🏠 A segunda casa mais antiga de Curitiba

🏠 A segunda casa mais antiga de Curitiba

Bom dia!

Esperamos que você esteja bem 🙂 Hoje fazemos um rápido balanço sobre as mortes por COVID em Curitiba, trazemos mais uma coluna sobre imóveis históricos da capital e homenageamos uma atleta que nos deixou.

Aquele muito obrigada ao nosso novo apoiador, Ivo Reck Neto! Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 20 de abril

1. Um mês devastador 🖤

Você se lembra de um mapa que demos algumas edições atrás, com a distribuição de mortes por COVID em Curitiba? Pois bem: lamentamos informar que ele ficou bem, bem mais vermelho neste mês de março – o mês mais letal da pandemia até aqui

Analisamos alguns números do Painel COVID-19, da Prefeitura de Curitiba. Em resumo:

  • Tivemos 921 mortes pela COVID em março – quase o triplo do mês anterior, como dá para ver neste gráfico (O Expresso);
  • A faixa etária em que as mortes mais subiram foi a de 30 a 39 anos: a variação foi de impressionantes 500%; entre 40 e 49, a letalidade aumentou 350% (muito mais que a variação média do mês, que foi de 196%);
  • Como mostra este mapa, agora as mortes se espalham assustadoramente por quase toda a cidade. (O Expresso)


E, para completar, em nove bairros de Curitiba, mais de 10% da população já se infectou com o coronavírus: Caximba (atual campeão em incidência, com 13% de atingidos), Alto da XV, Batel, Hauer, Capão Raso, Pinheirinho, Novo Mundo, Santa Cândida e Rebouças. Veja o mapa completo de casos por bairro aqui. (O Expresso)

Para complementar a leitura: 📚

  • Um site que estima quando você será vacinado, com base na idade e UF de residência (alerta: pode desanimar 😓)
  • Parece que a fila em Curitiba parou? Pois parou mesmo, porque faltam vacinas – e, ainda por cima, porque os frascos da Coronavac duraram menos do que o previsto (Banda B e BandNews FM)
  • Do outro lado, o copo meio cheio: o número de casos novos caiu consideravelmente em Curitiba e, com isso, a cidade voltou a ter leitos vagos – ainda que a fila por UTIs se mantenha. (Tribuna do Paraná, Plural, BandNews FM)
     
 

2. O Expresso da História: uma casa simbólica 🏠

Hoje é dia de mais um mergulho no passado com o nosso colunista Diego Antonelli, que fala sobre o segundo imóvel mais antigo de Curitiba: a Casa Romário Martins. Conta mais, Diego:

A casa de número 30 localizada no Largo da Ordem – a famosa Casa Romário Martins – é o último exemplar da arquitetura colonial portuguesa em Curitiba. Ela é considerada a segunda edificação mais antiga da capital (atrás apenas da Igreja da Ordem), e o mais remoto espaço que serviu como moradia ainda de pé na cidade.


A Casa Romário Martins, no Largo da Ordem. Foto: SMCS


📅 A data precisa da construção é incerta. Sabe-se, por suas características, que a casa é do final do século XVIII. No entanto, a placa de identificação da Romário Martins aponta que a construção teria sido concluída em 1874. Faltam documentos que ajudem a precisar a data.

Múltiplas funções: a historiadora Maria Luiza Baracho, que pesquisou a história da casa, relata que um dos primeiros proprietários teria sido Lourenço de Sá Ribas, que adquiriu o imóvel da Irmandade do Santíssimo Sacramento. (Gazeta do Povo)

  • Depois de servir como residência, a casa foi adaptada no final do século XIX para se tornar um ponto comercial, primeiramente chamado Armazém do Paiva.

📃 Na primeira escritura do imóvel, datada de 1902, o proprietário era Guilherme Etzel, que mantinha no local um armazém de secos e molhados. A partir de 1930, o local foi batizado de Armazém Roque. A casa ainda abrigou um açougue e, no anexo construído ao lado, uma peixaria.

Restauro: As atividades comerciais continuaram até 1970, quando o imóvel foi declarado de utilidade pública e desapropriado pela prefeitura. Após o tombamento, o arquiteto Cyro Corrêa Lyra elaborou o projeto de restauro da casa, cujas obras foram concluídas em 1973.

E hoje?

  • Desde a década de 1970, o imóvel se transformou num espaço que guarda o acervo histórico da capital. A casa foi rebatizada de Casa Romário Martins, em homenagem a um dos mais importantes historiadores paranaenses.

 

3. Curtas ⚡

Tempo de pinhão: começou oficialmente em abril a temporada do pinhão no Paraná! Este vídeo explica qual a hora certa de colher: o pinhão maduro é marrom e, de preferência, está caído no chão. O pinhão verde pode ser prejudicial à saúde – então, não adianta derrubar pinha antes da hora. (Embrapa Florestas)

Feira do livrocomeça hoje o Feirão de Livros da Editora UFPR, com descontos mínimos de 40%. A compra online é feita diretamente com as editoras, neste link. (Bem Paraná)

Licença parental: duas empresas da cidade anunciaram que estenderam a licença parental a pais (caso da Volvo, em que os pais poderão tirar até seis meses) e a casais homoafetivos (caso do Boticário, em que pais e casais gays terão quatro meses de licença). (CNN Brasil e BandNews FM)

 

4. Lockdown

Um retrato do centro de Curitiba em pleno lockdown. O clique é de Gustavo Panacioni.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“A fama é passageira.”

Hoje, homenageamos uma vítima do coronavírus em Curitiba: a ex-corredora Roseli Machado, segunda brasileira a vencer a São Silvestre, em 1996.

Nascida no interior de São Paulo e criada como trabalhadora rural em Santana do Itararé (PR), Roseli vivia em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, onde tinha uma pequena empresa no ramo da construção civil. (Folha de S.Paulo)

Além de vencer a São Silvestre, a corredora participou da Olimpíada de Atlanta, também em 1996 – quando afirmou que “a fama era passageira” e era preciso “aproveitar a boa fase para ganhar dinheiro”. Sua carreira foi precocemente encerrada no ano seguinte, depois de uma cirurgia mal sucedida. (Folha)

Roseli esteve internada por duas semanas num hospital de Curitiba, mas faleceu na semana passada, aos 52 anos.

Que saibamos aproveitar a vida enquanto podemos.

Uma boa semana,
 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

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🚍 Menos linhas de ônibus em Curitiba

🚍 Menos linhas de ônibus em Curitiba

Mais uma terça-feira! ☕

Nesta semana, pedimos licença para perguntar: como está você, caro leitor/a?

Enquanto fazíamos esse Expresso, me deparei com um artigo sobre como nos tornamos mais isolados e solitários em tempos de pandemia. Faz falta demais encontrar os amigos, flanar pela cidade, conhecer seus novos espaços — e, ao mesmo tempo, me senti agradecida por ter esse espaço de diálogo com a cidade e suas pessoas.

Em meio a tantas restrições, é muito bom contar com você 🙂 Nesta semana também tivemos uma nova apoiadora, a Thalyta Cavalli. Obrigada! Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba. 

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7 minutos e 54 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 13 de abril

1. Os ônibus, um ano depois da pandemia 🚌

Hoje, vamos falar de um dos assuntos preferidos do curitibano: o ônibus. Que, aliás, anda meio combalido…

Segundo os dados oficiais, o sistema de transporte de Curitiba perdeu quase 100 milhões de passageiros em 2020, em comparação ao ano pré-pandêmico. A suspensão das aulas presenciais, o distanciamento social e a própria crise econômica levaram à crise. (Prefeitura de Curitiba)

  • No geral, os ônibus estão transportando cerca de metade dos passageiros que levavam antes – uma queda de 53%.

🤔 Mas quais linhas sofreram mais? Em algum lugar parou de circular ônibus?

🎲 A nossa analista de dados, Caroline Attilio, fez uma varredura nos dados abertos do transporte coletivo. Além disso, conseguimos um relatório da Urbs que mostra o detalhamento de passageiros por linha, antes e depois da pandemia.

