Teste rápido, #MadeInCuritiba

Uma boa notícia sobre o coronavírus, para aliviar um pouco a semana: a Hi Technologies, uma startup aqui de Curitiba, deve oferecer em meados de abril um teste rápido para diagnóstico do coronavírus.

💉 O teste vai estar disponível em algumas farmácias da cidade, ao custo de R$ 130. 

O resultado, segundo a empresa, sai em até 15 minutos. O paciente insere uma pequena amostra do seu sangue na máquina do Hilab, coletada na pontinha do dedo, ainda na farmácia. O aparelho se comunica com o laboratório da Hi, em Curitiba, que faz a análise e envia o resultado via SMS ou e-mail. (Plural)

“O diagnóstico rápido é essencial para que a pessoa e os familiares sejam informados sobre a doença e possam entrar em isolamento o mais rapidamente possível, evitando a disseminação do vírus”, disse Marcus Figueiredo, CEO e cofundador da Hi Technologies, em entrevista ao LABS

Antes que role uma corrida às farmácias: o teste é indicado apenas para casos em que o paciente já apresente sintomas do coronavírus há pelo menos três dias. É que o que a maquininha identifica é um anticorpo produzido pelo paciente, e não o vírus em si.

E mais algumas boas notícias em meio à pandemia: 🙂

😷 A epidemia em Curitiba é pior que em outras cidades?

😷 A epidemia em Curitiba é pior que em outras cidades?

Aqui estamos novamente!

Nesta semana, nossa capital preferida completou 327 anos de história — e continuou mergulhada no enfrentamento da epidemia do COVID-19. Mais uma vez, caçamos alguns dados sobre a doença e sua evolução na cidade, e chamamos você a refletir conosco.
 
Além disso, homenageamos nesta edição um outro aniversariante de Curitiba. Este é bem mais novinho: apenas um ano! Quem será? 🎂

Fora tudo isso, tem mais uma novidade para quem gosta do nosso trabalho.

Como você já deve saber, O Expresso é uma iniciativa independente com foco no jornalismo local. Aos poucos estamos idealizando alternativas que vão permitir a arrecadação de recursos para que possamos manter este projeto que consideramos tão relevante para Curitiba.

A primeira alternativa você já encontra a partir de hoje: no final de algumas notas inserimos um link para quem quiser doar alguns centavos via PicPay. É simples e super rápido (principalmente para quem está no celular e tem uns centavinhos na carteira virtual).  

Como sempre, compartilhe esta edição d’O Expresso com seus amigos, usando o link abaixo ou os botões de compartilhamento das notas via WhatsApp. E mande suas sugestões e críticas para nós!

Uma boa semana! 🙂

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça-feira, 7 de abril

1. Coronavírus em Curitiba: pior que outras cidades?

Como não podia deixar de ser, abrimos esta edição falando novamente do status da epidemia do coronavírus aqui em Curitiba. Nesta segunda (30), eram 79 casos confirmados em Curitiba (um aumento de 61% em relação à semana passada) e 119 suspeitos. Olha o gráfico atualizado aí embaixo:
 

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A linha azul são todos os casos confirmados, enquanto a área amarela representa os suspeitos. Você pode clicar aqui para acessar a versão interativa.


🤔 Ok. Mas o que isso quer dizer? Isso é alarmante ou não? A evolução dos casos está acelerada ou devagar? E, afinal: esta quarentena está servindo para alguma coisa?

A gente aqui d’O Expresso resolveu ir um pouco além nos dados, compilando algumas informações que podem dar algumas ideias de como Curitiba está diante de outras cidades do Brasil (Porto Alegre, São Paulo e Brasília).

Como a gente fez isso? Para começar, resolvemos não comparar os números absolutos de casos de COVID-19, mas sim a taxa de casos confirmados por 100 mil habitantes. Isso dá uma noção mais acurada da evolução da epidemia, proporcionalmente, em cada uma dessas cidades.

🗓 Além disso, tomamos como ponto de partida o “dia zero” de cada uma dessas cidades — ou seja, o dia em que se confirmou o primeiro caso de coronavírus em cada capital. 

