Torneiras fechadas

Em tempos de estiagem, um registro das únicas torneiras da cidade que têm permissão de ficarem constantemente abertas. É de uma das obras de Poty Lazzarotto, ali na Caixa D’Água do Alto da XV.

Aliás, é bom reforçar que, em entrevista recente, um diretor da Sanepar disse que as chuvas devem continuar abaixo da média no Paraná até o fim do ano — e, por causa disso, é possível que o rodízio no abastecimento de Curitiba persista por mais alguns meses. (CBN Curitiba)

O V do vírus

A pandemia do coronavírus (que, aliás, já fez quase 14 mil infectados e 369 mortes por aqui) chama a atenção para as várias Curitibas que existem na nossa cidade.

Já falamos aqui n’O Expresso dos bairros com mais casos do vírus e os que concentram as mortes pela doença. E, na semana passada, comentamos brevemente que a epidemia tem se deslocado do centro para a periferia da cidade, segundo esse estudo de um grupo independente de pesquisadores. (Instituto Democracia Popular)

Nesta semana, conversamos com uma das integrantes do grupo, Maria Carolina Maziviero, professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPR. E também achamos novos dados públicos: o de testes feitos nas unidades de saúde de Curitiba.

Maziviero comenta que as regiões mais vulneráveis ao vírus formam um “V da pobreza” no mapa de Curitiba. “São áreas em que as pessoas estão em maior insegurança social e, provavelmente, têm mais chance de óbito.” Dá pra ver bem o tal V na imagem abaixo:

Este mapa mostra o percentual de testes positivos para o coronavírus realizados nas unidades de saúde, por bairro.

Não por acaso, os postos de saúde com maior positividade estão na região da CIC, Bairro Novo e Pinheirinho, com até 69% de testes positivos, segundo o último boletim epidemiológico da prefeitura. Ainda dá para ver um grande percentual de positivos em outras franjas da cidade, na região norte. 

O ‘V da pobreza’ também aparece quando analisamos os óbitos pelo coronavírus na cidade, que se concentram em bairros da região sul, como CIC, Sítio Cercado e Xaxim.

“Essas áreas são mais propícias à dispersão do vírus. Nosso objetivo com essa análise é dar subsídios ao poder público para atuar”, afirmou Maziviero. A plataforma dos pesquisadores é atualizada constantemente com novos estudos e mapas — assim como o nosso velho conhecido Monitor COVID-19 Curitiba, feito pela gente d’O Expresso.

Falando nisso:

  • Lembram da nossa reflexão sobre a mobilidade na Curitiba pós-epidemia? Pois a prefeitura está prometendo ampliar ciclofaixas e áreas exclusivas para pedestres, tal como fez no Mercado Municipal. Outras prefeituras brasileiras também estão apostando nas ciclovias como legado da pandemia. (CBN Curitiba, Banda B e Folha de S.Paulo)
  • Serviço: um aplicativo desenvolvido pelo governo do Paraná mostra quais os horários de menor movimento nos supermercados. (Tribuna do Paraná)
  • Sabe a tão falada subnotificação dos casos de COVID? Pois a secretaria da Saúde estima que mais de 50 mil pessoas já tenham sido infectadas pelo novo coronavírus em Curitiba. (CBN Curitiba)

Pra terminar: em bom curitibanês

“Quando me lembro / Do cheiro do mato / Da beira da estrada / De comer pinhão / Lembro do amor / De uma árvore / Sem esperar pra ver nascer a flor”

Em homenagem ao Dia Mundial do Rock, celebrado nesta segunda-feira (13), recordamos um rock bem curitibano, “Cheiro de Mato”, composto por Paulo Leminski e Ivo Rodrigues — e eternizado pela Blindagem, “a banda de rock curitibana por excelência”.

A parceria e a amizade entre essas duas lendas curitibanas começou na década de 1970, na “casa branca das Mercês” que servia de residência coletiva para a banda. Mais tarde, Leminski se referiria ao grupo como “uma banda de gatos brabos do terreno baldio daqui […] gente guitarreira, zoenta, punk, jóia de repertório”.

