Chove, chuva

Na semana passada, um toró daqueles paralisou São Paulo, a maior cidade do país — e deixou muito curitibano assustado com as imagens que se espalharam por aí.

A repórter Rosana Félix, da Gazeta do Povo, fez uma boa comparação da situação de Curitiba à de outras metrópoles em termos de prevenção a enchentes, e chegou a conclusões alentadoras:

  • A grande extensão de áreas verdes em Curitiba ajuda a prevenir alagamentos (é só lembrar dos tradicionais parques Barigui e São Lourenço, feitos propositalmente para isso);
  • O relevo pouco acidentado diminui a velocidade da água da chuva pelas ruas, e evita enxurradas;
  • Já existem políticas públicas de prevenção a desastres, como o Plano Diretor de Drenagem, planos setoriais de saneamento básico e leis que exigem, por exemplo, a captação da água da chuva nos prédios da cidade.


Mas, como uma provocação nunca é demais, a gente queria aproveitar a ocasião para compartilhar uma boa reflexão do Washington Fajardo, publicada na Veja São Paulo:

🛑 “Assustador constatar que as lideranças estão mergulhadas em fossas de negação do novo normal: a emergência climática. […] Sem responsabilização sobre os gestores, nada mudará. Observem que prefeitos são obedientes à responsabilidade fiscal, mas completamente arruaceiros no cumprimento de planos urbanísticos e ambientais.”

📒 As grandes metrópoles precisam de uma Agenda Nacional Urbana. É relativamente simples pois implica na definição de orientações comuns para a reciclagem das cidades brasileiras, preparando-as para a próxima década. […] Sem tal pactuação, nenhuma cidade conseguirá [sobreviver]. Nem São Paulo.”

Curtas da semana

Troco do bem: mais uma startup curitibana com investimento e despontando por aí. Dessa vez, porém, o foco do negócio é impacto social. A Pólen nasceu aqui na cidade e tem como proposta destinar parte do dinheiro das vendas de lojas virtuais para mais de 300 ONGs de todo o país. É a primeira vez que este fundo de investimento destina recursos para uma fintech de impacto social. (PEGN)

Se meus óculos falassem: a Biblioteca Pública do Paraná sai na frente mais uma vez em acessibilidade a pessoas com deficiência visual: uma câmera inteligente com mini alto-falantes (que pode ser acoplada a qualquer óculos) lê em voz alta para os usuários o que está nos livros. Os cinco aparelhos começaram a operar no início do mês. (Biblioteca Pública do Paraná e BandNews Curitiba)

Aniversariante do mês: a hipopótamo Glória completou sete anos no dia 16, lá no Zoológico de Curitiba — e ganhou um “bolo vegetariano” de presente. Em 2013, quando nasceu, recebeu o nome através de votação popular. (Prefeitura de Curitiba)

Salários congelados: uma nova proposta que circula na Câmara de Curitiba estabelece congelamento do salário dos vereadores até 2024. Nada confirmado ainda, mas, se for pra frente, os valores devem seguir estagnados por quase uma década (o último reajuste foi em 2015). Importante ressaltar dois pontos: 1) o salário atual é de quase R$ 16 mil mensais; 2) é ano eleitoral. (Gazeta do Povo)

O tal EstaR Eletrônico

Na semana que passou, a Prefeitura de Curitiba confirmou: começa no dia 16 de março o uso do EstaR Eletrônico, novo sistema de estacionamento rotativo da cidade.

As placas de sinalização começaram a ser instaladas na semana passada. Nós d’O Expresso flagramos uma bem ali no centro:

E como é que vai funcionar? Segue o resumo da ópera:

📜 Por um tempo, até o dia 10 de maio, o EstaR Eletrônico vai conviver com os talões de papel. Ou seja, quem estacionar vai poder escolher tanto entre usar os talõezinhos convencionais quanto comprar os créditos por aplicativo.

