📈 O ritmo constante da pandemia

📈 O ritmo constante da pandemia

Bom dia!

Também está enrolado no cobertor? Se achegue mais e confira as últimas sobre a pandemia em Curitiba, além de dicas de livrarias independentes e a história de uma venezuelana radicada na cidade.

Obrigada por sua leitura em mais esta semana – já são três anos e 177 edições contando as histórias da cidade! 🥳 Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 29 de junho

1. Um olhar diferente para a pandemia  👀

Você já ouviu falar no Hans Rosling, o estatístico sueco que transformava dados de desenvolvimento global em histórias e visualizações? Ele foi a inspiração para a nossa história da semana sobre a pandemia em Curitiba – que, alerta de spoiler, continua a avançar.

Resolvemos analisar visualmente, de uma forma diferente, os casos e mortes pelo coronavírus nas regionais de Curitiba, para ver, por exemplo, se:

  • havia regiões da cidade com muitas mortes e poucos casos; ou
  • se conseguíamos identificar padrões de aceleração e refreamento da pandemia ao longo dos últimos meses.

Com base nos dados abertos da prefeitura (que, infelizmente, não possuem o detalhamento por bairro, mas apenas por regional), reunimos os casos e mortes por COVID em Curitiba ao longo das semanas no gráfico abaixo:

Pela velocidade das bolinhas, dá para ver a aceleração da pandemia em dezembro/2020 e março/2021. Veja o gráfico completo aqui.

E o que concluímos?

  • É visível a aceleração da pandemia em dezembro/2020 e março/2021, como dá para perceber pela velocidade com que as bolinhas avançam à direita;
  • Desde então, os casos e mortes continuam a aumentar num ritmo constante (são, em média, 25 mortes por dia) em toda a cidade;
  • A regional do Boa Vista (na região norte) tem, disparado, o maior número de casos e mortes, como mostra a bolinha azul bem à direita, no alto;
  • Por outro lado, o coronavírus matou mais no Cajuru e no Boqueirão do que na CIC (bolinhas mais altas), apesar do número menor de casos (bolinhas mais à esquerda). 

🤿 Para ir a fundo: acesse o nosso Monitor COVID-19 Curitiba, com os dados completos da pandemia na cidade. E vale conferir este estudo que calcula que, com base no ritmo atual de vacinação, a pandemia em Curitiba vai até… 18 de janeiro de 2022. Essa é a data prevista para que 95% da população esteja completamente vacinada, com duas doses. Oremos. (Livre.jor)
 

 

2. Uma indicação de livraria 📚

Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro… Aproveitamos esse tempinho chuvoso dos últimos dias (e a trilha sonora Djavan-iana) para indicar uma livraria independente ‘made in Curitiba’ que acabamos de conhecer: a Dona Plácida.

A Dona Plácida é obra da Rafaela Manicka, escritora curitibana que sentia sede de autoras latino-americanas. Em meio à pandemia, a busca pessoal levou à criação de uma livraria virtual, “na cara e na coragem”, com curadoria “de leitor para leitor” (e tem muita coisa boa, viu?).

Por enquanto, o encontro é só online – mas no futuro, a ideia é tornar a Dona Plácida também um ponto de cultura físico, com livros, música e gastronomia.

Aproveitando o embalo: não dá pra deixar de falar de outras livrarias independentes da nossa Curitiba, das quais também somos fãs:

Dica: quase todas elas vendem pela internet. Conhece mais alguma? Manda pra gente aqui no oi@oexpresso.curitiba.br. Vamos engordar essa lista!

E, se você precisa de um embalo pra ajudar na leitura, vale recorrer a esses três Clubes da Leitura online e gratuitos. (Gazeta do Povo)

 

3. Curtas ⚡

Live curitibana: nesta terça (22), esta editora que vos fala vai se aventurar pelo mundo das lives. Serei a mediadora de um papo sobre projetos de impacto social com Patrick Reason, fundador da ONG Beleza Escondida, que atua com mulheres vítimas de violência. A live é um ‘aquece’ para o Diálogos Curitibanos, um evento super bacana para debater o futuro da nossa cidade, do qual O Expresso é apoiador. Quem quiser acompanhar, é no YouTube, às 19h. Aproveite e se inscreva para o Diálogos, que vai acontecer de forma online em setembro.

Comida local: já começou o tradicional festival curitibano do Pão com Bolinho – pela primeira vez, tem até bolinho à base de plantas. O sanduíche custa R$ 17,90, e dá para pedir também por delivery, até o dia 7 de julho. (Plural)

Drink estrangeiro: Curitiba, uma cidade cheia de (ótimos) cafés, vai receber, enfim, uma unidade da americana Starbucks. A loja será no Shopping Mueller, ainda sem data definida. A novidade, como afirma esta boa crítica de Andrea Torrente, deve ser um sucesso – mas não pelo café. (Gazeta do Povo e Plural)
 

4. Só de fachada

Um clique diretamente de um dos imóveis históricos à venda da Rua Barão do Rio Branco. O registro é do Washington Cesar Takeuchi e você pode conferir a série inteira aqui.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Curitiba virou uma espécie de terra prometida para os venezuelanos: são os Estados Unidos dos imigrantes.”

Quem nos conta esta história aí de cima é a venezuelana Maria Nina Muñoz Salas, uma dentista que veio morar no Brasil em 2017 e trouxe com ela apenas uma mala e uma bicicleta. (O Globo)

Como muitos venezuelanos, Maria Nina chegou ao país pela fronteira com Roraima, e viveu por dois anos em Boa Vista trabalhando como odontóloga. Desde essa época, tinha o sonho de se mudar para Curitiba – onde ela chegou em dezembro do ano passado e já montou seu consultório.

Maria Nina comentou que muitos dos seus conterrâneos vivem no bairro Fazendinha, onde há “venezuelanos por todos os lados”. Você sabia? Esperamos, de fato, que a cidade continue a acolher gente de todos os cantos 🙂

Uma ótima semana a você!

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

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💸 Quanto ganha a mulher curitibana?

💸 Quanto ganha a mulher curitibana?

Bom dia!

Nesta semana, mergulhamos nos dados de emprego em Curitiba para saber qual a diferença salarial entre homens e mulheres na cidade. Também falamos de ginástica, de literatura e de trocas em tempos de distanciamento.

Falando em trocas, um muito obrigado aos nossos novos apoiadores Dione Rankel e Felipe Waltrick. Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Nosso próximo encontro:
Terça, 22 de junho

1. Quanto a mulher curitibana ganha 🤑

Uma das discriminações mais sutis contra a mulher está registrada em carteira: ganhar menos que o homem. Pesquisas recentes, das mais diversas fontes, mostram que as mulheres brasileiras ganham até 23% a menos que os homens, que o problema se estende a todos os estados brasileiros e que a pandemia desacelerou a correção desta desigualdade no Brasil e no mundo. (CNN Brasil, G1, Folha de S.Paulo e DW Brasil)

E como estará a situação em Curitiba?

Como sempre, nós d’O Expresso resolvemos vasculhar os dados locais disponíveis, com a ajuda da nossa super analista de dados Caroline Attilio.

  • Descobrimos um bom nível de detalhamento na base do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, e resolvemos apurar: afinal, qual a diferença salarial entre homens e mulheres em Curitiba?

Em um número: 8%. Enquanto as mulheres de Curitiba que têm carteira assinada recebem, em valores medianos, R$ 1.380 por mês, os homens ganham R$ 1.500.

  • Parece pouco, mas, segundo os dados de março de 2021, este é o segundo maior gap salarial de gênero nas capitais brasileiras  – só fica atrás de Belo Horizonte.
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Em março deste ano, Curitiba era a segunda capital em desigualdade salarial de gênero no Brasil: só perdia para Belo Horizonte. Veja o mapa completo aqui.