A história está toda contadinha aqui, num texto de João Cândido Martins em memória de Ivo Rodrigues, falecido em 2010, e publicada no site da Câmara Municipal.

Onde está Wally?

A quarentena, quem diria, também proporciona encantamento: o nosso leitor Marcelo Ribas, morador do Cristo Rei, começou a reparar que, todo fim de tarde, um pica-pau faz morada na araucária bem em frente à sua janela, e canta por cinco minutos ❤️

Procure e ache, na foto acima, o pica-pau (tirada de um celular a uma distância razoável). Pra quem se interessar, dá pra ouvir o canto dele aqui

E você, leitor, também recebe algum visitante alado por aí? Conta pra gente 😉

Como será o amanhã? 🛤️

Nesta semana, Curitiba bateu a triste marca de 10 mil casos de infectados pelo novo coronavírus e 267 mortes

🔮 As notícias são ruins, os números crescentes (como registra diariamente o nosso Monitor COVID-19 Curitiba) — mas gostaríamos de mudar um pouco o tom do boletim de hoje pra falarmos sobre como será a cidade pós-pandêmica.

Encontramos há uns dias esse interessante depoimento (em inglês) de um curitibano que estava de passagem pela cidade natal, em plena pandemia: de sua janela, Sergio Avelleda viu canaletas repletas de ciclistas e pedestres, e propôs uma nova forma de pensar a cidade. (The City Fix)

Avelleda, que é diretor de mobilidade urbana do WRI Ross Center for Sustainable Cities, diz que a profusão de pedestres e ciclistas por onde antes circulavam apenas os biarticulados é um indicativo de que a cidade precisa mudar — e que as pessoas “precisam de espaço para uma mobilidade mais segura, limpa e democrática”.

🌎 Ele cita cidades como Paris, Milão e Londres, que já propuseram planos de mobilidade pós-COVID, com incentivos ao uso de bicicletas como modal de transporte e mais espaço para o pedestre. (CityLab, The Guardian e Traffic Technology)

Em Curitiba, uma nota técnica de pesquisadores da UFPR já defendeu mais investimentos em ciclovias no pós-pandemia. (Instituto Democracia Popular) E você, leitor: o que gostaria de ver na nossa cidade? Conte para nós no oi@oexpresso.curitiba.br!

E as últimas do coronavírus em Curitiba:

  • Lembram do nosso mapa com os bairros com mais vítimas do coronavírus? Pois um grupo de pesquisadores de Curitiba também constatou que a epidemia tem se deslocado do centro para a periferia da cidade. (Instituto Democracia Popular)

  • O chefe de uma UTI lotada de vítimas do coronavírus fez um desabafo à Tribuna do Paraná: é um relato incisivo e triste sobre o perigo do vírus. Vale a leitura.

  • A taxa de ocupação das UTIs exclusivas para COVID em Curitiba, aliás, é crescente: bateu em 91% nesta semana. (Gazeta do Povo)

🔮 Como será o amanhã em Curitiba?

🔮 Como será o amanhã em Curitiba?

Buenas!

O Expresso de hoje vem mais curtinho, com apenas quatro notas e muita reflexão sobre como será a nossa Curitiba pós-pandemia. Também tem uma cena inusitada da cidade e uma homenagem a um ícone da música curitibana. Quem será? Dá uma olhada aí embaixo.

Um obrigada especial à nossa nova apoiadora Maria Gabriela Telles Fontinelli! Se você é fã do Expresso e também quer contribuir com esta newsletter, dê uma olhada em nossos planos no oexpresso.curitiba.br/apoie.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos e 48 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 21 de julho

1. Universidades em ebulição 👨‍🎓

A pandemia do novo coronavírus afetou a vida de todo mundo — e teve um especial impacto na vida universitária de Curitiba, em especial em algumas instituições privadas. 

