Pra encerrar: em bom curitibanês

“Façam público, nesta vila [de Nossa Senhora da Luz de Curitiba], que cada um dos moradores deve plantar, além do que tiver, quantidade de mandioca para efeito de quando for preciso.”

Encerramos esta edição com uma curiosa frase de exatos 255 anos atrás, em 19 de abril de 1766, quando Curitiba era uma pequena vila da capitania de São Paulo – e o império vivia sob a ameaça de uma guerra entre Portugal e Espanha pelo domínio do sul do Brasil.

A ordem era que os moradores de Curitiba plantassem mandioca além do necessário, para alimentar as tropas de colonização quando fosse preciso.

Curitiba estava situada no mais longínquo ponto da América portuguesa. Era, portanto, um entreposto chave para o império português num eventual conflito bélico.

O recado foi registrado no livro de 300 anos da Câmara de Curitiba – que tem, aliás, uma bela página sobre fatos históricos da capital, registrados pelas atas do Legislativo e pelos jornais da época.

Ficamos por aqui. Uma boa semana!

🛰️ Curitiba vista de cima

🛰️ Curitiba vista de cima

Bom dia!

É véspera de feriado, para quem não se lembra 🙂 Hoje mostramos como Curitiba mudou nas últimas quatro décadas, com a ajuda de imagens de satélite, e também indicamos alguns autores curitibanos para sua leitura de feriado.

Obrigada por nos acompanhar! Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos e 48 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 27 de abril

1. Curitiba vista de cima 🛰️

Se você pudesse entrar numa máquina do tempo e revisitar algum cantinho de Curitiba, quase 40 anos atrás… Para onde você iria?

Na última semana, isso se tornou (quase) possível: o Google Earth colocou no ar um recurso de Timelapse, que permite visualizar imagens de satélite ao longo dos últimos 37 anos, de qualquer lugar do mundo.

O Expresso colocou Curitiba nesta lupa histórica – e achamos algumas imagens incríveis, que mostram para onde a cidade cresceu e se expandiu nas últimas quatro décadas.

👉 Alguns dos resultados que mais nos impressionaram:

  • A ocupação recente do Tatuquara, Campo de Santana e Caximba, no extremo sul de Curitiba: os loteamentos e ocupações se intensificaram a partir dos anos 2000, de forma muito rápida. Dá para ver a mesma coisa na região do Sítio Cercado e Umbará, um pouco mais ao norte.

 

  • O adensamento populacional da Cidade Industrial de Curitiba, que foi idealizada como uma zona industrial, mas que hoje concentra algumas das vilas mais populosas da capital, em especial ao redor da avenida Juscelino Kubitschek, também conhecida como Contorno Sul. 
  • A manutenção de rincões verdes em determinadas áreas de Curitiba, como os parques pela zona urbana e, de forma mais chamativa, o Parque Iguaçu, na divisa com São José dos Pinhais, onde fica a nascente do poderoso rio Iguaçu. 🌳
  • O crescimento a olhos vistos da região metropolitana de Curitiba, como na expansão de São José dos Pinhais e Piraquara, a leste da capital, ou na região norte, com o crescimento de Colombo e Almirante Tamandaré.

 

Isso sem falar no impacto da estiagem do último ano, nas represas da região…

Nesta página, colocamos todos os destaques acima, com as animações que criamos. Mas você pode explorar por conta própria a ferramenta de timelapse do Google Earth clicando aqui.

Para ir mais a fundo: dê uma olhadinha no nosso site especial Curitiba em números, em que mostramos, no ano passado, para onde cresceu Curitiba e apontamos os bairros e regiões que mais cresceram, em mapas interativos. (O Expresso)

 

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2. Ficção com gosto de Curitiba 📚

Esta semana saiu uma lista bem interessante no Estado de Minasos livros brasileiros de ficção mais marcantes da década, segundo a opinião de 20 críticos, livreiros, pesquisadores e produtores culturais. (Estado de Minas)

E adivinha? Encontramos seis autores curitibanos por lá. 😊

Com um feriado à vista nesta quarta (21), pode ser uma oportunidade para começar um livro novo, com ficção da terrinha. 

