O emprego perdido com a pandemia 💼

Na semana que passou, foram divulgados dados que mostram a sangria que a pandemia provocou no mercado de trabalho de Curitiba. Afinal, quantas vagas foram perdidas desde a chegada do coronavírus à cidade?

A gente responde: 32 mil vagas 😲

  • Este é o saldo de vagas com carteira assinada perdidas entre março e agosto deste ano, segundo dados do Caged, divulgados pelo Ministério da Economia. 
  • Foi a maior queda no emprego formal em Curitiba nos últimos dez anos!

Quem deu a história primeiro foi o Livre.jor — e a gente foi atrás dos dados completos pra contar a você, leitor, o que aconteceu na economia local desde que o vírus chegou.

A queda brutal registrada no fim da curva é de abril deste ano: foram 19 mil demissões em um único mês em Curitiba, recorde da década. Veja o gráfico completo aqui.

🍽️ Quem mais perdeu? Os setores de restaurantes e de hotéis foram os que mais demitiram: os restaurantes fizeram o maior corte absoluto na cidade, com 6 mil vagas a menos. Já a hotelaria teve a maior perda proporcional: perdeu quase 30% da força de trabalho formal. Este gráfico animado mostra o saldo de vagas por atividade em Curitiba, desde janeiro.

👷 Quem segurou as pontas? A construção civil, especialmente em obras de infraestrutura, teve o maior saldo positivo em contratações na cidade: mesmo no auge da pandemia em abril, quando todo mundo demitia, o setor contratou. Outro destaque positivo, adivinhe, é a saúde

🎭 Quem ainda está sofrendo? Além dos hotéis e restaurantes, as atividades de educação, artes e cultura, transporte e varejo (que encolheu cerca dr 15%) continuam demitindo mês a mês. Educação, aliás, teve pico de demissões em julho — mês do recesso escolar.

🏭 Quem está se recuperando? Indústria e comércio, que foram os setores mais afetados no início da pandemia, já voltaram a contratar — embora estejam longe de retomar o volume que tinham no início do ano. Serviços profissionais e técnicos também voltaram a contratar no segundo semestre, bem como lojas de material de construção e serviços de apoio administrativo.

  • Desde junho, o saldo de vagas voltou a ser positivo em Curitiba. 

E por que falar disso: Ninguém nega a gravidade da pandemia do coronavírus — que continua fazendo vítimas em Curitiba, aliás, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Mas, em tempos de aparente queda na curva de casos e de campanha eleitoral à prefeitura, vale pensar em como recuperar os empregos perdidos e promover estímulos justos — e seguros! — aos setores mais prejudicados. (Gazeta do Povo)

🤿 Para ir mais a fundo: a quem quiser se aventurar, os dados completos estão neste link do Novo Caged. É só selecionar “Curitiba” e checar as informações.

Curtas ⚡

Pedaladas: algumas sugestões de roteiro para quem quiser sair com a bike por aí. Destaque para o “tour pelas praças” — que vai da Praça do Japão, no Batel, ao Bosque Papa João Paulo II, no Centro Cívico. (Gazeta do Povo)

Made in Curitiba: o longa-metragem Alice Junior, de produção curitibana, chega à Netflix para ampliar o debate sobre a temática trans. O filme já coleciona troféus em Berlim, Brasília, São Paulo e Rio. (BandNews FM)

Fact-checking: sabatinados por UOL e Folha, candidatos à prefeitura de Curitiba tiveram suas declarações sobre a pandemia checadas pela reportagem. Confira quem exagerou e quem foi certeiro aqui.

Pra encerrar: em bom curitibanês

“Eu percebi que existia esse outro caminho do design — um design que não estava preocupado só com um diferencial estético para a elite, mas que tinha contribuição social. A minha entrada na pesquisa foi por aí.” 

As aspas de hoje são de uma curitibana por adoção: a pesquisadora Stephania Padovani, professora do curso de Design da UFPR e uma das entrevistadas do podcast Fala, cientista!, feito pelo pessoal da Agência Escola de Comunicação.

No episódio que integra a série especial Mulheres na Ciência, a pesquisadora conta como foi sua entrada no mundo do design e daí para a pesquisa em ergonomia, usabilidade e até em colmeias urbanas — com a fabricação de colmeias artificiais para a proteção de abelhas nativas.

Falando em design: começa nesta semana o Mês do Design, promovido pela UTFPR e com uma programação online e gratuita. O evento integra um projeto com o lindo nome de “Tão longe, tão perto”.

Continuemos próximos, mesmo que distantes!