💲 Depois de serem adquiridas em transações milionárias no fim do ano passado, a Unicuritiba e a Universidade Positivo agora enfrentam um momento delicado, com demissões de professores e até, em uma das instituições, tentativas de diminuir a carga horária nos cursos de graduação. (Contraponto e Tribuna do Paraná)

Na Unicuritiba, os professores votaram um indicativo de greve contra a tentativa de mudança na matriz curricular e a redução de horas-aula. Os estudantes, em paralelo, conseguiram uma decisão judicial que impede as mudanças pretendidas pela nova administração. (Plural e RPC)

Na UP, houve protesto de alunos e buzinaço contra as demissões, que, segundo a universidade, são “parte de um movimento acadêmico”. Com as aulas em modo remoto desde o início do ano, houve alunos que até conseguiram na Justiça um abatimento nas mensalidades, até o retorno das aulas presenciais. (Plural e Contraponto)

Como bem resume esta reportagem, as demissões e reestruturações nessas e em outras universidades da cidade parecem ser fruto da ascensão do ensino a distância — que, somada a uma crise sem igual, à queda de alunos e às recentes movimentações do mercado, forçou o corte de custos. (Contraponto)

👩‍🏫 Enquanto isso, nas universidades públicas, o calendário letivo foi retomado com aulas a distância e opcionais em algumas instituições, como a UFPR. Na UTFPR, a encrenca foi com a eleição online para escolha do novo reitor, que chegou a ser suspensa por problemas na criptografia dos votos. Na semana passada, enfim, o candidato de oposição foi declarado vencedor. (Gazeta do Povo, Bem Paraná, Jornale e Plural)

🗣️ E você, caro leitor? Estuda ou trabalha em alguma dessas universidades? Como sua rotina e a qualidade do seu ensino têm sido afetadas pela pandemia? Escreve pra nós no oi@oexpresso.curitiba.br

 

2. Como será o amanhã? 🛤️

Nesta semana, Curitiba bateu a triste marca de 10 mil casos de infectados pelo novo coronavírus e 267 mortes

🔮 As notícias são ruins, os números crescentes (como registra diariamente o nosso Monitor COVID-19 Curitiba) — mas gostaríamos de mudar um pouco o tom do boletim de hoje pra falarmos sobre como será a cidade pós-pandêmica.

Encontramos há uns dias esse interessante depoimento (em inglês) de um curitibano que estava de passagem pela cidade natal, em plena pandemia: de sua janela, Sergio Avelleda viu canaletas repletas de ciclistas e pedestres, e propôs uma nova forma de pensar a cidade. (The City Fix)

Avelleda, que é diretor de mobilidade urbana do WRI Ross Center for Sustainable Cities, diz que a profusão de pedestres e ciclistas por onde antes circulavam apenas os biarticulados é um indicativo de que a cidade precisa mudar — e que as pessoas “precisam de espaço para uma mobilidade mais segura, limpa e democrática”.

🌎 Ele cita cidades como Paris, Milão e Londres, que já propuseram planos de mobilidade pós-COVID, com incentivos ao uso de bicicletas como modal de transporte e mais espaço para o pedestre. (CityLab, The Guardian e Traffic Technology)

Em Curitiba, uma nota técnica de pesquisadores da UFPR já defendeu mais investimentos em ciclovias no pós-pandemia. (Instituto Democracia Popular) E você, leitor: o que gostaria de ver na nossa cidade? Conte para nós no oi@oexpresso.curitiba.br!

E as últimas do coronavírus em Curitiba:

  • Lembram do nosso mapa com os bairros com mais vítimas do coronavírus? Pois um grupo de pesquisadores de Curitiba também constatou que a epidemia tem se deslocado do centro para a periferia da cidade. (Instituto Democracia Popular)
     
  • chefe de uma UTI lotada de vítimas do coronavírus fez um desabafo à Tribuna do Paraná: é um relato incisivo e triste sobre o perigo do vírus. Vale a leitura.
     
  • A taxa de ocupação das UTIs exclusivas para COVID em Curitiba, aliás, é crescente: bateu em 91% nesta semana. (Gazeta do Povo)
     

3. Onde está Wally?

A quarentena, quem diria, também proporciona encantamento: o nosso leitor Marcelo Ribas, morador do Cristo Rei, começou a reparar que, todo fim de tarde, um pica-pau faz morada na araucária bem em frente à sua janela, e canta por cinco minutos ❤️

Procure e ache, na foto acima, o pica-pau (tirada de um celular a uma distância razoável). Pra quem se interessar, dá pra ouvir o canto dele aqui

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4. Pra terminar: em bom curitibanês

“Quando me lembro / Do cheiro do mato / Da beira da estrada / De comer pinhão / Lembro do amor / De uma árvore / Sem esperar pra ver nascer a flor”

Em homenagem ao Dia Mundial do Rock, celebrado nesta segunda-feira (13), recordamos um rock bem curitibano, “Cheiro de Mato”, composto por Paulo Leminski e Ivo Rodrigues — e eternizado pela Blindagem, “a banda de rock curitibana por excelência”.