Em resumo:

  • queda média de passageiros pelas linhas da cidade foi de 57%. Nas estações-tubo e terminais (leia-se, biarticulados, ligeirinhos e ligeirões), a diferença foi ligeiramente menor, de -51%.

  • Algumas das linhas que mais sentiram a variação foram as das universidades: o alimentador da Universidade Positivo, por exemplo, viu a demanda diária cair de 1.800 pessoas para 75 (uma queda de 96%); na linha Bom Retiro/PUC, a diferença foi de 91%. Mesma coisa com a Estudantes (que vai do centro ao Centro Politécnico da UFPR), cuja queda foi de 82%.

  • O impacto foi geral, do centro aos bairros: na verdade, das 234 linhas analisadas, só duas (Caiuá/Campo Comprido e Futurama/Sítio Cercado) registraram alta de passageiros.

O efeito colateral

A gente acabou descobrindo que, com a queda na demanda, Curitiba perdeu pelo menos 23 linhas de ônibus😧 Algumas foram mescladas, como a Guabirotuba e a V. Macedo (que viraram ‘V. Macedo via Guabirotuba’). Mas muitas mais foram desativadas temporariamente, como a Universidades, a Fredolin Wolf, a Jardim Itiberê, a Fazendinha/PUC… Veja a lista completa aqui.

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As linhas suspensas, em cinza, se concentram no eixo leste-oeste da cidade. O mapa completo está aqui.

⚠️ A Urbs ainda não sabe se elas voltarão depois da pandemia. A demanda não se recuperou com o passar dos meses, e só o tempo dirá sobre seu retorno.

E por que falar disso?

Primeiro, porque qualquer problema no sistema de ônibus atinge em especial os trabalhadores de baixa renda e as minorias, que dependem do transporte público para trabalhar, estudar e se locomover.

Segundo, porque a manutenção do transporte público durante a pandemia é um problema global: nos EUA, há cidades que querem cancelar o serviço aos fins de semana; em Nova York, já consideram cortar o serviço de metrô pela metade se não houver subsídio. (The New York Times, em inglês)

Em Curitiba, o município aprovou um auxílio emergencial às empresas de ônibus, que paga metade dos custos do sistema e vai durar até o fim de junho. (BandNews FM) 

  • Fica a dica: em outras cidades brasileiras, receitas do estacionamento rotativotaxas de aplicativos de transporte e receitas de publicidade em abrigos de ônibus também ajudaram a injetar recursos no sistema. (WRI Brasil)

Além de tudo, os ônibus ainda enfrentam o desafio de combater o coronavírus enquanto mantêm um serviço essencial para o ir e vir da população – infelizmente, pelo menos 21 motoristas e cobradores já morreram de COVID. As empresas pedem que os funcionários sejam vacinados o quanto antes, e a Urbs passou a bloquear o cartão-transporte de quem testou positivo para a doença. (Gazeta do Povo, Diário do Transporte e BandNews F

🗣️ E você, leitor? Tem usado o transporte público nos últimos meses? Como avalia o serviço? Está faltando ônibus? Conte para gente o que acha no oi@oexpresso.curitiba.br
 

2. Cultura Expressa: as dicas de abril 🎭

 

Começo do mês, como sempre, é tempo de falar das dicas culturais do nosso parceiro Curitiba de Graça, selecionadas pela Camile Triska.

Mostra plural: vai até o fim do mês, totalmente online e gratuita, a Mostra Literatura Paraná – que tem live com escritores consagrados, artistas mirins, leituras ao vivo e até duelo de MCs. As transmissões acontecem pelo YouTube, sempre às 12h, 16h e 20h.

Arte o ano todo: um dos principais eventos culturais da cidade, a Bienal de Arte Contemporânea de Curitiba se reinventou: além de online, neste ano ela vai durar o ano inteiro, com um tema por mês. Abril é o mês da videoarte, que pode ser acompanhada pelo instagram.

Teatro em casa: a Companhia Fluctissonante, daqui da terrinha, lançou dois espetáculos teatrais online e gratuitos, que podem ser acessados via YouTube ou Facebook.

Streaming leite quente: um longa-metragem de animação produzido em Curitiba estreou esta semana no Amazon Prime. O filme “O bem-aventurado”, do diretor Tulio Viaro, é encenado por bonecos e inspirado num conto russo.

Zequinha de Curitiba: essa é pra curitibano raiz: o icônico palhaço Zequinha, que dava nome a uma bala produzida por essas bandas e que marcou gerações, está de volta. O ilustrador Nilson Müller contou tudo nesta entrevista.

 

3. Curtas ⚡

 

Ainda a pandemia: voltamos à bandeira laranja nesta semana, mas não dá para facilitar. Curitiba continua com 100% de ocupação nas UTIs do SUS, e a média de mortes diárias ainda é muito próxima do recorde histórico: atualmente, perdemos em média 34 vidas por dia. (Gazeta do Povo e O Expresso Curitiba)

Banco novo: o último banco digital do pedaço é de Curitiba, o Banco Bari, da rede de concessionárias Barigui. Todo mundo quer ser uma fintech… (Neofeed)
 

4. Pela janela

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Um flagra de uma janela pitoresca no centro de Curitiba. O clique é de Gustavo Panacioni.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

Gosto de ler e escrever porque “lá não é aqui”.

Em tempos tão difíceis, encerramos mais uma edição com as palavras de uma artista curitibana – desta vez, a escritora Giovana Madalosso, autora de Suíte Tóquio e outros livros fenomenais.

Neste bate-papo recente, promovido pela Biblioteca Pública do Paraná e publicado na revista Cândido, a escritora fala daqueles momentos em que “a realidade aperta muito”“Confesso que fujo e vou morar dentro das minhas ficções, nas minhas crônicas e comentários – que é um pouco menos difícil do que viver nesta realidade”.

Faço delas as minhas palavras: “Sou muito feliz por fazer literatura. Usando toda essa angústia, catalisando toda essa coisa negativa para fugir, para escrever. Porque com palavras é como eu sei me defender do mundo.”

Que as palavras continuem a ampliar nossos universos.

Uma boa semana 🙂
 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

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🎉 Quem amanheceu mais velha hoje?

🎉 Quem amanheceu mais velha hoje?

Bom dia!

Hoje Curitiba amanheceu mais velha: 328 anos e… um dia. Para se reconectar à cidade, sugerimos um passeio pelos prédios desta pequena metrópole. Também falamos sobre a pandemia e fazemos uma homenagem a outro curitibano que aniversariou ontem… Adivinhe quem?

Obrigada pela leitura! Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 48 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 6 de abril

1. Olhe para o céu 🌤️

Esta é a semana de aniversário de Curitiba: a cidade que amamos fez 328 anos ontem, dia 29 É uma época um pouco triste para celebrar, com uma pandemia que fez tantas vítimas em nossa cidade e pelo mundo.

Mas a gente queria aproveitar a ocasião para sugerir um passeio ao ar livre, seguro e de íntima conexão com a cidade: andar pelo centro e admirar os primeiros arranha-céus de Curitiba.

🏙️ Quem faz o convite são as pesquisadoras do Morar nas Alturas, Elizabeth Amorim de Castro e Zulmara Sauner Posse – que montaram três roteiros super bacanas para entender o processo de verticalização de Curitiba.

  1. O primeiro mapeia os primeiros prédios erguidos na cidade, entre 1926 e 1943;
  2. O segundo identifica os edifícios comerciais que ainda hoje marcam a paisagem do centro de Curitiba, construídos entre 1944 e 1960;
  3. O terceiro, por fim, mostra os edifícios residenciais ou de uso misto construídos na área central nas décadas de 1940 a 1960.

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Você reconhece este edifício? Ele foi considerado o primeiro condomínio do Paraná, e fica em frente a uma praça icônica de Curitiba. Saiba mais aqui.
 

Dá inclusive para fazer o passeio de forma virtual, clicando nos links acima e explorando as fotos incluídas pelas pesquisadoras em cada um dos pontos – há preciosidades como fotos antigas e até as propagandas de lançamento dos edifícios, como esta da antiga sede do Clube Curitibano.