Dá uma olhada nas obras destacadas:

  • Tudo pode ser roubado”, de Giovana Madalosso, que tem uma “protagonista excepcional” e “subverte as fórmulas da narrativa policial”, disse Mateus Baldi;
  • A fada sem cabeça“, de Luís Henrique Pellanda, uma coletânea de contos;
  • Na escuridão, amanhã”, de Rogério Pereira, sobre uma família de retirantes que se muda da roça para a cidade grande;
  • O professor”, de Cristovão Tezza – uma “reflexão dura, mas aguda, sobre a presença interminável do passado e da memória”, segundo José Castello;
  • A tirania do amor”, de Cristovão Tezza, a obra mais recente do autor;
  • O anão e a ninfeta”, de Dalton Trevisan, também uma coletânea de contos; e
  • Vertigem do chão”, de Cezar Tridapalli – que, aliás, tem Curitiba como um de seus cenários.


Curtiu? Clique nos links para saber mais e comprar as obras direto das editoras 🤓

 

3. Curtas ⚡

Efeitos do lockdown: vale dar uma olhada no nosso Monitor COVID-19 Curitiba para ver a queda na curva dos casos ativos da pandemia. A bandeira vermelha parece ter surtido efeito, felizmente. Mas não dá para descuidar: a mortalidade ainda é alta, como mostra este gráfico. (O Expresso)

Cheque gordo: a Olist, startup curitibana que ajuda empreendedores a venderem seus produtos pela internet, recebeu cerca de R$ 130 milhões para investir em fusões e na expansão internacional. Aos interessados: a empresa está com 300 vagas abertas. (Exame e LABS)

 

4. Jacu urbano

O clique de um jacu das Mercês, neste domingo, é de Estelita Carazzai. As aves também já foram flagradas por nossos leitores no Água Verde.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Façam público, nesta vila [de Nossa Senhora da Luz de Curitiba], que cada um dos moradores deve plantar, além do que tiver, quantidade de mandioca para efeito de quando for preciso.”

Encerramos esta edição com uma curiosa frase de exatos 255 anos atrás, em 19 de abril de 1766, quando Curitiba era uma pequena vila da capitania de São Paulo – e o império vivia sob a ameaça de uma guerra entre Portugal e Espanha pelo domínio do sul do Brasil.

A ordem era que os moradores de Curitiba plantassem mandioca além do necessário, para alimentar as tropas de colonização quando fosse preciso.

Curitiba estava situada no mais longínquo ponto da América portuguesa. Era, portanto, um entreposto chave para o império português num eventual conflito bélico.

O recado foi registrado no livro de 300 anos da Câmara de Curitiba – que tem, aliás, uma bela página sobre fatos históricos da capital, registrados pelas atas do Legislativo e pelos jornais da época.

Ficamos por aqui. Uma boa semana!
 

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Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Curitiba em 37 anos

Um retrato, desde 1984, dos principais pontos de transformação na capital. O levantamento das imagens foi feito com o novo recurso de timelapse do Google Earth.

O Expresso passeou pelo tempo e selecionou as regiões de Curitiba em que as mudanças em 4 décadas foram mais notáveis.

Tatuquara

Cidade Industrial de Curitiba

Sítio Cercado

Região Metropolitana – Colombo e Almirante Tamandaré, ao norte

Região Metropolitana – São José dos Pinhais e Piraquara

🏠 A segunda casa mais antiga de Curitiba

🏠 A segunda casa mais antiga de Curitiba

Bom dia!

Esperamos que você esteja bem 🙂 Hoje fazemos um rápido balanço sobre as mortes por COVID em Curitiba, trazemos mais uma coluna sobre imóveis históricos da capital e homenageamos uma atleta que nos deixou.