A parceria e a amizade entre essas duas lendas curitibanas começou na década de 1970, na “casa branca das Mercês” que servia de residência coletiva para a banda. Mais tarde, Leminski se referiria ao grupo como “uma banda de gatos brabos do terreno baldio daqui […] gente guitarreira, zoenta, punk, jóia de repertório”.

A história está toda contadinha aqui, num texto de João Cândido Martins em memória de Ivo Rodrigues, falecido em 2010, e publicada no site da Câmara Municipal.
 

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Universidades em ebulição 👨‍🎓

A pandemia do novo coronavírus afetou a vida de todo mundo — e teve um especial impacto na vida universitária de Curitiba, em especial em algumas instituições privadas. 

💲 Depois de serem adquiridas em transações milionárias no fim do ano passado, a Unicuritiba e a Universidade Positivo agora enfrentam um momento delicado, com demissões de professores e até, em uma das instituições, tentativas de diminuir a carga horária nos cursos de graduação. (Contraponto e Tribuna do Paraná)

Na Unicuritiba, os professores votaram um indicativo de greve contra a tentativa de mudança na matriz curricular e a redução de horas-aula. Os estudantes, em paralelo, conseguiram uma decisão judicial que impede as mudanças pretendidas pela nova administração. (Plural e RPC)

Na UP, houve protesto de alunos e buzinaço contra as demissões, que, segundo a universidade, são “parte de um movimento acadêmico”. Com as aulas em modo remoto desde o início do ano, houve alunos que até conseguiram na Justiça um abatimento nas mensalidades, até o retorno das aulas presenciais. (Plural e Contraponto)

Como bem resume esta reportagem, as demissões e reestruturações nessas e em outras universidades da cidade parecem ser fruto da ascensão do ensino a distância — que, somada a uma crise sem igual, à queda de alunos e às recentes movimentações do mercado, forçou o corte de custos. (Contraponto)

👩‍🏫 Enquanto isso, nas universidades públicas, o calendário letivo foi retomado com aulas a distância e opcionais em algumas instituições, como a UFPR. Na UTFPR, a encrenca foi com a eleição online para escolha do novo reitor, que chegou a ser suspensa por problemas na criptografia dos votos. Na semana passada, enfim, o candidato de oposição foi declarado vencedor. (Gazeta do Povo, Bem Paraná, Jornale e Plural)

🗣️ E você, caro leitor? Estuda ou trabalha em alguma dessas universidades? Como sua rotina e a qualidade do seu ensino têm sido afetadas pela pandemia? Escreve pra nós no oi@oexpresso.curitiba.br

Pra terminar: em bom curitibanês

“Curitiba é minha pele. Não consigo me imaginar fora daqui: eu sempre brinco dizendo que é a cidade perfeita para quem escreve, porque não há nada a fazer.”

A frase de hoje é do escritor Cristóvão Tezza, catarinense de nascença, mas um dos nomes que mais representa Curitiba pelo Brasil e mundo afora — e que soube captar, com alguma galhofa, o espírito dessas terras de muito pinhão.

Tezza acaba de lançar seu novo romance, “A tensão superficial do tempo”. A obra, junto com seus dois últimos romances, forma uma espécie de “trilogia da tragédia brasileira contemporânea”, segundo esta reportagem recente do jornal O Globo, para o qual o autor concedeu entrevista.

Um vírus que mata mais na periferia?

Nesta edição, voltamos à nossa análise geográfica da epidemia do coronavírus em Curitiba. Só pra lembrar, esses são os últimos números da situação na cidade, divulgados nesta segunda (6) e sempre atualizados no nosso Monitor COVID-19 Curitiba:

  • 7.530 casos confirmados (um aumento de quase 60% em apenas uma semana); e
  • 195 mortes.

