💉 Quem falta vacinar?

💉 Quem falta vacinar?

Bom dia!

Hoje falamos de chuva, de pandemia e prestamos homenagem a um ícone da astronomia indígena brasileira, que vivia aqui em Curitiba. Será que você o conhece?

Se você também gosta do trabalho d’O Expresso, conte para a gente! Caso queira apoiar nosso trabalho, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba. Para compartilhar esta edição, use os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 14 de setembro

1. Nem com dança da chuva 🌧️

Está certo que andou garoando bastante nos últimos dias, mas a situação das nossas represas (e torneiras!) não está muito melhor. O nível dos reservatórios de Curitiba e região continua estacionado na casa dos 50%, e o rodízio de água mais rigoroso (de 36h por 36h) permanece em vigor.

🤔 Na semana passada, a gente perguntou para a Sanepar que fim levou, afinal, aquele avião que prometia fazer chover. Poucos dias depois, a empresa divulgou um balanço do experimento. (Tribuna do Paraná e Agência Estadual de Notícias)

Em resumo:

  • O avião operou entre dezembro de 2020 e maio de 2021;
  • Foram realizados 47 voos, que ajudaram a provocar 32 chuvas;
  • O experimento foi mais bem-sucedido em março: foram 12 bilhões de litros de chuva, ou quase 70% de todo o volume gerado ao longo de seis meses;
  • Nos outros meses, o volume de chuva não passou de 2,4 bilhões de litros por mês. Em maio, mês final do experimento, chegou a apenas 5 milhões de litros.

 


Na faixa cinza, o período em que o ‘avião que faz chover’ foi testado. As chuvas de março ajudaram a recuperar as represas de Piraquara II e Iraí. Veja mais aqui.
 

Segundo a Sanepar, a ação ajudou para que o volume geral dos reservatórios, que estava em 31% em dezembro, subisse para 61% em abril. As represas de Piraquara/Iraí receberam 64% do volume de chuvas provocadas pelo avião, e a do Passaúna, 34%.

🤑 O experimento custou R$ 2,48 milhões. Mas, no fim das contas, a Sanepar não informou se pretende utilizar o avião novamente ou se vai acabar como a técnica de dessalinizar a água do mar, que foi testada em 2018: muito cara para pouco resultado. (Gazeta do Povo)

⚠️ Até as chuvas voltarem de vez (o que deve acontecer só em outubro), continue economizando água – trocando a mangueira pelo balde, tomando banhos mais rápidos, reaproveitando a água do banho e a da máquina de lavar para limpar a calçada. Dá para ouvir algumas das dicas neste episódio do podcast Conta Gotas. (Bem Paraná e Sanepar)
 

 

2. 90% vacinados 💉

A nota sobre a pandemia de hoje é aquela notícia do tipo copo meio cheio: graças ao avanço da vacinação por faixa etária, Curitiba chegou, enfim, a 90% da população adulta com pelo menos uma dose da vacina contra o coronavírus. (Plural)

  • São 1.321.105 pessoas vacinadas na cidade. Além disso, quase 40% da população já está imunizada (ou seja, completou o esquema vacinal, com duas doses ou dose única). 


👀 Se formos comparar, já chegamos perto do percentual de imunização dos Estados Unidos (que está em 51%), e também estamos bem acima da média brasileira, de 28%. (Our World in Data)

Mas… Nem tudo são boas notícias. Mesmo com o avanço da vacinação, cerca de 60 mil pessoas entre 25 e 39 anos ainda não apareceram para receber a vacina, como mostra este gráfico. Entre toda a população adulta, este número chega a 90 mil pessoas. (O Expresso)


Em cinza, as pessoas que ainda não tomaram a vacina, por faixa etária; em amarelo e verde, as que receberam uma ou duas doses. Veja o gráfico completo aqui.
 

E por quê? Segundo a prefeitura, tem a ver com os ‘sommeliers de vacina‘, que querem escolher a marca do imunizante. Pessoas que tiveram sintomas de COVID também precisam aguardar as repescagens para se vacinar – sem contar, é claro, com os negacionistas. (CBN Curitiba)

Na prática, quem deixa de se vacinar também prejudica os outros: os casos ativos de coronavírus voltaram a subir, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba.

  • Mais perigoso ainda: houve aumento de internamentos e mortes de idosos em Curitiba, desde agosto, em função da variante delta. A prefeitura já começou a aplicar a terceira dose neste grupo, e deve estender o reforço da imunização a todos com mais de 70 anos conforme houver doses disponíveis. (Prefeitura de Curitiba)

 

3. Cultura Expressa, uma despedida 😢

Hoje, teremos a última curadoria do pessoal do Curitiba de Graça, que encerra conosco a parceria de um ano. Agradecemos à confiança da Kristiane Rothstein e da Camile Triska, que gentilmente nos enviaram as dicas deste mês de setembro:

Lá no MON: nem só de OSGEMEOS vive o Museu Oscar Niemeyer. Nesta terça (31), o espaço inaugura uma exposição de arte africana, com peças oriundas de países como Mali, Nigéria, Camarões, Congo e Moçambique.

Pocket show: quem estiver à toa nesta quarta (1) pode conferir o pocket show de Mônica Salmaso, online e gratuito, na abertura do festival Revele seu Talento, da PUCPR.

Pizza no precinho: hoje (terça, dia 31) é o último dia para aproveitar o Circuito de Pizzas Curitiba Honesta, com releituras de sabores clássicos por R$ 35, R$ 45 e R$ 55.

Teatro para criançasum “João e Maria” diferente, em tempos de isolamento, é o tema da peça online e beneficente promovida pelo Amigos do HC. O espetáculo fica no ar até fevereiro, e toda a renda será revertida em prol do Hospital das Clínicas.

 

4. Procura-se

Um clique, na Rua Dr. Goulin, no Alto da Glória, daquilo que está meio escondido nos últimos dias aqui na cidade: o sol. Contribuição da nossa leitora Bruna Cattani.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Todos os mistérios estão no céu”.

Terminamos esta edição com a sensibilidade do sul-mato-grossense Germano Bruno Afonso, professor por quase três décadas da UFPR, morador de Curitiba e, infelizmente, mais uma das vítimas da COVID-19, na última quinta (26). (Tribuna do Paraná)

Uma das especialidades do professor foi a astronomia indígena brasileira, muito por conta das suas próprias raízes. Segundo ele, observando o céu, os indígenas monitoram os períodos de estiagem e chuva, de calor ou frio, e regulam a vida na Terra, adequando plantios, festas e acompanhando épocas de reprodução de peixes e animais. 

“Segundo os pajés, a terra nada mais é do que um reflexo do céu”, comentou nesta entrevista. Mais recentemente, uma das preocupações do professor era atualizar os calendários indígenas para contemplar os efeitos das mudanças climáticas.

Há poucos dias, em meados de agosto, Afonso deixou registrada sua última atuação docente nesta aula sobre Astrofotografia com o celular – em que dá dicas práticas e mostra as principais constelações indígenas.

Que o céu continue a guardar seus mistérios!
 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

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💸 Pra completar: inflação

💸 Pra completar: inflação

Bom dia!

Já está de mangas curtas, como nós? 😎☀️ A edição de hoje é curtinha, e fala sobre a alta dos preços em Curitiba, o novo espetáculo online do Balé Teatro Guaíra e um icônico empreendedor da cidade.

Um obrigada especial à nossa nova apoiadora, Mônica Santanna. Se você curte o trabalho d’O Expresso, conheça nossos planos em oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba. 

Você também pode nos escutar no Podcast Expresso de Curitiba, que toda sexta faz um breve recompilado das notícias da semana. E para compartilhar esta edição, use os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

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6 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 31 de agosto

1. Uma cidade cada vez mais cara 💰

Com certeza você reparou que a conta do supermercado está cada vez mais alta (não importa o quanto você esvazie a sacola), que o aluguel subiu, que a gasolina está nas alturas – isso sem falar na conta de luz e de água.

Pois é: Curitiba tem ficado mais cara. A inflação acumulada no último ano atingiu os dois dígitos no mês passado, chegando a 10,96%, segundo o IBGE

  • É um dos maiores índices do país: em julho, os preços em Curitiba avançaram mais que em todo o Brasil, quase o dobro da média nacional. Ao longo do ano, a cidade só perde para Rio Branco e Campo Grande. (G1 PR)

 


Curitiba está em terceiro lugar (em amarelo) no ranking das cidades com a maior alta de preços no último ano. Veja o gráfico completo aqui.
 