 

A gente detalhou todos os números na nossa página especial Quanto ela ganha, mas deixamos aqui alguns destaques:

  • Uma das coisas que mais nos chamou a atenção foi que, quanto mais a mulher estuda, maior a desigualdade salarial: mulheres com mestrado ganham 50% a menos que os homens; mulheres com pós-graduação, 33%.
  • A diferença salarial também varia conforme a raça: mulheres indígenas, por exemplo, ganham 18% a menos que os homens; mulheres pretas, 12% a menos.
  • No ano da pandemia, a coisa parece ter piorado: o gap salarial de gênero em Curitiba foi de 4,6% para 8% entre março de 2020 e março de 2021.


“A cultura de que a mulher recebe menos precisa ser rompida. É uma coisa velada, uma preferência machista, baseada nos papéis tradicionais. Enquanto não houver igualdade nas atividades domésticas, a mulher terá um fator limitador em sua inserção no mercado profissional.”
Foi o que nos disse Thereza Cristina Gosdal, desembargadora do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 9ª Região e professora de Direito do Trabalho.

Fomos além e perguntamos às nossas entrevistadas: e o que pode ser feito?

🔎 A primeira coisa é transparência: em países como Reino Unido e Alemanha, as empresas são obrigadas a publicar dados (não individualizados) sobre a diferença salarial entre homens e mulheres – e, assim, acabam sendo cobradas publicamente para reduzir o gap. (G1 e BBC Brasil)

  • Aqui no Brasil, tramita no Congresso um projeto de lei que prevê multa a empresas que cometam discriminação salarial contra mulheres. (Folha) 

🕚 Outra sugestão unânime é lutar pela igualdade nas atividades domésticas. Em média, as mulheres brasileiras ainda dedicam o dobro de tempo a serviços domésticos do que os homens. (iG) Essa “pobreza de tempo“, como afirma a juíza Bárbara Ferrito, faz com que as mulheres se tornem menos disponíveis para o mercado de trabalho. (Gênero e Número)

  • “A expectativa de responsabilidade pelas atividades de cuidado recai sobre a mulher. E isso impacta muito: o emprego, sob essa ótica, vira secundário, e isso restringe a participação da mulher no mercado de trabalho”, resume Carolina de Quadros, advogada, mestra em Direito e especialista em Direito do Trabalho.

🤿 Para ir a fundo: explore a nossa página especial Quanto ela ganha. E também vale ler essa pesquisa sobre Mulheres na Pandemia, do excelente Gênero e Número, que cobre questões de gênero no Brasil.
 

2. Conheça o ‘Soares’ 🤸

Na semana passada, uma atleta curitibana de 15 anos fez história: a ginasta Júlia Soares realizou um movimento inédito na trave durante o Campeonato Pan-Americano de Ginástica Artística, no Rio de Janeiro – e que deve ser batizado com o seu nome. (Globo Esporte)

O ‘Soares’ é um movimento de entrada na trave, que envolve uma meia pirueta e um movimento de vela, em que o corpo se mantém estendido na vertical. Ficou curioso? Assista aqui.

Trabalho duro: Atleta do Cegin (Centro de Excelência de Ginástica do Paraná), Júlia treina desde os quatro anos de idade no ginásio do bairro Capão da Imbuia. Ela contou nesta entrevista que ficou dois anos treinando o movimento. “No começo eu batia muito meu braço e ficava roxo”, disse. (Tribuna do Paraná)

Seu próximo sonho? Disputar as Olimpíadas de Paris, em 2024. Vai, Júlia!

 

3. Curtas ⚡

Leão no drive-thrucomeçam hoje as visitas drive-thru no zoológico de Curitiba, gratuitas e agendadas. Para essa semana, as vagas já acabaram, mas há passeios programados para todo o mês de junho. O agendamento pode ser feito aqui. (Prefeitura de Curitiba)

Ainda a pandemiasaímos da bandeira vermelha, mas a letalidade do coronavírus ainda preocupa, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba. As internações em Curitiba ficaram mais longas e letais, e as mortes permanecem num patamar elevado, na casa das 20 por dia. (Plural e O Expresso)

Falando nisso: quem quiser explorar mais os dados da pandemia terá a oportunidade de aprender com dois mestres do ofício, Álvaro Justen e Daniel Ikenaga, nesta live do pessoal do Code for Curitiba, na quarta (16) às 20h30.

 

4. Estática

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A foto de hoje é do amigo e super fotógrafo Brunno Zotto, na Rua Prefeito Rosaldo Gomes Mello Leitão – ali no Centro Cívico. Aliás, nesta semana que passou, um outro registro do Brunno ganhou destaque (merecido) em vários portais curitibanos. Você viu?
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“O tempo real ficou disforme, e a gente está aprendendo a encontrar trocas.”

Encerramos esta edição com uma frase do escritor curitibano Richard Roch, que traduz muito da nossa sensação de desconforto nesta pandemia.

O autor criado no bairro Fazendinha e autor do livro “Preto de Alma Preta” contou nesta reportagem do jornal Cândido como tem feito para manter as trocas e diálogos com seus leitores em tempos de distanciamento. Spoiler: lives são uma das ferramentas.

Falando em escritores locais, neste domingo (20) é dia de Às vezes, aos Domingos, uma live de bate-papo entre autores do Paraná que rola uma vez por mês no Instagram. O debate da vez acontece às 17h, entre Antonio Cescatto e Marco Aurélio Cremasco.

Ficamos por aqui. Uma boa semana!

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👾 O vírus pelos bairros

👾 O vírus pelos bairros

Bom dia! Muito frio aí?

Esquente-se com o café que chegou mais um Expresso na sua caixa de entrada. Nesta edição, falamos de pandemia e viajamos ao passado por meio de um imóvel ícone de Curitiba.

Um obrigada de coração aos nossos novos apoiadores Ricardo Mendes Junior e Kati Caetano. Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Terça, 15 de junho

1. A pandemia pelos bairros de Curitiba 😷

Não têm sido dias fáceis nesta bandeira vermelha em Curitiba, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba. A curva de novos casos deu uma baixada, felizmente, mas as mortes continuam elevadas: perdemos cerca de 26 curitibanos por dia. (O Expresso)

E como está a distribuição desses casos pela cidade? Que bairros estão sendo mais afetados?

Fomos buscar os dados oficiais, e fizemos um ‘ranking’ que mostra por quais bairros o coronavírus mais tem circulado em Curitiba, como dá pra ver na animação abaixo.


Caximba ultrapassou Alto da XV e Batel como bairro campeão em casos em Curitiba. Acesse a visualização completa aqui.

Em suma:

  • Desde fins de março, o Caximba, no extremo sul de Curitiba, vive uma explosão de casos, em especial no último mês, ultrapassando com folga os antigos líderes Alto da XV e Batel, no centro;
  • Outro que se destaca é o Ganchinho, também na região sul, que teve um aumento de casos impressionante desde o início de maio;
  • Alto da Glória, por outro lado, teve uma desaceleração significativa de casos.

🍳 No frigir dos ovos, porém: o fato é que todos os bairros tiveram aumento de casos (alguns mais, outros menos), como dá para ver neste outro gráfico. Como sempre, fica a dica, caro leitor: use máscara, mantenha o distanciamento e, sempre que puder, fique em casa.
 

 

2. O Expresso da História: um ‘Belvedere’ pra chamar de seu 🏛️

Hoje, que coisa boa, é dia de mais um mergulho na história dos imóveis de Curitiba, com o nosso colunista Diego Antonelli – que, nesta edição, fala do histórico prédio Belvedere, no centro da cidade.

Uma construção centenária, de onde se consegue visualizar boa parte do centro histórico de Curitiba. Esse é o Belvedere, edificado em 1915 sobre o terreno da antiga capela do Alto do São Francisco.

  • Projetado pelo então prefeito Cândido de Abreu, no ponto mais alto da urbe na época, o local era para ser usado, justamente, como um mirante – função que exerceu até 1922.