📲 Já existem três aplicativos homologados para comprar créditos de EstaR: Zul EstaR Digital, FAZ Digital Curitiba e Transitabile. Só o último ainda não está disponível para download. Os outros dois já podem ser baixados, tanto na App Store quanto na Google Play. É ali que o motorista vai comprar o saldo para ser usado no EstaR (as opções de pagamento incluem cartão de crédito, débito, transferência, boleto, entre outras).

💲 O EstaR Eletrônico vai ser mais caro do que o atual. A hora custará R$ 3 (hoje, o valor é de R$ 2 por talão). Por outro lado, o motorista vai poder fracionar a hora: cada 15 minutos custarão R$ 0,75.

🚗 Seguimos no passo a passo: o motorista estaciona seu carro na vaga rotativa, acessa o aplicativo (que identifica sua geolocalização) e informa quanto tempo deseja ficar na vaga (se uma ou duas horas). O app, então, deduz o custo do saldo disponível.

🚘 Se o motorista sair antes da vaga, é só informar pelo aplicativo — que, então, cobrará apenas a fração da hora. Se ficar mais de uma hora, pode renovar o período de permanência pelo app, sem precisar voltar ao carro (dentro do limite máximo de uma ou duas horas de acordo com a vaga).

🛃 A fiscalização, por uma questão legal, continuará a cargo apenas dos agentes da Setran. Eles terão um dispositivo eletrônico, com acesso a todo o sistema, que vai informar se aquele veículo pagou pelo estacionamento via app ou não, e se continua dentro do prazo regulamentar. 

E se eu passar do tempo, ou não pagar pelo EstaR? Se a infração for identificada por um agente de trânsito, o motorista será notificado (via app ou papeleta) e terá cinco dias para pagar uma taxa de R$ 30 à Urbs, via site da prefeitura. Mas esse valor não será transformado em créditos, como acontece hoje (o motorista atualmente compra um bloquinho de EstaR para se livrar da multa). 

📱 E quem não tiver celular ou acesso à internet, como faz? Usa um dos pontos físicos de venda de créditos na cidade (a prefeitura diz que serão 400), ou acessa um dos totens das empresas de aplicativos (a serem instalados no futuro).

Ufa! Explicamos tudinho? Ficou com alguma dúvida? Escreva para nós no oi@oexpresso.curitiba.br. Também estamos tentando entender como tudo isso vai funcionar 😉

🚗 Como funciona o EstaR Eletrônico; chuvas em Curitiba

🚗 Como funciona o EstaR Eletrônico; chuvas em Curitiba

Bom dia novamente! 

Mais um O Expresso na sua caixa de entrada, com as últimas notícias de Curitiba e um serviço esperto sobre o novo EstaR eletrônico 🙂 

Aviso aos leitores: estes editores vão pular o Carnaval — e seu boletim preferido “pula” também, voltando daqui a duas semanas. Neste intervalo, compartilhe esta edição com os amigos, e mande suas sugestões de histórias para nós. 

Até breve!

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça-feira, 3 de março

1. O tal EstaR Eletrônico

Na semana que passou, a Prefeitura de Curitiba confirmou: começa no dia 16 de março o uso do EstaR Eletrônico, novo sistema de estacionamento rotativo da cidade.

As placas de sinalização começaram a ser instaladas na semana passada. Nós d’O Expresso flagramos uma bem ali no centro:
 

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E como é que vai funcionar? Segue o resumo da ópera:

📜 Por um tempo, até o dia 10 de maio, o EstaR Eletrônico vai conviver com os talões de papel. Ou seja, quem estacionar vai poder escolher tanto entre usar os talõezinhos convencionais quanto comprar os créditos por aplicativo.