Algumas curiosidades:

  • Lá naquele início, a verticalização de Curitiba estava muito ligada à ideia de modernização e embelezamento da urbe. Os arranha-céus (os primeiros não tinham mais que quatro andares) eram um símbolo do progresso, e vieram junto com o asfalto, a definição de padrões construtivos e o alargamento das ruas;
  • “Depois que surgiu esse negócio, ninguém mais quer ser industrial”: era o que vaticinava um jornal da época, em 1940. “Com o salário de um funcionário [o ascensorista que faz as vezes de cobrador de aluguel], o capitalista resolve o seu caso. Uma fábrica dá mais trabalho e… menos lucro”;
  • Mas a maioria dos jornais, na verdade, exaltava a verticalização: “uma notável contribuição ao progresso de nossa cidade”, dizia esta notícia sobre o edifício José Loureiro, de 1949, que afirmava que os empreendimentos “elevavam Curitiba à categoria de uma grande metrópole”.

🤿 Para ir a fundo:

 

2. As curvas que não gostaríamos de acompanhar 📈


Seremos objetivos no assunto obrigatório de sempre: a pandemia do coronavírus. 😷

Hoje, vamos deixar apenas um gráfico, para reflexão: 

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A mediana da idade das vítimas da COVID em Curitiba. Veja o gráfico completo aqui.
 

Essa curva descendente representa a idade média das vítimas de COVID em Curitiba, que vem caindo mês a mês. Lá em abril de 2020, era de 77 anos. Em março, chegou a 68 anos, segundo dados da Secretaria da Saúde do Paraná.

Ou seja: cada vez mais gente jovem, com menos de 60 anos, saudável e sem comorbidades, tem sido vítima do vírus. (Gazeta do Povo)

Mais do que nunca, não há grupo de risco. Cuide-se! A vacina logo vem 💉
 

3. Curtinha: páscoa solidária ⚡


Você sabia que tem gente passando fome em Curitiba, de sentir dor no estômago

“Não tem nada em casa. Só água mesmo”, contou Eliane Silva nesta entrevista à RPC. A catadora Daniele de Goes diz que “tem dias em que a gente come só polenta”. (G1 PR)

🍽️ A maioria das famílias é de catadores de recicláveis, que deixaram de sair por medo de se exporem ao vírus ou por falta de máscara e luvas – ou ainda, de pessoas ficaram desempregadas e agora, com o fim do auxílio emergencial, sentiram ainda mais a dificuldade de colocar comida no prato.

Há como ajudar: Uma paróquia da Vila Torres, no Prado Velho, está arrecadando permanentemente donativos e alimentos para ajudar 2.000 famílias, das comunidades Vila Torres, Portelinha, Icaraí, Parolin, Novo Guaporé, Tatuquara e Acrópole.

Dá para deixar as doações na Capela Nossa Senhora Aparecida (Rua Guabirotuba, 770, no Prado Velho), ou fazer um pix para a Congregação Missionária do Santíssimo Redentor (a chave pix é 41 99963-2350). A dica foi da leitora Carolina Cattani. Obrigada!
 

4. Pingos

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A cena de hoje é, na verdade, um conjunto de cenas belíssimas captadas em Curitiba pelo fotógrafo Daniel CastellanoNeste vídeo você confere todos os cliques, que receberam um toque animado especial.

A dica foi da leitora Lindamir Panacioni.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Preferi bater sola nas ruas e ver as coisas a ficar fechado num ateliê caprichando numa pintura acadêmica.”

A frase de hoje é de um curitibano que faz aniversário junto com a cidade: Poty Lazzarotto. O artista nascido em 29 de março de 1924 é conhecido pelos painéis espalhados por Curitiba, como na fachada do Teatro Guaíra ou atrás do Palácio Iguaçu.

Nesta entrevista ao Estado de S.Paulo, provavelmente a última concedida antes de sua morte, em 1998, Poty afirma que, “quando pequeno, morria de inveja do ilustrador de cartaz de cinema, porque muita gente via seu trabalho”.

Vem daí, provavelmente, o gosto pelos murais – que não ficam fechados em ateliês ou galerias, mas ajudam a democratizar a arte.

Ah, para quem não sabe, Poty também se notabilizou por ilustrar livros, como a primeira edição de Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Aqui ele conta um pouquinho sobre sua infância e juventude em Curitiba, e aqui tem um pequeno roteiro dos painéis de Poty espalhados pela cidade. (UFRJ, Paraná Portal e Sentidos do Viajar)

Que a cidade continue a nos encantar.

Uma boa semana!
 

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🚨 Onde a pandemia é mais letal em Curitiba

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Chegou o seu Expresso de terça ☕

Hoje a edição também está expressa: para não fugir do assunto obrigatório, falamos do mapa das mortes por coronavírus em Curitiba, mas também mostramos uma cena de resiliência e celebramos um personagem que ajuda a enxergar beleza nas ruas da cidade.

Um muito obrigado por sua leitura em mais essa semana! Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba. 

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Tempo de leitura da edição de hoje:
5 minutos e 42 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 30 de março

1. Onde mais se morre por COVID em Curitiba? 😷

Passamos por mais uma semana difícil da pandemia em Curitiba:

Espiando mais os dados da prefeitura de Curitiba, encontramos um mapa que mostra onde a mortalidade pelo coronavírus é mais acentuada desde o início da pandemia: 


A evolução dos óbitos por COVID em Curitiba: quanto mais vermelho, maior a concentração de mortes confirmadas pelo coronavírus. Veja o mapa completo aqui.
 

As manchas em vermelho apontam para os seguintes lugares:

  • Região do centro e arredores, onde há maior densidade populacional;
  • Cabral;
  • Bigorrilho;
  • Cajuru;
  • Boqueirão;
  • CIC, em especial na Vila Nossa Senhora da Luz;
  • Sítio Cercado.

É interessante que esses lugares não são necessariamente os bairros com maior incidência do vírus – como mostra nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Os campeões em número de casos, como já mostramos aqui, são Alto da XV, Batel, Caximba, Hauer e Capão Raso. Por que, então, é em outros lugares que morre mais gente?

Ao Expresso, o diretor do Centro de Epidemiologia da Prefeitura de Curitiba, Alcides Souto de Oliveira, disse, em suma, que:

  • Alguns desses bairros, como Boqueirão e CIC, concentram grande população de idosos, que são mais suscetíveis ao vírus (ou, ao menos, à primeira cepa dele);
  • comportamento da população (leia-se, aglomerações e falta de cuidados como uso de máscaras) também é fundamental para explicar a mortalidade.

Recentemente, um grupo de pesquisadores de Curitiba, da plataforma Paraná contra a Covid, analisou a vulnerabilidade dos territórios da cidade, de acordo com a renda média, densidade populacional, percentual de idosos e condições de saneamento.

  • Resultado? Algumas das áreas de maior vulnerabilidade (como CIC, Sítio Cercado e Cajuru) coincidem com a concentração de mortes. 

Oliveira afirmou que o município tem trabalhado para diminuir a vulnerabilidade desses locais, direcionando recursos e pessoal para essas regiões. Ele negou que tenha havido desassistência, apesar da difícil situação das UPAs. (Bem Paraná)

👓 Vale ler a entrevista da secretária da Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, detalhando a situação no município, depois da abertura emergencial de quase 300 leitos que se esgotaram em dois dias: “Foi como jogar água numa terra que chupa tudo imediatamente. Não sobrou nada”, disse. “A doença agora é diferente. É um tsunami.” (Gazeta do Povo)

Para encerrar, uma boa notícia: Curitiba viu cair a letalidade da COVID-19 em nonagenários após a vacinação. Foi de 31,5% para 25%. Vem, vacina. 🙏 (Gazeta do Povo)
 

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2. Curtas ⚡️

Fala, Curitiba: quer escolher uma obra ou investimento prioritário para seu bairro? A prefeitura abriu consulta pública para definir as prioridades do orçamento do próximo ano. Dá para fazer a sugestão de forma online, ou pelo WhatsApp (41) 99876-2903, até o dia 31 deste mês.