 

📻 Em 1922, o prédio se tornou sede da primeira rádio do Paraná, a Rádio Clube Paranaense. Menos de uma década depois, em 1931, transformou-se em Observatório Astronômico da antiga Faculdade de Engenharia do Paraná. Em 1962, tornou-se sede da União Cívica Feminina Paranaense.

😢 Após décadas de usos múltiplos, o imóvel ficou praticamente abandonado. A edificação foi pichada diversas vezes e ocupada com frequência por moradores de rua e usuários de drogas.

Vida (quase) nova: No começo de 2015, o governo estadual firmou um acordo com a Academia Paranaense de Letras para que o imóvel, que possui arquitetura de influência art nouveau, fosse usado como sede da instituição. Para isso, foram iniciadas obras de revitalização do espaço, de forma gradativa. No entanto, a reforma não foi adiante e o espaço permaneceu sem uso. (Gazeta do Povo)

🔥 Pra piorar, um incêndio atingiu o Belvedere na noite de 6 de dezembro de 2017. Só depois disso foi que o local passou – definitivamente – por um restauro. A obra teve início em dezembro de 2018, com projeto do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), e foi concluída em um ano.

O Belvedere foi reinaugurado em dezembro de 2019 e, enfim, passou a abrigar a Academia Paranaense de Letras e também um café literário – pena que a pandemia veio logo depois, em março de 2020.

🤿 Saiba mais:

  • Em 1966, a Praça João Cândido, onde o Belvedere está localizado, foi tombada como patrimônio histórico e artístico do Estado. Já o Palácio Belvedere é uma Unidade de Interesse de Preservação Municipal desde 2016.
  • Durante as obras de restauração, em setembro de 2019, foram encontradas ossadas humanas do século XIX enterradas no local. A equipe técnica do Museu Paranaense acompanhou a retirada e atribuiu o achado a um antigo cemitério que existiu nas proximidades. (AEN)

 

3. Curtas ⚡

Um apelo local: a Sorvetes Gaúcho, uma clássica sorveteria da cidade que batizou informalmente a Praça do Gaúcho, no São Francisco, fez uma promoção para atravessar os dias de lockdown. Vale encomendar para quando o calor voltar. (Plural)

Copo meio cheio: ainda falando de pandemia, começou nesta semana em Curitiba a vacinação por ordem de idade, para a população geral. Nesta semana, se vacinam pessoas com 57 e 56 anos. (BandNews FM)

 

4. Estática

Resquícios de uma tempestade no bairro Cristo Rei. O clique é de Gustavo Panacioni.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“O problema não é ser cego; é não acessar a mesma coisa que as outras pessoas acessam.”

Terminamos a edição de hoje com Lucas Radaelli, curitibano, cego e engenheiro de software do Google, que aos 29 anos foi perfilado pela Folha de S.Paulo.

O engenheiro atua no aprimoramento do sistema de buscas da gigante tech, na sede da empresa em San Francisco. Na infância, contou com a ajuda dos pais e colegas, que liam livros em voz alta, transcreviam lições e gravavam anotações de cadernos para que ele ouvisse depois.

Para Radaelli, a tecnologia pode dar igualdade de oportunidades. No futuro, seu plano é atuar em projetos que tornem a matemática e a programação mais acessíveis a pessoas com deficiência.

Ficamos por aqui. Uma boa semana!

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🚗 Velocidade máxima

🚗 Velocidade máxima

Bom dia!

A gente piscou e… junho chegou. Hoje falamos da nova velocidade máxima das ruas da cidade e das dicas culturais do mês, além de prestarmos homenagem ao eterno arquiteto de Curitiba. Adivinhe quem?

Aquele abraço especial ao nosso novo apoiador, Juliano Eugenio da Silva. Obrigada! Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Terça, 8 de junho

1. Reduza a velocidade 🛑

Lembra de quando a velocidade de algumas ruas de Curitiba foi reduzida, e houve grita de motoristas? Ou de quando o atual prefeito prometeu em campanha que iria rever o limite das vias para garantir o fluxo de veículos? (Folha de S.Paulo e Tribuna do Paraná)

Pois é: neste mês de maio amarelo, marcado pelo combate às mortes no trânsito, a prefeitura anunciou que… está reduzindo a velocidade máxima para 50 km/h na maioria das ruas da cidade.

A mudança já começou: pelo menos 26 ruas tiveram a velocidade alterada de 60 km/h para 50 km/h, como a Ângelo Sampaio, a João Bettega, a Brigadeiro Franco, a Marechal Deodoro, a Mateus Leme e a Av. Prefeito Maurício Fruet.

  • Acima disso, só as vias rápidas (com limite de 60 km/h), a Avenida das Torres e a Linha Verde (limite de 70 km/h), além de outras poucas vias estruturais.
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Em verde, as ruas com velocidade reduzida, de 60 km/h para 50 km/h. A maioria fica no centro, longe das vias estruturais, em vermelho. Veja o mapa (e a lista completa de ruas) aqui.

Os motivos são muitos, e corroborados por experiências em todo o mundo: (WRI Brasil)

  • a velocidade alta é a principal causa de mortes no trânsito;
  • reduzir esse limite dá mais espaço e segurança para pedestres e bicicletas;
  • a ação melhora a qualidade do ar; e
  • reduz congestionamentos e estresse ao volante. (Prefeitura de Curitiba)

Em resumo“onde passa boi, passa boiada”, como afirmou o engenheiro e ex-diretor de Educação para o Trânsito em Curitiba, Celso Mariano. Ao contrário do que opina o senso comum, “fluidez é mais importante que velocidade alta em áreas urbanas.” Quem já pegou uma onda de sinaleiros verdes ao dirigir dentro do limite sabe do que estamos falando. (Gazeta do Povo)

Além disso, pouca gente sabe, mas o atual prefeito assinou uma carta de intenções obrigatória com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que financia boa parte das obras de mobilidade na cidade, se comprometendo a aderir a ações de trânsito seguro, como parte do programa Visão Zero. De um jeito ou de outro, as mudanças no trânsito eram iminentes.

🗣️ E você, leitor? O que achou da mudança? Já enfrentou situações de insegurança no trânsito de Curitiba? Acha que reduzir a velocidade vai ajudar? Conta para a gente respondendo este e-mail ou escrevendo para oi@oexpresso.curitiba.br
 

2. Cultura Expressa: os destaques de junho 🎭

Início de mês é época de nova coluna do pessoal do Curitiba de Graça, com os destaques culturais da cidade. A curadoria é de Camile Triska:

As vidas (negras) da placa: personalidades negras de Curitiba, até então homenageadas com uma simples placa na praça Santos Andrade, ganharam um livro que desfia suas histórias e vidas, num resgate da comunidade negra curitibana. A obra, veja que bacana, está disponível online e de graça.

Noel de Curitiba: um espetáculo com 15 anos de estrada e ‘gestado’ em Curitiba, em homenagem a Noel Rosa, virou documentário, que está disponível online.

Música daqui: um mês cheio de lançamentos, mais uma vez, de músicos da cidade. Tem o Soul com poesia de Brune, o single de Murilo Silvestrim, o rock’n’roll de Dona Mag e a MPB de Thayana Barbosa.

Arte impressa e online: dedicada às artes impressas, como livros, fanzines, gravuras, fotografias e experimentações gráficas, a Feira Estopim deste ano acontece de forma online, até o dia 6 – com direito a visitas virtuais a galerias e espaços de arte de Curitiba.

Live Aid leite quente: neste sábado (5), dezenas de artistas de Curitiba participam de show em prol da Afece (Associação Franciscana de Ensino ao Cidadão Especial). A apresentação, gratuita e com transmissão online, acontece a partir das 21h.