  • Curitiba é uma das cidades com menos tempo de epidemia: os primeiros casos foram confirmados no dia 12 de março – o que nos leva a 17 dias de enfrentamento da doença. Em Brasília, o primeiro caso foi detectado uma semana antes; em Porto Alegre, no dia 9; e em São Paulo, no dia 26 de fevereiro.

Então, vamos à comparação:
 

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A marca cinza indica o momento atual da epidemia em Curitiba (somos a bolinha azul), em comparação às outras cidades brasileiras. Você pode acessar o gráfico completo, em sua versão interativa, aqui.
 

Dá pra ver que nossa evolução de casos por 100 mil habitantes, neste momento (dia 17 da epidemia), já é mais acelerada do que foi em Brasília e em São Paulo, mas menos do que em Porto Alegre. Temos 4,1 casos por 100 mil habitantes.

A essa altura da epidemia, Brasília (em verde) registrava 3 e São Paulo (roxo), menos de 1. Já Porto Alegre (em amarelo), como dá para ver, registrou uma progressão bem mais veloz de casos desde o início da epidemia.

E as práticas de isolamento social? Até agora, o que dá para dizer é que Curitiba adotou medidas de ‘quarentena’ mais cedo do que Porto Alegre, Brasília ou São Paulo. Aqui, o decreto municipal que limitou eventos e suspendeu aulas passou a valer em 18 de março (ou dia 7 da epidemia). Em São Paulo, o isolamento oficial começou no 21º dia da epidemia na cidade; em Porto Alegre, no dia 11; e em Brasília, no dia 8. 


Atualmente:

  • Brasília tem 9,9 casos por 100 mil habitantes;
  • Porto Alegre tem 9,7 casos por 100 mil habitantes;
  • São Paulo tem 4,8 casos por 100 mil habitantes;
  • Curitiba tem 4,1 casos por 100 mil habitantes.


Um contexto importante:

  • Vale lembrar que o acesso e o tempo de espera pelos resultados dos testes de COVID-19 variam em cada cidade, e que, justamente por isso, vários epidemiologistas ressaltam que há subnotificação dos casos — então, o número real de infectados pode ser muito maior. (O Estado de S.Paulo)
  • Um bom indicativo desta subnotificação são as internações por problemas respiratórios, que estão nove vezes mais numerosas do que a média para o mês no Brasil, segundo a Fiocruz. (G1)
  • A quem quiser acessar mais dados, recomendamos o site do Lagom Data, que faz o comparativo proporcional de casos nos municípios e estados por milhão de habitantes. Segundo o jornalista Marcelo Soares, fundador do Lagom, “essa relativização ajuda a enxergar a gravidade da situação. Fortaleza e Brasília estão com taxas muito preocupantes”. Em algumas cidades do interior do país, lembra ele, os testes chegam a demorar 17 dias para ficarem prontos.

 
Na semana que vem, vamos comparar a situação de Curitiba a algumas metrópoles pelo mundo — como Nova York, Berlim e Milão.

Até lá, #FiqueEmCasa!
 

2. Teste rápido, #MadeInCuritiba

Uma boa notícia sobre o coronavírus, para aliviar um pouco a semana: a Hi Technologies, uma startup aqui de Curitiba, deve oferecer em meados de abril um teste rápido para diagnóstico do coronavírus.

💉 O teste vai estar disponível em algumas farmácias da cidade, ao custo de R$ 130. 

O resultado, segundo a empresa, sai em até 15 minutos. O paciente insere uma pequena amostra do seu sangue na máquina do Hilab, coletada na pontinha do dedo, ainda na farmácia. O aparelho se comunica com o laboratório da Hi, em Curitiba, que faz a análise e envia o resultado via SMS ou e-mail. (Plural)

“O diagnóstico rápido é essencial para que a pessoa e os familiares sejam informados sobre a doença e possam entrar em isolamento o mais rapidamente possível, evitando a disseminação do vírus”, disse Marcus Figueiredo, CEO e cofundador da Hi Technologies, em entrevista ao LABS

Antes que role uma corrida às farmácias: o teste é indicado apenas para casos em que o paciente já apresente sintomas do coronavírus há pelo menos três dias. É que o que a maquininha identifica é um anticorpo produzido pelo paciente, e não o vírus em si.

