🎉 Quem amanheceu mais velha hoje?

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Bom dia!

Hoje Curitiba amanheceu mais velha: 328 anos e… um dia. Para se reconectar à cidade, sugerimos um passeio pelos prédios desta pequena metrópole. Também falamos sobre a pandemia e fazemos uma homenagem a outro curitibano que aniversariou ontem… Adivinhe quem?

Obrigada pela leitura! Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba.

Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 48 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 6 de abril

1. Olhe para o céu 🌤️

Esta é a semana de aniversário de Curitiba: a cidade que amamos fez 328 anos ontem, dia 29 É uma época um pouco triste para celebrar, com uma pandemia que fez tantas vítimas em nossa cidade e pelo mundo.

Mas a gente queria aproveitar a ocasião para sugerir um passeio ao ar livre, seguro e de íntima conexão com a cidade: andar pelo centro e admirar os primeiros arranha-céus de Curitiba.

🏙️ Quem faz o convite são as pesquisadoras do Morar nas Alturas, Elizabeth Amorim de Castro e Zulmara Sauner Posse – que montaram três roteiros super bacanas para entender o processo de verticalização de Curitiba.

  1. O primeiro mapeia os primeiros prédios erguidos na cidade, entre 1926 e 1943;
  2. O segundo identifica os edifícios comerciais que ainda hoje marcam a paisagem do centro de Curitiba, construídos entre 1944 e 1960;
  3. O terceiro, por fim, mostra os edifícios residenciais ou de uso misto construídos na área central nas décadas de 1940 a 1960.

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Você reconhece este edifício? Ele foi considerado o primeiro condomínio do Paraná, e fica em frente a uma praça icônica de Curitiba. Saiba mais aqui.
 

Dá inclusive para fazer o passeio de forma virtual, clicando nos links acima e explorando as fotos incluídas pelas pesquisadoras em cada um dos pontos – há preciosidades como fotos antigas e até as propagandas de lançamento dos edifícios, como esta da antiga sede do Clube Curitibano.

Algumas curiosidades:

  • Lá naquele início, a verticalização de Curitiba estava muito ligada à ideia de modernização e embelezamento da urbe. Os arranha-céus (os primeiros não tinham mais que quatro andares) eram um símbolo do progresso, e vieram junto com o asfalto, a definição de padrões construtivos e o alargamento das ruas;
  • “Depois que surgiu esse negócio, ninguém mais quer ser industrial”: era o que vaticinava um jornal da época, em 1940. “Com o salário de um funcionário [o ascensorista que faz as vezes de cobrador de aluguel], o capitalista resolve o seu caso. Uma fábrica dá mais trabalho e… menos lucro”;
  • Mas a maioria dos jornais, na verdade, exaltava a verticalização: “uma notável contribuição ao progresso de nossa cidade”, dizia esta notícia sobre o edifício José Loureiro, de 1949, que afirmava que os empreendimentos “elevavam Curitiba à categoria de uma grande metrópole”.

🤿 Para ir a fundo:

 

2. As curvas que não gostaríamos de acompanhar 📈


Seremos objetivos no assunto obrigatório de sempre: a pandemia do coronavírus. 😷

Hoje, vamos deixar apenas um gráfico, para reflexão: 

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A mediana da idade das vítimas da COVID em Curitiba. Veja o gráfico completo aqui.
 

Essa curva descendente representa a idade média das vítimas de COVID em Curitiba, que vem caindo mês a mês. Lá em abril de 2020, era de 77 anos. Em março, chegou a 68 anos, segundo dados da Secretaria da Saúde do Paraná.

Ou seja: cada vez mais gente jovem, com menos de 60 anos, saudável e sem comorbidades, tem sido vítima do vírus. (Gazeta do Povo)

Mais do que nunca, não há grupo de risco. Cuide-se! A vacina logo vem 💉
 

3. Curtinha: páscoa solidária ⚡


Você sabia que tem gente passando fome em Curitiba, de sentir dor no estômago

“Não tem nada em casa. Só água mesmo”, contou Eliane Silva nesta entrevista à RPC. A catadora Daniele de Goes diz que “tem dias em que a gente come só polenta”. (G1 PR)

🍽️ A maioria das famílias é de catadores de recicláveis, que deixaram de sair por medo de se exporem ao vírus ou por falta de máscara e luvas – ou ainda, de pessoas ficaram desempregadas e agora, com o fim do auxílio emergencial, sentiram ainda mais a dificuldade de colocar comida no prato.