Carência: a Volvo anunciou que vai suspender a produção de caminhões em Curitiba a partir desta terça (23), por falta de insumos (um problema global) e também pelo agravamento da pandemia. Cerca de dois mil funcionários serão atingidos com a decisão. (Época Negócios)

Investimento: a startup Laura, criadora do Robô Laura (já falamos dele algumas vezes – aqui e aqui), foi selecionada para receber R$ 700 mil do Banco Interamericano de Desenvolvimento. A solução P.A. Digital consegue acompanhar remotamente casos suspeitos de COVID-19 e, com o investimento, será implementada em até cinco municípios brasileiros. (Gazeta do Povo)

 
 

3. Resiliência

Num passeio pelo Cristo Rei, um flagra de resiliência pelo nosso leitor (e assíduo colaborador desta coluna) Andrea Torrente.

Se você também tem uma cena marcante de Curitiba aí no seu celular, envie para nós no oi@oexpresso.curitiba.br 😉
 

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4. Pra encerrar: em bom curitibanês

“A cidade conta inúmeras histórias em cada fachada, em cada detalhe. […] Com calma, atenção e amor, podemos escutar essas histórias que, somadas, fazem a cidade que vivemos.”

A frase de hoje é de um personagem que já ajudou a ilustrar algumas edições d’O Expresso: o fotógrafo Washington Takeuchi, que mantém o site Circulando por Curitiba.

Pé vermelho por nascimento e curitibano por adoção, ele deu uma entrevista recente à Gazeta do Povo em que fala sobre sua paixão por fotografar pequenas grandes cenas de Curitiba, como uma bucólica casa de madeira, um ângulo inusitado de um parque famoso, ou um cobogó escondido no centro.

Que nesses tempos difíceis saibamos encontrar a beleza das pequenas coisas, como faz Takeuchi.

Uma semana cheia de saúde a você 🙂
 

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⛔ Um ano de pandemia, uma semana de lockdown

⛔ Um ano de pandemia, uma semana de lockdown

Bom dia!

Na semana em que a pandemia completa um ano, falamos do lockdown e da presença negra em Curitiba, além de homenagear a biblioteca de um ilustre personagem da cidade.

Aquele obrigada especial à nossa nova apoiadora Lorena Nogaroli. Se você também vê valor n’O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba. 

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Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 56 segundos

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Terça, 23 de março

1. Bandeira vermelha 🚩

Chegamos aonde ninguém queria chegar: bandeira vermelha e lockdown em Curitiba. Vamos ser breves e diretos, como o momento exige, com uma imagem símbolo do atual momento da pandemia.

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Vivemos o pico não só de casos ativos, em amarelo, como também de mortes diárias, em vermelho: o coronavírus nunca matou tanto em Curitiba. Veja o gráfico completo aqui.
 

📰 Para completar, algumas leituras obrigatórias para entender o que enfrentamos:

Mais do que nunca: cuide-se, dos seus e dos outros! 🙏


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2. Onde vivem os negros de Curitiba? 👨🏿‍

Hoje é dia de mais uma valiosa contribuição da Adriana Baggio, semioticista e colunista d’O Expresso – que, com o mapa de Curitiba em mãos e a história da cidade na cabeça, fez uma reflexão sobre a presença negra na cidade:

Domingo, manhã de sol, 2020 a.P. (antes da pandemia). A praça João Cândido, no Alto São Francisco, animada com bandinha de rock, jogos para crianças e aulas de yoga. Armei minha cadeira de praia na altura do recém-reformado Belvedere. Havia casais, famílias, grupos de amigos. Mas sabe o que não havia? Pessoas negras. 

Onde estavam os negros de Curitiba, se foi justamente no Alto São Francisco que eles moraram, se organizaram, rezaram e festejaram? 

Parte da resposta pode ser encontrada no mapa abaixo: a comunidade que uma vez ocupou a região central da cidade vive hoje em suas margens geográficas.

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O centro de Curitiba, historicamente ocupado por africanos e afrodescendentes, concentra hoje a menor proporção de negros e pardos na cidade. Veja o mapa completo aqui.
 

🔢 Quase 20% da população curitibana é negra, segundo o último censo, de 2010. Mas a distribuição é bem distinta entre os bairros.

  • No Batel, Hugo Lange, Jardim Social, Bigorrilho, Alto da XV e Juvevêmenos de 5% dos moradores se autodeclaram pretos ou pardos.
  • Já em São Miguel, Campo de Santana, Tatuquara e Ganchinho, eles passam dos 30%. No Prado Velho, são 40%.

Mas já foi diferente: 40% era a população negra no planalto curitibano em 1854. Quem nos mostra isso — e também as estratégias de branqueamento da cidade de lá para cá — é o volume Dos traços aos trajetos: a Curitiba negra entre os séculos XIX e XX, organizado por Brenda dos Santos, Geslline Braga e Larissa Brum e publicado como Boletim da Casa Romário Martins.

  • O estudo mostra como a legislação de costumes e de edificações atuou para afastar a população negra do centro, área tradicionalmente ocupada por africanos e afrodescendentes, escravizados e libertos. 

🏰 O Palácio Belvedere é um exemplo. O edifício foi construído sobre os alicerces da Sociedade 28 de Setembro, fundada em 1895 e formada majoritariamente por mulheres negras. O nome é uma homenagem à data de promulgação da Lei do Ventre Livre, de 1871. A área havia sido doada à instituição pela Prefeitura, mas em 1915 foi desapropriada para a construção do Belvedere.

A poucos metros dali, fica a sede da Sociedade 13 de Maio, construída (e ainda de pé) no início do século XX na rua Clotário Portugal. Próxima também era a Sociedade Beneficente Protetora dos Operários, fundada em 1883 em frente à praça João Cândido, com numerosos associados negros.

❗ Estes clubes e sociedades foram cruciais para o movimento abolicionista e, depois, para promover a sociabilidade, a inserção social e as condições de vida dos recém-libertos. 

As ruas, as edificações e as sociabilidades que tanto apreciamos no São Francisco são legado da população negra de Curitiba. Alijada de seu espaço original, ela constitui hoje apenas 9% dos moradores do bairro.

  • Do prédio da Sociedade Beneficente dos Operários, aliás, restava apenas a fachada, e agora nem isso: puseram tudo abaixo para dar lugar a um novo equipamento público. Haverá nele alguma referência às origens étnicas e de classe da antiga construção? 🤔

🤿 Para ir mais a fundo:

Uma forma inicial de desfazer esse apagamento é conhecer o que está por baixo da reescritura – por exemplo, percorrendo a Linha Preta, roteiro que destaca as marcas da negritude curitibana. Quem quiser se aprofundar pode também consultar trabalhos como o já citado Dos traços aos trajetos e o livro Para além da placa: outras histórias da negritude em Curitiba.

 

3. Curtas ⚡️

Mais água: depois das chuvas das últimas semanas, a Sanepar aliviou o rodízio de água na grande Curitiba. Agora, serão 2,5 dias com água e um dia e meio sem. (Gazeta do Povo)

Novo horário: agora há pouco, saiu atualização do decreto de lockdown. Mercados funcionarão até 20h (e não mais até 18h), e restaurantes, até 22h (ainda só com delivery). (Prefeitura de Curitiba)

 

 

4. Depois da tempestade

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Que este belo pôr-do-sol no Capão Raso, registrado depois de um pancadão de chuva em fevereiro, nos ajude a lembrar que, depois da tempestade, sempre vem a bonança. O clique é da leitora Adriana Brum.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Na minha biblioteca eu me alimento, escrevo, reescrevo. A minha biblioteca passou a ser o meu planeta.”

Em semana de lockdown, nada como ressignificar o ‘estar em casa’ com a ajuda do Paulo Venturelli, escritor nascido em Brusque (SC) e radicado em Curitiba – e famoso por manter um apartamento inteirinho, no bairro do Bacacheri, só para seus livros.

Ele conta mais sobre essa experiência “de estar diariamente cercado de livros por todos os lados, que é a minha defesa contra o mundo” nesta entrevista ao projeto Um Escritor na Biblioteca, da Biblioteca Pública do Paraná.

Todas as (excelentes) entrevistas do projeto, aliás, estão disponíveis gratuitamente e de forma online, assim como outras obras de escritores paranaenses, pelo Selo Biblioteca Paraná.

Fiquemos em casa! De preferência, cercados do que nos faz feliz 🙂

Uma boa semana para você.

