Pra encerrar: em bom curitibanês

“Curitiba virou uma espécie de terra prometida para os venezuelanos: são os Estados Unidos dos imigrantes.”

Quem nos conta esta história aí de cima é a venezuelana Maria Nina Muñoz Salas, uma dentista que veio morar no Brasil em 2017 e trouxe com ela apenas uma mala e uma bicicleta. (O Globo)

Como muitos venezuelanos, Maria Nina chegou ao país pela fronteira com Roraima, e viveu por dois anos em Boa Vista trabalhando como odontóloga. Desde essa época, tinha o sonho de se mudar para Curitiba – onde ela chegou em dezembro do ano passado e já montou seu consultório.

Maria Nina comentou que muitos dos seus conterrâneos vivem no bairro Fazendinha, onde há “venezuelanos por todos os lados”. Você sabia? Esperamos, de fato, que a cidade continue a acolher gente de todos os cantos 🙂

Uma ótima semana a você!

💸 Quanto ganha a mulher curitibana?

💸 Quanto ganha a mulher curitibana?

Bom dia!

Nesta semana, mergulhamos nos dados de emprego em Curitiba para saber qual a diferença salarial entre homens e mulheres na cidade. Também falamos de ginástica, de literatura e de trocas em tempos de distanciamento.

Falando em trocas, um muito obrigado aos nossos novos apoiadores Dione Rankel e Felipe Waltrick. Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 54 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 22 de junho

1. Quanto a mulher curitibana ganha 🤑

Uma das discriminações mais sutis contra a mulher está registrada em carteira: ganhar menos que o homem. Pesquisas recentes, das mais diversas fontes, mostram que as mulheres brasileiras ganham até 23% a menos que os homens, que o problema se estende a todos os estados brasileiros e que a pandemia desacelerou a correção desta desigualdade no Brasil e no mundo. (CNN Brasil, G1, Folha de S.Paulo e DW Brasil)

E como estará a situação em Curitiba?

Como sempre, nós d’O Expresso resolvemos vasculhar os dados locais disponíveis, com a ajuda da nossa super analista de dados Caroline Attilio.

  • Descobrimos um bom nível de detalhamento na base do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, e resolvemos apurar: afinal, qual a diferença salarial entre homens e mulheres em Curitiba?

Em um número: 8%. Enquanto as mulheres de Curitiba que têm carteira assinada recebem, em valores medianos, R$ 1.380 por mês, os homens ganham R$ 1.500.

  • Parece pouco, mas, segundo os dados de março de 2021, este é o segundo maior gap salarial de gênero nas capitais brasileiras  – só fica atrás de Belo Horizonte.
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Em março deste ano, Curitiba era a segunda capital em desigualdade salarial de gênero no Brasil: só perdia para Belo Horizonte. Veja o mapa completo aqui.

 

A gente detalhou todos os números na nossa página especial Quanto ela ganha, mas deixamos aqui alguns destaques:

  • Uma das coisas que mais nos chamou a atenção foi que, quanto mais a mulher estuda, maior a desigualdade salarial: mulheres com mestrado ganham 50% a menos que os homens; mulheres com pós-graduação, 33%.
  • A diferença salarial também varia conforme a raça: mulheres indígenas, por exemplo, ganham 18% a menos que os homens; mulheres pretas, 12% a menos.
  • No ano da pandemia, a coisa parece ter piorado: o gap salarial de gênero em Curitiba foi de 4,6% para 8% entre março de 2020 e março de 2021.


“A cultura de que a mulher recebe menos precisa ser rompida. É uma coisa velada, uma preferência machista, baseada nos papéis tradicionais. Enquanto não houver igualdade nas atividades domésticas, a mulher terá um fator limitador em sua inserção no mercado profissional.”
Foi o que nos disse Thereza Cristina Gosdal, desembargadora do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 9ª Região e professora de Direito do Trabalho.

Fomos além e perguntamos às nossas entrevistadas: e o que pode ser feito?