O que subiu mais:

  • Transporte, com inflação acumulada de 18,05% (houve uma alta de 92% em passagens aéreas e 39% em combustíveis no último ano);
  • Alimentação, com 15,79% (carnes estão quase 40% mais caras que um ano atrás, e óleos, 60%); e
  • Moradia, com 14,72% (o aluguel subiu, como já falamos aqui n’O Expresso, mas o que pesou neste ano foram principalmente o gás de cozinha, com 31% de alta, e a luz, com 25%).

 

O que mais tem pesado no bolso em Curitiba são transporte, comida e moradia. Em compensação, a educação ficou mais barata. Veja o gráfico completo aqui.


Por outro lado, também houve itens que ficaram mais baratos. Sabe o quê? Cursos de ensino superior e pós-graduação, cuja deflação em Curitiba foi de -9,41% e -13,35% ao longo do último ano (se ficou curioso, veja a lista mais completa de itens aqui). Parece ser uma boa oportunidade para quem quer estudar… 🤓


🔍 Vale lembrar: o impacto dos preços é desigual, e atinge mais os curitibanos de acordo com a faixa de renda. Um indicador do Ipea mostra que, para os mais pobres, a inflação pode ser até três pontos percentuais maior do que para os mais ricos – porque itens como conta de luz e aluguel pesam mais no bolso de uns do que de outros. (Ipea)
 

2. Curtas ⚡

Ameaça delta: depois de mais uma semana de leve aumento nos casos de coronavírus, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba, também aumenta a preocupação com a variante delta. Esta matéria mostra que, caso Curitiba repita o mesmo padrão de outras capitais, poderemos ter uma nova onda de casos em outubro. Vamos torcer para que a vacinação acelere a tempo! (Livre.jor)

Vontade de voar: mais uma vez, ficou belíssima a nova coreografia em vídeo do Balé Teatro Guaíra, “Birds”, com trilha sonora de Tchaikovsky e filmagens em vários pontos icônicos de Curitiba. Quer tentar reconhecer alguns no vídeo? (AEN)

Peixe bom: lembra do Olha o Peixe!, uma iniciativa que vende peixes direto do pescador aqui em Curitiba? Pois nesta semana, eles anunciaram que já geraram quase R$ 500 mil em renda para os pescadores artesanais do litoral do Paraná. (Plural)

 

3. Dose dupla

Um pouco do que está rolando, durante esta semana, lá no MONOSGEMEOS Gustavo e Otávio Pandolfo executam uma intervenção artística. A foto é de Ronaldo Souza (@rs_sou).
 

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4. Pra encerrar: em bom curitibanês

“O milho era um produto barato: era o que cabia no meu bolso.”

Hoje faz exatos 29 anos que o são-mateuense Valdir Novaki pediu à prefeitura para abrir um carrinho de pipoca em Curitiba – o que acabou lhe rendendo, muito tempo depois, o apelido de Valdir Pipoqueiro.

Este famoso empreendedor da cidade, que vende pipoca ali na Praça Tiradentes com kit higiene (fio dental e lencinho umedecido para limpar as mãos) e cartão-fidelidade, contou neste podcast por que decidiu apostar no carrinho de pipoca: porque o insumo era barato.

Não foi um percurso fácil: demorou 14 anos para que ele conseguisse sua licença. Nesse meio tempo, visitava pelo menos dois carrinhos de pipoca por mês, preenchendo três cadernos com anotações do que deveria ou não fazer.

Uma curiosidade: há quinze anos, segundo ele, havia 79 pipoqueiros licenciados em Curitiba. Hoje, são cerca de 150.

Uma boa semana pra você!

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🎨 Os Potys de Curitiba

🎨 Os Potys de Curitiba

Bom dia!

Hoje estreamos um novo mapa da série “Lugares que amamos” (adivinhe sobre o quê?), falamos da pandemia e também homenageamos uma feminista raiz de Curitiba, lá da década de 1940.

Um obrigada especial à nossa nova apoiadora, Ana de Angelo. Se você curte o trabalho d’O Expresso, conheça nossos planos em oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 42 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 24 de agosto

1. Lugares que amamos: as obras de Poty

Dando sequência à série de mapas dos lugares que amamos em Curitiba (que começou com as árvores mais legais da cidade), hoje estreamos mais um mapa colaborativoas obras de Poty Lazzarotto.

❤️  Este curitibano nascido no Cajuru tinha “uma relação de amor indissolúvel” com Curitiba, e nos brindou com painéis, esculturas e murais ao ar livre, esparramados pela região central, como um verdadeiro precursor da arte urbana. (UFPR)

  • “Quando eu era pequeno, morria de inveja do ilustrador de cartaz de cinema, porque muita gente via seu trabalho”, disse Poty numa entrevista em 1998, como já contamos por aqui. (O Expresso)

🔢  E quantas são as obras de Poty esparramadas por Curitiba? Difícil dizer. Só de obras tombadas pelo patrimônio cultural, são 32, a maioria delas em edifícios públicos e muitas em áreas externas. Isso sem contar obras em locais privados, como este painel num edifício no Cabral. (O Expresso)
 


Mapeamos algumas das principais obras de Poty Lazzarotto esparramadas por Curitiba. Confira e faça o passeio neste link.
 

Mas vale notar: uma interessantíssima dissertação sobre o trabalho de Poty, de Walmir de Faria Júnior, mostra que apenas 17% de suas obras compõem a paisagem urbana, e que a maioria dos seus trabalhos feitos em Curitiba foi encomendado por instituições privadas, como colégios, hotéis, indústrias e clubes. (UFPR)

Ou seja, esta é só uma pequena amostra de Poty, com a intenção de guiar um passeio diferente pela cidade e abrir nossos olhos para a arte.

✏️ Um último lembrete: este mapa, como todos os outros da série, é colaborativo. Se você souber de outros murais e painéis de Poty espalhados por Curitiba, compartilhe conosco no oi@oexpresso.curitiba.br. Vamos engrossar a lista!
 

 

2. Mais transmissão, mais casos

Essa é daquelas notícias que não gostaríamos de dar: a taxa de contágio do coronavírus em Curitiba aumentou. Como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba, o número de novos casos do vírus, no intervalo de uma semana, aumentou 14%. Dá uma olhada no gráfico:

Em amarelo, a média de novos casos por dia fez uma leve curva para cima desde o início de agosto. Veja o gráfico completo no Monitor COVID-19 Curitiba.


O que dizem os números:

  • Duas semanas atrás, a média diária de novos infectados pelo coronavírus em Curitiba era de aproximadamente 400. Hoje, este número está em 639;
  • A média diária de mortes também teve um leve aumento (passou de 13 para 15), e a ocupação de UTIs subiu a 74%. (Gazeta do Povo)

Por quê? Muito provavelmente, o aumento de casos se deve à emergência da variante delta, que já está em transmissão comunitária no Paraná e representa 45% das amostras testadas pela UFPR. Se persistir, isso pode alterar a cor da bandeira em Curitiba e até fechar colégios por surtos de COVID. (AEN, Plural, Tribuna do Paraná e Paraná Portal)

Mas e a vacinação? A vacina ajudou a reduzir a taxa de internação e de mortalidade, mas segue naquela montanha-russa a que estamos acostumados. A chamada de novas faixas etárias (estamos nos 26 anos) só acontece quando chegam novas doses – e a imunização da população depende da adesão coletiva, sendo que muita gente ainda não tem aparecido. (G1 PR)

🔎 Falando nisso, uma última informação que cavamos por aqui n’O Expresso: a taxa de abandono da segunda dose da vacina contra o COVID-19 em Curitiba é de 4,09%. Até a semana passada, 18.285 pessoas não haviam comparecido na data marcada para receber a segunda dose da vacina na cidade.

4,09% é alto ou baixo?

  • Em São Paulo, o percentual de faltosos é de 3,8%;
  • No Rio de Janeiro, está em 4,24%;
  • No Paraná, o governo estima que esta taxa gire em torno de 5% (são os municípios que contabilizam os números);
  • Em Porto Alegre, a taxa de faltantes varia de acordo com o tipo de vacina. Para a Coronavac, está em 8,2%. No caso da AstraZeneca, 6,9%.


