🏠 A segunda casa mais antiga de Curitiba

Bom dia!

Esperamos que você esteja bem 🙂 Hoje fazemos um rápido balanço sobre as mortes por COVID em Curitiba, trazemos mais uma coluna sobre imóveis históricos da capital e homenageamos uma atleta que nos deixou.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 20 de abril

1. Um mês devastador 🖤

Você se lembra de um mapa que demos algumas edições atrás, com a distribuição de mortes por COVID em Curitiba? Pois bem: lamentamos informar que ele ficou bem, bem mais vermelho neste mês de março – o mês mais letal da pandemia até aqui

Analisamos alguns números do Painel COVID-19, da Prefeitura de Curitiba. Em resumo:

  • Tivemos 921 mortes pela COVID em março – quase o triplo do mês anterior, como dá para ver neste gráfico (O Expresso);
  • A faixa etária em que as mortes mais subiram foi a de 30 a 39 anos: a variação foi de impressionantes 500%; entre 40 e 49, a letalidade aumentou 350% (muito mais que a variação média do mês, que foi de 196%);
  • Como mostra este mapa, agora as mortes se espalham assustadoramente por quase toda a cidade. (O Expresso)


E, para completar, em nove bairros de Curitiba, mais de 10% da população já se infectou com o coronavírus: Caximba (atual campeão em incidência, com 13% de atingidos), Alto da XV, Batel, Hauer, Capão Raso, Pinheirinho, Novo Mundo, Santa Cândida e Rebouças. Veja o mapa completo de casos por bairro aqui. (O Expresso)

Para complementar a leitura: 📚

  • Um site que estima quando você será vacinado, com base na idade e UF de residência (alerta: pode desanimar 😓)
  • Parece que a fila em Curitiba parou? Pois parou mesmo, porque faltam vacinas – e, ainda por cima, porque os frascos da Coronavac duraram menos do que o previsto (Banda B e BandNews FM)
  • Do outro lado, o copo meio cheio: o número de casos novos caiu consideravelmente em Curitiba e, com isso, a cidade voltou a ter leitos vagos – ainda que a fila por UTIs se mantenha. (Tribuna do Paraná, Plural, BandNews FM)
     
 

2. O Expresso da História: uma casa simbólica 🏠

Hoje é dia de mais um mergulho no passado com o nosso colunista Diego Antonelli, que fala sobre o segundo imóvel mais antigo de Curitiba: a Casa Romário Martins. Conta mais, Diego:

A casa de número 30 localizada no Largo da Ordem – a famosa Casa Romário Martins – é o último exemplar da arquitetura colonial portuguesa em Curitiba. Ela é considerada a segunda edificação mais antiga da capital (atrás apenas da Igreja da Ordem), e o mais remoto espaço que serviu como moradia ainda de pé na cidade.


A Casa Romário Martins, no Largo da Ordem. Foto: SMCS


📅 A data precisa da construção é incerta. Sabe-se, por suas características, que a casa é do final do século XVIII. No entanto, a placa de identificação da Romário Martins aponta que a construção teria sido concluída em 1874. Faltam documentos que ajudem a precisar a data.

Múltiplas funções: a historiadora Maria Luiza Baracho, que pesquisou a história da casa, relata que um dos primeiros proprietários teria sido Lourenço de Sá Ribas, que adquiriu o imóvel da Irmandade do Santíssimo Sacramento. (Gazeta do Povo)

  • Depois de servir como residência, a casa foi adaptada no final do século XIX para se tornar um ponto comercial, primeiramente chamado Armazém do Paiva.

📃 Na primeira escritura do imóvel, datada de 1902, o proprietário era Guilherme Etzel, que mantinha no local um armazém de secos e molhados. A partir de 1930, o local foi batizado de Armazém Roque. A casa ainda abrigou um açougue e, no anexo construído ao lado, uma peixaria.

Restauro: As atividades comerciais continuaram até 1970, quando o imóvel foi declarado de utilidade pública e desapropriado pela prefeitura. Após o tombamento, o arquiteto Cyro Corrêa Lyra elaborou o projeto de restauro da casa, cujas obras foram concluídas em 1973.

E hoje?

  • Desde a década de 1970, o imóvel se transformou num espaço que guarda o acervo histórico da capital. A casa foi rebatizada de Casa Romário Martins, em homenagem a um dos mais importantes historiadores paranaenses.

 

3. Curtas ⚡

Tempo de pinhão: começou oficialmente em abril a temporada do pinhão no Paraná! Este vídeo explica qual a hora certa de colher: o pinhão maduro é marrom e, de preferência, está caído no chão. O pinhão verde pode ser prejudicial à saúde – então, não adianta derrubar pinha antes da hora. (Embrapa Florestas)

Feira do livrocomeça hoje o Feirão de Livros da Editora UFPR, com descontos mínimos de 40%. A compra online é feita diretamente com as editoras, neste link. (Bem Paraná)

Licença parental: duas empresas da cidade anunciaram que estenderam a licença parental a pais (caso da Volvo, em que os pais poderão tirar até seis meses) e a casais homoafetivos (caso do Boticário, em que pais e casais gays terão quatro meses de licença). (CNN Brasil e BandNews FM)

 

4. Lockdown

Um retrato do centro de Curitiba em pleno lockdown. O clique é de Gustavo Panacioni.
 

Acesse esta nota avulsa

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“A fama é passageira.”

Hoje, homenageamos uma vítima do coronavírus em Curitiba: a ex-corredora Roseli Machado, segunda brasileira a vencer a São Silvestre, em 1996.

Nascida no interior de São Paulo e criada como trabalhadora rural em Santana do Itararé (PR), Roseli vivia em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, onde tinha uma pequena empresa no ramo da construção civil. (Folha de S.Paulo)

Além de vencer a São Silvestre, a corredora participou da Olimpíada de Atlanta, também em 1996 – quando afirmou que “a fama era passageira” e era preciso “aproveitar a boa fase para ganhar dinheiro”. Sua carreira foi precocemente encerrada no ano seguinte, depois de uma cirurgia mal sucedida. (Folha)

Roseli esteve internada por duas semanas num hospital de Curitiba, mas faleceu na semana passada, aos 52 anos.

Que saibamos aproveitar a vida enquanto podemos.

Uma boa semana,
 

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