E mais algumas boas notícias em meio à pandemia: 🙂

 

3. Curta da semana

Sim, dessa vez, é uma só: o rodízio de água nos bairros de Curitiba volta nesta quarta e quinta-feira (dias 1 e 2). A medida, segundo a Sanepar, foi tomada tanto pela falta de chuvas das últimas semanas quanto pelo aumento do consumo.

🚰 A Sanepar afirma que o “pânico por higiene” em meio à pandemia tem provocado o aumento do consumo, e pede que as pessoas façam uso consciente da água — em especial neste momento.
 

Acesse esta nota avulsa

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4. Aniversário em dose dupla

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Uma cena curitibana (de Guilherme Pupo) com duplo objetivo: comemorar os 327 anos de Curitiba, neste domingo + um ano de Cine Passeio – que, no dia 27 de março, completou 12 meses de atividades e atingiu a marca de mais de 81 mil ingressos vendidos

Não teve festa, claro. Mas teve encarte especial indicando como assistir (em casa) os oito filmes com maior bilheteria do primeiro ano de Cine Passeio. 📽


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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“O grande problema é que o coronavírus não ‘derruba’ a maioria dos contaminados. Dá uma dor de garganta, pode dar febre e depois de dois ou três dias em casa a pessoa acha que está bem, sai na rua e pode contagiar outras.”

As aspas de hoje não têm nome. São parte do relato de um dos recuperados da COVID-19 em Curitiba, que deixou o isolamento domiciliar na semana passada após cuidados médicos. Ficam como alerta para continuarmos #EmCasa, mesmo sem sintomas.

 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Coronavírus em Curitiba: pior que outras cidades?

Como não podia deixar de ser, abrimos esta edição falando novamente do status da epidemia do coronavírus aqui em Curitiba. Nesta segunda (30), eram 79 casos confirmados em Curitiba (um aumento de 61% em relação à semana passada) e 119 suspeitos. Olha o gráfico atualizado aí embaixo:

A linha azul são todos os casos confirmados, enquanto a área amarela representa os suspeitos. Você pode clicar aqui para acessar a versão interativa.

🤔 Ok. Mas o que isso quer dizer? Isso é alarmante ou não? A evolução dos casos está acelerada ou devagar? E, afinal: esta quarentena está servindo para alguma coisa?

A gente aqui d’O Expresso resolveu ir um pouco além nos dados, compilando algumas informações que podem dar algumas ideias de como Curitiba está diante de outras cidades do Brasil (Porto Alegre, São Paulo e Brasília).

Como a gente fez isso? Para começar, resolvemos não comparar os números absolutos de casos de COVID-19, mas sim a taxa de casos confirmados por 100 mil habitantes. Isso dá uma noção mais acurada da evolução da epidemia, proporcionalmente, em cada uma dessas cidades.

🗓 Além disso, tomamos como ponto de partida o “dia zero” de cada uma dessas cidades — ou seja, o dia em que se confirmou o primeiro caso de coronavírus em cada capital. 

  • Curitiba é uma das cidades com menos tempo de epidemia: os primeiros casos foram confirmados no dia 12 de março – o que nos leva a 17 dias de enfrentamento da doença. Em Brasília, o primeiro caso foi detectado uma semana antes; em Porto Alegre, no dia 9; e em São Paulo, no dia 26 de fevereiro.

Então, vamos à comparação:

Curitiba está no dia 17 de casos confirmados (praticamente no meio do gráfico, somos a bolinha azul). Em comparação às outras cidades brasileiras estamos somente abaixo da taxa de contágio em Porto Alegre. Você pode acessar o gráfico completo, em sua versão interativa, aqui.

Dá pra ver que nossa evolução de casos por 100 mil habitantes, neste momento (dia 17 da epidemia), já é mais acelerada do que foi em Brasília e em São Paulo, mas menos do que em Porto Alegre. Temos 4,1 casos por 100 mil habitantes.

A essa altura da epidemia, Brasília (em verde) registrava 3 e São Paulo (roxo), menos de 1. Já Porto Alegre (em amarelo), como dá para ver, registrou uma progressão bem mais veloz de casos desde o início da epidemia.