📲 Já existem três aplicativos homologados para comprar créditos de EstaR: Zul EstaR Digital, FAZ Digital Curitiba e Transitabile. Só o último ainda não está disponível para download. Os outros dois já podem ser baixados, tanto na App Store quanto na Google Play. É ali que o motorista vai comprar o saldo para ser usado no EstaR (as opções de pagamento incluem cartão de crédito, débito, transferência, boleto, entre outras).

💲 O EstaR Eletrônico vai ser mais caro do que o atual. A hora custará R$ 3 (hoje, o valor é de R$ 2 por talão). Por outro lado, o motorista vai poder fracionar a hora: cada 15 minutos custarão R$ 0,75.

🚗 Seguimos no passo a passo: o motorista estaciona seu carro na vaga rotativa, acessa o aplicativo (que identifica sua geolocalização) e informa quanto tempo deseja ficar na vaga (se uma ou duas horas). O app, então, deduz o custo do saldo disponível.

🚘 Se o motorista sair antes da vaga, é só informar pelo aplicativo — que, então, cobrará apenas a fração da hora. Se ficar mais de uma hora, pode renovar o período de permanência pelo app, sem precisar voltar ao carro (dentro do limite máximo de uma ou duas horas de acordo com a vaga).

🛃 A fiscalização, por uma questão legal, continuará a cargo apenas dos agentes da Setran. Eles terão um dispositivo eletrônico, com acesso a todo o sistema, que vai informar se aquele veículo pagou pelo estacionamento via app ou não, e se continua dentro do prazo regulamentar. 

⌛ E se eu passar do tempoou não pagar pelo EstaR? Se a infração for identificada por um agente de trânsito, o motorista será notificado (via app ou papeleta) e terá cinco dias para pagar uma taxa de R$ 30 à Urbs, via site da prefeitura. Mas esse valor não será transformado em créditos, como acontece hoje (o motorista atualmente compra um bloquinho de EstaR para se livrar da multa). 

📱 E quem não tiver celular ou acesso à internet, como faz? Usa um dos pontos físicos de venda de créditos na cidade (a prefeitura diz que serão 400), ou acessa um dos totens das empresas de aplicativos (a serem instalados no futuro).

Ufa! Explicamos tudinho? Ficou com alguma dúvida? Escreva para nós no oi@oexpresso.curitiba.br. Também estamos tentando entender como tudo isso vai funcionar 😉
 

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2. Chove, chuva

Na semana passada, um toró daqueles paralisou São Paulo, a maior cidade do país — e deixou muito curitibano assustado com as imagens que se espalharam por aí.

A repórter Rosana Félix, da Gazeta do Povo, fez uma boa comparação da situação de Curitiba à de outras metrópoles em termos de prevenção a enchentes, e chegou a conclusões alentadoras:

  • A grande extensão de áreas verdes em Curitiba ajuda a prevenir alagamentos (é só lembrar dos tradicionais parques Barigui e São Lourenço, feitos propositalmente para isso);
  • relevo pouco acidentado diminui a velocidade da água da chuva pelas ruas, e evita enxurradas;
  • Já existem políticas públicas de prevenção a desastres, como o Plano Diretor de Drenagem, planos setoriais de saneamento básico e leis que exigem, por exemplo, a captação da água da chuva nos prédios da cidade.


Mas, como uma provocação nunca é demais, a gente queria aproveitar a ocasião para compartilhar uma boa reflexão do Washington Fajardo, publicada na Veja São Paulo:

🛑 “Assustador constatar que as lideranças estão mergulhadas em fossas de negação do novo normal: a emergência climática. […] Sem responsabilização sobre os gestores, nada mudará. Observem que prefeitos são obedientes à responsabilidade fiscal, mas completamente arruaceiros no cumprimento de planos urbanísticos e ambientais.”

📒 As grandes metrópoles precisam de uma Agenda Nacional Urbana. É relativamente simples pois implica na definição de orientações comuns para a reciclagem das cidades brasileiras, preparando-as para a próxima década. […] Sem tal pactuação, nenhuma cidade conseguirá [sobreviver]. Nem São Paulo.”