Aquele muito obrigada ao nosso novo apoiador, Ivo Reck Neto! Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 20 de abril

1. Um mês devastador 🖤

Você se lembra de um mapa que demos algumas edições atrás, com a distribuição de mortes por COVID em Curitiba? Pois bem: lamentamos informar que ele ficou bem, bem mais vermelho neste mês de março – o mês mais letal da pandemia até aqui

Analisamos alguns números do Painel COVID-19, da Prefeitura de Curitiba. Em resumo:

  • Tivemos 921 mortes pela COVID em março – quase o triplo do mês anterior, como dá para ver neste gráfico (O Expresso);
  • A faixa etária em que as mortes mais subiram foi a de 30 a 39 anos: a variação foi de impressionantes 500%; entre 40 e 49, a letalidade aumentou 350% (muito mais que a variação média do mês, que foi de 196%);
  • Como mostra este mapa, agora as mortes se espalham assustadoramente por quase toda a cidade. (O Expresso)


E, para completar, em nove bairros de Curitiba, mais de 10% da população já se infectou com o coronavírus: Caximba (atual campeão em incidência, com 13% de atingidos), Alto da XV, Batel, Hauer, Capão Raso, Pinheirinho, Novo Mundo, Santa Cândida e Rebouças. Veja o mapa completo de casos por bairro aqui. (O Expresso)

Para complementar a leitura: 📚

  • Um site que estima quando você será vacinado, com base na idade e UF de residência (alerta: pode desanimar 😓)
  • Parece que a fila em Curitiba parou? Pois parou mesmo, porque faltam vacinas – e, ainda por cima, porque os frascos da Coronavac duraram menos do que o previsto (Banda B e BandNews FM)
  • Do outro lado, o copo meio cheio: o número de casos novos caiu consideravelmente em Curitiba e, com isso, a cidade voltou a ter leitos vagos – ainda que a fila por UTIs se mantenha. (Tribuna do Paraná, Plural, BandNews FM)
     
 

2. O Expresso da História: uma casa simbólica 🏠

Hoje é dia de mais um mergulho no passado com o nosso colunista Diego Antonelli, que fala sobre o segundo imóvel mais antigo de Curitiba: a Casa Romário Martins. Conta mais, Diego:

A casa de número 30 localizada no Largo da Ordem – a famosa Casa Romário Martins – é o último exemplar da arquitetura colonial portuguesa em Curitiba. Ela é considerada a segunda edificação mais antiga da capital (atrás apenas da Igreja da Ordem), e o mais remoto espaço que serviu como moradia ainda de pé na cidade.


A Casa Romário Martins, no Largo da Ordem. Foto: SMCS


📅 A data precisa da construção é incerta. Sabe-se, por suas características, que a casa é do final do século XVIII. No entanto, a placa de identificação da Romário Martins aponta que a construção teria sido concluída em 1874. Faltam documentos que ajudem a precisar a data.

Múltiplas funções: a historiadora Maria Luiza Baracho, que pesquisou a história da casa, relata que um dos primeiros proprietários teria sido Lourenço de Sá Ribas, que adquiriu o imóvel da Irmandade do Santíssimo Sacramento. (Gazeta do Povo)

  • Depois de servir como residência, a casa foi adaptada no final do século XIX para se tornar um ponto comercial, primeiramente chamado Armazém do Paiva.

📃 Na primeira escritura do imóvel, datada de 1902, o proprietário era Guilherme Etzel, que mantinha no local um armazém de secos e molhados. A partir de 1930, o local foi batizado de Armazém Roque. A casa ainda abrigou um açougue e, no anexo construído ao lado, uma peixaria.

Restauro: As atividades comerciais continuaram até 1970, quando o imóvel foi declarado de utilidade pública e desapropriado pela prefeitura. Após o tombamento, o arquiteto Cyro Corrêa Lyra elaborou o projeto de restauro da casa, cujas obras foram concluídas em 1973.

E hoje?

