“Os primeiros lugares [do concurso de fotografia] eram expostos na vitrine da Ótica Boa Vista, na Praça Zacarias. Era a ‘galeria de fotografia’ de Curitiba.”
Encerramos esta edição com uma história contada pelo fotógrafo João Urban, curitibano nascido 74 anos atrás, no bairro das Mercês – que na época ficava nos limites de Curitiba, e era conhecido como “Campo da Galícia”.
Entre os causos, está a história dos concursos do Foto Clube de Curitiba, que expunha os trabalhos vencedores nas vitrines das (ainda onipresentes) óticas da Praça Zacarias.
Na edição de hoje, continuamos falamos de pandemia e de como comprar peixe fresco em Curitiba, além de homenagear um fotógrafo local – artista de sensibilidade única, que aniversariou na semana passada.
Falando em aniversários: há um ano nascia a filha dos editores deste Expresso, que, nas noites de segunda-feira, divide o colo dos pais com o laptop. Agradecemos a você, leitor, que nos acompanha nesta louca jornada. Seguimos com olheiras, mas felizes!
Um obrigada especial à nossa nova apoiadora Zaclis Veiga. Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.
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Tempo de leitura da edição de hoje: 6 minutos e 30 segundos
Nosso próximo encontro: Terça, 4 de maio
1. Por que ainda morre tanta gente?
Na semana que passou, felizmente, continuamos a ver uma queda no número de casos novos de coronavírus em Curitiba, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba.
Mas, apesar de a ‘terceira onda’ da pandemia parecer arrefecer, a média diária de mortes continua elevada – são cerca de 25 óbitos por dia, muito mais que nos picos anteriores de julho e janeiro.
Na terceira onda da pandemia, as mortes pelo coronavírus (em vermelho) têm demorado mais a desacelerar do que o número de casos (em amarelo). Veja o gráfico completo aqui.
🤔 E por quê? Há várias razões para isso, como comentou conosco o diretor do centro de Epidemiologia da Secretaria da Saúde de Curitiba, Alcides Souto de Oliveira:
Os pacientes com COVID têm permanecido muito mais tempo internados – o tempo de internação passou de 14 a 28 dias em média, segundo a prefeitura;
Isso significa que muitos dos que morrem agora se contaminaram no pico da pandemia, um mês atrás;
Além disso, a nova variante do vírus é bem mais letal que a cepa anterior, em especial em pessoas mais jovens, cuja mortalidade aumentou significativamente;
“A gente conseguiu diminuir a transmissão. Os óbitos vão diminuir também, mas num ritmo mais lento“, diz Oliveira.
No pico da pandemia, ainda houve casos de pessoas que morreram na fila por um leito de UTI – foram 394 vítimas em Curitiba e região metropolitana somente em março. (Plural)
🚫 Cientistas alertam que o nível de mortes em Curitiba ainda é ‘inaceitável’. “Seria necessário um período maior de restrições para frear totalmente a terceira onda”, afirmou Lucas Ferrante, doutorando pelo INPA. Sua pesquisa estima que, com o isolamento, 1.500 vidas foram salvas em Curitiba. (Gazeta do Povo e Época)
Em resumo: mesmo com a curva em queda, não dá para abandonar as medidas de prevenção, como uso de máscara, distanciamento social e ficar em casa sempre que possível – ainda mais com os meses de inverno se aproximando.
A vacinação (cujo ritmo ainda é errante) ajuda, mas não resolve. Então, querido leitor, use máscara (dicas de como usar aqui), mantenha o distanciamento e, se possível, fique em casa. (Qual Máscara)
Curitiba não tem mar, mas fica bem pertinho dele. E quem mora aqui pode ter o privilégio de comprar peixe fresquinho, direto do produtor, por meio de uma iniciativa bem bacana chamada Olha o Peixe!
Bônus: a etiqueta do produto mostra o nome do pescador, em qual comunidade caiçara ele vive e até o nome do barco ❤️
A Olha o Peixe já nos foi recomendada por alguns leitores d’O Expresso, e nesta semana, ganhou uma reportagem no UOL.
Aproveite que está chegando a temporada da tainha, em maio, e experimente 🙂
Além da tainha (que, recheada, fica uma delícia), no nosso litoral também tem siri, ostra, peixe-porco e linguado, entre outras espécies. No site da empresa, ainda há um livro de receitas para se inspirar. Bom apetite!