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💉 A corrida da vacina

💉 A corrida da vacina

Seu primeiro Expresso do dia já está aqui 

Hoje, trazemos mais alguns destaques da pandemia do coronavírus (e da urgência da vacinação) em Curitiba, além de falarmos do edifício mais antigo da cidade (você sabe qual é?) e homenagearmos um ícone da arquitetura curitibana.

Aquele muito obrigada aos novos apoiadores Lis Claudia e Michael Siegwarth. Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 16 de março

1. A corrida pela cura 💉

Infelizmente, passamos por mais uma semana difícil no combate ao coronavírus:


⛔ Em Curitiba, Alto da XV e Batel continuam sendo os bairros com o maior percentual de casos confirmados entre seus moradores. (O Expresso Curitiba)

💉 Enquanto isso, segue a luta pela imunização, ainda que a passos lentos. Por curiosidade, fizemos uma comparação entre o ritmo de vacinação em Curitiba e em outras capitais do país. A boa notícia é que nossa cidade está um pouco acima da média brasileira; a má é que ainda está muito atrás da maioria das capitais que consultamos, como Porto Alegre, São Paulo, Manaus e Recife.

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O gráfico (disponível aqui) mostra o percentual da população imunizada contra o coronavírus, por cidade. A média brasileira é de apenas 3,88%; no Chile, esse índice é de 19%, e nos Estados Unidos, de 24%. Curitiba é a quarta linha de baixo para cima.


Mais do que nunca: cuide-se, caro leitor. Cuide de sua família, use máscara (tripla, e até duas, uma por cima da outra!) e, se puder, não saia de casa. (UOL)


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2. O Expresso da História: o imóvel mais antigo de Curitiba 

Hoje é dia de nova coluna O Expresso da História, do nosso parceiro Diego Antonelli – que leva você, leitor, a um passeio ao passado.

Depois do sucesso do último ano, em que falamos de empresas e indústrias que entraram para a história de Curitiba, agora a missão é contar um pouco sobre alguns dos imóveis antigos que embelezam a capital paranaense. E o primeiro personagem é a edificação mais antiga de Curitiba: a Igreja da Ordem. Conta mais, Diego:

A Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas – ou simplesmente, a Igreja da Ordem – é considerada a edificação mais antiga de Curitiba, segundo a Fundação Cultural da cidade e também o Núcleo História, Memória e Imagem, da UFPR.

📿 Ela foi construída em 1737 (284 anos atrás!), “sob a invocação de Nossa Senhora do Terço, pelo Tenente Coronel Manoel Rodrigues da Mossa e sua esposa Helena Rodrigues Coutinho”, de acordo com a pesquisa da UFPR. Passou, assim, a ser conhecida como Igreja de Nossa Senhora do Terço

  • A igreja só foi receber o nome atual após a chegada da Ordem de São Francisco a Curitiba, em 1746. Pouco tempo depois, o edifício passou a abrigar um convento franciscano, de 1752 a 1783.

✝️ Logo depois, a edificação voltou a funcionar como igreja – tanto que, durante parte do século XIX, foi a paróquia dos imigrantes poloneses que viviam em Curitiba.

⛪ Por volta de 1834, uma parte da igreja desmoronou e só foi completamente restaurada em 1880 porque o imperador Dom Pedro II iria visitar a capital da então província do Paraná.

  • Somente em 1883 é que a Igreja teve a instalação da torre e dos sinos concluída. Nessa época, a igreja era frequentada, principalmente, por imigrantes alemães.

O templo foi tombado como patrimônio cultural em 1965. Foram necessários procedimentos de restauro em 1978 e 1980. No ano seguinte, passou a abrigar o Museu de Arte Sacra.

Curiosidade: durante novas reformas realizadas em 1993, foi encontrado entre as suas paredes um livreto, que fornece dados sobre a história da construção da Igreja.

 

3. Curtas ⚡️

Copo meio cheio: a Sanepar anunciou nesta semana que o rodízio no abastecimento de água só acaba quando os reservatórios de Curitiba e região chegarem a 80% da capacidade. A boa notícia é que, neste mês, eles atingiram a marca de 56%, depois de dez meses de estiagem recorde e capacidade abaixo da metade. (BandNews Curitiba)

Semana delas: para marcar o Dia Internacional da Mulher, alguns espaços culturais da cidade têm programação especial – e online. O Museu Oscar Niemeyer vai promover na quarta (10) um debate sobre mulheres na pintura paranaense; o Cine Passeio exibe filmes de diretoras brasileiras, argentinas e colombianas; e a Biblioteca Pública do Paraná celebra com oficinas de arte e contação de histórias online sobre ‘mulheres que mudam o mundo’. (Reinaldo Bessa e Biblioteca Pública do Paraná)

Memorial: Curitiba vai ganhar uma pequena nova praça, na esquina da Cruz Machado com a Visconde de Nácar, próxima à rua dos Chorões. Será um memorial em homenagem às vítimas da COVID-19 na cidade. (HAUS)

 

4. Um artista aos olhos de outro

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O painel do nosso Poty Lazzarotto homenageia outro grande artista: o mestre renascentista Michelangelo. O clique, no bairro do Cabral, é de Estelita Carazzai.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“O que faz mudar a cidade é a vontade política.”

Encerramos a edição de hoje com uma homenagem ao arquiteto Manoel Coelho, nascido em Florianópolis e radicado em Curitiba, que faleceu na semana que passou. (Plural)

Coelho foi o autor de alguns dos símbolos da cidade, como os campi da PUCPR e da Universidade Positivo, o abrigo dos pontos de ônibus, as lixeiras do Lixo que Não é Lixo e o prédio da RodoferroviáriaNesta entrevista, ele fala um pouco sobre sua trajetória ao lado de outros ícones do urbanismo de Curitiba. (HAUS e Revista Área)

Aliás, a casa em que Coelho vivia, um ícone brutalista no bairro São Lourenço, está à venda desde o ano passado. (HAUS)

Uma ótima semana, se cuide e até terça!

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🚨 Os bairros mais afetados pelo coronavírus

🚨 Os bairros mais afetados pelo coronavírus

Bom dia!

Chegou o seu Expresso desta terça ☕

Hoje voltamos a um clássico desta news, com os casos de coronavírus por bairro de Curitiba (adivinhe quais foram os campeões?), e as dicas culturais do mês, entre otras cositas más

Obrigada por sua leitura! Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos e 54 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 9 de março

1. Alto da XV e Batel: campeões em incidência da COVID 🦠

Em meio à alta de casos (e, principalmente, de internações) do coronavírus aqui e no Brasil, resolvemos voltar a um clássico do Expresso: os casos de COVID-19 por bairro de Curitiba. (G1 e Gazeta do Povo)

Fuçando por aqui, descobrimos que a prefeitura de Curitiba colocou recentemente (e discretamente) no ar um portal cheio de dados e visualizações sobre a pandemia 🤯 E entre eles, estão os tão visados dados sobre os casos de COVID por bairro (que já eram divulgados antes, mas sumiram dos últimos relatórios semanais da Secretaria da Saúde).

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Em tons escuros, estão os bairros mais afetados pelo coronavírus em Curitiba, desde o início da pandemia, há quase um ano. Veja o mapa completo aqui.
 

Eis as conclusões, com base nos dados da última semana:

🏆 O Alto da XV e o Batel são os campeões em incidência da COVID-19 em Curitiba: eles têm um coeficiente de aproximadamente 1.000 casos por 10 mil habitantes. 

  • Isso quer dizer, em resumo, que 10% da população desses bairros já se contaminou pelo coronavírus.


🎯 Outros bairros da região central com alta taxa de incidência do coronavírus são Alto da Glória (8,3% da população já contaminada), RebouçasMercês e Bom Retiro (estes, com aproximadamente 7,5% da população afetada).

🖐️ Mais ao sul, aparecem em destaque, como bolsões vermelhos, HauerNovo MundoCapão Raso e Pinheirinho, além do Caximba (todos com entre 9% e 8,5% de contaminação) – demonstrando a alta incidência de casos na região Sul de Curitiba.