🔎 A primeira coisa é transparência: em países como Reino Unido e Alemanha, as empresas são obrigadas a publicar dados (não individualizados) sobre a diferença salarial entre homens e mulheres – e, assim, acabam sendo cobradas publicamente para reduzir o gap. (G1 e BBC Brasil)

  • Aqui no Brasil, tramita no Congresso um projeto de lei que prevê multa a empresas que cometam discriminação salarial contra mulheres. (Folha) 

🕚 Outra sugestão unânime é lutar pela igualdade nas atividades domésticas. Em média, as mulheres brasileiras ainda dedicam o dobro de tempo a serviços domésticos do que os homens. (iG) Essa “pobreza de tempo“, como afirma a juíza Bárbara Ferrito, faz com que as mulheres se tornem menos disponíveis para o mercado de trabalho. (Gênero e Número)

  • “A expectativa de responsabilidade pelas atividades de cuidado recai sobre a mulher. E isso impacta muito: o emprego, sob essa ótica, vira secundário, e isso restringe a participação da mulher no mercado de trabalho”, resume Carolina de Quadros, advogada, mestra em Direito e especialista em Direito do Trabalho.

🤿 Para ir a fundo: explore a nossa página especial Quanto ela ganha. E também vale ler essa pesquisa sobre Mulheres na Pandemia, do excelente Gênero e Número, que cobre questões de gênero no Brasil.
 

2. Conheça o ‘Soares’ 🤸

Na semana passada, uma atleta curitibana de 15 anos fez história: a ginasta Júlia Soares realizou um movimento inédito na trave durante o Campeonato Pan-Americano de Ginástica Artística, no Rio de Janeiro – e que deve ser batizado com o seu nome. (Globo Esporte)

O ‘Soares’ é um movimento de entrada na trave, que envolve uma meia pirueta e um movimento de vela, em que o corpo se mantém estendido na vertical. Ficou curioso? Assista aqui.

Trabalho duro: Atleta do Cegin (Centro de Excelência de Ginástica do Paraná), Júlia treina desde os quatro anos de idade no ginásio do bairro Capão da Imbuia. Ela contou nesta entrevista que ficou dois anos treinando o movimento. “No começo eu batia muito meu braço e ficava roxo”, disse. (Tribuna do Paraná)

Seu próximo sonho? Disputar as Olimpíadas de Paris, em 2024. Vai, Júlia!

 

3. Curtas ⚡

Leão no drive-thrucomeçam hoje as visitas drive-thru no zoológico de Curitiba, gratuitas e agendadas. Para essa semana, as vagas já acabaram, mas há passeios programados para todo o mês de junho. O agendamento pode ser feito aqui. (Prefeitura de Curitiba)

Ainda a pandemiasaímos da bandeira vermelha, mas a letalidade do coronavírus ainda preocupa, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba. As internações em Curitiba ficaram mais longas e letais, e as mortes permanecem num patamar elevado, na casa das 20 por dia. (Plural e O Expresso)

Falando nisso: quem quiser explorar mais os dados da pandemia terá a oportunidade de aprender com dois mestres do ofício, Álvaro Justen e Daniel Ikenaga, nesta live do pessoal do Code for Curitiba, na quarta (16) às 20h30.

 

4. Estática

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A foto de hoje é do amigo e super fotógrafo Brunno Zotto, na Rua Prefeito Rosaldo Gomes Mello Leitão – ali no Centro Cívico. Aliás, nesta semana que passou, um outro registro do Brunno ganhou destaque (merecido) em vários portais curitibanos. Você viu?
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“O tempo real ficou disforme, e a gente está aprendendo a encontrar trocas.”

Encerramos esta edição com uma frase do escritor curitibano Richard Roch, que traduz muito da nossa sensação de desconforto nesta pandemia.

O autor criado no bairro Fazendinha e autor do livro “Preto de Alma Preta” contou nesta reportagem do jornal Cândido como tem feito para manter as trocas e diálogos com seus leitores em tempos de distanciamento. Spoiler: lives são uma das ferramentas.

Falando em escritores locais, neste domingo (20) é dia de Às vezes, aos Domingos, uma live de bate-papo entre autores do Paraná que rola uma vez por mês no Instagram. O debate da vez acontece às 17h, entre Antonio Cescatto e Marco Aurélio Cremasco.

Ficamos por aqui. Uma boa semana!

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Quanto a mulher curitibana ganha 🤑

Uma das discriminações mais sutis contra a mulher está registrada em carteira: ganhar menos que o homem. Pesquisas recentes, das mais diversas fontes, mostram que as mulheres brasileiras ganham até 23% a menos que os homens, que o problema se estende a todos os estados brasileiros e que a pandemia desacelerou a correção desta desigualdade no Brasil e no mundo. (CNN Brasil, G1, Folha de S.Paulo e DW Brasil)

E como estará a situação em Curitiba?