Até a próxima semana 🙂

Distinto

O clique no centro da cidade é de Gustavo Panacioni, das portas do tradicionalíssimo Ao Distinto Cavalheiro.

🔎 Onde está o emprego em Curitiba?

🔎 Onde está o emprego em Curitiba?

Bom dia!

O Expresso de hoje vem curto e potente como um bom espresso (este, com ‘ésse’), com uma notícia sobre os setores que mais demitiram (e os que voltaram a contratar) durante a pandemia em Curitiba.

Tem também uma homenagem a uma cientista local, e uma cena de uma gostosa calçada da cidade. Se você curte O Expresso, considere se tornar um apoiador: confira os nossos planos em oexpresso.curitiba.br/apoie e ajudar a incentivar o debate sobre Curitiba.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
6 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 3 de novembro

1. O emprego perdido com a pandemia 💼

Na semana que passou, foram divulgados dados que mostram a sangria que a pandemia provocou no mercado de trabalho de Curitiba. Afinal, quantas vagas foram perdidas desde a chegada do coronavírus à cidade?

A gente responde: 32 mil vagas 😲

  • Este é o saldo de vagas com carteira assinada perdidas entre março e agosto deste ano, segundo dados do Caged, divulgados pelo Ministério da Economia. 

  • Foi a maior queda no emprego formal em Curitiba nos últimos dez anos!

Quem deu a história primeiro foi o Livre.jor — e a gente foi atrás de dados complementares e mais detalhados pra contar a você o que aconteceu na economia local desde que o vírus chegou.

A queda brutal registrada no fim da curva é de abril deste ano: foram 19 mil demissões em um único mês em Curitiba, recorde da década. Veja o gráfico completo aqui.
 

🍽️ Quem mais perdeu? Os setores de restaurantes e de hotéis foram os que mais demitiram: os restaurantes fizeram o maior corte absoluto na cidade, com 6 mil vagas a menos. Já a hotelaria teve a maior perda proporcional: perdeu quase 30% da força de trabalho formal. Este gráfico animado mostra o saldo de vagas por atividade em Curitiba, desde janeiro.
 

👷 Quem segurou as pontas? A construção civil, especialmente em obras de infraestrutura, teve o maior saldo positivo em contratações na cidade: mesmo no auge da pandemia em abril, quando todo mundo demitia, o setor contratou. Outro destaque positivo, adivinhe, é a saúde
 

🎭 Quem ainda está sofrendo? Além dos hotéis e restaurantes, as atividades de educaçãoartes e culturatransporte e varejo (que encolheu cerca dr 15%) continuam demitindo mês a mês. Educação, aliás, teve pico de demissões em julho — mês do recesso escolar.
 

🏭 Quem está se recuperando? Indústria e comércio, que foram os setores mais afetados no início da pandemia, já voltaram a contratar — embora estejam longe de retomar o volume que tinham no início do ano. Serviços profissionais e técnicos também voltaram a contratar no segundo semestre, bem como lojas de material de construção e serviços de apoio administrativo.

  • Desde junho, o saldo de vagas voltou a ser positivo em Curitiba. 

E por que falar disso: Ninguém nega a gravidade da pandemia do coronavírus — que continua fazendo vítimas em Curitiba, aliás, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Mas, em tempos de aparente queda na curva de casos e de campanha eleitoral à prefeitura, vale pensar em como recuperar os empregos perdidos e promover estímulos justos — e seguros! — aos setores mais prejudicados. (Gazeta do Povo)

🤿 Para ir mais a fundo: a quem quiser se aventurar, os dados completos estão neste link do Novo Caged. É só selecionar “Curitiba” e checar as informações.

 

2. Curtas 

Pedaladasalgumas sugestões de roteiro para quem quiser sair com a bike por aí. Destaque para o “tour pelas praças” — que vai da Praça do Japão, no Batel, ao Bosque Papa João Paulo II, no Centro Cívico. (Gazeta do Povo)

Made in Curitiba: o longa-metragem Alice Junior, de produção curitibana, chega à Netflix para ampliar o debate sobre a temática trans. O filme já coleciona troféus em Berlim, Brasília, São Paulo e Rio. (BandNews FM)

Fact-checking: sabatinados por UOL e Folha, candidatos à prefeitura de Curitiba tiveram suas declarações sobre a pandemia checadas pela reportagem. Confira quem exagerou e quem foi certeiro aqui.
 

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3. Distinto

O clique no centro da cidade é de Gustavo Panacioni, das portas do tradicionalíssimo Ao Distinto Cavalheiro.
 