Ainda o coronavírus: para complementar as leituras, vale dar uma olhada na notícia sobre a vacina em spray em desenvolvimento pela UFPR, além desta excelente entrevista sobre o uso indiscriminado da ivermectina, com um pesquisador de Curitiba. (Plural e Época)
Papo de escritor: este domingo (2) será dia de conversa entre escritores locais, como parte de uma série de lives chamada “Às vezes aos domingos”. Os convidados da vez são os grandes Luiz Felipe Leprevost e Fabiano Vianna. Dá para acompanhar a partir das 17h, no Instagram do Fabiano Vianna. A dica é da nossa leitora e apoiadora Claudia Lubi =) (Curitiba de Graça)
Para aquecer o coração: um “perfume com cheiro de mãe” foi reeditado em edição especial pelo Boticário, para presentear uma mãe que perdeu o filho para o coronavírus. Uma história de emocionar. (UOL)
“Os primeiros lugares [do concurso de fotografia] eram expostos na vitrine da Ótica Boa Vista, na Praça Zacarias. Era a ‘galeria de fotografia’ de Curitiba.”
Encerramos esta edição com uma história contada pelo fotógrafo João Urban, curitibano nascido 74 anos atrás, no bairro das Mercês – que na época ficava nos limites de Curitiba, e era conhecido como “Campo da Galícia”.
Entre os causos, está a história dos concursos do Foto Clube de Curitiba, que expunha os trabalhos vencedores nas vitrines das (ainda onipresentes) óticas da Praça Zacarias.
Na semana que passou, felizmente, continuamos a ver uma queda no número de casos novos de coronavírus em Curitiba, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba.
Mas, apesar de a ‘terceira onda’ da pandemia parecer arrefecer, a média diária de mortes continua elevada – são cerca de 25 óbitos por dia, muito mais que nos picos anteriores de julho e janeiro.
Na terceira onda da pandemia, as mortes pelo coronavírus (em vermelho) têm demorado mais a desacelerar do que o número de casos (em amarelo). Veja o gráfico completo aqui.
🤔 E por quê? Há várias razões para isso, como comentou conosco o diretor do centro de Epidemiologia da Secretaria da Saúde de Curitiba, Alcides Souto de Oliveira:
Os pacientes com COVID têm permanecido muito mais tempo internados – o tempo de internação passou de 14 a 28 dias em média, segundo a prefeitura;
Isso significa que muitos dos que morrem agora se contaminaram no pico da pandemia, um mês atrás;
Além disso, a nova variante do vírus é bem mais letal que a cepa anterior, em especial em pessoas mais jovens, cuja mortalidade aumentou significativamente;
“A gente conseguiu diminuir a transmissão. Os óbitos vão diminuir também, mas num ritmo mais lento“, diz Oliveira.
No pico da pandemia, ainda houve casos de pessoas que morreram na fila por um leito de UTI – foram 394 vítimas em Curitiba e região metropolitana somente em março. (Plural)
🚫 Cientistas alertam que o nível de mortes em Curitiba ainda é ‘inaceitável’. “Seria necessário um período maior de restrições para frear totalmente a terceira onda”, afirmou Lucas Ferrante, doutorando pelo INPA. Sua pesquisa estima que, com o isolamento, 1.500 vidas foram salvas em Curitiba. (Gazeta do Povo e Época)
Em resumo: mesmo com a curva em queda, não dá para abandonar as medidas de prevenção, como uso de máscara, distanciamento social e ficar em casa sempre que possível – ainda mais com os meses de inverno se aproximando. A vacinação (cujo ritmo ainda é errante) ajuda, mas não resolve. Então, querido leitor, use máscara (dicas de como usar aqui), mantenha o distanciamento e, se possível, fique em casa. (Qual Máscara)
Curitiba não tem mar, mas fica bem pertinho dele. E quem mora aqui pode ter o privilégio de comprar peixe fresquinho, direto do produtor, por meio de uma iniciativa bem bacana chamada Olha o Peixe!
Bônus: a etiqueta do produto mostra o nome do pescador, em qual comunidade caiçara ele vive e até o nome do barco ❤️
A Olha o Peixe já nos foi recomendada por alguns leitores d’O Expresso, e nesta semana, ganhou uma reportagem no UOL.
Aproveite que está chegando a temporada da tainha, em maio, e experimente 🙂
Além da tainha (que, recheada, fica uma delícia), no nosso litoral também tem siri, ostra, peixe-porco e linguado, entre outras espécies. No site da empresa, ainda há um livro de receitas para se inspirar. Bom apetite!