E as práticas de isolamento social? Até agora, o que dá para dizer é que Curitiba adotou medidas de ‘quarentena’ mais cedo do que Porto Alegre, Brasília ou São Paulo. Aqui, o decreto municipal que limitou eventos e suspendeu aulas passou a valer em 18 de março (ou dia 7 da epidemia). Em São Paulo, o isolamento oficial começou no 21º dia da epidemia na cidade; em Porto Alegre, no dia 11; e em Brasília, no dia 8. 

Atualmente:

  • Brasília tem 9,9 casos por 100 mil habitantes;
  • Porto Alegre tem 9,7 casos por 100 mil habitantes;
  • São Paulo tem 4,8 casos por 100 mil habitantes;
  • Curitiba tem 4,1 casos por 100 mil habitantes.

Um contexto importante:

  • Vale lembrar que o acesso e o tempo de espera pelos resultados dos testes de COVID-19 variam em cada cidade, e que, justamente por isso, vários epidemiologistas ressaltam que há subnotificação dos casos — então, o número real de infectados pode ser muito maior. (O Estado de S.Paulo)
  • Um bom indicativo desta subnotificação são as internações por problemas respiratórios, que estão nove vezes mais numerosas do que a média para o mês no Brasil, segundo a Fiocruz. (G1)
  • A quem quiser acessar mais dados, recomendamos o site do Lagom Data, que faz o comparativo proporcional de casos nos municípios e estados por milhão de habitantes. Segundo o jornalista Marcelo Soares, fundador do Lagom, “essa relativização ajuda a enxergar a gravidade da situação. Fortaleza e Brasília estão com taxas muito preocupantes”. Em algumas cidades do interior do país, lembra ele, os testes chegam a demorar 17 dias para ficarem prontos.

 Na semana que vem, vamos comparar a situação de Curitiba a algumas metrópoles pelo mundo — como Nova York, Berlim e Milão.

Até lá, #FiqueEmCasa!

Pra terminar: em bom curitibanês

“O grande problema é que o coronavírus não ‘derruba’ a maioria dos contaminados. Dá uma dor de garganta, pode dar febre e depois de dois ou três dias em casa a pessoa acha que está bem, sai na rua e pode contagiar outras.”

As aspas de hoje não têm nome. São parte do relato de um dos recuperados da COVID-19 em Curitiba, que deixou o isolamento domiciliar na semana passada após cuidados médicos. Ficam como alerta para continuarmos #EmCasa, mesmo sem sintomas.

As mais pedidas do 156

Para mudar um pouco de assunto: antes de essa epidemia começar, no início de março, o pessoal do Open Data Day (evento de que falamos há algumas semanas) achou um baú de tesouros de Curitiba: a base da Central 156. 

O 156 é conhecido por aqui como um número de telefone que presta informações e recolhe reclamações sobre serviços de Curitiba. Mas, na prática, essa base de dados, que está disponível no site da prefeitura, reúne informações estratégicas vindas de diferentes plataformas (site, e-mail, aplicativo e telefone) — e que se mostram essenciais para entender algumas peculiaridades da nossa cidade

Pois bem: no Open Data Day deste ano, um grupo de programadores e ativistas cívicos se reuniu para analisar as bases do 156 em fevereiro deste ano. Foram mais de 20 mil solicitações no período, entre reclamações e elogios — a maioria delas, feita por e-mail.

Os temas mais recorrentes? 1) trânsito, 2) coleta de lixo, e 3) iluminação pública.

A partir dos dados disponibilizados, O Expresso resolveu separar as solicitações por tipo e criar alguns mapas que nos ajudam a identificar algumas características (e necessidades mais prementes) dos bairros de Curitiba. Dá uma olhada nos exemplos abaixo:

Abordagem social de rua

Este tópico reúne, basicamente, todos os pedidos de assistência para crianças, adultos e idosos que estão em situação de rua. Adivinhem onde eles se concentram? Das 2.051 solicitações registradas em fevereiro, 419 foram no Centro (1), 295 no Jardim Botânico (2) e 94 no Rebouças (3). Sítio Cercado (4) e Boqueirão (5) aparecem em seguida.