📉 Entre os bairros com menor incidência, estão alguns dos menos populosos, como Lamenha Pequena e São Miguel, mas também o Tarumã, o Jardim Botânico e o Jardim das Américas – coincidência ou não, alguns deles têm um elevado percentual de casas, em vez de apartamentos. (O Expresso)

☠️ Infelizmente, o painel da prefeitura não detalha os óbitos por bairro (coisa que já pedimos via Lei de Acesso à Informação, mas que não nos foi franqueado). Isso só dá para ver por regional da cidade: a Matriz (leia-se, região central) é a com maior coeficiente de mortalidade, seguida pelo Pinheirinho.

Status: como mostram os dados do Monitor COVID-19 Curitiba, continuamos em tendência de alta na pandemia em Curitiba – e pior que isso, com uma situação gravíssima nos hospitais. Uma projeção indica possibilidade de colapso do sistema de saúde nesta semana. Por você e pelos outros: fique em casa. (Plural)


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2. Cultura Expressa: as dicas de março 🎭

Com mais um começo de mês, chega também a nossa já tradicional coluna de dicas culturais do Curitiba de Graça. A curadoria é de Camile Triska: 

Cine em casa: mesmo com bandeira laranja, o Cine Passeio continua com sua programação virtual. Em cartaz nesta semana, um filme independente argentino, um documentário brasileiro e filmes do circuito comercial, como “Mambo Man” e “O Muro”.

Madrugada adentro: foi feito assim, e em isolamento, o novo álbum do músico Murilo Silvestrim, radicado em Curitiba e que resolveu botar em música as agruras da quarentena. Dá para ouvir na íntegra no Spotify.

Escrever como experiência: estão abertas as inscrições para a oficina (virtual) de leitura e escrita da Biblioteca Pública do Paraná. Em encontros semanais, a escrita acontece a partir de uma experiência de leitura – e já deu origem a uma coletânea de contos.

Fadas do mundo real: duas artistas curitibanas, uma ilustradora e uma escritora, criaram um projeto no Instagram para mostrar como seriam as fadas contemporâneas, refletindo sobre os problemas femininos.

Mesa posta: a partir do dia 9 até o fim do mês, vai rolar um festival gastronômico raiz, o Festival do Pê Éfe. Pratos tradicionais de 22 restaurantes de Curitiba serão servidos por delivery e com frete grátis.

 

3. Curtas ⚡️

Dados abertos: neste sábado, dia 6, celebra-se o Open Data Day em diferentes partes do mundo. O Code for Curitiba organiza, de forma gratuita e online, o Open Data Day Curitiba: uma série de conversas que incentivam a utilização de dados para proposta de soluções para a cidade. O Expresso, aliás, é um dos apoiadores do evento. (Curitiba de Graça)

Para mulheres: na semana da mulher, algumas ideias de cursos, palestras e oportunidades que fomentam a liderança feminina em empresas e startups por aí. (Gazeta do Povo)

Vocabulário antirracista: na semana passada, falamos do projeto Mãos em Mãos; hoje, trazemos outra iniciativa antirracista, de alunos da Universidade Positivo, que fizeram uma série sobre termos racistas que usamos no dia-a-dia, muitas vezes sem perceber. A série está disponível na GloboPlay. (RIC Mais)

 

4. Leitura de luz

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Um flagra da arte da @isadorafava, ali na Carlos de Carvalho.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Dormir está muito longe de ser perda de tempo: dormir é essencial.”

Se você dormiu alguns minutinhos a mais nesta manhã chuvosa, está tudo bem. Quem fala é o Fernando Louzada, um paulista que vive em Curitiba há quase 20 anos e leciona na UFPR, onde coordena o Laboratório de Cronobiologia Humana.

Esta é uma frase que soa um tanto contraditória para quem já passou algumas madrugadas fechando O Expresso – mas a gente jura que apoia. Neste recente TEDxTalk, Louzada defende o sono (e os sonhos) como aliados da memória, da cognição e da criatividade.

Segundo o professor, os sonhos, vejam que mágico, criam simulações da realidade, prevendo possibilidades de futuro. “Temos que aproveitar esse potencial de solução de problemas dos sonhos”, diz.

Uma boa semana (com muitos sonhos!) pra você 😴

Até terça que vem!
 

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💉 Vai e vem da vacina

💉 Vai e vem da vacina

Bom dia!

Depois de uma pausa para um carnaval não carnavalesco, chegamos com mais uma edição d’O Expresso. Hoje falamos sobre a quantas anda a vacinação contra o coronavírus pela cidade, e também de uma obra de arte curitibana filmada com drones. Ficou curioso?

Aquele obrigado de coração aos novos apoiadores Claudia Lubi e Rômulo Candal. Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba. 

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7 minutos e 54 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 2 de março

1. Faltou vacina em Curitiba 💉

Pois é: depois de algumas semanas de esperança, a vacinação contra o coronavírus parou em Curitiba. Por quê? Faltam doses. (Plural)

👉  Entre todo mundo que espera pela picada, as doses disponíveis em Curitiba (que foram compradas pelo Ministério da Saúde e distribuídas aos estados e municípios) só chegaram até os idosos com mais de 85 anos – além dos profissionais de saúde. As vacinas foram aplicadas até sexta (19) ao meio-dia, e o estoque foi reservado para a segunda dose de quem já se imunizou. Depois, só quando tiver mais.

A gente fez uma visualização (sempre ela) sobre o ritmo da vacinação na cidade, com base nas informações divulgadas pela prefeitura de Curitiba. Eis o que conseguimos:

A montanha-russa da vacinação em Curitiba: o pico foi no início de fevereiro; depois, com a vacinação de idosos, o ritmo diminuiu. Consulte o gráfico completo aqui.
 

🖊️  Alguns destaques:

  • média de vacinados por dia é de 2,1 mil pessoas, com picos de quase 6 mil.
  • As quedas no gráfico coincidem com os finais de semana.
  • O ritmo de imunização também diminuiu consideravelmente depois do início da campanha para idosos com mais de 90 anos (que, obviamente, formam uma população menor que a dos profissionais de saúde, vacinados no começo da campanha). Até agora, cerca de 70% das doses aplicadas em Curitiba foram para os profissionais de saúde.
  • Mantendo-se o ritmo atual, Curitiba levaria mais cinco meses, ou até julho, para vacinar todos os idosos com mais de 60 anos (e isso só com a primeira dose).
  • A prefeitura diz que tem capacidade para imunizar até 15 mil pessoas por dia, ampliando os locais de vacinação pela cidade – e sustenta que o problema mesmo é que falta vacina. (Prefeitura de Curitiba)

De fato, a distribuição das doses pelo país tem sido irregular e a conta-gotas, como dá para ver neste painel do Ministério da Saúde. O governo federal prometeu enviar novas (e muitas) doses da vacina ao Paraná a partir desta terça (23). Ainda não se sabe quantas delas virão para Curitiba, mas a expectativa é que o ritmo de imunização na cidade aumente. (Agência Estadual de Notícias)

Por enquanto… valem as recomendações de sempre. Os números da pandemia continuam elevados, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Evite aglomerações, use sempre a máscara, lave bem as mãos e, se puder, fique em casa! 

Vale lembrar: a gente conseguiria contar melhor essa história se a divulgação de informações pela prefeitura de Curitiba não fosse tão escassa. Na página municipal sobre o coronavírus, há apenas o placar de vacinados. Tivemos que fazer um trabalho braçal nas notícias da campanha de imunização para colher os dados diários.

 

2. Valsando conforme a música 💃

Já faz quase um ano, em meio a essa pandemia que virou nossas vidas de cabeça pra baixo, que precisamos dançar conforme a música.

Pois os artistas do Balé Teatro Guaíra, orgulhosamente de Curitiba, fizeram uma linda, linda, linda performance (sim, seremos superlativos a respeito!) para retratar esses tempos de isolamento. Não por acaso, ela se chama “Valsa de Apartamento”.

📹 O balé foi filmado com drones, na casa de cada bailarino. Dá para ver os detalhes da sala de estar, da varanda, do quarto dos artistas – que valsam sincronicamente, em meio a sofás e pisos de taco, um passo para lá, outro para cá.

