🚨 Onde a pandemia é mais letal em Curitiba

Chegou o seu Expresso de terça ☕

Hoje a edição também está expressa: para não fugir do assunto obrigatório, falamos do mapa das mortes por coronavírus em Curitiba, mas também mostramos uma cena de resiliência e celebramos um personagem que ajuda a enxergar beleza nas ruas da cidade.

Um muito obrigado por sua leitura em mais essa semana! Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba. 

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Tempo de leitura da edição de hoje:
5 minutos e 42 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 30 de março

1. Onde mais se morre por COVID em Curitiba? 😷

Passamos por mais uma semana difícil da pandemia em Curitiba:

Espiando mais os dados da prefeitura de Curitiba, encontramos um mapa que mostra onde a mortalidade pelo coronavírus é mais acentuada desde o início da pandemia: 


A evolução dos óbitos por COVID em Curitiba: quanto mais vermelho, maior a concentração de mortes confirmadas pelo coronavírus. Veja o mapa completo aqui.
 

As manchas em vermelho apontam para os seguintes lugares:

  • Região do centro e arredores, onde há maior densidade populacional;
  • Cabral;
  • Bigorrilho;
  • Cajuru;
  • Boqueirão;
  • CIC, em especial na Vila Nossa Senhora da Luz;
  • Sítio Cercado.

É interessante que esses lugares não são necessariamente os bairros com maior incidência do vírus – como mostra nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Os campeões em número de casos, como já mostramos aqui, são Alto da XV, Batel, Caximba, Hauer e Capão Raso. Por que, então, é em outros lugares que morre mais gente?

Ao Expresso, o diretor do Centro de Epidemiologia da Prefeitura de Curitiba, Alcides Souto de Oliveira, disse, em suma, que:

  • Alguns desses bairros, como Boqueirão e CIC, concentram grande população de idosos, que são mais suscetíveis ao vírus (ou, ao menos, à primeira cepa dele);
  • comportamento da população (leia-se, aglomerações e falta de cuidados como uso de máscaras) também é fundamental para explicar a mortalidade.

Recentemente, um grupo de pesquisadores de Curitiba, da plataforma Paraná contra a Covid, analisou a vulnerabilidade dos territórios da cidade, de acordo com a renda média, densidade populacional, percentual de idosos e condições de saneamento.

  • Resultado? Algumas das áreas de maior vulnerabilidade (como CIC, Sítio Cercado e Cajuru) coincidem com a concentração de mortes. 

Oliveira afirmou que o município tem trabalhado para diminuir a vulnerabilidade desses locais, direcionando recursos e pessoal para essas regiões. Ele negou que tenha havido desassistência, apesar da difícil situação das UPAs. (Bem Paraná)

👓 Vale ler a entrevista da secretária da Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, detalhando a situação no município, depois da abertura emergencial de quase 300 leitos que se esgotaram em dois dias: “Foi como jogar água numa terra que chupa tudo imediatamente. Não sobrou nada”, disse. “A doença agora é diferente. É um tsunami.” (Gazeta do Povo)

Para encerrar, uma boa notícia: Curitiba viu cair a letalidade da COVID-19 em nonagenários após a vacinação. Foi de 31,5% para 25%. Vem, vacina. 🙏 (Gazeta do Povo)
 

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2. Curtas ⚡️

Fala, Curitiba: quer escolher uma obra ou investimento prioritário para seu bairro? A prefeitura abriu consulta pública para definir as prioridades do orçamento do próximo ano. Dá para fazer a sugestão de forma online, ou pelo WhatsApp (41) 99876-2903, até o dia 31 deste mês.

Carência: a Volvo anunciou que vai suspender a produção de caminhões em Curitiba a partir desta terça (23), por falta de insumos (um problema global) e também pelo agravamento da pandemia. Cerca de dois mil funcionários serão atingidos com a decisão. (Época Negócios)

Investimento: a startup Laura, criadora do Robô Laura (já falamos dele algumas vezes – aqui e aqui), foi selecionada para receber R$ 700 mil do Banco Interamericano de Desenvolvimento. A solução P.A. Digital consegue acompanhar remotamente casos suspeitos de COVID-19 e, com o investimento, será implementada em até cinco municípios brasileiros. (Gazeta do Povo)

 
 

3. Resiliência

Num passeio pelo Cristo Rei, um flagra de resiliência pelo nosso leitor (e assíduo colaborador desta coluna) Andrea Torrente.

Se você também tem uma cena marcante de Curitiba aí no seu celular, envie para nós no oi@oexpresso.curitiba.br 😉
 

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4. Pra encerrar: em bom curitibanês

“A cidade conta inúmeras histórias em cada fachada, em cada detalhe. […] Com calma, atenção e amor, podemos escutar essas histórias que, somadas, fazem a cidade que vivemos.”

A frase de hoje é de um personagem que já ajudou a ilustrar algumas edições d’O Expresso: o fotógrafo Washington Takeuchi, que mantém o site Circulando por Curitiba.

Pé vermelho por nascimento e curitibano por adoção, ele deu uma entrevista recente à Gazeta do Povo em que fala sobre sua paixão por fotografar pequenas grandes cenas de Curitiba, como uma bucólica casa de madeira, um ângulo inusitado de um parque famoso, ou um cobogó escondido no centro.

Que nesses tempos difíceis saibamos encontrar a beleza das pequenas coisas, como faz Takeuchi.

Uma semana cheia de saúde a você 🙂
 

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