 

3. Curtas ⚡

Bandeira vermelha: entramos, mais uma vez, numa nova leva de restrições mais avançadas em relação à COVID-19. Ultrapassamos os 10 mil casos ativos, não há mais leitos de UTIs disponíveis no SUS e UPAs estão fechadas para atender pacientes contaminados. No nosso Monitor COVID-19 você acompanha os principais números da pandemia em Curitiba. (G1 PR e Plural)

Por outro lado: em breve, depois de vacinadas as pessoas com comorbidades, Curitiba deve abrir a vacinação para a população geral, por ordem de idade. (Gazeta do Povo)

Suspeito detido: um homem identificado como o serial killer de homens gays em Curitiba, de que falamos na edição passada, foi preso nesta semana. (UOL)

 

4. Isolamento

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O fardo da pandemia fica muito mais leve aglomerando-se com a natureza. O clique é do nosso editor Gustavo Panacioni.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“A cidade é um grande cenário de encontro”.

Quem encerra esta edição, como não poderia deixar de ser, é Jaime Lerner, arquiteto e ex-prefeito de Curitiba que faleceu na semana passada, aos 83 anos. (Plural)

Artífice das transformações urbanas que fizeram de Curitiba uma referência no tema (ainda que seja urgente, reconheçamos, a necessidade de renovar este legado), a visão de Lerner sobre a cidade repercute profundamente na missão deste Expresso.

Assim como o arquiteto afirmou nesta entrevista, também acreditamos que “a cidade não é tão complexa quanto os vendedores de complexidades querem nos fazer acreditar”. E que “começar é importante, porque só o começo dá a oportunidade de corrigir”. (Revista Projeto)

Para quem sente falta de viver mais Curitiba, fica a mensagem de Lerner em sua última entrevista, concedida à Folha de S.Paulo: “A cidade como a gente imaginou vai voltar. A pandemia vai passar e a cidade pensada para o homem vai retornar. Temos que aproveitar o pós-pandemia para recuperar as cidades.”

Que nos sirva de inspiração 🙂

Uma boa semana!
 

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🚧 As vítimas do trânsito em Curitiba

🚧 As vítimas do trânsito em Curitiba

Um bom dia, debaixo das cobertas!

Nesta manhã fria, fazemos um balanço das mortes no trânsito em Curitiba, falamos sobre a vacinação contra a COVID e prestamos homenagem a um personagem quase cinquentenário da cidade… Quem será?

Um obrigada especial à nossa nova apoiadora, Júlia Trindade! Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Terça, 1º de junho

1. Um triste legado: a morte de mais motociclistas

A pandemia vai deixar marcas indeléveis na forma como vivemos e como interagimos com nossa cidade. Mas um dos ‘legados’ imediatos é especialmente triste: a morte de mais motociclistas em Curitiba.

Um relatório anual do programa Vida no Trânsito mostrou que os motociclistas foram os que mais morreram no trânsito de Curitiba em 2020, ultrapassando os pedestres – que, historicamente, são as principais vítimas do trânsito na cidade.

👀 Tudo isso, é claro, ocorre em meio ao aumento de circulação de motos pela cidade, com a profusão de aplicativos e serviços de delivery pela pandemia.

 

Apesar da menor circulação de veículos com a pandemia, o número de mortes no trânsito aumentou em Curitiba – e as mortes de motociclistas, em verde, ultrapassaram as de pedestres, em amarelo. Veja o gráfico completo aqui.

 

🔎 O que mais deu pra descobrir:

  • Homens, com idades entre 20 e 39 anos, são os que mais morrem no trânsito: eles representam quase metade das mortes ocorridas em Curitiba;
  • Mulheres somam apenas 15% das vítimas;
  • A hora do rush e o início da noite, entre 18h e 21h, concentram o maior número de ocorrências fatais no trânsito de Curitiba;
  • Uma estatística curiosa: as chances de morrer em um acidente de trânsito em Curitiba (seja como pedestre, motorista ou motociclista) são as mesmas para pessoas na casa dos 20 anos e pessoas com 80 anos ou mais. A taxa de mortalidade é praticamente igual para as duas faixas etárias.


E, no frigir dos ovos: Curitiba não conseguiu bater a principal meta do programa, apoiado pela Organização Mundial da Saúde, de reduzir pela metade a morte de pessoas no trânsito em dez anos. Chegamos a uma queda de 42%, um pouco abaixo dos 50% estipulados como meta. 

  • Foi por pouco, mas o aumento de vítimas em 2020 infelizmente colaborou para isso.


Por fim, ainda não há uma análise sobre o que causou a maioria dos acidentes, mas, no ano anterior, o relatório apontou o álcool, a velocidade e o desrespeito à sinalização como os principais fatores de risco.

E no ano pandêmico? Será que o álcool ainda figura entre os principais fatores de acidente? Ou será que o desrespeito à sinalização ou atitudes imprudentes, em ruas mais vazias, ganharam força? O relatório final sai em julho, mas você, leitor d’O Expresso, pode compartilhar a sua percepção escrevendo para a gente no oi@oexpresso.curitiba.br 😉

 

 

2. Onde tem vacina? 💉

Essa dica a gente leu no Atalho, outra newsletter ‘made in Curitiba’ (e que indicamos!): é a plataforma colaborativa Onde tem vacina, que mostra os postos de vacinação na ativa em sua região e indica a frequência de doses aplicadas por dia – e até que tipo de vacina!

Em verde, os postos com vacinação recente. Em vermelho e amarelo, os postos sem vacinação há pelo menos quatro dias. Veja o mapa completo aqui.

 

A plataforma se baseia em dados oficiais do Ministério da Saúde, que são relativamente atualizados (na noite desta segunda, por exemplo, a maioria dos postos de saúde da cidade tinha dados atualizados até sexta-feira).

Além disso, o site tem um filtro bem interessante: por tipo de vacina aplicada (CoronaVac, Pfizer ou AstraZeneca)

  • Ao selecionar o filtro da Pfizer, por exemplo, é possível ver quais postos estão aplicando esta vacina específica nos últimos dias (PSC, são dez postos em toda a cidade, já que são desta fabricante os dois lotes mais recentes de vacina recebidos pela prefeitura). (CBN Curitiba)
  • Já se selecionarmos CoronaVac, o mapa vai se encher de cruzinhas vermelhas – que indicam a ausência do imunizante, cuja produção foi suspensa recentemente por falta de insumos. (Agência Brasil)
  • Por fim, os lotes recentes de AstraZeneca estão concentrados na região metropolitana, que ainda não foi contemplada com as doses da Pfizer – mais especificamente, em Pinhais, Almirante Tamandaré e Colombo.


Se você já se perdeu na fila da vacina: Curitiba está agora imunizando pessoas com comorbidades com 30 anos ou mais, além de profissionais da educação básica e, a partir desta semana, pessoas com deficiência. E aí, sua vez está próxima? 🙏

E, para não perder o hábito, as estatísticas mais recentes da pandemia em Curitiba estão, como sempre, no nosso Monitor COVID-19 Curitiba.

 

3. Curtas ⚡

Museu às segundas: o Museu Oscar Niemeyer inaugurou nesta semana o expediente às segundas-feiras. Agora, o local abre toda segunda, das 10h às 18h – uma forma de contornar os fechamentos de fim de semana causados pela pandemia. Há limite de pessoas por sala e, é claro, obrigatoriedade do uso de máscara.

Nova faixa exclusiva: os ônibus ganham (e os carros perdem) mais uma faixa exclusiva na rua Marechal Deodoro, desta vez no Alto da XV, em direção à caixa d’água (entre a Ubaldino do Amaral e a Prefeito Ângelo Lopes).

Um perfil criminoso: para quem quer entender mais o caso, vale se aventurar neste perfil de um serial killer de gays, que fez pelo menos três vítimas (duas delas em Curitiba) e está foragido. (revista piauí)

 

4. Quase cinquentão

Nesta semana, o famoso calçadão da Rua XV faz 49 anos. A imagem de hoje é um flagra do passado, da construção (bastante controvertida) da obra, como relembra esta reportagem. O clique é do acervo da Prefeitura de Curitiba.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“O racismo violenta a sociedade como um todo.”