Há como ajudar: Uma paróquia da Vila Torres, no Prado Velho, está arrecadando permanentemente donativos e alimentos para ajudar 2.000 famílias, das comunidades Vila Torres, Portelinha, Icaraí, Parolin, Novo Guaporé, Tatuquara e Acrópole.

Dá para deixar as doações na Capela Nossa Senhora Aparecida (Rua Guabirotuba, 770, no Prado Velho), ou fazer um pix para a Congregação Missionária do Santíssimo Redentor (a chave pix é 41 99963-2350). A dica foi da leitora Carolina Cattani. Obrigada!
 

4. Pingos

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A cena de hoje é, na verdade, um conjunto de cenas belíssimas captadas em Curitiba pelo fotógrafo Daniel CastellanoNeste vídeo você confere todos os cliques, que receberam um toque animado especial.

A dica foi da leitora Lindamir Panacioni.
 

Acesse esta nota avulsa

Envie por WhatsApp >>

5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Preferi bater sola nas ruas e ver as coisas a ficar fechado num ateliê caprichando numa pintura acadêmica.”

A frase de hoje é de um curitibano que faz aniversário junto com a cidade: Poty Lazzarotto. O artista nascido em 29 de março de 1924 é conhecido pelos painéis espalhados por Curitiba, como na fachada do Teatro Guaíra ou atrás do Palácio Iguaçu.

Nesta entrevista ao Estado de S.Paulo, provavelmente a última concedida antes de sua morte, em 1998, Poty afirma que, “quando pequeno, morria de inveja do ilustrador de cartaz de cinema, porque muita gente via seu trabalho”.

Vem daí, provavelmente, o gosto pelos murais – que não ficam fechados em ateliês ou galerias, mas ajudam a democratizar a arte.

Ah, para quem não sabe, Poty também se notabilizou por ilustrar livros, como a primeira edição de Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Aqui ele conta um pouquinho sobre sua infância e juventude em Curitiba, e aqui tem um pequeno roteiro dos painéis de Poty espalhados pela cidade. (UFRJ, Paraná Portal e Sentidos do Viajar)

Que a cidade continue a nos encantar.

Uma boa semana!
 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Curtinha: páscoa solidária ⚡

Você sabia que tem gente passando fome em Curitiba, de sentir dor no estômago

“Não tem nada em casa. Só água mesmo”, contou Eliane Silva nesta entrevista à RPC. A catadora Daniele de Goes diz que “tem dias em que a gente come só polenta”. (G1 PR)

🍽️ A maioria das famílias é de catadores de recicláveis, que deixaram de sair por medo de se exporem ao vírus ou por falta de máscara e luvas – ou ainda, de pessoas ficaram desempregadas e agora, com o fim do auxílio emergencial, sentiram ainda mais a dificuldade de colocar comida no prato. 

Há como ajudar: Uma paróquia da Vila Torres, no Prado Velho, está arrecadando permanentemente donativos e alimentos para ajudar 2.000 famílias, das comunidades Vila Torres, Portelinha, Icaraí, Parolin, Novo Guaporé, Tatuquara e Acrópole. 
Dá para deixar as doações na Capela Nossa Senhora Aparecida (Rua Guabirotuba, 770, no Prado Velho), ou fazer um Pix para a Congregação Missionária do Santíssimo Redentor (a chave pix é 41 99963-2350). A dica foi da leitora Carolina Cattani. Obrigada!

Pra encerrar: em bom curitibanês

“Preferi bater sola nas ruas e ver as coisas a ficar fechado num ateliê caprichando numa pintura acadêmica.”

A frase de hoje é de um curitibano que faz aniversário junto com a cidade: Poty Lazzarotto. O artista nascido em 29 de março de 1924 é conhecido pelos painéis espalhados por Curitiba, como na fachada do Teatro Guaíra ou atrás do Palácio Iguaçu.

Nesta entrevista ao Estado de S.Paulo, provavelmente a última concedida antes de sua morte, em 1998, Poty afirma que, “quando pequeno, morria de inveja do ilustrador de cartaz de cinema, porque muita gente via seu trabalho”.

Vem daí, provavelmente, o gosto pelos murais – que não ficam fechados em ateliês ou galerias, mas ajudam a democratizar a arte.

Ah, para quem não sabe, Poty também se notabilizou por ilustrar livros, como a primeira edição de Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Aqui ele conta um pouquinho sobre sua infância e juventude em Curitiba, e aqui tem um pequeno roteiro dos painéis de Poty espalhados pela cidade. (UFRJ, Paraná Portal e Sentidos do Viajar)

Que a cidade continue a nos encantar.

Uma boa semana!