Como sempre, nós d’O Expresso resolvemos vasculhar os dados locais disponíveis, com a ajuda da nossa super analista de dados Caroline Attilio.

  • Descobrimos um bom nível de detalhamento na base do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, e resolvemos apurar: afinal, qual a diferença salarial entre homens e mulheres em Curitiba?

Em um número: 8%. Enquanto as mulheres de Curitiba que têm carteira assinada recebem, em valores medianos, R$ 1.380 por mês, os homens ganham R$ 1.500.

  • Parece pouco, mas, segundo os dados de março de 2021, este é o segundo maior gap salarial de gênero nas capitais brasileiras  – só fica atrás de Belo Horizonte.

Em março deste ano, Curitiba era a segunda capital em desigualdade salarial de gênero no Brasil: só perdia para Belo Horizonte. Veja o mapa completo aqui.

A gente detalhou todos os números na nossa página especial Quanto ela ganha, mas deixamos aqui alguns destaques:

  • Uma das coisas que mais nos chamou a atenção foi que, quanto mais a mulher estuda, maior a desigualdade salarial: mulheres com mestrado ganham 50% a menos que os homens; mulheres com pós-graduação, 33%.
  • A diferença salarial também varia conforme a raça: mulheres indígenas, por exemplo, ganham 18% a menos que os homens; mulheres pretas, 12% a menos.
  • No ano da pandemia, a coisa parece ter piorado: o gap salarial de gênero em Curitiba foi de 4,6% para 8% entre março de 2020 e março de 2021.

“A cultura de que a mulher recebe menos precisa ser rompida. É uma coisa velada, uma preferência machista, baseada nos papéis tradicionais. Enquanto não houver igualdade nas atividades domésticas, a mulher terá um fator limitador em sua inserção no mercado profissional.”
Foi o que nos disse Thereza Cristina Gosdal, desembargadora do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 9ª Região e professora de Direito do Trabalho.

Fomos além e perguntamos às nossas entrevistadas: e o que pode ser feito?

🔎 A primeira coisa é transparência: em países como Reino Unido e Alemanha, as empresas são obrigadas a publicar dados (não individualizados) sobre a diferença salarial entre homens e mulheres – e, assim, acabam sendo cobradas publicamente para reduzir o gap. (G1 e BBC Brasil)

  • Aqui no Brasil, tramita no Congresso um projeto de lei que prevê multa a empresas que cometam discriminação salarial contra mulheres. (Folha) 

🕚 Outra sugestão unânime é lutar pela igualdade nas atividades domésticas. Em média, as mulheres brasileiras ainda dedicam o dobro de tempo a serviços domésticos do que os homens. (iG) Essa “pobreza de tempo“, como afirma a juíza Bárbara Ferrito, faz com que as mulheres se tornem menos disponíveis para o mercado de trabalho. (Gênero e Número)

  • “A expectativa de responsabilidade pelas atividades de cuidado recai sobre a mulher. E isso impacta muito: o emprego, sob essa ótica, vira secundário, e isso restringe a participação da mulher no mercado de trabalho”, resume Carolina de Quadros, advogada, mestra em Direito e especialista em Direito do Trabalho.

🤿 Para ir a fundo: explore a nossa página especial Quanto ela ganha. E também vale ler essa pesquisa sobre Mulheres na Pandemia, do excelente Gênero e Número, que cobre questões de gênero no Brasil.

Conheça o ‘Soares’ 🤸

Na semana passada, uma atleta curitibana de 15 anos fez história: a ginasta Júlia Soares realizou um movimento inédito na trave durante o Campeonato Pan-Americano de Ginástica Artística, no Rio de Janeiro – e que deve ser batizado com o seu nome. (Globo Esporte)

O ‘Soares’ é um movimento de entrada na trave, que envolve uma meia pirueta e um movimento de vela, em que o corpo se mantém estendido na vertical. Ficou curioso? Assista aqui.

Trabalho duro: Atleta do Cegin (Centro de Excelência de Ginástica do Paraná), Júlia treina desde os quatro anos de idade no ginásio do bairro Capão da Imbuia. Ela contou nesta entrevista que ficou dois anos treinando o movimento. “No começo eu batia muito meu braço e ficava roxo”, disse. (Tribuna do Paraná)

Seu próximo sonho? Disputar as Olimpíadas de Paris, em 2024. Vai, Júlia!