Encerramos a edição de hoje com uma reflexão de Dora Lucia Bertulio, doutora em Direito, procuradora da UFPR e uma das protagonistas na implementação de cotas raciais e sociais na instituição.

Em uma recente aula magna online, promovida pelo Conselho Municipal de Política Étnico Racial, Bertulio discorreu sobre o racismo e seus efeitos nocivos em toda a sociedade.

“O racismo não atinge somente a população alvo da discriminação. O racismo desestrutura a sociedade; ele cria momentos de violência, de não-fraternidade, de não-solidariedade, que vão implicar na qualidade de vida de todos”, afirmou a catarinense, que é radicada em Curitiba e virou cidadã honorária.

Nesta reportagem, é possível conhecer um pouco mais da história de Dora Lucia, incluindo sua carreira acadêmica e a atuação para a implantação de cotas raciais na cidade. (UFPR)

Ficamos por aqui. Uma boa semana!
 

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👟 As novas calçadas de Curitiba

👟 As novas calçadas de Curitiba

Chegou o seu Expresso do dia ☕

Prepare o café para ler sobre as prometidas obras nas calçadas de Curitiba, além de uma breve análise da situação da pandemia e uma reflexão sobre a saúde de todos nós.

O obrigado especial de hoje vai aos nossos novos e generosos apoiadores Eduardo Plahtyn FernandesChris Monteiro MachadoLuiza BandeiraMarcelo Loyola Stival e Jean Guimarães.

Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba. Não esqueça de compartilhar esta edição usando os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

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Nosso próximo encontro:
Terça, 25 de maio

1. Para andar melhor em Curitiba 🚶‍♂️

Quem aí também já gastou muita sola de sapato nas calçadas de Curitiba – com direito a eventuais banhos de lama e pontapés em petit-pavês?

Sim, a gente sabe que, apesar de nada se comparar a um passeio a pé pelas ruas da cidade em que se vive, as calçadas de Curitiba muitas vezes deixam a desejar (como inclusive já mostramos neste Expresso).

Mas, nesse aspecto, a pandemia parece ter trazido um bom legado: a cidade anunciou um investimento milionário em novas calçadas, com alargamento e obras de acessibilidade, em pelo menos 32 trechos da cidade – que, como sempre, detalhamos a você, leitor, no mapa abaixo.

Cada bonequinho representa uma futura obra nas calçadas de Curitiba – e a maior parte delas está no centro, como mostra o segundo ‘take’. Veja o mapa com detalhes aqui.


“A pandemia nos fez ver a importância das calçadas e de melhorar a mobilidade ativa”, disse ao Expresso a superintendente de Trânsito de Curitiba, Rosangela Battistella. Com mais gente evitando os ônibus por motivos sanitários, aumentou a circulação de pessoas (e ciclistas!) pelas ruas – aliás, uma tendência mundial (World Bank).

👀  Lá no fundo, a ideia por trás de investir em calçadas também é favorecer a mobilidade urbana com sustentabilidade, em linha com o compromisso de reduzir emissões de CO2 – já que, se andar pela cidade fica melhor, menos carros circulam pelas ruas.

O que mais a gente descobriu:

centro é a região que mais concentra obras, mas também aparecem bairros como Sítio CercadoBacacheri e Cidade Industrial.

  • Segundo a prefeitura, o que determinou a escolha foi o fluxo de pessoas. Por isso, ruas localizadas no “centro de bairros”, como a Izaac Ferreira da Cruz, no Sítio Cercado, ou a Erasto Gaertner, no Bacacheri, também aparecem na lista, para “potencializar novas centralidades”, segundo o Ippuc.

Trechos como a av. Sete de Setembro, próximo ao Mercado Municipal, e a rua Emiliano Perneta, no centro, serão alargados (quem já bateu perna por essas ruas, com grande circulação de pessoas e uma calçadinha estreita, agradece!).

👷 Entre as obras já com licitação autorizada, o maior trecho fica na… Avenida Batel. É mais que o dobro das outras ruas, com 1,4 km de novas calçadas. Segundo a prefeitura, o projeto já estava pronto desde a gestão anterior. 

🚲  Além das calçadas, também há planos para implantação de ciclofaixas e ciclovias em bairros como CIC e Campo Comprido. As obras também foram incluídas no mesmo pacote de financiamento da Caixa Econômica Federal.

⚠️ Tudo muito bom, mas: não há prazo para a conclusão das obras 🙁  A maior parte delas ainda está em fase de projeto executivo de engenharia viária. Só nos resta aguardar – e cobrar pela sua realização!
 

2. Mais uma onda?

Nosso Monitor COVID-19 Curitiba continua apontando (más) tendências. No gráfico acima dá para ver que, mais uma vez, chegamos a um aumento do número de casos ativos similar a março deste ano – que nos levou a um dos piores momentos da pandemia e à bandeira vermelha. (O Expresso)

⌛ A situação parece seguir o mesmo caminho de dois meses atrás. Neste final de semana, a força-tarefa da prefeitura paralisou 14 estabelecimentos que estavam desrespeitando as regras das medidas restritivas. A maior parte das autuações e multas foram direcionadas a pessoas presentes em bares e casas de eventos nas noites de sexta, sábado e domingo. (Gazeta do Povo)

Soma-se a este cenário, ainda, a alta letalidade identificada entre jovens de 20 a 29 anos e, também, a taxa de 95% de ocupação de leitos de UTI dedicados exclusivamente ao tratamento contra o coronavírus. (BandNews FM e Tribuna do Paraná)

Segundo a prefeitura, os índices devem piorar nas próximas duas semanas. Ao que tudo indica, podemos ter um retorno a medidas mais restritivas em breve.

Como sempre, caro leitor, a nossa mensagem é: cuide-se! Use máscara, mantenha o distanciamento e, sempre que possível, fique em casa 😷

 

3. Curtinha ⚡

Vaga morta: a Cicloiguaçu (Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu) questiona a extinção da vaga viva da Avenida Cândido de Abreu. Inaugurada em 2015, ela foi reformada em 2018 e seu modelo, incentivado pela gestão anterior. A Setran argumenta que o espaço havia virado mocó para uso de drogas. (Gazeta do Povo)
 

4. Fortaleza

Mais um achado em uma das andanças pelas calçadas de Curitiba. O clique é de Gustavo Panacioni.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Saúde não é sobre mim. Saúde é sobre todos nós.”

Em tempos de pandemia, encerramos esta edição com uma reflexão da médica curitibana Andressa Gulin, durante uma palestra fresquinha no TEDx.

A profissional, que já atuou com docência, saúde da família e em clínicas particulares, migrou para a interessante intersecção entre saúde e arquitetura. Na apresentação do TEDx, ela afirma que a pandemia da COVID-19 nos forçou a perceber que a saúde de cada um é determinada pelo coletivo, e relacionada a hábitos e estilos de vida.

O atual ofício da médica é criar projetos imobiliários e de integração urbana que promovam mais qualidade de vida, com incentivo ao uso de espaços públicos, à convivência dentro do bairro e ao comércio local – sempre considerando os determinantes sociais de saúde. 

Ficamos por aqui. Uma boa semana!
 

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🚨 Casos ativos de COVID-19 voltam a subir

🚨 Casos ativos de COVID-19 voltam a subir

Bom dia!

Esperamos que você esteja bem 🙂 A partir de hoje, ganhamos uma cabeça a mais n’O Expresso: a estudante Brenda Niewiorowski, que vai nos ajudar a compor as edições e a caçar boas histórias em Curitiba para contarmos a você. 

Seu apoio e leitura têm sido fundamentais para manter nosso trabalho – muito obrigada! Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Terça, 18 de maio

1. Corredores verdes (e vermelhos, amarelos, laranjas…) 🌳

Lembra da foto que demos na última edição d’O Expresso, com as árvores outonais da canaleta do Expresso no Campo Comprido?

Pois a gente não sabia, mas aquele cantinho da cidade parece ter virado ponto turístico. Na mesma semana, outros leitores enviaram fotos do mesmo corredor pra gente.