Então, caro leitor, continue com os cuidados e se vacine, assim que tiver a oportunidade. Vacina no braço significa poder correr para o abraço depois 🙂

 

3. Curtas ⚡

Um alívio: lembra do baixo nível dos reservatórios de água de Curitiba, de que falamos na última edição? Pois essa chuva toda dos últimos dias ajudou a melhorar um pouco a situação – ainda que não acabe com a estiagem, é claro. (Tribuna do Paraná e Plural)

Bicicletários de volta? Quatro falecidos bicicletários de Curitiba devem voltar a funcionar em novembro, desta vez pelas mãos da iniciativa privada. Os espaços, no Jardim Botânico, São Lourenço, Pinheirinho e na avenida Arthur Bernardes, vão abrigar serviços de aluguel e estacionamento de bicicletas, além de uma lanchonete ou café. Não houve interessados no bicicletário do Centro Cívico nem do Carmo. (Gazeta do Povo)

Quitute local: uma coxinha e um pastel em formato de capivara, um dos símbolos curitibanos, ganharam as redes nesta semana. As iguarias podem ser provadas nas feiras noturnas do Água Verde e do Lindoia. (Plural)

 

 

4. Fim de dia

O clique de um recente pôr do sol no Cristo Rei, por Gustavo Panacioni.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Se hoje Curitiba ainda é considerada tradicional, naquela época era pior ainda.”

Terminamos esta edição com Elvira Kenski, uma das primeiras mulheres a andar de calça comprida em Curitiba, na década de 1940 – ela morreu na semana passada, aos 106 anos.

“Paravam e ficavam olhando pra gente”, contou ela sobre o passeio de calça pela Rua XV. “Eu não ligava para o que os outros pensavam.” (RPC)

Nesta entrevista, a descendente de poloneses fala sobre o preconceito que sofria por “ser polaca e filha de operário”, e sobre a luta pelo voto feminino na época. (Bem Paraná)

Elvira ainda foi uma das primeiras mulheres a estudar na UFPR (Universidade Federal do Paraná), onde se formou em Odontologia. No consultório, que só pode abrir com autorização do marido, conforme a lei da época, ouvia histórias de violência doméstica e acabava servindo de terapeuta para muitas mulheres. (Tribuna do Paraná)

Obrigada, Elvira, pelo exemplo e pela resistência 🙂

Uma ótima semana a você!
 

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💧 Mais rodízio de água

💧 Mais rodízio de água

Olá! Chegou mais uma edição quentinha do seu Expresso ☕

Hoje, falamos sobre a estiagem recorde em Curitiba e sobre um imóvel icônico do centro da cidade, além de prestarmos homenagem a um montanhista nonagenário dessas bandas. Já sabe quem é?

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6 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 17 de agosto

1. Uma estiagem persistente 🌧️

Ao que parece, 2021 não tem dado trégua: depois de um ano de pandemia, com uma crise de saúde pública e recessão econômica, continuamos a sofrer também com a estiagem recorde em Curitiba e região.

Na semana passada, a Sanepar voltou a fazer valer o rodízio de 36h em Curitiba: um dia e meio com água, um dia e meio sem. Segundo a empresa, isso foi feito para “afastar a possibilidade de colapso” do sistema de abastecimento de Curitiba. 

🛑 Mas de que possível colapso estamos falando? Fomos atrás dos dados que mostram os níveis dos reservatórios de água de Curitiba e região nos últimos dois anos. E eis a curva que encontramos:

 


Depois de uma melhora significativa, o nível dos reservatórios voltou a cair a partir de abril – e a falta de chuvas preocupa. Veja o gráfico completo aqui.
 

Em resumo:

  • O nível mais crítico a que chegamos foi em novembro de 2020, quando o nível geral do sistema de abastecimento de Curitiba bateu em 28%;
  • Hoje, estamos em 50%. Até parece confortável, mas a perspectiva é de estiagem braba nos próximos meses. Em julho, por exemplo, choveu apenas 14,6 milímetros em Curitiba e região, contra uma média histórica de 92,4 mm (G1 PR);
  • A barragem que mais preocupa atualmente é a de Piraquara II, até pouco tempo a mais abastecida da cidade: em quatro meses, o nível do reservatório passou de 94% a 61%.


Então, caro leitor, já sabe: o negócio é fechar a torneira e se preparar para os próximos meses – ainda mais porque a conta de água ficou mais cara neste ano. (Gazeta do Povo)
 

2. Expresso da História: O palácio do Barão 👑

Na semana que homenageia o Barão do Serro Azul – empresário, produtor de erva-mate e personagem histórico da cidade –, o nosso Diego Antonelli nos conta um pouco mais sobre o Solar do Barão, prédio encravado no centro de Curitiba e tema da sua sexta coluna sobre os edifícios históricos da capital. Fala, Diego:

🇮🇹 O imponente palácio concluído em meados de 1885 carrega uma história singular na capital paranaense. Projetado pelos engenheiros italianos Angelo Vendramin e Batista Casagrande, o atual “Solar do Barão” foi construído para ser a residência de Ildefonso Correia, o Barão do Serro Azul, empresário e político de grande prestígio no Império. As obras tiveram início em 1880, e duraram cerca de cinco anos. 

🎩 Enquanto serviu de moradia para Serro Azul, as paredes do palácio foram testemunhas de bailes, festas, debates e discussões sobre o comércio de madeira e de erva-mate envolvendo a alta cúpula política da época. 

  • Correia, que foi fundador da Associação Comercial do Paraná, deputado provincial e presidente interino da Província do Paraná, morou por dez anos no local ao lado de sua família. 
O Solar do Barão nos dias atuais. Foto: Daniel Castellano/SMCS
 

assassinato do barão em 1894, em consequência da Revolução Federalista, motivou a saída de sua família do palacete. O Barão do Serro Azul e seus companheiros foram fuzilados no quilômetro 65 da ferrovia da Serra do Mar, na noite de 20 de maio de 1894. Após o seu assassinato, foi construída, ao lado do Solar, uma residência para a Baronesa e seus filhos. (Gazeta do Povo)

Depois disso, o prédio foi ocupado pelo 5º Distrito Militar, e de 1912 a 1975 pelo Exército, quando enfim foi adquirido pela Prefeitura de Curitiba.

Nobre destino: Em 1980, o prédio foi restaurado para sediar um novo espaço cultural. A restauração evidenciou os elementos decorativos dos forros e paredes, a riqueza de detalhes dos pisos e das principais salas, além de destacar a madeira das escadas internas e o ferro e mármore da escada externa.

🎭 O complexo cultural Solar do Barão, que funciona atualmente no local, abriga a Gibiteca de Curitiba, o Museu da Fotografia e o Museu da Gravura. O edifício é tombado pelo estado e considerado Unidade de Interesse de Preservação do município.


Para saber mais: o Solar do Barão é uma das paradas do circuito em homenagem a Ildefonso Correia, que selecionou oito pontos no centro de Curitiba relacionados à sua história e à vida na cidade no final do século XIX. Todos os pontos receberam um QR Code, que conduz a mais informações sobre o local e a história do Barão. (Prefeitura)

 

3. Curtas ⚡

Paciência: ao contrário de outras capitais brasileiras, Curitiba não pretende antecipar a segunda dose da vacina contra a COVID – todo mundo terá que esperar 90 dias, rigorosamente. Segundo a secretária da Saúde, seria “um equívoco adiantar a segunda dose enquanto a primeira não estiver totalmente aplicada”, porque ela tem contribuído para baixar o número de casos e mortes. Você pode acompanhar os últimos números da pandemia no nosso Monitor COVID-19 Curitiba. (Gazeta do Povo e O Expresso)

Turnê curitibana: a exposição que mergulha no universo criativo de dois gênios da arte urbana brasileira, OSGEMEOS, virá a Curitiba. Em setembro, ainda sem data confirmada, as obras dos irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo chegam ao Museu Oscar Niemeyer. Pra quem estiver curioso, dá para conferir o tour virtual aqui. (Curitiba Cult e Pinacoteca de SP)

Reabertura: finalmente, depois de quase um ano e meio fechada, a Biblioteca Pública do Paraná reabriu para empréstimos e devoluções. De quebra, há 300 novos títulos disponíveis no catálogo, como “Avesso da Pele”, de Jeferson Tenório, e “Longa Pétala de Mar”, de Isabel Allende. (G1 PR e BPP)

 

4. Amenidades

Contribuição do nosso leitor Rodrigo Ghedin, que registrou um clique bucólico no Água Verde“É a ciclovia da avenida Presidente Getúlio Vargas, bem ao lado da Arena. Estava um solzinho gostoso, clima ameno, ótimo para caminhar”.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

É a visão de uma águia: aquele silêncio, aquela coisa linda, aquela natureza de vários planos. Aí você vê que não é nada, e que a natureza é muito mais forte que você.