“[A valsa expressa] o que todos sentimos: a necessidade de dar um passo atrás para em seguida dar um passo à frente. O ir e vir da vida nos lembra que momentos melhores virão”comentou o coreógrafo João Vitor Rosa. Não é tudo verdade? ❤️ (Agência Estadual de Notícias)

A obra, pelo seu ineditismo e beleza, saiu até no Jornal Nacional  – e deve ser só a primeira da temporada 2021 do balé.

👀  Dá para assistir os quatro minutos dessa valsa na íntegra aqui. Vale a pena. É de emocionar.

 

3. Curtas 

Ao ar livre: um programa bom e seguro para fazer em Curitiba, principalmente com crianças, é uma visita ao zoológico, que reabriu na última semana – naturalmente, com limite de visitantes por dia e uso obrigatório de máscara. (G1 PR)

Falando nisso: vale dar uma olhada no projeto do novo Museu de História Natural de Curitiba, anexo ao Jardim Botânico. O conceito arquitetônico foi apresentado no fim de janeiro pelo Ippuc. Pena que ainda não tem data para ficar pronto… Até lá, vale sonhar. (Gazeta do Povo)

Corrente antirracista: muito legal o projeto Mãos em mãos, que incentiva a leitura de livros antirracistas. A primeira obra escolhida para ser passada de leitor a leitor foi o “Pequeno manual antirracista”, de Djamila Ribeiro. Já leu? (Plural)
 

4. Últimos dias

Dizem que o ano só começa depois do Carnaval – então, estamos bem a tempo de divulgar este lindo calendário feito por mulheres do projeto curitibano Lute Todos os Dias. O valor arrecadado com as vendas é destinado a instituições e coletivos feministas. Dá para comprar nos locais de venda listados aqui.

A dica foi da nossa leitora Cristina Pagnoncelli, que é uma das artistas que produziu essa (e outras) obras de arte.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Eu ensino gente a não ter medo de gente.”

Encerramos esta edição com a curitibana Maite Schneider, mulher trans, advogada e cofundadora da Transempregos, um portal de empregabilidade para pessoas transgêneras.

A frase aí de cima é como ela se apresenta. Em palestra no TEDxFloripa, Maite falou de sua infância e juventude em uma família de classe média em Curitiba, e de como, ao iniciar sua transição de gênero, “foi do topo da pirâmide para se tornar uma pessoa totalmente invisível”. “Quando eu mostrava meus documentos, minhas competências não valiam nada.”

A Transempregos viabiliza cerca de cem contratações por mês, em áreas tão diversas quanto tecnologia, varejo e indústria. “Talento e competência não têm ligação com identidade e orientação sexual, mas essas características fazem um profissional diferenciado e extremamente resiliente”, disse nesta entrevista. (IstoÉ Dinheiro)

Ficamos por aqui. Até a semana que vem!
 

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🍃 Curitiba, capital ecológica?

🍃 Curitiba, capital ecológica?

Bom dia!

Ficamos até de noitinha preparando esta edição para você, que traz números sobre as áreas verdes de Curitiba. Também tem mais uma coluna O Expresso da História, que trata de uma antiga delícia curitibana… Adivinhe qual é? Ah! E não esquece que hoje tem a gente lá no Cultucada.

Aquele muito obrigada de sempre às novas apoiadoras Maria Teresa Romanó e Marleth Silva. Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba. 

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7 minutos e 48 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 23 de fevereiro

1. Áreas verdes, onde ficam? 🌳

Em tempos de isolamento, o que você vê quando olha pela janela: árvores ou prédios?

Apesar da alcunha de capital ecológica (e de, façamos justiça, ainda ser melhor nesse quesito do que muita cidade brasileira), Curitiba ainda tem ‘muitas Curitibas’ dentro de si quando o assunto é meio ambiente.

A gente d’O Expresso pediu à prefeitura, via Lei de Acesso à Informação, dados sobre áreas verdes por bairro de Curitiba. Conseguimos uma planilha bem completa, detalhando cada uma das 1.141 áreas verdes da cidade. E, como sempre, colocamos tudo em um mapa:


As áreas verdes de Curitiba são abundantes na região norte, mas pouco numerosas no centro e no sul da cidade. Confira o mapa completo aqui.

 

Já deu pra ver alguns “Saaras” no meio dos corredores verdes da cidade, não?

Alguns destaques:

  • As áreas verdes são compostas por parques e bosques, mas também por RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Natural, de que a gente já falou aqui), praças, jardinetes e até eixos de animação (aqueles trechos de área verde no meio de avenidas, como na Arthur Bernardes);
  • A maior parte da área verde de Curitiba é formada por reservas, parques e bosques (que somam 80% do total), mas uma fatia considerável é de praças, por exemplo;
  • Nem tudo nessa área verde, portanto, é efetivamente verde – como bem explica este trabalho de pesquisadores da Engenharia Florestal da UFPR, que em 2014 identificou que somente 70% das áreas verdes de Curitiba eram, de fato, cobertas por vegetação.


“A distribuição das áreas verdes ao longo do município de Curitiba e de suas regionais é desigual em quantidade e irregular quanto à sua disposição, existindo uma concentração de parque e bosques na região norte, e de áreas verdes culturais (praças, largos e jardinetes) na região central”, destacaram, quatro anos atrás, os pesquisadores Mayssa Mascarenhas Grise, Daniela Biondi e Hideo Araki, da UFPR.

👀 Ainda naquela época, já dava para observar: a região sul era a mais carente de áreas verdes em Curitiba. Parte desse problema foi contornado com a inauguração, em 2015, da maior reserva da cidade na CIC, o Refúgio de Vida Silvestre do Bugio. Mas bairros como Pinheirinho, Xaxim e Umbará ainda estão entre os que têm menos área verde per capita.

Observação importante: segundo esses dados, Curitiba tem um índice de 11,1 m2 de área verde por habitante – bem abaixo dos 60m2 divulgados pelo poder público em 2012. Mas esse cálculo leva em consideração o mapa de maciços florestais da cidade, e não as áreas verdes. Ou seja, aí é outro pano pra manga 🙂

PS: um agradecimento especial ao nosso leitor Eurico Borges dos Reis, que há algum tempo cantou essa história pra gente, e que enfim conseguimos tirar do papel. 

 

2. O Expresso da História, com gostinho de polvilho 🍪

A já tradicional coluna O Expresso da História de hoje vai deixar muita gente de água na boca. Quem conta a história de mais uma marca icônica da cidade é o nosso Diego Antonelli. Dessa vez, a personagem é a marca de biscoitos Tip Top:

🏅 Foi em 1970 que a Tip Top entrou no mercado para se tornar, em pouco tempo, a principal concorrente da multinacional Elma Chips em todo o Brasil. O que começou como uma modesta e sem grandes pretensões fábrica de biscoitos de polvilho se tornou uma empresa que deixou saudade para quem viveu e cresceu na década de 1980.

A empresa fundada pela família Rhinow produzia os mais variados tipos de biscoitos (doces e salgados), massas e salgadinhos. Em pouco tempo, os alimentos produzidos em Curitiba caíram no gosto das crianças e dos adultos, e ganharam o Brasil inteiro. 

🏭 A principal fábrica da Tip Top ficava na avenida Anita Garibaldi, entre os bairros do Juvevê e Cabral. Quem morava por perto dizia acordar com as sirenes de entrada dos funcionários, e conviver (melhor ainda!) com o cheirinho de biscoito assado no fim do dia. (Curitiba do Passado)

 

A antiga fábrica da Tip Top, em Curitiba. A foto foi divulgada no grupo Curitiba do Passado.

 

A fábrica da Anita Garibaldi era originalmente a Fábrica Lucinda, da família Groetzner, que foi incorporada pela Tip Top em 1980. Também especializada na fabricação de massas e biscoitos, a Lucinda foi fundada em 1912 por Paulo Groetzner, imigrante suíço – e, segundo a historiadora Roseli Boschilia, quase 80% da sua mão-de-obra era formada por mulheres. (UFPR)

Mais tarde, a fábrica da Tip Top foi transferida para Campina Grande do Sul. Porém, em 1993, a Tip Top teve sua falência decretada. (Jornale)

Curiosidade nostálgica:
Durante os anos 80, a Tip Top adotou um menino loiro como mascote. A sua figura se deliciando com as guloseimas da Tip Top era estampada em anúncios de gibis de circulação nacional. Você lembra? A estratégia alavancou as vendas da empresa que conquistou, de vez, o público infanto-juvenil.