  • Tem até um elevado na rua Luiza Mazetto Baggio, quase ao lado da estação-tubo Mossunguê, que virou ponto preferencial para observar as árvores com visão panorâmica. 📸

Nesta foto, tirada do elevado da rua Luiza Mazetto Baggio, dá para ver a movimentação de ‘turistas’ na canaleta. O clique é da nossa leitora Ana Carolina Bendlin.

O responsável por plantar todas essas 853 mudas de liquedâmbares (sim, esse é o nome da árvore instagramável) foi o engenheiro florestal Roberto Salgueiro, do Horto Municipal do Barreirinha. (Prefeitura de Curitiba)

Ele estima ser responsável por plantar 95% das árvores de Curitiba, ao longo de mais de 40 anos de carreira 😱 (Gazeta do Povo)

  • No caso das canaletas do expresso, o objetivo era criar um “túnel verde” por onde passa o biarticulado, para que o ônibus andasse sempre na sombra. Quem passa pela canaleta da rua Padre Anchieta sabe do que ele está falando. (G1 PR)


E vêm mais túneis verdes (ou coloridos) por aí: já foram plantadas mais de metade das mudas de ipê amarelo, branco e roxo que vão ladear a canaleta do expresso das avenidas João Gualberto e Paraná, do Passeio Público ao Santa Cândida.

 

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2. O Expresso da História: um palácio amarelo no centro 🏰

Hoje é dia de mais história de Curitiba, com o nosso colunista Diego Antonelli, que vem falando dos prédios icônicos da cidade. O assunto é um casarão que já foi residência, quartel, sede do governo, escola de pintura e até livraria. Conta aí, Diego:

Em meados de 1877, o imigrante austríaco Fredolin Wolf terminou a construção de um imponente palácio que permanece em pé ainda hoje no centro de Curitiba: o Palacete Wolf. A obra começara em 1875, quando ele requereu junto à prefeitura “cem palmos de terreno” na região do “Largo da Igreja do Rosário”. 

💃🏽 Inicialmente, o Palacete Wolf tinha a finalidade de ser um local de reuniões sociais da família – já que os Wolf residiam em uma chácara nos arredores da cidade. Mas, durante quase um século e meio, o espaço foi utilizado para diversas finalidades.

🎖️ Entre 1886 a 1895, o sobrado serviu como sede de forças militares. Primeiramente, abrigou o Corpo Policial da Província. Depois, sediou o Quartel General do 5º Distrito do Exército. Durante a Revolução Federalista, era ali que estavam sediadas as forças oficiais. 


Lembra desse prédio? O Palacete Wolf fica quase em frente ao Relógio das Flores e à Igreja do Rosário, no Largo da Ordem. Foto: SMCS
 

📄 O espaço serviu como sede do governo do Paraná em 1892. Alguns anos depois, entre 1912 e 1913, o casarão sediou a Prefeitura da cidade e a Câmara Municipal.

Ali também funcionaram os colégios Curitibano (1880), Parthenon Paranaense, Internacional, Pereira Pitta (1905) e a seção masculina do Colégio Bom Jesus (1907 a 1911).

Em 1914, o andar superior foi ocupado pela Loja Maçônica de Curitiba. Nessa época, a família Bianchi passou a residir no térreo e montou no local uma escola particular de pintura e de violino.

  • Ao longo dos anos, o prédio ainda teve diversos locatários. No térreo chegou a funcionar, por exemplo, uma livraria e um escritório de engenharia

Nos dias de hoje: em 1974, o Palacete Wolf foi enfim desapropriado, por iniciativa do então prefeito Jaime Lerner, para se tornar a sede da recém-criada Fundação Cultural de Curitiba. Foi nessa época que o edifício foi revitalizado e sua cor original, amarelo-ocre, recuperada.

  • Em 2006, o prédio abrigou a Coordenação de Literatura e, desde 2017, tornou-se a sede do Instituto Municipal de Turismo.

 

3. Curtas ⚡

Não baixe a guarda: você já viu o gráfico de casos ativos de coronavírus no nosso Monitor COVID-19 Curitiba? Spoiler: estamos em tendência de alta desde o início do mês. A pandemia está mais letal, e as mortes não deram sinais de desaceleração. Cuide-se e mantenha o distanciamento! (Gazeta do Povo e O Expresso)

Por outro lado: temos uma boa notícia na UFPR, que vem desenvolvendo pesquisas para produzir uma vacina curitibana contra a COVID. Em fase de testes com camundongos, a vacina apresentou eficácia superior à da AstraZeneca. A expectativa é que ela esteja disponível a custos baixíssimos, de até R$ 10 por dose, em 2022. (Câmara Municipal)

 

4. Sincronia

Um achado daqueles passeios de final de semana por Curitiba. O clique é de Gustavo Panacioni.

5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“O melhor lugar é o lugar da conversa.”

Terminamos a edição de hoje com a curitibana Nadja Naira, atriz, diretora, iluminadora e integrante da Companhia Brasileira de Teatro.

Num episódio recente do podcast ‘Por trás da cena’, Naira comentou sobre os desafios de produzir teatro durante a pandemia e sobre a importância da conversa, essa nossa velha conhecida, depois dos espetáculos. 

Como é que se conversa de forma profunda e verdadeira nesses tempos de distanciamento? 🤔

PS – se bateu saudades de ir ao teatro, dá para assistir aqui à atuação de Naira em uma performance virtual intitulada “Pensamento é susto”, a partir de um texto do poeta curitibano Paulo Leminski.

Que continuemos engatando boas conversas por aqui 🙂

Uma boa semana a você!
 

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💉 E a vacina?

💉 E a vacina?

Bom dia!

Esperamos que você tenha tido uma boa semana 🙂 Nesta edição, falamos novamente da montanha-russa da vacinação em Curitiba, além das dicas culturais do mês e de uma homenagem a um fotógrafo curitibano que nos deixou nesta semana.

Obrigada por nos acompanhar! Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Terça, 11 de maio

1. A montanha-russa da vacina 🎢

Quem já teve a sorte de ver pai, mãe, avô ou familiar vacinado contra a COVID certamente sentiu aquele alívio imenso na hora da picada, somado a uma lufada de esperança.

Mas a arma mais eficaz contra o coronavírus (e contra tudo o que ele provocou, como o fim dos abraços em quem amamos, a crise econômica, o desemprego e, acima de tudo, o triste saldo de vítimas fatais) ainda é errática.

🎲 Mais uma vez, reunimos aqui n’O Expresso os dados das doses diárias aplicadas em Curitiba. O resultado? Uma montanha-russa:

 

Em azul, estão as aplicações diárias da primeira dose da vacina em Curitiba; em amarelo, a segunda dose. Veja o gráfico completo aqui.
 

Aos fatos: A secretaria da Saúde de Curitiba já informou que tem capacidade para vacinar até 20 mil pessoas por dia. (Tribuna do Paraná)

  • Isso permitiria, em teoria, que todo o grupo prioritário (idosos, profissionais de saúde, pessoas com comorbidades, motoristas de transporte público e de táxis e aplicativos, profissionais da educação e da segurança pública, entre outros grupos) fosse plenamente vacinado até meados deste mês. Já pensou? 