Terminamos a edição de hoje com uma frase de Henrique Paulo Schmidlin, o famoso Vitamina, montanhista de 90 anos e um dos pioneiros da escalada no Paraná.

Neste recente depoimento, Vitamina falou sobre a histórica atração humana pelo ponto mais alto, e de como isso o impulsionou a ser um dos pioneiros nas trilhas que levavam ao Marumbi, o pico mais alto da Serra do Mar paranaense. (Plural e Tribuna do Paraná)

Foi ali, do ladinho de Curitiba, que teve início o montanhismo nacional, o que impulsionou também o movimento de conservação e preservação da Serra do Mar.

Uma ótima semana a você!
 

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💉 Efeitos da vacina?

💉 Efeitos da vacina?

Bom dia!

Hoje trazemos mais uma breve análise da pandemia em Curitiba, além dos destaques culturais do mês e de uma homenagem a uma tecelã curitibana que nos deixou no mês passado.

Lembre que também dá para acompanhar nossas edições no Podcast Expresso de Curitiba, que toda sexta faz um breve recompilado das notícias da semana.

E fica o convite: se você também curte O Expresso, apoie o nosso trabalho. Conheça nossos planos em oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos e 36 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 10 de agosto

1. Uma pandemia em desaceleração? 🙏

Começamos esta edição com uma boa notícia. Ontem, enquanto atualizávamos o nosso Monitor COVID-19 Curitiba com os últimos números da pandemia, uma curva (felizmente descendente) chamou a nossa atenção: a queda na média de novos casos de coronavírus em Curitiba.

É só olhar a linha amarela: nos últimos quinze dias, saímos de 700 novos casos por dia, em meados de julho, e chegamos a um patamar de 400, uma redução de quase 50%. Os casos ativos também diminuíram quase pela metade desde junho, e a taxa de ocupação de UTIs caiu para 60%. (Gazeta do Povo)


A média de casos diários de coronavírus caiu significativamente em Curitiba desde meados de julho. Veja o gráfico completo aqui.
 

E por quê? Muito por causa da vacinação, que chega hoje à população de 33 e 32 anos. Lembra quando contamos que 60% dos curitibanos acima de 18 anos já haviam sido vacinados? Agora podemos dizer que mais da metade da população de Curitiba, independentemente da idade, já foi vacinada: 1.029.191 pessoas tomaram pelo menos uma dose de vacina. (O Expresso e Prefeitura de Curitiba)

Mas… Isso não quer dizer que estejamos livres do vírus – em especial com a variante delta circulando por aí. (Bem Paraná) “Seria muita inocência acreditar que a pandemia está no fim”, disse o infectologista Bernardo Montesanti de Almeida, do HC, nesta entrevista. “Não seria nenhuma surpresa se essa tendência de queda se revertesse e voltássemos a ver um novo aumento nos casos.” (Gazeta do Povo) 

Vamos torcer para que isso não aconteça – e, é claro, continuar usando máscara, mantendo o distanciamento e lavando bem as mãos.  😷
 

 

2. Cultura Expressa: os destaques de agosto 🎭

Início de mês é época de mais uma coluna em parceria com o Curitiba de Graça, que reúne alguns destaques culturais da nossa cidade. A curadoria é de Camile Triska:

Streaming leite quente: já está no ar uma plataforma online que reúne a produção cultural do Paraná em tempos de pandemia. São espetáculos de música, teatro, filmes, oficinas e podcasts, organizados em playlists, tudo online e gratuito.

Batuque: começa na próxima semana o Festival Internacional de Percussão de Curitiba, com espetáculos diários e gratuitos com artistas locais e internacionais. As apresentações, online, acontecem sempre às 21h, até o dia 23 deste mês.

Arquitetura em exposição: a SOMA Galeria, no São Francisco, abriu exposição do urbanista curitibano Gustavo Utrabo, um dos mais premiados arquitetos da atualidade. Maquetes, desenhos e pinturas expõem seu processo criativo. A entrada é gratuita.

Música daqui: você já ouviu falar da Bananeira Brass Band? Ou da Banda Provisória do Ahú? São algumas das (incríveis) bandas curitibanas que estão transmitindo shows de graça nas redes do Conservatório de MPB e do Instituto Curitiba de Arte e Cultura.

Curitiba em Gramado: três filmes paranaenses foram selecionados para o Festival de Gramado, que acontece neste mês: o longa “Jesus Kid”, de Aly Muritiba, e os curta-metragens “Aonde vão os pés”, de Debora Zannata, e “Da Janela Vejo o Mundo”, de Ana Catarina Lugarini.

 

3. Curtas ⚡

Dedinho em Curitiba: sabe a Rebeca Andrade, ginasta brasileira e medalhista olímpica? Pois a trajetória dela tem um pé em Curitiba, no Cegin (Centro de Excelência de Ginástica do Paraná), que também treinou talentos como Daiane dos Santos, Diego e Daniele Hipólito e, mais recentemente, Júlia Soares. (RPC e Prefeitura de Curitiba)


Mercado de todos: o Mercado Municipal completou 63 anos nesta semana e ganhou de presente a promessa de um boulevard – uma grande avenida com paisagismo, mesas na calçada e amplo passeio, num projeto de revitalização de dez quadras ao seu redor. As obras, segundo a prefeitura, devem começar em 2022. (Bem Paraná)

 

4. Lá fora

Um entardecer no Ahú para apreciar, da nossa leitora Bianca Cattani.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Veja a fragilidade de um fiozinho [de lã]. Aí você pega uma porção de fios, torce, une – e eles formam uma potência. Não é uma lição de vida?”

A linda frase que encerra esta edição é de Zélia Scholz, a artesã número 1 da Feira do Largo, que faleceu no mês passado, aos 89 anos. (Memória Paranaense)

Especialista em tecelagem primitiva, aquela feita com roca de fiar e lã de ovelha, a fiandeira aprendeu o ofício com a avó, em Minas Gerais. Anos depois, se mudou para o Paraná, casou-se com um lapeano e, ali naquela cidade da região metropolitana, viu ovelhas. 

“A cabecinha já funcionou: eu voltei na infância e lembrei da minha avó tecendo”, contou nesta entrevista. Comprou uma roca, se dedicou ao ofício e virou referência em tapetes, acolchoados, gorros e roupas de lã. (TV Paulo Freire)

Para Zélia, fiar era “um trabalho para filosofar”. Dá para ouvir mais das histórias da tecelã neste belo documentário sobre a sua vida, de onde também saiu a frase ali de cima. (Tecendo a Vida)

Uma ótima semana pra você 😊
 

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💸 Morar em Curitiba está mais caro

💸 Morar em Curitiba está mais caro

Chegou a terça!

E, com ela, mais um Expresso na sua caixa de entrada.   Hoje falamos do preço do aluguel em Curitiba, da prolífica produção de arte gráfica na cidade e, claro, da pandemia.

Ah, se você perdeu nossas últimas edições, pode nos acompanhar também no Podcast Expresso de Curitiba, que toda sexta faz um breve recompilado das notícias da semana.

Por fim, fica o convite: se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba. Nossos apoiadores, falando nisso, têm um encontro marcado conosco neste sábado, num café online para debater a cidade e os temas que queremos ver por aqui.   Dá tempo de se tornar um apoiador e participar!

Não esqueça de compartilhar esta edição usando os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

Tempo de leitura da edição de hoje:
9 minutos e 30 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 3 de agosto

1. Está mais caro morar em Curitiba

Não, não é coisa da sua cabeça: ficou mesmo mais caro morar em Curitiba durante a pandemia. Além da inflação, que está na casa dos dois dígitos, do preço do gás e de outras coisinhas mais, Curitiba é a capital brasileira que registrou a maior alta no preço do aluguel em 2021. (BandNews FM, Gazeta do Povo e O Expresso)

Nos primeiros seis meses de 2021, o valor do metro quadrado para locação aumentou 7% na capital paranaense – quase o dobro da inflação no período (3,77%), segundo o Índice FipeZap, que monitora os preços de venda e locação de imóveis pelo país.