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3. Curtas da semana

Troco do bem: mais uma startup curitibana com investimento e despontando por aí. Dessa vez, porém, o foco do negócio é impacto social. A Pólen nasceu aqui na cidade e tem como proposta destinar parte do dinheiro das vendas de lojas virtuais para mais de 300 ONGs de todo o país. É a primeira vez que este fundo de investimento destina recursos para uma fintech de impacto social. (PEGN)

Se meus óculos falassem: a Biblioteca Pública do Paraná sai na frente mais uma vez em acessibilidade a pessoas com deficiência visual: uma câmera inteligente com mini alto-falantes (que pode ser acoplada a qualquer óculos) lê em voz alta para os usuários o que está nos livros. Os cinco aparelhos começaram a operar no início do mês. (Biblioteca Pública do Paraná e BandNews Curitiba)

Aniversariante do mês: a hipopótamo Glória completou sete anos no dia 16, lá no Zoológico de Curitiba — e ganhou um “bolo vegetariano” de presente. Em 2013, quando nasceu, recebeu o nome através de votação popular. (Prefeitura de Curitiba)

Salários congelados: uma nova proposta que circula na Câmara de Curitiba estabelece congelamento do salário dos vereadores até 2024. Nada confirmado ainda, mas, se for pra frente, os valores devem seguir estagnados por quase uma década (o último reajuste foi em 2015). Importante ressaltar dois pontos: 1) o salário atual é de quase R$ 16 mil mensais; 2) é ano eleitoral. (Gazeta do Povo)
 

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4. Cenas de Curitiba: o florescer do verão

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Como sempre, dá para encontrar as quatro estações num único dia aqui em Curitiba. Primavera resolveu registrar sua presença em pleno verão. A árvore, conhecida como “extremosa”, floresce no verão e pode ser encontrada em três cores: lilás, rosa ou branca. O registro é nosso, aqui d’O Expresso=)

 

5. Pra terminar: em bom curitibanês

“O que queríamos era diminuir o maior de todos os desperdícios, que é o do tempo”.

As aspas de hoje são de Carlos Eduardo Ceneviva, arquiteto curitibano e um dos responsáveis pela criação e implantação do nosso tão falado sistema de transporte público. Ceneviva faleceu nos primeiros dias de 2020, aos 82 anos. O legado é grande. Além do transporte integrado, foi presidente do Ippuc (no final dos anos 70) e da Urbs (na década de 90), além de participar da implantação do ligeirinho e do ligeirão.

Para saber mais: aqui, uma das poucas e últimas entrevistas concedidas por Ceneviva, à revista Bares e Restaurantes.

 

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Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2020 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Pra terminar: em bom curitibanês

“O que queríamos era diminuir o maior de todos os desperdícios, que é o do tempo”.

As aspas de hoje são de Carlos Eduardo Ceneviva, arquiteto curitibano e um dos responsáveis pela criação e implantação do nosso tão falado sistema de transporte público. Ceneviva faleceu nos primeiros dias de 2020, aos 82 anos. O legado é grande. Além do transporte integrado, foi presidente do Ippuc (no final dos anos 70) e da Urbs (na década de 90), além de participar da implantação do ligeirinho e do ligeirão.

Para saber mais: aqui, uma das poucas e últimas entrevistas concedidas por Ceneviva, à revista Bares e Restaurantes.

O Expresso da História: a Impressora Paranaense

Na segunda coluna d’O Expresso da História, que fala de algumas das empresas mais icônicas de Curitiba, o nosso colaborador e jornalista Diego Antonelli aborda a Impressora Paranaense — que imprimiu os rótulos de algumas das maiores marcas do país, e cuja história se confunde com a “criação” do estado do Paraná.