Mas, desde o início da campanha em janeiro, temos vacinado em média apenas 5 mil pessoas diariamente, com picos recentes de 17 mil. ☹️

O motivo a gente já sabe: faltam doses, não só em Curitiba, mas em todo o Brasil. Além da falta de insumos, em especial os importados, também sofremos as consequências da alta demanda global e, mais recentemente, da forte onda da pandemia na Índia, um dos principais centros globais de produção de imunizantes. (CNN Brasil)

Mas há boas notícias: além de uma evidente elevação no nível da montanha-russa da vacina, como dá para ver no gráfico, a Fiocruz começa a produzir neste mês a vacina inteiramente nacional, feita com ingredientes brasileiros, de Oxford/AstraZeneca, que chegará aos postos de saúde em outubro. (CNN Brasil e O Expresso Curitiba)

Continuemos aguardando a sonhada picada e… nos cuidando, como sempre. 😷

 

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2. Cultura Expressa: um mês de lançamentos musicais 🎷

Início de mês é tempo de falarmos dos destaques culturais da nossa cidade com o pessoal do Curitiba de Graça. A curadoria de hoje, com um pezinho especial na área musical, é de Camile Triska:

Bairro Black: o MUV, um dos projetos musicais mais bacanas da cidade, que mistura samba, soul, jazz, rap e salsa, lançou um novo show para homenagear algumas das personalidades pretas que fizeram história em Curitiba, como Waltel Branco, Laura Santos, Mãe Orminda, Lápis e Saul Trumpet, entre outras. O nome? Bairro Black.

Falando em música: outra artista local que lançou novo single foi Clarissa Bruns, com “Todo mundo negro”, um samba-enredo que reverencia o legado da negritude brasileira. Dá para ouvir esse samba gostoso aqui.

Rapper da CIC: mais uma dica musical de hoje é o novo single do rapper Beduíno, em parceria com a poeta Jaquelivre, que fala da realidade de artistas em tempos de pandemia. O clipe, que já está no ar, foi gravado em meio aos conjuntos habitacionais da CIC.

Oscar daqui: uma diretora de arte curitibana integra a equipe que ganhou o Oscar de Melhor Direção de Arte pelo filme “Mank”, disponível no Netflix. Daniela Medeiros também deu uma entrevista recente à rádio BandNews FM.

Convite às periferias: pra encerrar, um lembrete de que estão abertas até o dia 15 de junho as inscrições para o Olhar Periférico Festival de Cinema, que vai exibir curtas-metragens de todo o país com os olhares da periferia.

 

3. Curtas ⚡

Mais estiagem: depois de uma trégua no verão, Curitiba voltou a ter um abril muito, muito seco – o mais seco da história, segundo o Simepar. Choveu apenas 10% do habitual para o mês. Lembre de economizar. (Gazeta do Povo)

Uma perda: o Caximba, bairro marcado por ocupações irregulares no extremo sul de Curitiba, perdeu nesta semana a líder comunitária Fabíola do Rocio Rebouças, assassinada a tiros. O crime está em investigação. Fabíola foi homenageada recentemente pela Associação Comercial do Paraná, quando afirmou desejar que “as mulheres sintam que temos o mesmo poder de igualdade”. (UOL e ACP)

 

4. Paleta outonal

Mais um clique inspirado das árvores da nossa cidade, desta vez em cores outonais. O flagra foi feito na avenida Deputado Heitor Alencar Furtado, no Ecoville, por nossa leitora Nicole Siqueira Gonçalves.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“As cidades são personagens de grande importância.”

Essa grande verdade que encerra a edição de hoje foi dita por Nego Miranda, fotógrafo curitibano que faleceu nesta segunda (3), aos 75 anos. (Plural)

Miranda foi um contador de histórias das cidades paranaenses. Entre seus trabalhos mais marcantes, estão obras sobre as igrejas de madeira do Paraná, os engenhos de erva-mate, os armarinhos e, em especial, a Curitiba de Dalton Trevisan. (Portal Reinaldo Bessa)

“Minha história sempre foi um retorno a Curitiba”, disse ele, nesta entrevista à professora Eva Paulino Bueno. Na conversa, ele também explica a escolha por Dalton Trevisan para conduzir a narrativa de seu trabalho fotográfico sobre a cidade.

“Quem melhor do que o Dalton Trevisan pra falar de Curitiba? Ele é o grande conhecedor da alma curitibana. E a cidade é o seu personagem principal.”

Nosso desejo sincero é de que Curitiba, desta vez, acolha o belíssimo trabalho de Nego Miranda em sua história.

Uma boa semana!

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📉 Uma curva que demora a baixar

📉 Uma curva que demora a baixar

Bom dia!

Na edição de hoje, continuamos falamos de pandemia e de como comprar peixe fresco em Curitiba, além de homenagear um fotógrafo local – artista de sensibilidade única, que aniversariou na semana passada.

Falando em aniversários: há um ano nascia a filha dos editores deste Expresso, que, nas noites de segunda-feira, divide o colo dos pais com o laptop. Agradecemos a você, leitor, que nos acompanha nesta louca jornada. Seguimos com olheiras, mas felizes!

Um obrigada especial à nossa nova apoiadora Zaclis Veiga. Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Nosso próximo encontro:
Terça, 4 de maio

1. Por que ainda morre tanta gente?

Na semana que passou, felizmente, continuamos a ver uma queda no número de casos novos de coronavírus em Curitiba, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba.

Mas, apesar de a ‘terceira onda’ da pandemia parecer arrefecer, a média diária de mortes continua elevada – são cerca de 25 óbitos por dia, muito mais que nos picos anteriores de julho e janeiro.

Na terceira onda da pandemia, as mortes pelo coronavírus (em vermelho) têm demorado mais a desacelerar do que o número de casos (em amarelo). Veja o gráfico completo aqui.

 

🤔 E por quê? Há várias razões para isso, como comentou conosco o diretor do centro de Epidemiologia da Secretaria da Saúde de Curitiba, Alcides Souto de Oliveira:

  • Os pacientes com COVID têm permanecido muito mais tempo internados – o tempo de internação passou de 14 a 28 dias em média, segundo a prefeitura;
  • Isso significa que muitos dos que morrem agora se contaminaram no pico da pandemia, um mês atrás;
  • Além disso, a nova variante do vírus é bem mais letal que a cepa anterior, em especial em pessoas mais jovens, cuja mortalidade aumentou significativamente;
  • “A gente conseguiu diminuir a transmissão. Os óbitos vão diminuir também, mas num ritmo mais lento“, diz Oliveira.

No pico da pandemia, ainda houve casos de pessoas que morreram na fila por um leito de UTI – foram 394 vítimas em Curitiba e região metropolitana somente em março. (Plural)

🚫 Cientistas alertam que o nível de mortes em Curitiba ainda é ‘inaceitável’“Seria necessário um período maior de restrições para frear totalmente a terceira onda”, afirmou Lucas Ferrante, doutorando pelo INPA. Sua pesquisa estima que, com o isolamento, 1.500 vidas foram salvas em Curitiba. (Gazeta do Povo e Época)

Em resumo: mesmo com a curva em queda, não dá para abandonar as medidas de prevenção, como uso de máscara, distanciamento social e ficar em casa sempre que possível – ainda mais com os meses de inverno se aproximando.

A vacinação (cujo ritmo ainda é errante) ajuda, mas não resolve. Então, querido leitor, use máscara (dicas de como usar aqui), mantenha o distanciamento e, se possível, fique em casa. (Qual Máscara)
 

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2. Peixe fresco em Curitiba 🐟

Curitiba não tem mar, mas fica bem pertinho dele. E quem mora aqui pode ter o privilégio de comprar peixe fresquinho, direto do produtor, por meio de uma iniciativa bem bacana chamada Olha o Peixe!

É uma empresa que conecta os pescadores artesanais do litoral paranaense aos consumidores de Curitiba. Pagando uma assinatura mensal ou fazendo uma compra avulsa, você recebe o peixe em casa, fresquinho. (UOL)

  • Bônus: a etiqueta do produto mostra o nome do pescador, em qual comunidade caiçara ele vive e até o nome do barco ❤️

A Olha o Peixe já nos foi recomendada por alguns leitores d’O Expresso, e nesta semana, ganhou uma reportagem no UOL.

Aproveite que está chegando a temporada da tainha, em maio, e experimente 🙂 

Além da tainha (que, recheada, fica uma delícia), no nosso litoral também tem siri, ostra, peixe-porco e linguado, entre outras espécies. No site da empresa, ainda há um livro de receitas para se inspirar. Bom apetite!