Iluminação Pública


As queixas e pedidos de manutenção da iluminação pública, como é possível perceber no mapa, estão concentrados na região periférica de Curitiba: o (1) Sítio Cercado teve 190 solicitações em fevereiro, (2) CIC chegou a 155 pedidos de manutenção; (3) Uberaba ficou na terceira posição, com 134 registros; e nas posições (4), (5) e (6), respectivamente, Xaxim, Boqueirão e Cajuru, com cerca de 100 solicitações em cada um.

Para saber mais:

  • Se quiser, você pode gerar seus próprios mapas aqui, numa ferramenta disponibilizada por nós d’O Expresso, escolhendo o tema de sua preferência.
  • A base de dados completa do 156 em fevereiro, organizada pelo pessoal do Open Data Day, também traz informações como o órgão responsável pela resposta, assim como o gênero e idade dos moradores que fizeram o pedido.

🙏 Sim. Há boas notícias em meio ao coronavírus!

🙏 Sim. Há boas notícias em meio ao coronavírus!

Bom dia!

O coronavírus continua alterando significativamente nossas rotinas, como nunca visto antes. E com tantas notícias preocupantes por aí, resolvemos focar naquelas que dão um pouco de esperança para a gente neste cenário – além de dar espaço para uma base de dados do 156 super interessante.

Aproveite a leitura e, como sempre, vale reforçar: indique O Expresso para outros curitibanos, usando o link abaixo ou os botões de compartilhamento das notas via WhatsApp.

Uma boa semana, na medida do possível! 🙂

Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça-feira, 31 de março

1. A pandemia em Curitiba — e algumas boas notícias

Não podíamos deixar de falar, mais uma vez, da situação do coronavírus em Curitiba. De uma semana para cá, vimos o número de casos pelo país se multiplicar, e a rotina das cidades mudou radicalmente. 

Aqui em Curitiba, parques fecharam, a feirinha do Largo da Ordem foi suspensa de forma inédita, e carros da PM e da Guarda Municipal circulam com avisos de som orientando a população a se recolher, para evitar o avanço do vírus. (BandNews FM e Prefeitura de Curitiba)
 

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📊 Nesta segunda (23), eram 37 casos confirmados em Curitiba e 233 suspeitos. O gráfico acima mostra a evolução da epidemia na cidade: os confirmados estão na linha preta e, os suspeitos, na linha amarela tracejada. 

Mas, em meio a tanta incerteza e preocupação, a gente queria aproveitar a oportunidade pra também falar de boas notícias — como algumas iniciativas de solidariedade e de acesso à informação que valem a pena ser compartilhadas.

  • Para ajudar o pequeno comércio da cidade, a página Fortalece CWB, no Instagram, divulga estabelecimentos locais que estão fazendo entregas, como restaurantes e supermercados. Quem tiver interesse, pode preencher este formulário aqui para divulgar seus produtos ou serviços.
  • Ainda na proposta de fortalecimento de negócios locais neste cenário de incertezas, o Plural lançou uma plataforma de classificados que reúne empresas e profissionais locais.
  • Quer mais marcas e produtores locais? A nossa já parceira Mamute (feira gráfica de Curitiba) organizou esta planilha que mostra bons trabalhos aqui da cidade. 
  • Aqui também tem uma planilha colaborativa com conteúdos, cursos e dicas para enfrentar a quarentena de forma produtiva. Tem alguma sugestão? É só entrar e cadastrar. A iniciativa é da Criatilha, aqui de Curitiba.
  • Já o site Existe Amor em Curitiba mapeia grupos, pessoas e redes de apoio que estão promovendo ações de solidariedade em tempos de epidemia, como doação de álcool em gel a asilos e moradores de rua, e suporte psicológico a quem precisa. 
  • Na UFPR, a ação Pergunte a um cientista encaminha aos pesquisadores da universidade as principais dúvidas sobre o vírus, que respondem com base nas mais recentes descobertas científicas a respeito. (Agência UFPR)
  • Médicos do Hospital IPO, especializado em otorrinolaringologia, estão respondendo a dúvidas sobre o coronavírus pela internet, de graça e de forma individual. (G1)
  • E a prefeitura fez uma ação de drive-thru da vacina contra a gripe, especialmente para idosos, a fim de evitar aglomerações e exposição ao coronavírus. Apesar de interessante, deu confusão.