Pingos

A cena de hoje é, na verdade, um conjunto de cenas belíssimas captadas em Curitiba pelo fotógrafo Daniel Castellano. Neste vídeo você confere todos os cliques, que receberam um toque animado especial.

A dica foi da leitora Lindamir Panacioni.

Olhe para o céu 🌤️

Esta é a semana de aniversário de Curitiba: a cidade que amamos fez 328 anos ontem, dia 29 🎂 É uma época um pouco triste para celebrar, com uma pandemia que fez tantas vítimas em nossa cidade e pelo mundo. 

Mas a gente queria aproveitar a ocasião para sugerir um passeio ao ar livre, seguro e de íntima conexão com a cidade: andar pelo centro e admirar os primeiros arranha-céus de Curitiba.

🏙️ Quem faz o convite são as pesquisadoras do Morar nas Alturas, Elizabeth Amorim de Castro e Zulmara Sauner Posse – que montaram três roteiros super bacanas para entender o processo de verticalização de Curitiba.

  1. O primeiro mapeia os primeiros prédios erguidos na cidade, entre 1926 e 1943;
  2. O segundo identifica os edifícios comerciais que ainda hoje marcam a paisagem do centro de Curitiba, construídos entre 1944 e 1960;
  3. O terceiro, por fim, mostra os edifícios residenciais ou de uso misto construídos na área central nas décadas de 1940 a 1960. 
Você reconhece este edifício? Ele foi considerado o primeiro condomínio do Paraná, e fica em frente a uma praça icônica de Curitiba. Saiba mais aqui.

Dá inclusive para fazer o passeio de forma virtual, clicando nos links acima e explorando as fotos incluídas pelas pesquisadoras em cada um dos pontos – há preciosidades como fotos antigas e até as propagandas de lançamento dos edifícios, como esta da antiga sede do Clube Curitibano.

Algumas curiosidades:

  • Lá naquele início, a verticalização de Curitiba estava muito ligada à ideia de modernização e embelezamento da urbe. Os arranha-céus (os primeiros não tinham mais que quatro andares) eram um símbolo do progresso, e vieram junto com o asfalto, a definição de padrões construtivos e o alargamento das ruas;
  • “Depois que surgiu esse negócio, ninguém mais quer ser industrial”: era o que vaticinava um jornal da época, em 1940. “Com o salário de um funcionário [o ascensorista que faz as vezes de cobrador de aluguel], o capitalista resolve o seu caso. Uma fábrica dá mais trabalho e… menos lucro”;
  • Mas a maioria dos jornais, na verdade, exaltava a verticalização: “uma notável contribuição ao progresso de nossa cidade”, dizia esta notícia sobre o edifício José Loureiro, de 1949, que afirmava que os empreendimentos “elevavam Curitiba à categoria de uma grande metrópole”.

🤿 Para ir a fundo:

As curvas que não gostaríamos de acompanhar 📈

Seremos objetivos no assunto obrigatório de sempre: a pandemia do coronavírus. 😷

Hoje, vamos deixar apenas um gráfico, para reflexão: 

A mediana da idade das vítimas da COVID em Curitiba. Veja o gráfico completo aqui.

Essa curva descendente representa a idade média das vítimas de COVID em Curitiba, que vem caindo mês a mês. Lá em abril de 2020, era de 77 anos. Em março, chegou a 68 anos, segundo dados da Secretaria da Saúde do Paraná

Ou seja: cada vez mais gente jovem, com menos de 60 anos, saudável e sem comorbidades, tem sido vítima do vírus. (Gazeta do Povo)

Mais do que nunca, não há grupo de risco. Cuide-se! A vacina logo vem 💉

🚨 Onde a pandemia é mais letal em Curitiba

🚨 Onde a pandemia é mais letal em Curitiba

Chegou o seu Expresso de terça ☕

Hoje a edição também está expressa: para não fugir do assunto obrigatório, falamos do mapa das mortes por coronavírus em Curitiba, mas também mostramos uma cena de resiliência e celebramos um personagem que ajuda a enxergar beleza nas ruas da cidade.

Um muito obrigado por sua leitura em mais essa semana! Se você também curte O Expresso, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e ajude a incentivar o debate sobre Curitiba. 

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Tempo de leitura da edição de hoje:
5 minutos e 42 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 30 de março

1. Onde mais se morre por COVID em Curitiba? 😷

Passamos por mais uma semana difícil da pandemia em Curitiba:

Espiando mais os dados da prefeitura de Curitiba, encontramos um mapa que mostra onde a mortalidade pelo coronavírus é mais acentuada desde o início da pandemia: 


A evolução dos óbitos por COVID em Curitiba: quanto mais vermelho, maior a concentração de mortes confirmadas pelo coronavírus. Veja o mapa completo aqui.
 