Fique de olho: A escalada de preços ocorre depois de uma queda significativa nos aluguéis em 2020, quando muita gente renegociou contratos e baixou preços por causa da pandemia. Dá pra ver bem neste gráfico.

  • É por isso que a alta acumulada do aluguel ao longo do último ano em Curitiba não é tão elevada: 3,91%, levemente acima da inflação.

 

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Em amarelo, a variação do aluguel em Curitiba ao longo do último ano. Em 2021, os preços aceleraram mais aqui que em outras cidades. Veja o gráfico completo aqui.
 

E por que os preços do aluguel sobem mais aqui? Segundo esta reportagem, tem muito a ver com a alta do mercado imobiliário de Curitiba. Ou seja: quanto mais sobe o preço do imóvel para venda, mais o aluguel deve subir também. (BandNews FM)

  • Para quem quer comprar um imóvel, os preços do metro quadrado subiram 11% no último ano em Curitiba, acima da inflação (de 8,4%). Hoje, Curitiba é a sexta capital com o metro quadrado mais caro do país, segundo o FipeZap.

A verdade é que, em Curitiba, ainda é mais barato alugar que comprar. O valor médio do aluguel em Curitiba é menor que em outras capitais, e também rende menos para o proprietário: o rendimento é de 3,8% do valor de compra ao ano, contra 6,1% em Recife ou 4,9% em São Paulo, segundo o FipeZap. (O Expresso)

Ou seja, prepare o bolso: tem tudo para o aluguel subir ainda mais nos próximos meses.
 

2. Um bairro especialmente impactado pela pandemia 🦠

Lá se vão quase quatro meses em que o bairro Caximba, no extremo sul de Curitiba, permanece com a maior incidência de casos de COVID-19 da capital. Desde o início de abril de 2021, a proporção da população já infectada com o vírus desponta diante dos outros bairros da capital. 

  • No Caximba, quase 25% dos moradores já foram, em algum momento, diagnosticados com o coronavírus – bem acima do índice geral na cidade, de 13%.
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Desde abril, o Caximba (no extremo sul, em preto) foi o único bairro de Curitiba em que a pandemia não arrefeceu. Confira o mapa completo no nosso Monitor COVID-19 Curitiba.
 

A situação já foi diferente. No início de março, os dois bairros com maior incidência de contaminados eram Alto da XV e Batel, com quase 1.000 casos por 10 mil habitantes. (O Expresso)

Recentemente, o bairro ainda perdeu dois líderes locais para o coronavírus: o casal Maria Vilma e Ubaldo Paolini, membros ativos da associação de moradores do Caximba e que morreram em maio, com 1h30 de diferença. (Gazeta do Povo)

E o que está acontecendo no Caximba?

O Caximba foi por muito tempo conhecido por sediar o antigo aterro sanitário da cidade, desativado em 2010. Historicamente habitado por imigrantes italianos e poloneses, com forte presença de olarias, mais recentemente o bairro se tornou sede de ocupações irregulares, como as comunidades 29 de Outubro e Abraão. (Folha de Londrina e Plural)

Em 2018, o apresentador Luciano Huck visitou o local e o comparou ao Haiti, pela infraestrutura precária nas áreas de ocupação: como é uma área de várzea, há casas sobre palafitas e entulho de construção espalhado pelo bairro (para firmar o terreno e permitir a construção de casas). (Tribuna do Paraná)

Em resumo: a verdade é que as recomendações para a prevenção da COVID-19 estão muito distantes da realidade vivida no Caximba – onde a taxa de desemprego é o dobro da de Curitiba, a renda per capita é de apenas 30% da média curitibana e 90% da população não tem acesso a água potável. (ONG Teto)

“Fique em casa: que casa? Um cômodo com oito pessoas? Lave as mãos: como, se a comunidade não tem acesso à água? Limpe as superfícies: como se limpa um chão de terra batida? Como não trabalhar, se sua única fonte de renda é informal?”, disse em entrevista Ana Bivar, gestora da ONG Teto, que atua na região. (BandNews FM) 

Outro agravante é que quase 60% da população do bairro tem menos de 30 anos, segundo o levantamento da Teto. Ou seja: a vacinação (parada na casa dos 36 anos) ainda vai demorar para impactar positivamente a pandemia no Caximba.

 

3. Curtas ⚡

500 dias com ela: no último sábado (24), atingimos a marca de 500 dias oficiais de pandemia em Curitiba. Foi no dia 12 de março de 2020 que tivemos a confirmação dos primeiros casos. De lá para cá, chegamos a ter 14.616 casos ativos, no início de dezembro. Hoje, são 6.869 – o menor número desde maio. Está tudo lá, no nosso Monitor COVID-19 Curitiba.

Vida quase normal: apesar de a vacinação estar naquela montanha-russa de sempre, alguns programas de lazer da capital começam a retornar. O Pedala Curitiba, nesta semana, retomou os encontros diários e as Casas de Leitura agora recebem leitores com agendamento. (O Expresso e Prefeitura de Curitiba)

Prioridades: até o dia 8 de agosto, dá para participar da nova etapa da consulta pública que a Prefeitura organiza para entender quais são as prioridades de cada regional. Cada morador pode votar em até cinco opções. Os itens com maior relevância farão parte do orçamento da cidade para 2022. (Prefeitura de Curitiba)

Chá em alta: a Matte Leão, centenária indústria de chás de Curitiba, revelou ter crescido o dobro do que esperava em 2020. Nesta entrevista, o presidente da empresa fala sobre sua história e de como a pandemia da gripe espanhola, em 1918, impactou mais a empresa do que o coronavírus. (O Expresso e Folha de S.Paulo)

 

4. Bastidores

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Um registro secreto, dos fundos da tradicional Padaria América que, neste 2021, completa 108 anos – e revitalizou toda a fachada do seu prédio histórico para celebrar. O clique é da nossa leitora Carol Cattani.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“A riqueza da atual cena local não é obra de um surto, mas consequência de acertos, erros, fracassos e muita persistência.”

Encerramos esta edição com o cartunista curitibano José Aguiar, em entrevista sobre o lançamento do livro “Narrativas Gráficas Curitibanas: 210 Anos de Charges, Cartuns e Quadrinhos”.

Aguiar mergulha em pesquisas históricas e apresenta um mapeamento das produções gráficas de Curitiba, entre 1807 e 2018. O resultado (incrível, por sinal) pode ser conferido na versão completa (e gratuita) do livro, com quase 360 páginas de registros.

“Descobrir que temos uma cena rica desde o século XIX foi algo surpreendente até para mim, que sou artista desse meio”, afirma o cartunista, que passou dois anos pesquisando e produzindo o livro. (Plural)

Uma ótima semana!
 

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🌳 As árvores protegidas de Curitiba

🌳 As árvores protegidas de Curitiba

Bom dia de japona! ❄️

Essa edição foi encerrada agora há pouco – e inaugura uma nova série, desta vez de mapas, chamada “Lugares que amamos”. Começamos com as árvores que amamos em Curitiba, e contamos com você, leitor e leitora, para compartilhar os seus cantos preferidos na cidade nas próximas semanas.

Obrigada por abrir sua caixa de entrada para nós! Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 27 de julho

1. Árvores que amamos 🌳

Hoje inauguramos n’O Expresso uma nova série – desta vez de mapas –, que pretende destacar e localizar os lugares que amamos em Curitiba: aquela praça acolhedora, uma árvore que colore o nosso caminho, um mural de arte urbana, uma livraria que adotamos como nossa.

👋 Nossa ideia é contar com você, leitor e leitora, que tanto conhece a cidade, para compartilhar com a gente seus recantos favoritos, sugerir novos mapas e mandar fotos desses cantinhos para o oi@oexpresso.curitiba.br 

O pontapé inicial é com um tema bem emblemático: as árvores que amamos.