Fora alguns relatos legais que ouvimos de amigos, como esses aqui:

“Aqui no meu prédio, todos os moradores estão comprando frutas e legumes de uma vendinha bem pequena, aqui ao lado. O proprietário monta as cestas para cada cliente, e um grupo de moradores busca e deixa nos apartamentos de quem não pode sair de casa.” 

“Um grupo de moradores deixou um aviso no elevador do prédio, se oferecendo para fazer compras a idosos que não podem sair de casa.”

“Minha filha está saindo distribuir uma sopa caseira para pessoas que moram nas ruas do entorno. Não nos sentimos confortáveis de estar em isolamento em casa, com conforto, alimentação adequada, segurança e afeto, enquanto tem gente na frente, ao lado de onde moramos, totalmente descartada por esse modelo social desigual e injusto.” 

Prossigamos pelas próximas semanas, distribuindo afeto e solidariedade para atravessarmos esse momento difícil. E #FiqueEmCasa!
 

2. As mais pedidas do 156

Para mudar um pouco de assunto: antes de essa epidemia começar, no início de março, o pessoal do Open Data Day (evento de que falamos há algumas semanas) achou um baú de tesouros de Curitiba: a base da Central 156. 

O 156 é conhecido por aqui como um número de telefone que presta informações e recolhe reclamações sobre serviços de Curitiba. Mas, na prática, essa base de dados, que está disponível no site da prefeitura, reúne informações estratégicas vindas de diferentes plataformas (site, e-mail, aplicativo e telefone) — e que se mostram essenciais para entender algumas peculiaridades da nossa cidade

Pois bem: no Open Data Day deste ano, um grupo de programadores e ativistas cívicos se reuniu para analisar as bases do 156 em fevereiro deste ano. Foram mais de 20 mil solicitações no período, entre reclamações e elogios — a maioria delas, feita por e-mail.

Os temas mais recorrentes? 1) trânsito, 2) coleta de lixo, e 3) iluminação pública.

A partir dos dados disponibilizados, O Expresso resolveu separar as solicitações por tipo e criar alguns mapas que nos ajudam a identificar algumas características (e necessidades mais prementes) dos bairros de Curitiba. Dá uma olhada nos exemplos abaixo:

Abordagem social de rua

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Este tópico reúne, basicamente, todos os pedidos de assistência para crianças, adultos e idosos que estão em situação de rua. Adivinhem onde eles se concentram? Das 2.051 solicitações registradas em fevereiro, 419 foram no Centro (1), 295 no Jardim Botânico (2) e 94 no Rebouças (3)Sítio Cercado (4) e Boqueirão (5) aparecem em seguida.

Iluminação Pública
 

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As queixas e pedidos de manutenção da iluminação pública, como é possível perceber no mapa, estão concentrados na região periférica de Curitiba: o (1) Sítio Cercado teve 190 solicitações em fevereiro, (2) CIC chegou a 155 pedidos de manutenção; (3) Uberaba ficou na terceira posição, com 134 registros; e nas posições (4), (5) e (6), respectivamente, Xaxim, Boqueirão e Cajuru, com cerca de 100 solicitações em cada um.

Para saber mais:

  • Se quiser, você pode gerar seus próprios mapas aqui, numa ferramenta disponibilizada por nós d’O Expresso, escolhendo o tema de sua preferência.
  • base de dados completa do 156 em fevereiro, organizada pelo pessoal do Open Data Day, também traz informações como o órgão responsável pela resposta, assim como o gênero e idade dos moradores que fizeram o pedido.
 

3. Ordem no Largo da Ordem

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Resolvemos emprestar o clique do fotógrafo Franklin de Freitas, que registrou uma cena que nunca pensamos ver: o Largo da Ordem vazio num domingo! É apenas um dos efeitos do coronavírus na nossa cidade. (Bem Paraná)


Acesse esta nota avulsa

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4. Pra terminar: em bom curitibanês

“Precisava procurar algo que me aproximasse das pessoas. Queria uma causa comum. E imaginei que ter água de boa qualidade para beber e ar para respirar era algo que todos poderiam compartilhar.”