🗺️ Loucos por mapas que somos, nós d’O Expresso fuçamos os últimos balanços da secretaria da Saúde para trazer alguns dados sobre onde o coronavírus mata mais em Curitiba. Spoiler: não é na região central, onde está a maioria dos casos confirmados.A partir de um mapa divulgado pela prefeitura na última sexta (3), conseguimos localizar as mortes por bairro causadas pelo coronavírus, com base no endereço de residência da vítima. Foram 166 óbitos mapeados (de um total de 172 naquele dia, ou seja, a grande maioria). Vejam no que deu:

O bairro com mais mortes, em números absolutos, é a CIC, seguida por Sítio Cercado, Xaxim e Pinheirinho. Consulte o mapa completo aqui.


Como deu pra ver, as mortes por coronavírus estão concentradas na região sul da cidade, bem longe do epicentro de casos confirmados até aqui: a zona central. 

Se formos analisar por regionais, cujos dados são divulgados mais abertamente pela prefeitura, a discrepância se mantém: enquanto a incidência do coronavírus é maior nas regionais Matriz, Bairro Novo e Santa Felicidade, a letalidade da doença (ou seja, o percentual de infectados que acabam morrendo) é maior nas regionais do Boqueirão, Boa Vista e Pinheirinho — três regiões que, curiosamente, estão entre as com menos casos confirmados. 

👉 Está tudo ali nos mapas que colocamos no Monitor COVID-19 Curitiba.

O que isso quer dizer? Há muitas conclusões possíveis. Eis algumas hipóteses:

  • Mais testes são realizados na região central, e por isso a letalidade lá apenas aparenta ser menor (ou seja, pode haver uma subnotificação de casos nas demais regionais, o que acaba aumentando o índice de letalidade nesses locais);
  • Está faltando assistência às populações longe da região central;
  • A demora ao procurar (ou conseguir acessar) os serviços de saúde nas regionais mais atingidas pode estar contribuindo para aumentar a letalidade. Quem deixa para buscar atendimento médico quando os sintomas já estão severos pode ter menos chances de sobrevivência.

🗣️ O que você acha, leitor? Há desigualdade regional no combate à COVID-19 em Curitiba? A que se devem essas disparidades? Escreva para nós respondendo a este e-mail.

E as últimas do coronavírus:

Chove, chuva ⛈️

A tempestade da semana passada, com ventos de até 100 km/h aqui na capital, assustou muita gente — mas não representou alívio na estiagem histórica que vivemos.

De acordo com os dados das estações pluviométricas de Curitiba, choveu só 19mm na tempestade da última terça (30), aquela que arrancou telhado e até janela dos prédios da cidade, e 15 mm no dia anterior. (Tribuna do Paraná)

Ou seja: como explica esta reportagem, as chuvas continuam abaixo da média histórica para o período. Os níveis dos principais reservatórios da região de Curitiba permanecem baixos, com capacidade entre 16% e 38%. (Plural)

⛈️ A previsão é que só volte a chover significativamente na região de Curitiba com a chegada do verão, no final do ano. Até lá, o rodízio no abastecimento e a economia no consumo de água devem continuar.

Um serviço: pra saber se sua casa deve ficar sem água nos próximos dias, dá uma olhada nesse mapa da Sanepar. Você pode consultar por endereço ou por região da cidade. Aliás, dá pra ver que a cidade inteirinha, somando a região metropolitana, está passando por cortes no abastecimento de água em função da estiagem.

🚰 Se você é um dos que estão insatisfeitos com o serviço da Sanepar, saiba que um novo marco regulatório do saneamento, aprovado no mês passado no Congresso, deve estimular a concorrência no setor e forçar a empresa a cumprir metas para universalizar água e esgoto tratados no Paraná. (Gazeta do Povo)

  • E prepare o guarda-chuva: mais um temporal deve atingir Curitiba entre esta terça (7) e quarta-feira (8). A boa notícia: não tão intenso quanto o da semana passada. (Tribuna do Paraná)