  • Conhecida por muitos anos como capital ecológica, Curitiba ainda tem uma considerável área verde, com 76% de arborização de vias públicassegundo o IBGE – e muitos de nós temos uma árvore para chamarmos de nossa. (ArchDaily)

Começamos o mapeamento com as árvores imunes a corte da cidade, e as tombadas pelo patrimônio histórico. Alguns spoilers: você sabia que tem até um pau-brasil em Curitiba? E uma oliveira em plena Praça Santos Andrade? E uma tamareira, que dá tâmaras, na Praça Eufrásio Correia? Dá uma olhadinha no mapa:


 

A maior parte das fotos iniciais foi tirada pela fotógrafa Lucilia Guimarães, que fez uma série em preto e branco para a Prefeitura de Curitiba. Também há cliques do intrépido Washington Cesar Takeuchi, do blog Circulando por Curitiba. (BandNews FM)

📸 Gostou? Mande o seu clique para a gente. Queremos ampliar e melhorar o mapa aos poucos, para que você consulte no próximo passeio pela cidade.
 

 

2. Copo meio cheio, copo meio vazio 🥛

Quase um ano e meio de pandemia, e a vida da gente ainda segue suspensa.

Não sei como estão as coisas por aí, caro leitor, mas por aqui nos sentimos numa gangorra: uma hora, nos enchemos de esperança com boas notícias; na outra, sofremos com a lentidão da vacinação e a perda de pessoas próximas.

É nesse sobe-e-desce que fazemos nosso registro de hoje sobre a pandemia em Curitiba – cujos números mais recentes, como sempre, você pode acompanhar no nosso Monitor COVID-19 Curitiba

📈 Vamos começar pelo sobe: a média diária de mortes em Curitiba chegou ao seu menor nível desde fevereiro. Como dá para ver no gráfico abaixo, a curva de óbitos vem caindo acentuadamente desde o final de junho – finalmente. Esta reportagem explica por que o número de mortos pelo coronavírus demora a diminuir, mesmo com o avanço da vacinação. (Plural)


A linha vermelha, que indica a média móvel de mortes diárias nos últimos sete dias, caiu acentuadamente desde o final de junho. Veja o gráfico completo aqui.
 

📉 E agora, o desce: a aplicação da primeira dose da vacina deu uma bela freada nesta semana. Depois de cobrir rapidamente a faixa etária dos 40 anos, as convocações agora estão a conta-gotas, como mostra este gráfico. Os últimos convocados foram pessoas com 38 anos completos, mas apenas os nascidos até junho – não havia doses suficientes para todos. (Prefeitura)

  • E uma outra notícia ruim: foi confirmado nesta segunda (19) o primeiro caso da variante delta do coronavírus na cidade, além de outros três na região metropolitana. (Tribuna do Paraná)
Em resumo: tenhamos paciência e, como sempre, continuemos nos cuidando! 😷

 

3. Curtas ⚡

Balé à mesajá falamos n’O Expresso da incrível produção audiovisual do Balé Teatro Guaíra durante a pandemia. Pois um dos vídeos produzidos pelo grupo como alternativa aos palcos foi selecionado no Festival Internacional San Francisco Dance. É a primeira vez que o grupo figura numa seleção do gênero. Confira o “Variações sobre a Mesa”, feito 100% em distanciamento, aqui. (BandNews FM)

Saúde desbanca asfalto: o Fala Curitiba, consulta anual à população sobre as prioridades para o orçamento da cidade, ainda está em andamento – mas já tem notícia aí: pela primeira vez, os pedidos para a Saúde superaram as demandas por pavimentação, campeãs históricas nos bairros. Seria impacto da pandemia? (Prefeitura)

Papo de escritoras: acontece no próximo domingo (25) a edição mensal do “Às vezes, aos domingos”, diálogo online entre escritores locais. A troca será entre duas mulheres, Maureen Miranda e Luísa dos Santos Fontes, no Instagram @maureen_miranda, a partir das 17h.

 

4. Do alto

Um registro a 112 metros de altura, no topo do Centro Comercial Itália que, neste 2021, completa 40 anos. O clique é de Estelita Carazzai.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Um lugar onde prédios baixinhos e casinhas antigas convivem entre si. De vez em quando aparece um prédio alto e novinho pra se juntar ao grupo”.

Terminamos a edição de hoje com esta descrição de Curitiba feita por Rômolo D’Hipólito, ilustrador de um encantador livro infantil chamado “O dia em que meu prédio deu no pé”. (Folha de S.Paulo)

O artista, que nasceu em Foz do Iguaçu, morou em diversos países e, mais recentemente, escolheu Curitiba para viver. A frase acima é uma descrição do bairro em que vive – que, infelizmente, não descobrimos qual é! Você tem algum palpite

Rômolo foi nômade digital e já retratou, em seus trabalhos, cidades como São Paulo, Tóquio, Budapeste, Tânger (Marrocos) e Cidade do México, procurando em elementos como a comida, a natureza ou a música formas de se conectar com cada um desses lugares.

Nesta entrevista, ele diz: “O global é local, e o local é global”. 

Uma ótima semana a você 🙂

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💉 60% vacinados

💉 60% vacinados

Bom dia!

Hoje falamos um pouquinho do status da vacinação em Curitiba, que felizmente tem avançado (ainda que aos poucos). Também tem nova coluna d’O Expresso da História, com uma das igrejas mais antigas da cidade. Qual será?

Como sempre, muito obrigada pela leitura mais esta semana. Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 20 de julho

1. Chegamos aos 60% 💉

Abrimos a edição de hoje com uma notícia do tipo ‘copo meio cheio’: cerca de 60% da população adulta curitibana já tomou pelo menos uma dose da vacina contra o coronavírus.

⚠️ Esta não é a imunização total, que para a maioria só vem depois da segunda dose. Imunizados mesmo, estão apenas 18% da população curitibana. (O Expresso)

Para comparação, eis os índices de algumas capitais brasileiras:


Ainda assim, os 60% de vacinados são um número animador, diante de uma campanha de vacinação cheia de altos e baixos, do tipo montanha russa. Ontem mesmo, depois de vacinar pessoas com 40 anos completos, a prefeitura anunciou que suspendeu (mais uma vez) a aplicação da primeira dose, por falta de insumos. 🙁  (O Expresso e Plural)

A imunização completa (com duas doses ou dose única, como mostram as bolinhas verdes) só é significativa em Curitiba a partir dos 65 anos. Veja o gráfico completo aqui.

 

Nesse tortuoso percalço, temos algumas boas notícias:

  • 92% dos curitibanos com mais de 40 anos já tomaram uma dose da vacina;
  • Entre os idosos (acima de 60 anos), 60% já estão completamente imunizados, com duas doses (ou uma dose única) já recebidas;
  • Parte dos curitibanos que estão se vacinando agora tem recebido a vacina em dose única, que (esperamos) deve acelerar a chegada da famosa ‘imunidade de rebanho’. Na faixa etária de 40 a 44 anos, por exemplo, cerca de 25% das pessoas já completaram o esquema vacinal graças à vacina de dose única (percentual que é de apenas 6% para quem tem entre 50 e 54 anos).

Sigamos, apesar dos altos e baixos. Enquanto isso, não deixe de usar a máscara, lavar as mãos e manter o distanciamento. Em breve, vai passar! 🙏
 

2. O Expresso da História: uma igreja barroca em Curitiba ⛪

Hoje é dia de mais uma coluna do nosso intrépido Diego Antonelli, que tem contado a história das construções mais antigas de Curitiba. Depois da Igreja da Ordem, da Casa Romário Martins, do Palácio Belvedere e do Palacete Wolf, ele nos traz a Igreja do Rosário, cuja história remonta ao século XVIII:

Não há uma data unânime para a construção da Igreja do Rosário dos Pretos de São Benedito, edificação histórica situada no Largo da Ordem, em Curitiba. No livro “Curitiba, Luz dos Pinhais”, o atual prefeito Rafael Greca aponta que a primeira Igreja do Rosário foi concluída em 1737, “com assentamento no Livro do Tombo da Matriz”.

  • Este é o mesmo ano em que foi concluída a Igreja da Ordem – a edificação mais antiga da cidade ainda de pé.


No entanto, devido ao mau estado de conservação, a antiga Igreja do Rosário foi demolida em 1931 e completamente reconstruída, em estilo barroco, em 1946, ano da construção do atual templo.

Por e para escravos: segundo dados do IBGE, “a primeira igreja do Rosário foi construída por escravos e para os escravos”. Foi a terceira igreja de Curitiba, depois da antiga Matriz (1721) e da Igreja da Ordem.