Conta mais, Diego:

Era abril de 1854 e fazia somente quatro meses que o Paraná havia se emancipado de São Paulo quando o presidente da recém-criada província, Zacarias de Góes e Vasconcelos, ordenou que fosse montada em Curitiba uma oficina tipográfica: a ideia era publicar um jornal para divulgar os atos oficiais do governo

🚢 Os equipamentos vieram de Niterói (RJ), numa empreitada desafiadora. “Foi, certamente, uma aventura transportar via marítima, até Antonina, o material e, depois, trazê-lo em lombo de burro pela estrada do Itupava a Curitiba”, escreveu o pesquisador Osvaldo Piloto. A “Typographia Paranaense” foi responsável pela impressão do jornal ‘O Dezenove de Dezembro’, marco inicial da imprensa do estado. (Bem Paraná)
 
Em 1888, a empresa passou a se chamar “Impressora Paranaense” e começou a produzir os rótulos das embalagens de erva-mate, sob o comando do Barão do Serro Azul e Jesuíno Martins Lopes. 

Entre idas e vindas, a Impressora Paranaense teve sua fase áurea a partir dos anos 1940, sob o comando do alemão Max Schrappe e seus três filhos (Werner, Max Filho e Oscar Sobrinho), quando se transformou em um dos estabelecimentos gráficos mais avançados do Brasil.


Reconhece este casarão no Batel? Pois foi ali, por muitos anos, a sede da Impressora Paranaense. Crédito: Flavio Ortolan, do blog Fotografando Curitiba.

Entre as marcas que tiveram seus rótulos impressos em terras curitibanas, estão:

  • Balas Zequinha
  • Chiclete Ploc
  • Toddy
  • Nescau
  • Caldo de galinha Knorr
  • Serenata de Amor
  • Maionese Hellmann’s
  • Nescafé
  • Cervejarias Atlântica, Cruzeiro e Providência
  • Fábrica de Fósforos Pinheiro

O fim: em 1996, a empresa foi adquirida pela multinacional Dixie Toga, fabricante de embalagens e rótulos. Dois anos depois, se associou à norte-americana Bemis e construiu uma unidade em Londrina. Em 2012, a Bemis fechou a unidade de Curitiba, no bairro Pinheirinho, que contava com 400 funcionários. 

Para saber mais:

  • O Museu Paranaense montou uma exposição sobre as indústrias do Paraná em 2015. Ainda é possível fazer um tour virtual por ela, no site do museu. 
  • Um dos herdeiros da Impressora Paranaense conta suas memórias, em entrevista à Fundação Cultural de Curitiba.
  • Confira aqui a última coluna do Expresso da História, sobre a Matte Leão.

Pra terminar: em bom curitibanês

“Ser um refugiado mestre, para mim, é um grande feito — porque significa que os refugiados conseguem salvar seu futuro.”

A frase é de Amr Houdaifa, primeiro refugiado a ser diplomado mestre pela UFPR (Universidade Federal do Paraná). Houdaifa defendeu sua dissertação em dezembro do ano passado, e sua história foi contada no site da universidade.

Curiosidade: o prédio histórico da UFPR, ali na Praça Santos Andrade, foi onde Houdaifa fez sua defesa, mas também onde dormiu em uma das suas primeiras noites na capital paranaense, ao relento, em 2015.

🚧 Obras na cidade: o que você acha?

🚧 Obras na cidade: o que você acha?

Chegou o seu Expresso de hoje!

E, com ele, algumas das notícias de nossa cidade 🙂. Nesta edição, temos a segunda coluna d’O Expresso da História, sobre as empresas que fizeram história em Curitiba, por nosso colaborador Diego Antonelli, além de uma reflexão sobre o asfalto na cidade.

Como sempre, fique à vontade para compartilhar esta edição com os amigos, e mande suas sugestões de histórias para nós. Uma boa semana! 

Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 30 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 18 de fevereiro

1. Mais asfaltos, mais obras

A prefeitura deu início ontem (segunda, dia 10) a mais uma fase das obras de pavimentação das ruas de Curitiba. Dessa vez, foi na avenida Visconde de Guarapuava, uma das mais movimentadas da cidade, com direito à presença do prefeito — e, vale notar, em pleno ano eleitoral.

A Visconde deve ficar em obras pelos próximos dois meses, das 9h às 17h.

A gente já contou aqui n’O Expresso que essas obras consumiram pelo menos cerca de R$ 310 milhões em investimento, e outros R$ 7,4 milhões em propaganda (Livre.jor) O objetivo da atual gestão é pavimentar 615 ruas da cidade, num total de 315 km.

🗣 Segundo a prefeitura, o objetivo é dar mais conforto e segurança aos motoristas, e também atender a uma das principais reivindicações da população historicamente manifestadas em consultas públicas.

Vale lembrar… O colunista da Gazeta do Povo João Frey pontua que os gastos com infraestrutura urbana dobraram sua fatia no orçamento durante a atual gestão — e que a aposta é também eleitoral.

E você, leitor e leitora? Acha que o investimento vale a pena? Conta pra gente no oi@oexpresso.curitiba.br 
 

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2. O Expresso da História: a Impressora Paranaense

Na segunda coluna d’O Expresso da História, que fala de algumas das empresas mais icônicas de Curitiba, o nosso colaborador e jornalista Diego Antonelli aborda a Impressora Paranaense — que imprimiu os rótulos de algumas das maiores marcas do país, e cuja história se confunde com a “criação” do estado do Paraná.

Conta mais, Diego:

✍ Era abril de 1854 e fazia somente quatro meses que o Paraná havia se emancipado de São Paulo quando o presidente da recém-criada província, Zacarias de Góes e Vasconcelos, ordenou que fosse montada em Curitiba uma oficina tipográfica: a ideia era publicar um jornal para divulgar os atos oficiais do governo

🚢 Os equipamentos vieram de Niterói (RJ), numa empreitada desafiadora. “Foi, certamente, uma aventura transportar via marítima, até Antonina, o material e, depois, trazê-lo em lombo de burro pela estrada do Itupava a Curitiba”, escreveu o pesquisador Osvaldo Piloto. A “Typographia Paranaense” foi responsável pela impressão do jornal ‘O Dezenove de Dezembro’, marco inicial da imprensa do estado. (Bem Paraná)
 
Em 1888, a empresa passou a se chamar “Impressora Paranaense” e começou a produzir os rótulos das embalagens de erva-mate, sob o comando do Barão do Serro Azul e Jesuíno Martins Lopes. 

✨ Entre idas e vindas, a Impressora Paranaense teve sua fase áurea a partir dos anos 1940, sob o comando do alemão Max Schrappe e seus três filhos (Werner, Max Filho e Oscar Sobrinho), quando se transformou em um dos estabelecimentos gráficos mais avançados do Brasil.
 

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Reconhece este casarão no Batel? Pois foi ali, por muitos anos, a sede da Impressora Paranaense. Crédito: Flavio Ortolan, do blog Fotografando Curitiba.

Entre as marcas que tiveram seus rótulos impressos em terras curitibanas, estão:

  • Balas Zequinha
  • Chiclete Ploc
  • Toddy
  • Nescau
  • Caldo de galinha Knorr
  • Serenata de Amor
  • Maionese Hellmann’s
  • Nescafé
  • Cervejarias Atlântica, Cruzeiro e Providência
  • Fábrica de Fósforos Pinheiro

O fimem 1996, a empresa foi adquirida pela multinacional Dixie Toga, fabricante de embalagens e rótulos. Dois anos depois, se associou à norte-americana Bemis e construiu uma unidade em Londrina. Em 2012, a Bemis fechou a unidade de Curitiba, no bairro Pinheirinho, que contava com 400 funcionários. 