Ainda o coronavírus: para complementar as leituras, vale dar uma olhada na notícia sobre a vacina em spray em desenvolvimento pela UFPR, além desta excelente entrevista sobre o uso indiscriminado da ivermectina, com um pesquisador de Curitiba. (Plural e Época)
Papo de escritor: este domingo (2) será dia de conversa entre escritores locais, como parte de uma série de lives chamada “Às vezes aos domingos”. Os convidados da vez são os grandes Luiz Felipe Leprevost e Fabiano Vianna. Dá para acompanhar a partir das 17h, no Instagram do Fabiano Vianna. A dica é da nossa leitora e apoiadora Claudia Lubi =) (Curitiba de Graça)
Para aquecer o coração: um “perfume com cheiro de mãe” foi reeditado em edição especial pelo Boticário, para presentear uma mãe que perdeu o filho para o coronavírus. Uma história de emocionar. (UOL)
E adivinha? Encontramos seis autores curitibanos por lá. 😊
Com um feriado à vista nesta quarta (21), pode ser uma oportunidade para começar um livro novo, com ficção da terrinha.
Dá uma olhada nas obras destacadas:
“Tudo pode ser roubado”, de Giovana Madalosso, que tem uma “protagonista excepcional” e “subverte as fórmulas da narrativa policial”, disse Mateus Baldi;
“A fada sem cabeça“, de Luís Henrique Pellanda, uma coletânea de contos;
“Na escuridão, amanhã”, de Rogério Pereira, sobre uma família de retirantes que se muda da roça para a cidade grande;
“O professor”, de Cristovão Tezza – uma “reflexão dura, mas aguda, sobre a presença interminável do passado e da memória”, segundo José Castello;
“A tirania do amor”, de Cristovão Tezza, a obra mais recente do autor;
“O anão e a ninfeta”, de Dalton Trevisan, também uma coletânea de contos; e
“Vertigem do chão”, de Cezar Tridapalli – que, aliás, tem Curitiba como um de seus cenários.
Curtiu? Clique nos links para saber mais e comprar as obras direto das editoras 🤓
Se você pudesse entrar numa máquina do tempo e revisitar algum cantinho de Curitiba, quase 40 anos atrás… Para onde você iria?
Na última semana, isso se tornou (quase) possível: o Google Earth colocou no ar um recurso de Timelapse, que permite visualizar imagens de satélite ao longo dos últimos 37 anos, de qualquer lugar do mundo.
O Expresso colocou Curitiba nesta lupa histórica – e achamos algumas imagens incríveis, que mostram para onde a cidade cresceu e se expandiu nas últimas quatro décadas.
👉 Alguns dos resultados que mais nos impressionaram:
A ocupação recente do Tatuquara, Campo de Santana e Caximba, no extremo sul de Curitiba: os loteamentos e ocupações se intensificaram a partir dos anos 2000, de forma muito rápida. Dá para ver a mesma coisa na região do Sítio Cercado e Umbará, um pouco mais ao norte.
O adensamento populacional da Cidade Industrial de Curitiba, que foi idealizada como uma zona industrial, mas que hoje concentra algumas das vilas mais populosas da capital, em especial ao redor da avenida Juscelino Kubitschek, também conhecida como Contorno Sul.
A manutenção de rincões verdes em determinadas áreas de Curitiba, como os parques pela zona urbana e, de forma mais chamativa, o Parque Iguaçu, na divisa com São José dos Pinhais, onde fica a nascente do poderoso rio Iguaçu. 🌳
O crescimento a olhos vistos da região metropolitana de Curitiba, como na expansão de São José dos Pinhais e Piraquara, a leste da capital, ou na região norte, com o crescimento de Colombo e Almirante Tamandaré.
Isso sem falar no impacto da estiagem do último ano, nas represas da região…
Nesta página, colocamos todos os destaques acima, com as animações que criamos. Mas você pode explorar por conta própria a ferramenta de timelapse do Google Earth clicando aqui.
Para ir mais a fundo: dê uma olhadinha no nosso site especialCuritiba em números, em que mostramos, no ano passado, para onde cresceu Curitiba e apontamos os bairros e regiões que mais cresceram, em mapas interativos. (O Expresso)
Efeitos do lockdown: vale dar uma olhada no nosso Monitor COVID-19 Curitiba para ver a queda na curva dos casos ativos da pandemia. A bandeira vermelha parece ter surtido efeito, felizmente. Mas não dá para descuidar: a mortalidade ainda é alta, como mostra este gráfico. (O Expresso)
Cheque gordo: a Olist, startup curitibana que ajuda empreendedores a venderem seus produtos pela internet, recebeu cerca de R$ 130 milhões para investir em fusões e na expansão internacional. Aos interessados: a empresa está com 300 vagas abertas. (Exame e LABS)