  • Desde a década de 1970, o imóvel se transformou num espaço que guarda o acervo histórico da capital. A casa foi rebatizada de Casa Romário Martins, em homenagem a um dos mais importantes historiadores paranaenses.

 

3. Curtas ⚡

Tempo de pinhão: começou oficialmente em abril a temporada do pinhão no Paraná! Este vídeo explica qual a hora certa de colher: o pinhão maduro é marrom e, de preferência, está caído no chão. O pinhão verde pode ser prejudicial à saúde – então, não adianta derrubar pinha antes da hora. (Embrapa Florestas)

Feira do livrocomeça hoje o Feirão de Livros da Editora UFPR, com descontos mínimos de 40%. A compra online é feita diretamente com as editoras, neste link. (Bem Paraná)

Licença parental: duas empresas da cidade anunciaram que estenderam a licença parental a pais (caso da Volvo, em que os pais poderão tirar até seis meses) e a casais homoafetivos (caso do Boticário, em que pais e casais gays terão quatro meses de licença). (CNN Brasil e BandNews FM)

 

4. Lockdown

Um retrato do centro de Curitiba em pleno lockdown. O clique é de Gustavo Panacioni.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“A fama é passageira.”

Hoje, homenageamos uma vítima do coronavírus em Curitiba: a ex-corredora Roseli Machado, segunda brasileira a vencer a São Silvestre, em 1996.

Nascida no interior de São Paulo e criada como trabalhadora rural em Santana do Itararé (PR), Roseli vivia em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, onde tinha uma pequena empresa no ramo da construção civil. (Folha de S.Paulo)

Além de vencer a São Silvestre, a corredora participou da Olimpíada de Atlanta, também em 1996 – quando afirmou que “a fama era passageira” e era preciso “aproveitar a boa fase para ganhar dinheiro”. Sua carreira foi precocemente encerrada no ano seguinte, depois de uma cirurgia mal sucedida. (Folha)

Roseli esteve internada por duas semanas num hospital de Curitiba, mas faleceu na semana passada, aos 52 anos.

Que saibamos aproveitar a vida enquanto podemos.

Uma boa semana,
 

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2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Um mês devastador 🖤

Você se lembra de um mapa que demos algumas edições atrás, com a distribuição de mortes por COVID em Curitiba? Pois bem: lamentamos informar que ele ficou bem, bem mais vermelho neste mês de março – o mês mais letal da pandemia até aqui

Analisamos alguns números do Painel COVID-19, da Prefeitura de Curitiba. Em resumo:

  • Tivemos 921 mortes pela COVID em março – quase o triplo do mês anterior, como dá para ver neste gráfico (O Expresso);
  • A faixa etária em que as mortes mais subiram foi a de 30 a 39 anos: a variação foi de impressionantes 500%; entre 40 e 49, a letalidade aumentou 350% (muito mais que a variação média do mês, que foi de 196%);
  • Como mostra este mapa, agora as mortes se espalham assustadoramente por quase toda a cidade. (O Expresso)

E, para completar, em nove bairros de Curitiba, mais de 10% da população já se infectou com o coronavírus: Caximba (atual campeão em incidência, com 13% de atingidos), Alto da XV, Batel, Hauer, Capão Raso, Pinheirinho, Novo Mundo, Santa Cândida e Rebouças. Veja o mapa completo de casos por bairro aqui. (O Expresso)

Para complementar a leitura: 📚

  • Um site que estima quando você será vacinado, com base na idade e UF de residência (alerta: pode desanimar 😓)
  • Parece que a fila em Curitiba parou? Pois parou mesmo, porque faltam vacinas – e, ainda por cima, porque os frascos da Coronavac duraram menos do que o previsto (Banda B e BandNews FM)
  • Do outro lado, o copo meio cheio: o número de casos novos caiu consideravelmente em Curitiba e, com isso, a cidade voltou a ter leitos vagos – ainda que a fila por UTIs se mantenha. (Tribuna do Paraná, Plural, BandNews FM)

O Expresso da História: uma casa simbólica 🏠

Hoje é dia de mais um mergulho no passado com o nosso colunista Diego Antonelli, que fala sobre o segundo imóvel mais antigo de Curitiba: a Casa Romário Martins. Conta mais, Diego:

A casa de número 30 localizada no Largo da Ordem – a famosa Casa Romário Martins – é o último exemplar da arquitetura colonial portuguesa em Curitiba. Ela é considerada a segunda edificação mais antiga da capital (atrás apenas da Igreja da Ordem), e o mais remoto espaço que serviu como moradia ainda de pé na cidade.


