💉 Vai e vem da vacina
- Edição enviada em 23/02/2021
- às 06:00
Bom dia!
Depois de uma pausa para um carnaval não carnavalesco, chegamos com mais uma edição d’O Expresso. Hoje falamos sobre a quantas anda a vacinação contra o coronavírus pela cidade, e também de uma obra de arte curitibana filmada com drones. Ficou curioso?
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Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 54 segundos
Nosso próximo encontro:
Terça, 2 de março
1. Faltou vacina em Curitiba 💉
Pois é: depois de algumas semanas de esperança, a vacinação contra o coronavírus parou em Curitiba. Por quê? Faltam doses. (Plural)
👉 Entre todo mundo que espera pela picada, as doses disponíveis em Curitiba (que foram compradas pelo Ministério da Saúde e distribuídas aos estados e municípios) só chegaram até os idosos com mais de 85 anos – além dos profissionais de saúde. As vacinas foram aplicadas até sexta (19) ao meio-dia, e o estoque foi reservado para a segunda dose de quem já se imunizou. Depois, só quando tiver mais.
A gente fez uma visualização (sempre ela) sobre o ritmo da vacinação na cidade, com base nas informações divulgadas pela prefeitura de Curitiba. Eis o que conseguimos:
A montanha-russa da vacinação em Curitiba: o pico foi no início de fevereiro; depois, com a vacinação de idosos, o ritmo diminuiu. Consulte o gráfico completo aqui.
🖊️ Alguns destaques:
- A média de vacinados por dia é de 2,1 mil pessoas, com picos de quase 6 mil.
- As quedas no gráfico coincidem com os finais de semana.
- O ritmo de imunização também diminuiu consideravelmente depois do início da campanha para idosos com mais de 90 anos (que, obviamente, formam uma população menor que a dos profissionais de saúde, vacinados no começo da campanha). Até agora, cerca de 70% das doses aplicadas em Curitiba foram para os profissionais de saúde.
- Mantendo-se o ritmo atual, Curitiba levaria mais cinco meses, ou até julho, para vacinar todos os idosos com mais de 60 anos (e isso só com a primeira dose).
- A prefeitura diz que tem capacidade para imunizar até 15 mil pessoas por dia, ampliando os locais de vacinação pela cidade – e sustenta que o problema mesmo é que falta vacina. (Prefeitura de Curitiba)
De fato, a distribuição das doses pelo país tem sido irregular e a conta-gotas, como dá para ver neste painel do Ministério da Saúde. O governo federal prometeu enviar novas (e muitas) doses da vacina ao Paraná a partir desta terça (23). Ainda não se sabe quantas delas virão para Curitiba, mas a expectativa é que o ritmo de imunização na cidade aumente. (Agência Estadual de Notícias)
Por enquanto… valem as recomendações de sempre. Os números da pandemia continuam elevados, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Evite aglomerações, use sempre a máscara, lave bem as mãos e, se puder, fique em casa!
Vale lembrar: a gente conseguiria contar melhor essa história se a divulgação de informações pela prefeitura de Curitiba não fosse tão escassa. Na página municipal sobre o coronavírus, há apenas o placar de vacinados. Tivemos que fazer um trabalho braçal nas notícias da campanha de imunização para colher os dados diários.
- Enquanto isso, prefeituras como a do Recife e de João Pessoa divulgam a regional de saúde, o tipo e lote da vacina, e até o nome do vacinador e do vacinado – coisa que, aqui, parece que só acontecerá por força de lei. (Gazeta do Povo)
2. Valsando conforme a música 💃
Já faz quase um ano, em meio a essa pandemia que virou nossas vidas de cabeça pra baixo, que precisamos dançar conforme a música.
Pois os artistas do Balé Teatro Guaíra, orgulhosamente de Curitiba, fizeram uma linda, linda, linda performance (sim, seremos superlativos a respeito!) para retratar esses tempos de isolamento. Não por acaso, ela se chama “Valsa de Apartamento”.
📹 O balé foi filmado com drones, na casa de cada bailarino. Dá para ver os detalhes da sala de estar, da varanda, do quarto dos artistas – que valsam sincronicamente, em meio a sofás e pisos de taco, um passo para lá, outro para cá.
“[A valsa expressa] o que todos sentimos: a necessidade de dar um passo atrás para em seguida dar um passo à frente. O ir e vir da vida nos lembra que momentos melhores virão”, comentou o coreógrafo João Vitor Rosa. Não é tudo verdade? ❤️ (Agência Estadual de Notícias)
A obra, pelo seu ineditismo e beleza, saiu até no Jornal Nacional – e deve ser só a primeira da temporada 2021 do balé.
👀 Dá para assistir os quatro minutos dessa valsa na íntegra aqui. Vale a pena. É de emocionar.
3. Curtas
Ao ar livre: um programa bom e seguro para fazer em Curitiba, principalmente com crianças, é uma visita ao zoológico, que reabriu na última semana – naturalmente, com limite de visitantes por dia e uso obrigatório de máscara. (G1 PR)
Falando nisso: vale dar uma olhada no projeto do novo Museu de História Natural de Curitiba, anexo ao Jardim Botânico. O conceito arquitetônico foi apresentado no fim de janeiro pelo Ippuc. Pena que ainda não tem data para ficar pronto… Até lá, vale sonhar. (Gazeta do Povo)
Corrente antirracista: muito legal o projeto Mãos em mãos, que incentiva a leitura de livros antirracistas. A primeira obra escolhida para ser passada de leitor a leitor foi o “Pequeno manual antirracista”, de Djamila Ribeiro. Já leu? (Plural)
4. Últimos dias
Dizem que o ano só começa depois do Carnaval – então, estamos bem a tempo de divulgar este lindo calendário feito por mulheres do projeto curitibano Lute Todos os Dias. O valor arrecadado com as vendas é destinado a instituições e coletivos feministas. Dá para comprar nos locais de venda listados aqui.
A dica foi da nossa leitora Cristina Pagnoncelli, que é uma das artistas que produziu essa (e outras) obras de arte.
5. Pra encerrar: em bom curitibanês
“Eu ensino gente a não ter medo de gente.”
Encerramos esta edição com a curitibana Maite Schneider, mulher trans, advogada e cofundadora da Transempregos, um portal de empregabilidade para pessoas transgêneras.
A frase aí de cima é como ela se apresenta. Em palestra no TEDxFloripa, Maite falou de sua infância e juventude em uma família de classe média em Curitiba, e de como, ao iniciar sua transição de gênero, “foi do topo da pirâmide para se tornar uma pessoa totalmente invisível”. “Quando eu mostrava meus documentos, minhas competências não valiam nada.”
A Transempregos viabiliza cerca de cem contratações por mês, em áreas tão diversas quanto tecnologia, varejo e indústria. “Talento e competência não têm ligação com identidade e orientação sexual, mas essas características fazem um profissional diferenciado e extremamente resiliente”, disse nesta entrevista. (IstoÉ Dinheiro)
Ficamos por aqui. Até a semana que vem!