Para saber mais:
  • O Museu Paranaense montou uma exposição sobre as indústrias do Paraná em 2015. Ainda é possível fazer um tour virtual por ela, no site do museu. 
  • Um dos herdeiros da Impressora Paranaense conta suas memórias, em entrevista à Fundação Cultural de Curitiba.
  • Confira aqui a última coluna do Expresso da História, sobre a Matte Leão.


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3. Curtas da semana

💪 Girl power: acontece hoje (terça, dia 11) o evento “Meninas nas Exatas”, organizado por um grupo de professoras e estudantes da UFPR que quer promover o interesse de mulheres por Exatas. A programação, que inclui palestras, oficinas, mesas redondas e experimentos, vai das 9h às 17h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui. (BandNews Curitiba e UFPR)

🎉 Carnaval em Curitiba: Já dá pra esquentar os tamborins e participar dos ensaios abertos das escolas de samba da capital. Tem programação quase todo dia, de segunda a domingo. A lista completa pode ser consultada aqui.  (Prefeitura de Curitiba)

🔬 Adeus a um grande curitibano: enquanto O Expresso estava de férias, em janeiro, morreu um dos cientistas mais brilhantes do paísRicardo Rodrigues — nascido e formado em Curitiba, pela UFPR, e responsável por aceleradores de partículas “made in Brasil”. Era um dos projetos mais ousados da ciência brasileira. “Um engenheiro genial”, “um pesquisador dedicado e gentil” e “um líder extraordinário” são algumas das referências a ele nesta reportagem. Fica aqui nossa tardia, porém devida, homenagem a Rodrigues. (Folha de S.Paulo e Revista Galileu)
 

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4. Cenas de Curitiba: o beijo de Chaplin

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O clique é de Washington Cesar Takeuchi, do blog Circulando por Curitiba. Pra quem nunca viu, esta belíssima arte fica logo ali na frente da entrada principal do Jardim Botânico. E, indo um pouco mais além, trata-se da cena final do filme The Gold Rush (1925). Quem já viu (o filme e/ou a pintura)?

 

5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Ser um refugiado mestre, para mim, é um grande feito — porque significa que os refugiados conseguem salvar seu futuro.”

A frase é de Amr Houdaifa, primeiro refugiado a ser diplomado mestre pela UFPR (Universidade Federal do Paraná). Houdaifa defendeu sua dissertação em dezembro do ano passado, e sua história foi contada no site da universidade.

Curiosidade: o prédio histórico da UFPR, ali na Praça Santos Andrade, foi onde Houdaifa fez sua defesa, mas também onde dormiu em uma das suas primeiras noites na capital paranaense, ao relento, em 2015.

 

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2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Mais asfaltos, mais obras

A prefeitura deu início ontem (segunda, dia 10) a mais uma fase das obras de pavimentação das ruas de Curitiba. Dessa vez, foi na avenida Visconde de Guarapuava, uma das mais movimentadas da cidade, com direito à presença do prefeito — e, vale notar, em pleno ano eleitoral.

A Visconde deve ficar em obras pelos próximos dois meses, das 9h às 17h.

A gente já contou aqui n’O Expresso que essas obras consumiram pelo menos cerca de R$ 310 milhões em investimento, e outros R$ 7,4 milhões em propaganda (Livre.jor) O objetivo da atual gestão é pavimentar 615 ruas da cidade, num total de 315 km.

🗣 Segundo a prefeitura, o objetivo é dar mais conforto e segurança aos motoristas, e também atender a uma das principais reivindicações da população historicamente manifestadas em consultas públicas.

Vale lembrar… O colunista da Gazeta do Povo João Frey pontua que os gastos com infraestrutura urbana dobraram sua fatia no orçamento durante a atual gestão — e que a aposta é também eleitoral.

E você, leitor e leitora? Acha que o investimento vale a pena? Conta pra gente no oi@oexpresso.curitiba.br