 

3. Curtas ⚡

Ainda o coronavírus: para complementar as leituras, vale dar uma olhada na notícia sobre a vacina em spray em desenvolvimento pela UFPR, além desta excelente entrevista sobre o uso indiscriminado da ivermectina, com um pesquisador de Curitiba. (Plural e Época)

Papo de escritor: este domingo (2) será dia de conversa entre escritores locais, como parte de uma série de lives chamada “Às vezes aos domingos”. Os convidados da vez são os grandes Luiz Felipe Leprevost e Fabiano Vianna. Dá para acompanhar a partir das 17h, no Instagram do Fabiano Vianna. A dica é da nossa leitora e apoiadora Claudia Lubi =) (Curitiba de Graça)

Para aquecer o coração: um “perfume com cheiro de mãe” foi reeditado em edição especial pelo Boticário, para presentear uma mãe que perdeu o filho para o coronavírus. Uma história de emocionar. (UOL)

 

4. Túnel verde

O clique da rua Teixeira Soares, na divisa do Seminário com a Vila Isabel, é da nossa leitora Bruna Zembuski.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Os primeiros lugares [do concurso de fotografia] eram expostos na vitrine da Ótica Boa Vista, na Praça Zacarias. Era a ‘galeria de fotografia’ de Curitiba.”

Encerramos esta edição com uma história contada pelo fotógrafo João Urban, curitibano nascido 74 anos atrás, no bairro das Mercês – que na época ficava nos limites de Curitiba, e era conhecido como “Campo da Galícia”.

Nesta deliciosa entrevista aos pesquisadores Elza Oliveira Filha e Humberto Michaltchuk, Urban desfia curiosidades históricas sobre a Curitiba daquela época e sobre o início de sua carreira como fotógrafo, passando pelos trabalhos com bóias-frias e com imigrantes poloneses e ucranianos que o tornaram célebre.

Entre os causos, está a história dos concursos do Foto Clube de Curitiba, que expunha os trabalhos vencedores nas vitrines das (ainda onipresentes) óticas da Praça Zacarias.

Vale a viagem.

Uma ótima semana 🙂
 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

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🛰️ Curitiba vista de cima

🛰️ Curitiba vista de cima

Bom dia!

É véspera de feriado, para quem não se lembra 🙂 Hoje mostramos como Curitiba mudou nas últimas quatro décadas, com a ajuda de imagens de satélite, e também indicamos alguns autores curitibanos para sua leitura de feriado.

Obrigada por nos acompanhar! Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos e 48 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 27 de abril

1. Curitiba vista de cima 🛰️

Se você pudesse entrar numa máquina do tempo e revisitar algum cantinho de Curitiba, quase 40 anos atrás… Para onde você iria?

Na última semana, isso se tornou (quase) possível: o Google Earth colocou no ar um recurso de Timelapse, que permite visualizar imagens de satélite ao longo dos últimos 37 anos, de qualquer lugar do mundo.

O Expresso colocou Curitiba nesta lupa histórica – e achamos algumas imagens incríveis, que mostram para onde a cidade cresceu e se expandiu nas últimas quatro décadas.

👉 Alguns dos resultados que mais nos impressionaram:

  • A ocupação recente do Tatuquara, Campo de Santana e Caximba, no extremo sul de Curitiba: os loteamentos e ocupações se intensificaram a partir dos anos 2000, de forma muito rápida. Dá para ver a mesma coisa na região do Sítio Cercado e Umbará, um pouco mais ao norte.

 

  • O adensamento populacional da Cidade Industrial de Curitiba, que foi idealizada como uma zona industrial, mas que hoje concentra algumas das vilas mais populosas da capital, em especial ao redor da avenida Juscelino Kubitschek, também conhecida como Contorno Sul. 
  • A manutenção de rincões verdes em determinadas áreas de Curitiba, como os parques pela zona urbana e, de forma mais chamativa, o Parque Iguaçu, na divisa com São José dos Pinhais, onde fica a nascente do poderoso rio Iguaçu. 🌳
  • O crescimento a olhos vistos da região metropolitana de Curitiba, como na expansão de São José dos Pinhais e Piraquara, a leste da capital, ou na região norte, com o crescimento de Colombo e Almirante Tamandaré.

 

Isso sem falar no impacto da estiagem do último ano, nas represas da região…

Nesta página, colocamos todos os destaques acima, com as animações que criamos. Mas você pode explorar por conta própria a ferramenta de timelapse do Google Earth clicando aqui.

Para ir mais a fundo: dê uma olhadinha no nosso site especial Curitiba em números, em que mostramos, no ano passado, para onde cresceu Curitiba e apontamos os bairros e regiões que mais cresceram, em mapas interativos. (O Expresso)

 

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2. Ficção com gosto de Curitiba 📚

Esta semana saiu uma lista bem interessante no Estado de Minasos livros brasileiros de ficção mais marcantes da década, segundo a opinião de 20 críticos, livreiros, pesquisadores e produtores culturais. (Estado de Minas)

E adivinha? Encontramos seis autores curitibanos por lá. 😊

Com um feriado à vista nesta quarta (21), pode ser uma oportunidade para começar um livro novo, com ficção da terrinha. 

Dá uma olhada nas obras destacadas:

  • Tudo pode ser roubado”, de Giovana Madalosso, que tem uma “protagonista excepcional” e “subverte as fórmulas da narrativa policial”, disse Mateus Baldi;
  • A fada sem cabeça“, de Luís Henrique Pellanda, uma coletânea de contos;
  • Na escuridão, amanhã”, de Rogério Pereira, sobre uma família de retirantes que se muda da roça para a cidade grande;
  • O professor”, de Cristovão Tezza – uma “reflexão dura, mas aguda, sobre a presença interminável do passado e da memória”, segundo José Castello;
  • A tirania do amor”, de Cristovão Tezza, a obra mais recente do autor;
  • O anão e a ninfeta”, de Dalton Trevisan, também uma coletânea de contos; e
  • Vertigem do chão”, de Cezar Tridapalli – que, aliás, tem Curitiba como um de seus cenários.


Curtiu? Clique nos links para saber mais e comprar as obras direto das editoras 🤓

 

3. Curtas ⚡

Efeitos do lockdown: vale dar uma olhada no nosso Monitor COVID-19 Curitiba para ver a queda na curva dos casos ativos da pandemia. A bandeira vermelha parece ter surtido efeito, felizmente. Mas não dá para descuidar: a mortalidade ainda é alta, como mostra este gráfico. (O Expresso)

Cheque gordo: a Olist, startup curitibana que ajuda empreendedores a venderem seus produtos pela internet, recebeu cerca de R$ 130 milhões para investir em fusões e na expansão internacional. Aos interessados: a empresa está com 300 vagas abertas. (Exame e LABS)

 

4. Jacu urbano

O clique de um jacu das Mercês, neste domingo, é de Estelita Carazzai. As aves também já foram flagradas por nossos leitores no Água Verde.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Façam público, nesta vila [de Nossa Senhora da Luz de Curitiba], que cada um dos moradores deve plantar, além do que tiver, quantidade de mandioca para efeito de quando for preciso.”

Encerramos esta edição com uma curiosa frase de exatos 255 anos atrás, em 19 de abril de 1766, quando Curitiba era uma pequena vila da capitania de São Paulo – e o império vivia sob a ameaça de uma guerra entre Portugal e Espanha pelo domínio do sul do Brasil.

A ordem era que os moradores de Curitiba plantassem mandioca além do necessário, para alimentar as tropas de colonização quando fosse preciso.

Curitiba estava situada no mais longínquo ponto da América portuguesa. Era, portanto, um entreposto chave para o império português num eventual conflito bélico.

O recado foi registrado no livro de 300 anos da Câmara de Curitiba – que tem, aliás, uma bela página sobre fatos históricos da capital, registrados pelas atas do Legislativo e pelos jornais da época.

Ficamos por aqui. Uma boa semana!
 

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