta de monitoramento por dados e de fácil leitura é da Prefeitura do Rio de Janeiro. O Painel Rio COVID-19 consolida todas as confirmações até agora e mostra os casos por bairros. Precisamos disso aqui, hein, Prefs?
  • Em Curitiba, conseguimos monitorar os casos por meio das atualizações constantes na página de Facebook da Prefeitura, mas as informações ainda são bem superficiais.
 

2. O futuro da epidemia em Curitiba 😷

Infelizmente, o cenário do coronavírus em Curitiba pode mudar nas próximas semanas, alertou a secretária municipal da Saúde:
 
🏃 “Estamos só no começo de uma corrida de longa distância, disse a secretária Márcia Huçulak nesta segunda (6)“O trabalho para achatar a curva de transmissão do vírus vai ser feito ao longo de meses. Haverá períodos em que será necessário menos flexibilidade e mais restrições ao convívio, e outros com menos.”

🛍 O comércio da cidade, falando nisso, deve continuar de portas fechadas: por ora, a orientação da Associação Comercial de Curitiba, depois de muito debate, é “não reabrir” (Gazeta do Povo). O prefeito também diz que procura uma solução a respeito: “Eu sempre vou procurar o caminho do meio. É como uma guitarra: se apertar demais, a corda arrebenta; se deixar frouxo, não toca”. (BandNews Curitiba)

Por fim, alguns veículos levantaram, ao longo desta semana, questões importantes sobre a epidemia em Curitiba. A gente destaca:

 

3. Curtas (boas!) da semana 

Mate a saudade do Mercado Municipal. Alguns lojistas e feirantes desse querido local da cidade, que está fechado há duas semanas, estão fazendo entregas. A lista completa você encontra aqui — tem até bacalhau para a Páscoa. (BandNews FM)

Ajude um artesão. Os artesãos das feirinhas de Curitiba abriram lojas virtuais na Olist Shops, iniciativa da startup curitibana para ajudar comerciantes fechados na quarentena. Tem loja de chocolate caseiropulseiras de couro e lembranças de Páscoa, entre outras. (Prefeitura de Curitiba)

Observe sua vizinhança. Essa dica veio do ‘urbenauta’ Eduardo Fenianos, explorador de longa data da cidade. Em seu ‘diário do confinamento‘ na CBN Curitiba, ele contou um pouquinho da rotina do confinamento: olhando as varandas dos vizinhos, reparou em mais bicicletas ergométricas, brinquedos, hortas e gente tomando sol, e menos plantas ornamentais e festinhas, é claro. (CBN Curitiba)

Indique a um amigo com deficiência visual. O “Guia para Todos Verem“, feito por dois jovens de Curitiba, traz informações atualizadas e totalmente acessíveis sobre a epidemia do coronavírus para pessoas com deficiência visual. Dá para acessar no computador e no celular.
 

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4. Lembranças de outros tempos

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Hoje é dia de #TBT. Mas ao invés de um ‘Throwback Thursday’, resolvemos criar um ‘Throwback Tuesday’, trazendo um cartão postal das antigas. Na foto, o aquário dos peixes do Passeio Público, o parque municipal mais antigo da cidade. O clique está nesta reportagem sobre a história dos parques de Curitiba, feita por nosso parceiro Diego Antonelli. (Gazeta do Povo)

falando em parques: em tempo de coronavírus, a prefeitura resolveu fechar os estacionamentos de alguns deles para reduzir a circulação de pessoas. Mesmo assim, o movimento na semana passada ainda parecia bem expressivo. (Gazeta do Povo)


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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Estamos só no começo de uma corrida de longa distância, e ainda vamos enfrentar a tormenta. Estamos no pé da montanha.”

Essa foi a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, durante uma videoconferência com vereadores de Curitiba nesta segunda (6) — alertando que teremos dias difíceis adiante no combate à epidemia. (Gazeta do Povo)

Foi o mesmo tom que adotou a infectologista da prefeitura, Marion Burger, também em entrevista nesta segunda (6): “O distanciamento social vai ser, sim, a nossa realidade pelos próximos quatro meses. Este ano vai ser diferente.” (Banda B)
 

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