  • O nome original era Igreja de Nossa Senhora dos Pretos de São Benedito. O templo chegou a servir de Matriz de 1875 a 1893, durante a construção da atual Catedral, na Praça Tiradentes (em 1875, a antiga Matriz foi demolida).


Em 1951, os jesuítas assumiram o templo. Na década de 1970, passou também a ser chamada de Santuário das Almas. Para quem nunca visitou, o interior da igreja abriga azulejos portugueses, com imagens da Paixão de Cristo.

Uma curiosidade: depois da abolição da escravidão, o santuário passou a ser conhecido como “Igreja dos Mortos”. Como está situado no trajeto para o Cemitério Municipal, era a escolha preferida da comunidade curitibana para a realização das missas de corpo presente. (Gazeta do Povo)

 

3. Curtas ⚡

Passeio animal: como julho é mês de férias para alguns, fica a dica de um passeio ao ar livre: o Zoológico de Curitiba reabriu para passeios a pé e gratuitos. É preciso fazer o agendamento online, e o uso de máscara é obrigatório. (Gazeta do Povo)


Cantinho novo: o Jardim Botânico ganhou um novo café, com vista para a icônica estufa. É um café-escola do Senac, nos mesmos moldes do que existe no Paço da Liberdade. Você já deu uma olhada? É lindo. (Plural)

 

4. La Vie En Rose

Esse caminho de cerejeiras fica na Praça Tsunessaburo Makiguti, no Jardim das Américas – uma homenagem à comunidade nipônica de Curitiba. O clique foi da nossa leitora Adriana Brum.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“O mundo real sempre há de fazer falta a quem está vivo.”

Encerramos esta edição com o escritor curitibano Luís Henrique Pellanda, em uma recentíssima entrevista à revista Cândido, refletindo (para variar) sobre a vida durante a pandemia.

Acostumado a flanar pelas ruas de Curitiba à procura de insumos para suas crônicas, Pellanda conta como tem feito literatura num mundo de isolamento, para aqueles que assim o podem. Ele passa os dias “espreitando sua época do alto de sua torre” – no caso dele, um apartamento a 13 andares do chão –, fazendo o que chama de “crônicas de exceção”.

Sim, o mundo nos faz falta. Esperamos que ele volte em sua plenitude em breve!

Uma ótima semana a você 🙂
 

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🚩 Mulheres em risco

🚩 Mulheres em risco

Bom dia!

Hoje falamos sobre os alarmantes números de violência contra a mulher em Curitiba. Tem também as dicas culturais do mês e uma história fascinante sobre um mestre samurai curitibano.

Obrigada pela sua companhia mais esta semana! Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 13 de julho

1. Mulheres curitibanas em risco ⚠️

Hoje publicamos mais uma contribuição da nossa colunista Adriana Baggio, que fala sobre o número recorde de violação de medidas protetivas para mulheres vítimas de violência em Curitiba. É com ela:

Isolamento, recolhimento, silêncio. No início da pandemia, as medidas que obrigaram ou permitiram a muitos de nós ficar em “quarentena” foram vistas, eventualmente, de um jeito positivo. 

  • Mais de um ano depois, sabemos que pouquíssimas pessoas conseguiram tirar disso um benefício. Há os que não puderam ficar em casa, e que adoeceram e morreram. (Bem Paraná) E há aquelas que foram obrigadas a se confinar com um agressor, tornando-se ainda mais vulneráveis à violência e ao feminicídio. 

🚨 Nem mesmo estar afastada do agressor, porém, é garantia para a segurança das mulheres curitibanas durante a pandemia. Em 2020, a Guarda Municipal registrou um recorde de casos de violação de medidas protetivas em relação ao ano anterior. Neste ano, os números continuam no mesmo ritmo acelerado.

  • O que é: a violação de medida protetiva é quando um homem, proibido por lei de se aproximar ou de contatar a mulher que havia agredido, descumpre essa proibição. Na prática, representa um dos últimos degraus na escala da violência contra a mulher, depois que ela já sofreu uma agressão ou ameaça e procurou ajuda na justiça.

Dezembro é o mês em que tradicionalmente se observa um aumento dessas ocorrências, segundo a base de dados da Guarda Municipal de Curitiba. Em 2020, no entanto, tivemos quatro “dezembros”: abril, outubro, novembro e dezembro — meses com 80 ou mais violações. Março de 2021 chegou perto, com 78 casos.

Marcado pela pandemia, 2020 foi o pior ano em violação de medidas protetivas à mulher em Curitiba. Veja o gráfico completo aqui.
 

Quando se considera a distribuição dos casos por bairro, vemos que 2020 trouxe mais registros para locais com menos ocorrências em 2019, a exemplo do Vista Alegre e do Jardim das Américas, “democratizando” a violência contra a mulher. (O Expresso)

💭 Quando os dados sobre o aumento das violações foram divulgados, a Prefeitura de Curitiba classificou o problema como um aspecto cultural arraigado em nossa sociedade, que teria sido exposto pela pandemia. (Prefeitura de Curitiba)

  • Vale lembrar, porém, que a atenção destinada pelo Palácio 29 de Março às políticas de enfrentamento à violência contra a mulher seria um importante contraponto a essa cultura. No entanto, alocar essas decisões em uma pasta de defesa social e trânsito não demonstra tal atenção. Além disso, programas de apoio a quem ficou sem renda e aos cidadãos mais vulneráveis poderiam minimizar bastante o problema, mas esses são pontos que vêm sendo bastante criticados na gestão municipal durante a pandemia. (UOL)

A nossa “cultura arraigada” interfere sim na violência contra a mulher, e não é pouco. Mas não se pode transferir a ela a total responsabilidade quando, na prática, vemos um desfinanciamento da proteção às mulheres – justamente quando a violência e a pobreza mais as têm afetado. (Think Olga)
 

 

2. Cultura Expressa: os destaques de julho ❄️

Começo de mês é tempo dos destaques culturais da cidade, com a curadoria de Camile Triska, do Curitiba de Graça:

Festival de inverno: se esse tempinho dá vontade de comer, aproveite porque Curitiba terá quatro festivais gastronômicos neste mês, a preços acessíveis: o Festival do Quentão Porks, o Festival Pão com Bolinho, o Festival de Inverno SOUQ e o Festival de Sopas Empório Kaminski, além das feiras típicas de inverno no centro da cidade.

Memória feminista: você sabia que Curitiba já abrigou a primeira livraria feminista do Brasil? A história da Lilith (e desta Curitiba inovadora dos anos 1990), que ficava ali na Galeria Glaser, foi contada nesta reportagem.

Teatro por trás das telas: vai até o dia 18 de julho a Mostra Multiartes Cena Hum, com doze apresentações virtuais voltadas para o público adulto e infantil. Para assistir, é necessário comprar ingressos.

Livros que viajam: a Freguesia do Livro, uma organização social da Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo, procura parcerias para entregar mais livros a pessoas que não têm acesso à leitura. A meta é ter mais de 180 pontos de leitura ativos em Curitiba e região.

Falando em literatura: Às vezes, aos domingos, projeto que dá visibilidade para “autores pouco badalados, mas com obras impactantes”, completa um ano em um encontro com as escritoras Maureen Miranda e Luísa Cristina dos Santos Fontes. O papo acontece no dia 25 de julho, a partir das 17h, no Instagram @maureen_miranda.

 

3. Curtas ⚡

Vale-gás: lembra das famílias curitibanas de que falamos na edição passada, que cozinham só com fogão a lenha por causa do alto preço do gás? Um projeto de lei quer criar um vale-gás para famílias em situação de vulnerabilidade social, com recursos da FAS, enquanto durar a pandemia. (O Expresso e Câmara Municipal)

Contra o tempo: Curitiba aplicou mais de 31 mil doses em um único dia no último sábado. Neste ritmo – e caso a quantidade de doses fosse entregue de maneira constante e suficiente –, a cidade teria concluído a vacinação de toda a população em apenas um mês e meio. Lá no nosso Monitor COVID-19 Curitiba, você acompanha os principais dados do avanço da pandemia na capital. (Gazeta do Povo e O Expresso)

Desconto para vacinados: o tradicional restaurante Madalosso, em Santa Felicidade, está oferecendo desconto para quem já se vacinou contra a COVID: é 10% para quem tomou a primeira dose e 20% para a segunda. Mas só vale na quarta-feira. (Tribuna do Paraná)

 

4. Chapeuzinho vermelho

A capa de uma Chapeuzinho diferente, feita só de objetos recicláveis, é obra do figurinista e artista plástico curitibano Gustavo Krelling.