As manchas em vermelho apontam para os seguintes lugares:

  • Região do centro e arredores, onde há maior densidade populacional;
  • Cabral;
  • Bigorrilho;
  • Cajuru;
  • Boqueirão;
  • CIC, em especial na Vila Nossa Senhora da Luz;
  • Sítio Cercado.

É interessante que esses lugares não são necessariamente os bairros com maior incidência do vírus – como mostra nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Os campeões em número de casos, como já mostramos aqui, são Alto da XV, Batel, Caximba, Hauer e Capão Raso. Por que, então, é em outros lugares que morre mais gente?

Ao Expresso, o diretor do Centro de Epidemiologia da Prefeitura de Curitiba, Alcides Souto de Oliveira, disse, em suma, que:

  • Alguns desses bairros, como Boqueirão e CIC, concentram grande população de idosos, que são mais suscetíveis ao vírus (ou, ao menos, à primeira cepa dele);
  • comportamento da população (leia-se, aglomerações e falta de cuidados como uso de máscaras) também é fundamental para explicar a mortalidade.

Recentemente, um grupo de pesquisadores de Curitiba, da plataforma Paraná contra a Covid, analisou a vulnerabilidade dos territórios da cidade, de acordo com a renda média, densidade populacional, percentual de idosos e condições de saneamento.

  • Resultado? Algumas das áreas de maior vulnerabilidade (como CIC, Sítio Cercado e Cajuru) coincidem com a concentração de mortes. 

Oliveira afirmou que o município tem trabalhado para diminuir a vulnerabilidade desses locais, direcionando recursos e pessoal para essas regiões. Ele negou que tenha havido desassistência, apesar da difícil situação das UPAs. (Bem Paraná)

👓 Vale ler a entrevista da secretária da Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, detalhando a situação no município, depois da abertura emergencial de quase 300 leitos que se esgotaram em dois dias: “Foi como jogar água numa terra que chupa tudo imediatamente. Não sobrou nada”, disse. “A doença agora é diferente. É um tsunami.” (Gazeta do Povo)

Para encerrar, uma boa notícia: Curitiba viu cair a letalidade da COVID-19 em nonagenários após a vacinação. Foi de 31,5% para 25%. Vem, vacina. 🙏 (Gazeta do Povo)
 

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2. Curtas ⚡️

Fala, Curitiba: quer escolher uma obra ou investimento prioritário para seu bairro? A prefeitura abriu consulta pública para definir as prioridades do orçamento do próximo ano. Dá para fazer a sugestão de forma online, ou pelo WhatsApp (41) 99876-2903, até o dia 31 deste mês.

Carência: a Volvo anunciou que vai suspender a produção de caminhões em Curitiba a partir desta terça (23), por falta de insumos (um problema global) e também pelo agravamento da pandemia. Cerca de dois mil funcionários serão atingidos com a decisão. (Época Negócios)

Investimento: a startup Laura, criadora do Robô Laura (já falamos dele algumas vezes – aqui e aqui), foi selecionada para receber R$ 700 mil do Banco Interamericano de Desenvolvimento. A solução P.A. Digital consegue acompanhar remotamente casos suspeitos de COVID-19 e, com o investimento, será implementada em até cinco municípios brasileiros. (Gazeta do Povo)

 
 

3. Resiliência

Num passeio pelo Cristo Rei, um flagra de resiliência pelo nosso leitor (e assíduo colaborador desta coluna) Andrea Torrente.

Se você também tem uma cena marcante de Curitiba aí no seu celular, envie para nós no oi@oexpresso.curitiba.br 😉
 

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4. Pra encerrar: em bom curitibanês

“A cidade conta inúmeras histórias em cada fachada, em cada detalhe. […] Com calma, atenção e amor, podemos escutar essas histórias que, somadas, fazem a cidade que vivemos.”

A frase de hoje é de um personagem que já ajudou a ilustrar algumas edições d’O Expresso: o fotógrafo Washington Takeuchi, que mantém o site Circulando por Curitiba.

Pé vermelho por nascimento e curitibano por adoção, ele deu uma entrevista recente à Gazeta do Povo em que fala sobre sua paixão por fotografar pequenas grandes cenas de Curitiba, como uma bucólica casa de madeira, um ângulo inusitado de um parque famoso, ou um cobogó escondido no centro.

Que nesses tempos difíceis saibamos encontrar a beleza das pequenas coisas, como faz Takeuchi.