 

3. Além do horizonte

O belo clique de hoje é do nosso leitor Andrea Torrente, dia desses, no Alto da XV.
 

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4. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Percebi o quanto sou privilegiado com o carinho das pessoas. Essa é a minha maior riqueza”.

A frase de hoje é daquelas bem derretidas que encerram telejornal – mas é de um ícone curitibano, o Riad Bark, dono do lendário bar Ponto Final e que contou uma história que merece o nosso registro. (Gazeta do Povo)

reduto boêmio no bairro São Francisco foi assaltado recentemente, durante a quarentena. Fizeram a limpa: levaram equipamentos de som, cervejas, bebidas e até leite condensado. O prejuízo foi estimado em R$ 70 mil. (Tribuna do Paraná)

Riad falou em fechar o bar. Mas amigos e clientes do lugar imediatamente se ofereceram para ajudar, e já arrecadaram o dinheiro necessário, em uma vaquinha virtual, para retomar o reduto – assim que a quarentena acabar 😉

Quem tem amigos tem tudo!

Uma boa semana, um bom Carnaval (em casa!) e até logo!
 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

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🚍 Onde você espera o ônibus?

🚍 Onde você espera o ônibus?

Bom dia!

Antes das notícias da edição, duas novidades legais por aqui: a primeira é que, a partir de agora, O Expresso conta com a expertise da Caroline Attilio em dados (o resultado você já vê na primeira nota). 

A segunda é que chegamos às ondas do rádio: o programa Cultucada é nosso novo parceiro, e vai transformar nossas edições em pequenos boletins para a rádio. É só sintonizar lá na Cultura 930 todas as terças, às 13h.

Um abraço de agradecimento para o nosso novo apoiador Juliano Zemuner. O convite permanece: se você curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba. 

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Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 20 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 9 de fevereiro

1. A cara da cidade 🚌

Falou em Curitiba, pensou em ônibus. O sistema de transporte público (que já viveu dias melhores, é verdade) é um símbolo curitibano. Mas… que cara ele tem?

Quem vai nos ajudar a responder essa pergunta é a super Caroline Attilio, a mais nova integrante da equipe e primeira analista de dados d’O Expresso 🎲 (viu que chique?) E fizemos isso por meio de um mergulho no tijolinho mais fundamental do sistema de transporte público: os pontos de ônibus.

A Carol pediu acesso aos dados da Urbs, como ela conta aqui – e código daqui, código dali, chegou a uma lista com todos os 7.103 pontos de ônibus espalhados por Curitiba e região metropolitana.

Sabe o mais curioso? Só 4% desses pontos são estações-tubo, sem dúvida a imagem mais icônica de Curitiba e que virou até souvenir turístico. Os mais numerosos, como a gente mostra no mapa abaixo, são os chapéus chineses (pra refrescar sua memória, são esses aqui).

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Cada cor representa um tipo de ponto: as estações-tubo, em laranja, estão nos corredores dos biarticulados. O novo mobiliário de Curitiba, em roxo, se concentra na região central. Na periferia, predominam os domus, em azul. Confira o mapa completo aqui.
 

🔍 Outros achados interessantes:

  • Espalhados por toda a cidade, os chapéus chineses, que estão em verde no mapa acima, representam 30% dos pontos de ônibus de Curitiba.
  • Já o novo mobiliário, aqueles pontos com um banco tipo cilíndrico e administrados pela Clear Channel, soma 28% e está concentrado na região central. O bairro com maior proporção deles é o turístico São Lourenço, caminho para a Pedreira Paulo Leminski e o Parque Tanguá, com 90% de pontos do tipo. Eles também abundam no Alto da XV, Jardim Social, Bom Retiro, Ahú e Batel (todos com mais de 70% de pontos desse tipo).
  • Na periferia é que estão os domus, um tipo de chapéu chinês arredondado – e, assim como ele, também feito de fibra de vidro. Eles são 10% do total. Mas, no Caximba e na Vila Fanny, por exemplo, representam cerca de 50% dos pontos.
  • Pouco mais de 580 pontos, ou 8% do total, são sem demarcação.


🤿 Você pode explorar o mapa completinho aqui. E aguarde, que essa é apenas a primeira colaboração da Carol Attilio n’O Expresso. Em breve, vem mais coisa por aí!
 

2. Cultura Expressa: as dicas de fevereiro 🎭

Começamos o mês com mais uma coluna do Curitiba de Graça, com dicas e curiosidades do cenário cultural da cidade. A seleção de hoje é de Camile Triska:

Flip-nalista: a escritora curitibana Márcia Pfleger é uma das finalistas na categoria Poesia do prêmio Off Flip, organizado pela Feira Literária Internacional de Paraty. Poesias inéditas da autora serão publicadas em coletânea a ser lançada na feira, que deve acontecer em julho. A última obra de Pfleger, Camélias Afônicas, está disponível em formato ebook.

Curitiba em VHS: vai até amanhã (quarta, dia 3) a mostra especial, online e gratuita do Cine Passeio dedicada a Tiomkim, produtor audiovisual de Curitiba falecido em janeiro. São três filmes do artista, feitos em VHS pelas ruas da cidade no início da década de 1990.

Falando em cinema: toda a programação do Cine Passeio está disponível online, pelo menos até amanhã. Na quinta-feira (4), é possível que as sessões presenciais retornem, segundo a administração do espaço.

Raízes culturais: sabe aquele pinhão estampado no petit-pavé da Rua XV? É um dos legados do Movimento Paranista, encabeçado por artistas como João Turin, João Ghelfi e Zaco Paraná, cuja história foi contada aqui.

Compadre amigo: o rapper curitibano Paladino fez uma parceria inédita com o icônico Compadre Washington e lançou uma música que mistura rap com axé. Dá para ver o clipe (com dançarinos de máscara!) no canal do rapper no YouTube.

 

3. Curtas ⚡

Utilidade pública: O vazamento de dados de mais de 220 milhões de brasileiros foi o maior da história, e as informações expostas podem facilitar a aplicação de golpes por aí. Se tiver interesse, segue um pequeno serviço a partir da experiência própria dos editores: 1) consulte se você está na lista do vazamento aqui (é seguro, a gente testou!); 2) se estiver na lista, existem alguns serviços que podem ajudar no monitoramento de possíveis fraudes. O Serasa Antifraude (pago) é um, e também há o Registrato do Banco Central (gratuito). (Tecmundo, Fui Vazado)

Balanço da vacina: em 11 dias de campanha, pouco mais de 23 mil pessoas já foram vacinadas contra a COVID em Curitiba. É muito bom, mas isso representa apenas 30% do primeiro grupo a ser vacinado, os profissionais de saúde (que ainda precisam receber a segunda dose). Como sempre, se cuide, não aglomere e acompanhe os números da pandemia no nosso Monitor COVID-19 Curitiba.

 

4. Fortaleza

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O clique da fachada da Santa Casa de Curitiba, que vive dias de combate à pandemia, é da leitora Adriana Brum.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Foi só depois dos 30 anos que eu comecei a existir de verdade. Antes disso, eu apenas vivi.”

Quem mais se identifica com a frase de hoje? 🙋 Ela é do produtor audiovisual Osval Dias de Siqueira Filho, o Tiomkim, um curitibano por adoção que faleceu no último dia 17.

Tiomkim chegou à cidade bem nesta fase, logo depois dos 30 anos, como contou nesta entrevista ao Guilherme Grandi, em 2018. Foi quando ele começou a frequentar oficinas na Cinemateca e no Museu da Imagem e do Som. Aí a verve de artista e produtor aflorou, e ele passou a se dedicar ao audiovisual. (Gazeta do Povo)

Até amanhã (dia 3), ainda dá para assistir online, e de graça, uma mostra de alguns dos filmes de Tiomkim, no Cine Passeio. (Curitiba de Graça)

Ficamos por aqui. Nos vemos na próxima semana!

 

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