A Casa Romário Martins, no Largo da Ordem. Foto: SMCS


📅 A data precisa da construção é incerta. Sabe-se, por suas características, que a casa é do final do século XVIII. No entanto, a placa de identificação da Romário Martins aponta que a construção teria sido concluída em 1874. Faltam documentos que ajudem a precisar a data.

Múltiplas funções: a historiadora Maria Luiza Baracho, que pesquisou a história da casa, relata que um dos primeiros proprietários teria sido Lourenço de Sá Ribas, que adquiriu o imóvel da Irmandade do Santíssimo Sacramento. (Gazeta do Povo)

  • Depois de servir como residência, a casa foi adaptada no final do século XIX para se tornar um ponto comercial, primeiramente chamado Armazém do Paiva.

📃 Na primeira escritura do imóvel, datada de 1902, o proprietário era Guilherme Etzel, que mantinha no local um armazém de secos e molhados. A partir de 1930, o local foi batizado de Armazém Roque. A casa ainda abrigou um açougue e, no anexo construído ao lado, uma peixaria.

Restauro: As atividades comerciais continuaram até 1970, quando o imóvel foi declarado de utilidade pública e desapropriado pela prefeitura. Após o tombamento, o arquiteto Cyro Corrêa Lyra elaborou o projeto de restauro da casa, cujas obras foram concluídas em 1973.

E hoje?

  • Desde a década de 1970, o imóvel se transformou num espaço que guarda o acervo histórico da capital. A casa foi rebatizada de Casa Romário Martins, em homenagem a um dos mais importantes historiadores paranaenses.

Curtas ⚡

Tempo de pinhão: começou oficialmente em abril a temporada do pinhão no Paraná! Este vídeo explica qual a hora certa de colher: o pinhão maduro é marrom e, de preferência, está caído no chão. O pinhão verde pode ser prejudicial à saúde – então, não adianta derrubar pinha antes da hora. (Embrapa Florestas)

Feira do livro: começa hoje o Feirão de Livros da Editora UFPR, com descontos mínimos de 40%. A compra online é feita diretamente com as editoras, neste link. (Bem Paraná)

Licença parental: duas empresas da cidade anunciaram que estenderam a licença parental a pais (caso da Volvo, em que os pais poderão tirar até seis meses) e a casais homoafetivos (caso do Boticário, em que pais e casais gays terão quatro meses de licença). (CNN Brasil e BandNews FM)

Pra encerrar: em bom curitibanês

“A fama é passageira.”

Hoje, homenageamos uma vítima do coronavírus em Curitiba: a ex-corredora Roseli Machado, segunda brasileira a vencer a São Silvestre, em 1996.

Nascida no interior de São Paulo e criada como trabalhadora rural em Santana do Itararé (PR), Roseli vivia em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, onde tinha uma pequena empresa no ramo da construção civil. (Folha de S.Paulo)

Além de vencer a São Silvestre, a corredora participou da Olimpíada de Atlanta, também em 1996 – quando afirmou que “a fama era passageira” e era preciso “aproveitar a boa fase para ganhar dinheiro”. Sua carreira foi precocemente encerrada no ano seguinte, depois de uma cirurgia mal sucedida. (Folha)

Roseli esteve internada por duas semanas num hospital de Curitiba, mas faleceu na semana passada, aos 52 anos.

Que saibamos aproveitar a vida enquanto podemos.

Uma boa semana.