Uma semana cheia de saúde a você 🙂
 

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2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Pra encerrar: em bom curitibanês

“A cidade conta inúmeras histórias em cada fachada, em cada detalhe. […] Com calma, atenção e amor, podemos escutar essas histórias que, somadas, fazem a cidade que vivemos.”

A frase de hoje é de um personagem que já ajudou a ilustrar algumas edições d’O Expresso: o fotógrafo Washington Takeuchi, que mantém o site Circulando por Curitiba.

Pé vermelho por nascimento e curitibano por adoção, ele deu uma entrevista recente à Gazeta do Povo em que fala sobre sua paixão por fotografar pequenas grandes cenas de Curitiba, como uma bucólica casa de madeira, um ângulo inusitado de um parque famoso, ou um cobogó escondido no centro.

Que nesses tempos difíceis saibamos encontrar a beleza das pequenas coisas, como faz Takeuchi.

Uma semana cheia de saúde a você 🙂

Onde mais se morre por COVID em Curitiba? 😷

Passamos por mais uma semana difícil da pandemia em Curitiba:

Espiando mais os dados da prefeitura de Curitiba, encontramos um mapa que mostra onde a mortalidade pelo coronavírus é mais acentuada desde o início da pandemia: 

A evolução dos óbitos por COVID em Curitiba: quanto mais vermelho, maior a concentração de mortes confirmadas pelo coronavírus. Veja o mapa completo aqui.

As manchas em vermelho apontam para os seguintes lugares:

  • Região do centro e arredores, onde há maior densidade populacional;
  • Cabral;
  • Bigorrilho;
  • Cajuru;
  • Boqueirão;
  • CIC, em especial na Vila Nossa Senhora da Luz;
  • Sítio Cercado.

É interessante que esses lugares não são necessariamente os bairros com maior incidência do vírus – como mostra nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Os campeões em número de casos, como já mostramos aqui, são Alto da XV, Batel, Caximba, Hauer e Capão Raso. Por que, então, é em outros lugares que morre mais gente?

Ao Expresso, o diretor do Centro de Epidemiologia da Prefeitura de Curitiba, Alcides Souto de Oliveira, disse, em suma, que:

  • Alguns desses bairros, como Boqueirão e CIC, concentram grande população de idosos, que são mais suscetíveis ao vírus (ou, ao menos, à primeira cepa dele);
  • O comportamento da população (leia-se, aglomerações e falta de cuidados como uso de máscaras) também é fundamental para explicar a mortalidade.

Recentemente, um grupo de pesquisadores de Curitiba, da plataforma Paraná contra a Covid, analisou a vulnerabilidade dos territórios da cidade, de acordo com a renda média, densidade populacional, percentual de idosos e condições de saneamento.

  • Resultado? Algumas das áreas de maior vulnerabilidade (como CIC, Sítio Cercado e Cajuru) coincidem com a concentração de mortes. 

Oliveira afirmou que o município tem trabalhado para diminuir a vulnerabilidade desses locais, direcionando recursos e pessoal para essas regiões. Ele negou que tenha havido desassistência, apesar da difícil situação das UPAs. (Bem Paraná)

👓 Vale ler a entrevista da secretária da Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, detalhando a situação no município, depois da abertura emergencial de quase 300 leitos que se esgotaram em dois dias: “Foi como jogar água numa terra que chupa tudo imediatamente. Não sobrou nada”, disse. “A doença agora é diferente. É um tsunami.” (Gazeta do Povo)

Para encerrar, uma boa notícia: Curitiba viu cair a letalidade da COVID-19 em nonagenários após a vacinação. Foi de 31,5% para 25%. Vem, vacina. 🙏 (Gazeta do Povo)

Curtas ⚡️

Fala, Curitiba: quer escolher uma obra ou investimento prioritário para seu bairro? A prefeitura abriu consulta pública para definir as prioridades do orçamento do próximo ano. Dá para fazer a sugestão de forma online, ou pelo WhatsApp (41) 99876-2903, até o dia 31 deste mês.

Carência: a Volvo anunciou que vai suspender a produção de caminhões em Curitiba a partir desta terça (23), por falta de insumos (um problema global) e também pelo agravamento da pandemia. Cerca de dois mil funcionários serão atingidos com a decisão. (Época Negócios)

Investimento: a startup Laura, criadora do Robô Laura (já falamos dele algumas vezes – aqui e aqui), foi selecionada para receber R$ 700 mil do Banco Interamericano de Desenvolvimento. A solução P.A. Digital consegue acompanhar remotamente casos suspeitos de COVID-19 e, com o investimento, será implementada em até cinco municípios brasileiros. (Gazeta do Povo)