Curtas ⚡

Leão no drive-thru: começam hoje as visitas drive-thru no zoológico de Curitiba, gratuitas e agendadas. Para essa semana, as vagas já acabaram, mas há passeios programados para todo o mês de junho. O agendamento pode ser feito aqui. (Prefeitura de Curitiba)

Ainda a pandemia: saímos da bandeira vermelha, mas a letalidade do coronavírus ainda preocupa, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba. As internações em Curitiba ficaram mais longas e letais, e as mortes permanecem num patamar elevado, na casa das 20 por dia. (Plural e O Expresso)

Falando nisso: quem quiser explorar mais os dados da pandemia terá a oportunidade de aprender com dois mestres do ofício, Álvaro Justen e Daniel Ikenaga, nesta live do pessoal do Code for Curitiba, na quarta (16) às 20h30.

Pra encerrar: em bom curitibanês

“O tempo real ficou disforme, e a gente está aprendendo a encontrar trocas.”

Encerramos esta edição com uma frase do escritor curitibano Richard Roch, que traduz muito da nossa sensação de desconforto nesta pandemia.

O autor criado no bairro Fazendinha e autor do livro “Preto de Alma Preta” contou nesta reportagem do jornal Cândido como tem feito para manter as trocas e diálogos com seus leitores em tempos de distanciamento. Spoiler: lives são uma das ferramentas.

Falando em escritores locais, neste domingo (20) é dia de Às vezes, aos Domingos, uma live de bate-papo entre autores do Paraná que rola uma vez por mês no Instagram. O debate da vez acontece às 17h, entre Antonio Cescatto e Marco Aurélio Cremasco.

Ficamos por aqui. Uma boa semana!

👾 O vírus pelos bairros

👾 O vírus pelos bairros

Bom dia! Muito frio aí?

Esquente-se com o café que chegou mais um Expresso na sua caixa de entrada. Nesta edição, falamos de pandemia e viajamos ao passado por meio de um imóvel ícone de Curitiba.

Um obrigada de coração aos nossos novos apoiadores Ricardo Mendes Junior e Kati Caetano. Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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6 minutos e 42 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 15 de junho

1. A pandemia pelos bairros de Curitiba 😷

Não têm sido dias fáceis nesta bandeira vermelha em Curitiba, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba. A curva de novos casos deu uma baixada, felizmente, mas as mortes continuam elevadas: perdemos cerca de 26 curitibanos por dia. (O Expresso)

E como está a distribuição desses casos pela cidade? Que bairros estão sendo mais afetados?

Fomos buscar os dados oficiais, e fizemos um ‘ranking’ que mostra por quais bairros o coronavírus mais tem circulado em Curitiba, como dá pra ver na animação abaixo.


Caximba ultrapassou Alto da XV e Batel como bairro campeão em casos em Curitiba. Acesse a visualização completa aqui.

Em suma:

  • Desde fins de março, o Caximba, no extremo sul de Curitiba, vive uma explosão de casos, em especial no último mês, ultrapassando com folga os antigos líderes Alto da XV e Batel, no centro;
  • Outro que se destaca é o Ganchinho, também na região sul, que teve um aumento de casos impressionante desde o início de maio;
  • Alto da Glória, por outro lado, teve uma desaceleração significativa de casos.

🍳 No frigir dos ovos, porém: o fato é que todos os bairros tiveram aumento de casos (alguns mais, outros menos), como dá para ver neste outro gráfico. Como sempre, fica a dica, caro leitor: use máscara, mantenha o distanciamento e, sempre que puder, fique em casa.
 

 

2. O Expresso da História: um ‘Belvedere’ pra chamar de seu 🏛️

Hoje, que coisa boa, é dia de mais um mergulho na história dos imóveis de Curitiba, com o nosso colunista Diego Antonelli – que, nesta edição, fala do histórico prédio Belvedere, no centro da cidade.

Uma construção centenária, de onde se consegue visualizar boa parte do centro histórico de Curitiba. Esse é o Belvedere, edificado em 1915 sobre o terreno da antiga capela do Alto do São Francisco.