Além dela, uma Cinderela com um vestido de restos de sapatos e outras personagens infantis podem ser admirados no hall de entrada do Teatro Guaíra, em exposição aberta e gratuita até o final de julho. (G1 PR)
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Katana, na tradição japonesa, é uma lâmina viva. Carrega a energia do dono.”

Fechamos a edição de hoje com a incrível história de Edson Suemitsu e seu filho Guilherme, que mantêm em sua casa em Curitiba a produção de katanas, uma espada japonesa de tradição samurai. (UOL)

Há pelo menos 12 anos, Suemitsu pai produz as espadas, feitas com reverência espiritual e técnicas transmitidas de geração em geração. O amuleto, que serve para abrir caminhos e trazer boas energias, leva um mês para ser produzido e custa até R$ 30 mil.

No ano passado, Edson ganhou a companhia do filho, que voltou a morar com o pai e passou a aprender as técnicas. “A pandemia nos mostrou que as pessoas podem nos deixar a qualquer momento. Eu não podia mais adiar”, disse Guilherme, sobre a decisão de manter a tradição da família.

Boa semana e até terça que vem 🙂

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

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🔥 Fogão a lenha

🔥 Fogão a lenha

Bom dia, e… que frio é esse? 🥶

Esperamos que você esteja bem agasalhado. Hoje, por acaso, falamos de fogão a lenha – como uma alternativa à fome cada vez mais recorrente em Curitiba, infelizmente. Também tem uma história sobre um aeroporto da cidade e sobre as feirinhas de inverno.

Aquele obrigada especial à nossa nova apoiadora, Suzana Nogiri! Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 54 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 6 de julho

1. Gás nas alturas e madeira no fogão

É difícil de acreditar, mas, aqui em Curitiba, tem gente que está tendo que voltar às antigas e cozinhar com fogão a lenha, por causa do exorbitante preço do gás de cozinha.

Quem contou essa história (que até parece do século passado) foi a revista piauí, na reportagem “A lenha ou a fome”, de Felippe Aníbal. Ele foi ao bairro da Caximba, no extremo sul da cidade, onde “as pequenas chaminés dos fogões a lenha se multiplicam”. (piauí)

  • O bairro, ironicamente, fica a poucos quilômetros da Refinaria Getúlio Vargas, da Petrobras, responsável por 12% da produção nacional de derivados de petróleo.

💰 Para muitas das famílias que ali vivem, comprar um botijão chega a custar quase 15% da renda mensal. Em Curitiba, o preço de um botijão de GLP varia atualmente entre R$ 82 e R$ 93,50, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo).

“Bem ou mal, comida sempre teve. Mas, para o gás, não estava dando”, disse Marili dos Santos à piauí. “É duro você ver a comida ali e não ter como cozinhar.”

Olhando o gráfico (em especial o pico do último ano), dá para ver por que o preço do gás ficou dramático para tantas famílias em Curitiba. Acesse a visualização completa aqui

E por que o gás subiu tanto? Em resumo, por causa da alta do dólar e da elevada cotação do petróleo no mercado internacional. No Brasil, desde maio do ano passado, o preço do botijão subiu cinco vezes mais do que a inflação. Só no mês de junho, o reajuste foi de 6%. (Bem Paraná)

  • Mas ainda pode piorar: com o reaquecimento da economia global conforme a vacinação avança e a pandemia de COVID-19 arrefece, a demanda por energia deve aumentar – e o preço também, não só do gás, como da energia elétrica.

⏳ O uso de lenha e carvão para cozinhar não é de hojeem Curitiba, cerca de 7% dos domicílios afirmam recorrer a esse tipo de combustível para preparar alimentos – ou 51 mil famílias, segundo dados do IBGE, de 2019. 

  • Esse percentual é bem menor que a média nacional, de 19%, mas maior do que em outras capitais, como Belo Horizonte (4,7%), São Paulo (2,8%) e Rio de Janeiro (0,4%).

E agora?

  • Disque Solidariedade, serviço da prefeitura que atende às famílias em vulnerabilidade social, chegou a receber pedidos de moradores por fogões a lenha. Dá para fazer doações por lá, via telefone 156;

  • O Sindipetro (Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina) também tem feito edições pontuais da campanha “Gás a preço justo”, doando centenas de botijões a famílias carentes de Curitiba e região; 

  • Enquanto isso, deputados do Paraná propuseram um projeto de lei para permitir a reutilização do botijão em qualquer distribuidora – o que aumenta a liberdade de escolha do consumidor e poderia reduzir o preço do gás em até 20%. A proposta ainda depende de aprovação em segundo turno e sanção do governador. (Tribuna do Paraná)
     

2. Um aeroporto que não perdeu voos ✈️

Se teve um setor afetado pela pandemia, foi o de turismo – e os aeroportos estão entre os locais que mais sentiram o baque. Mas teve aeroporto, e aqui em Curitiba, que conseguiu registrar aumento na movimentação: o Aeroporto do Bacacheri.

📈 Esse terminal encravado na região norte da cidade, dedicado a aeronaves de pequeno porte, recebeu 27.315 pousos e decolagens em 2020, 2,3% a mais que no ano anterior. (Plural)

  • E por quê? Porque o terminal não atende à aviação comercial; apenas aeronaves privadas. 

Em um futuro não muito distante, o Bacacheri deve sofrer mudanças. O terminal foi leiloado em abril, dentro do novo pacote de concessões do governo. Por isso, o aeroporto vai passar por obras, que incluem o aumento da capacidade da pista e do pátio de aeronaves. (Gazeta do Povo)

🎧 A vizinhança que se prepare: a previsão é que o aeroporto dobre de capacidade até 2050, atingindo 55 mil pousos e decolagens por ano.

  • estudo ambiental que embasou a nova concessão do aeroporto mostra também o aumento da curva de ruído nos arredores do terminal, em função do aumento da capacidade da pista. (Ministério dos Transportes)
     

3. Curtas ⚡

Feiras abertas: já começaram as tradicionais feiras de inverno das Praças Santos Andrade e Osório, que funcionam de segunda a sábado, das 10h às 19h. Neste ano, elas irão até o dia 17 de julho. A Feira do Largo também está de volta aos domingos, com 50% dos expositores. Também dá para prestigiar o trabalho dos artesãos nos dias de semana, com uma parceria na Vila Urbana, no centro. (Gazeta do Povo e Prefeitura de Curitiba)

Pão de pinhão: este é um sonho mais próximo da realidade: cientistas da Embrapa desenvolveram uma farinha de pinhão cru, e que ainda por cima não contém glúten, o que a torna apropriada para dietas especiais. Além de pães, dá para fazer bolos, salgados e doces – o céu é o limite. Só falta alguém começar a produzir comercialmente. (Embrapa)

‘Koo-ree-chee-bah’: é assim, segundo o The Wall Street Journal, que se pronuncia Curitiba para um falante do inglês. O diário norte-americano publicou no começo do mês um obituário sobre o ex-prefeito Jaime Lerner, “um guru global em planejamento urbano”.

 

4. Cobertura

O Edifício Anita – que já foi palco de muita coisa legal –, nas esquinas das ruas Desembargador Ermelino de Leão, Cândido Lopes e Carlos de Carvalho. Aqui tem um pouco da história por trás do imóvel. O clique é do nosso leitor Gabriel Carazzai. (Prédios de Curitiba)
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“A unanimidade é burra; é a diversidade que faz a gente crescer.”

Encerramos a edição de hoje com o curitibano Aristides Barbosa Junior, médico formado pela UFPR e especialista no enfrentamento do HIV/Aids, que faleceu no mês passado, aos 66 anos.

Barbosa trabalhou por muitos anos na Secretaria da Saúde de Curitiba e no CDC (Centro de Doenças, Controle e Prevenção) dos Estados Unidos (o equivalente à nossa Anvisa), onde atuou na pesquisa e combate ao vírus do HIV.

O médico contribuiu para que Curitiba se tornasse uma cidade pioneira no enfrentamento do HIV, defendendo o diagnóstico precoce e o combate ao preconceito contra pessoas que vivem com a doença. A sua história foi contada nesta reportagem. (Gazeta do Povo)

Uma ótima semana!
 

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