A frase é da jornalista e curitibana Teresa Urban, que faleceu em 2013 — e faria 74 anos nesta semana, no dia 26. Presa e exilada durante a ditadura por participar de grupos estudantis de esquerda, ela mudou de ativismo e escolheu o meio ambiente como campo de ação, se tornando uma pioneira do jornalismo ambiental no país. (Gazeta do Povo)
 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

A pandemia em Curitiba — e algumas boas notícias

Não podíamos deixar de falar, mais uma vez, da situação do coronavírus em Curitiba. De uma semana para cá, vimos o número de casos pelo país se multiplicar, e a rotina das cidades mudou radicalmente. 

Aqui em Curitiba, parques fecharam, a feirinha do Largo da Ordem foi suspensa de forma inédita, e carros da PM e da Guarda Municipal circulam com avisos de som orientando a população a se recolher, para evitar o avanço do vírus. (BandNews FM e Prefeitura de Curitiba)

📊 Nesta segunda (23), eram 37 casos confirmados em Curitiba e 233 suspeitos. O gráfico acima mostra a evolução da epidemia na cidade: os confirmados estão na linha preta e, os suspeitos, na linha amarela tracejada. 

Mas, em meio a tanta incerteza e preocupação, a gente queria aproveitar a oportunidade pra também falar de boas notícias — como algumas iniciativas de solidariedade e de acesso à informação que valem a pena ser compartilhadas.

  • Para ajudar o pequeno comércio da cidade, a página Fortalece CWB, no Instagram, divulga estabelecimentos locais que estão fazendo entregas, como restaurantes e supermercados. Quem tiver interesse, pode preencher este formulário aqui para divulgar seus produtos ou serviços.
  • Ainda na proposta de fortalecimento de negócios locais neste cenário de incertezas, o Plural lançou uma plataforma de classificados que reúne empresas e profissionais locais.
  • Quer mais marcas e produtores locais? A nossa já parceira Mamute (feira gráfica de Curitiba) organizou esta planilha que mostra bons trabalhos aqui da cidade. 
  • Aqui também tem uma planilha colaborativa com conteúdos, cursos e dicas para enfrentar a quarentena de forma produtiva. Tem alguma sugestão? É só entrar e cadastrar. A iniciativa é da Criatilha, aqui de Curitiba.
  • Já o site Existe Amor em Curitiba mapeia grupos, pessoas e redes de apoio que estão promovendo ações de solidariedade em tempos de epidemia, como doação de álcool em gel a asilos e moradores de rua, e suporte psicológico a quem precisa. 
  • Na UFPR, a ação Pergunte a um cientista encaminha aos pesquisadores da universidade as principais dúvidas sobre o vírus, que respondem com base nas mais recentes descobertas científicas a respeito. (Agência UFPR)
  • Médicos do Hospital IPO, especializado em otorrinolaringologia, estão respondendo a dúvidas sobre o coronavírus pela internet, de graça e de forma individual. (G1)
  • E a prefeitura fez uma ação de drive-thru da vacina contra a gripe, especialmente para idosos, a fim de evitar aglomerações e exposição ao coronavírus. Apesar de interessante, deu confusão.

Fora alguns relatos legais que ouvimos de amigos, como esses aqui:

“Aqui no meu prédio, todos os moradores estão comprando frutas e legumes de uma vendinha bem pequena, aqui ao lado. O proprietário monta as cestas para cada cliente, e um grupo de moradores busca e deixa nos apartamentos de quem não pode sair de casa.” 

“Um grupo de moradores deixou um aviso no elevador do prédio, se oferecendo para fazer compras a idosos que não podem sair de casa.”

“Minha filha está saindo distribuir uma sopa caseira para pessoas que moram nas ruas do entorno. Não nos sentimos confortáveis de estar em isolamento em casa, com conforto, alimentação adequada, segurança e afeto, enquanto tem gente na frente, ao lado de onde moramos, totalmente descartada por esse modelo social desigual e injusto.” 

Prossigamos pelas próximas semanas, distribuindo afeto e solidariedade para atravessarmos esse momento difícil. E #FiqueEmCasa!