  • Projetado pelo então prefeito Cândido de Abreu, no ponto mais alto da urbe na época, o local era para ser usado, justamente, como um mirante – função que exerceu até 1922.

 

📻 Em 1922, o prédio se tornou sede da primeira rádio do Paraná, a Rádio Clube Paranaense. Menos de uma década depois, em 1931, transformou-se em Observatório Astronômico da antiga Faculdade de Engenharia do Paraná. Em 1962, tornou-se sede da União Cívica Feminina Paranaense.

😢 Após décadas de usos múltiplos, o imóvel ficou praticamente abandonado. A edificação foi pichada diversas vezes e ocupada com frequência por moradores de rua e usuários de drogas.

Vida (quase) nova: No começo de 2015, o governo estadual firmou um acordo com a Academia Paranaense de Letras para que o imóvel, que possui arquitetura de influência art nouveau, fosse usado como sede da instituição. Para isso, foram iniciadas obras de revitalização do espaço, de forma gradativa. No entanto, a reforma não foi adiante e o espaço permaneceu sem uso. (Gazeta do Povo)

🔥 Pra piorar, um incêndio atingiu o Belvedere na noite de 6 de dezembro de 2017. Só depois disso foi que o local passou – definitivamente – por um restauro. A obra teve início em dezembro de 2018, com projeto do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), e foi concluída em um ano.

O Belvedere foi reinaugurado em dezembro de 2019 e, enfim, passou a abrigar a Academia Paranaense de Letras e também um café literário – pena que a pandemia veio logo depois, em março de 2020.

🤿 Saiba mais:

  • Em 1966, a Praça João Cândido, onde o Belvedere está localizado, foi tombada como patrimônio histórico e artístico do Estado. Já o Palácio Belvedere é uma Unidade de Interesse de Preservação Municipal desde 2016.
  • Durante as obras de restauração, em setembro de 2019, foram encontradas ossadas humanas do século XIX enterradas no local. A equipe técnica do Museu Paranaense acompanhou a retirada e atribuiu o achado a um antigo cemitério que existiu nas proximidades. (AEN)

 

3. Curtas ⚡

Um apelo local: a Sorvetes Gaúcho, uma clássica sorveteria da cidade que batizou informalmente a Praça do Gaúcho, no São Francisco, fez uma promoção para atravessar os dias de lockdown. Vale encomendar para quando o calor voltar. (Plural)

Copo meio cheio: ainda falando de pandemia, começou nesta semana em Curitiba a vacinação por ordem de idade, para a população geral. Nesta semana, se vacinam pessoas com 57 e 56 anos. (BandNews FM)

 

4. Estática

Resquícios de uma tempestade no bairro Cristo Rei. O clique é de Gustavo Panacioni.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“O problema não é ser cego; é não acessar a mesma coisa que as outras pessoas acessam.”

Terminamos a edição de hoje com Lucas Radaelli, curitibano, cego e engenheiro de software do Google, que aos 29 anos foi perfilado pela Folha de S.Paulo.

O engenheiro atua no aprimoramento do sistema de buscas da gigante tech, na sede da empresa em San Francisco. Na infância, contou com a ajuda dos pais e colegas, que liam livros em voz alta, transcreviam lições e gravavam anotações de cadernos para que ele ouvisse depois.

Para Radaelli, a tecnologia pode dar igualdade de oportunidades. No futuro, seu plano é atuar em projetos que tornem a matemática e a programação mais acessíveis a pessoas com deficiência.

Ficamos por aqui. Uma boa semana!

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2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Pra terminar: em bom curitibanês

“O problema não é ser cego; é não acessar a mesma coisa que as outras pessoas acessam.”

Terminamos a edição de hoje com Lucas Radaelli, curitibano, cego e engenheiro de software do Google, que aos 29 anos foi perfilado pela Folha de S.Paulo.

O engenheiro atua no aprimoramento do sistema de buscas da gigante tech, na sede da empresa em San Francisco. Na infância, contou com a ajuda dos pais e colegas, que liam livros em voz alta, transcreviam lições e gravavam anotações de cadernos para que ele ouvisse depois.

Para Radaelli, a tecnologia pode dar igualdade de oportunidades. No futuro, seu plano é atuar em projetos que tornem a matemática e a programação mais acessíveis a pessoas com deficiência.

Ficamos por aqui. Uma boa semana!