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4. Pra encerrar: em bom curitibanês ⚽

“Eu percebi que existia esse outro caminho do design — um design que não estava preocupado só com um diferencial estético para a elite, mas que tinha contribuição social. A minha entrada na pesquisa foi por aí.” 

As aspas de hoje são de uma curitibana por adoção: a pesquisadora Stephania Padovani, professora do curso de Design da UFPR e uma das entrevistadas do podcast Fala, cientista!, feito pelo pessoal da Agência Escola de Comunicação.

No episódio que integra a série especial Mulheres na Ciência, a pesquisadora conta como foi sua entrada no mundo do design e daí para a pesquisa em ergonomia, usabilidade e até em colmeias urbanas — com a fabricação de colmeias artificiais para a proteção de abelhas nativas.

Falando em design: começa nesta semana o Mês do Design, promovido pela UTFPR e com uma programação online e gratuita. O evento integra um projeto com o lindo nome de “Tão longe, tão perto”.

Continuemos próximos, mesmo que distantes!

Até a próxima semana 🙂

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Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

🚑 Distanciamento social em ônibus lotados?

🚑 Distanciamento social em ônibus lotados?

Um bom dia com o seu Expresso de toda terça-feira.

Hoje nossa edição fala dos ônibus lotados da cidade, de uma famosa fábrica de bebidas da nossa região e, também, do escritor que se mudou para Curitiba depois de ler Dalton Trevisan.

Um obrigado especial aos nossos novos apoiadores: Cristina PagnoncelliRoberta Cibin e Santiago Martino. É sempre bom lembrar que você pode consultar os nossos planos em oexpresso.curitiba.br/apoie e ajudar a incentivar o debate sobre Curitiba.

E, claro, nosso pedido de sempre: Compartilhe O Expresso usando os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 27 de outubro

1. O desafio dos ônibus lotados 🚌

Com a aparente desaceleração da pandemia em Curitiba, a cidade tem ensaiado um retorno às atividades cotidianas — com distanciamento e de máscara, sempre, enquanto a vacina não vem. (Plural)

Mas e quem depende do transporte público: como manter o distanciamento num ônibus lotado? 🤷‍♀️

O Tribunal de Contas fez uma auditoria que comprovou o que muita gente já vivia na prática: os ônibus de Curitiba estão circulando lotados, a despeito da pandemia e da regra de limitar a capacidade dos veículos. (Gazeta do Povo)

  • O órgão foi verificar a situação por causa do repasse emergencial às empresas de ônibuslá no início da pandemia. Um dos objetivos da verba, afinal, era garantir que os veículos circulassem em condições adequadas, para evitar o contágio pelo coronavírus. (Tribuna do Paraná)

O que diz a prefeitura? A Urbs argumenta que: (Plural)

  • O número de passageiros “não chegou nem na metade do normal antes da pandemia” (na verdade, os dados oficiais da Urbs indicam uma queda média de 35% nos últimos dias);
  • Atualmente, 80% da frota está circulando;
  • A redução máxima da frota foi de 40%;
  • O monitoramento dos usuários é constante, e a fiscalização é permanente;
  • Diversas medidas de prevenção, como a higienização dos ônibus, marcações para distanciamento nos terminais e viagens com janelas abertas, foram adotadas.

Mas… Um levantamento da Moovit, baseado em dados de usuários do aplicativo, mostra que Curitiba está entre as capitais mais próximas de atingir a média pré-pandêmica de passageiros no transporte público. Na última sexta, por exemplo, a queda era de apenas 12%. Talvez isso ajude a explicar os ônibus lotados, num momento de frota ainda reduzida…

  • Além disso, no início do mês, Curitiba também aumentou a ocupação dos ônibus para 70% da lotação máxima. Ou seja, mais gente circulando nos veículos. (Diário do Transporte)

E o que dá para fazer? 

  • O Tribunal de Contas determinou que a prefeitura estabeleça, em um mês, regras de espaçamento nos ônibus e que fiscalize a superlotação nos horários de pico. (TCE-PR)
  • Pelo mundo, a etiqueta de falar pouco no transporte público, aliada ao uso de máscaras e à ventilação dos veículos, deu bons resultados na França e no Japão. (Bloomberg, em inglês)
  • Já em Detroit, antigo polo automotivo dos EUA, a prefeitura tem investido na pesquisa de meios de transporte alternativos para o pós-pandemia. A cidade investiu numa frota de carros adaptados, com separação entre motorista e passageiro e adaptações no sistema de ar condicionado, só para levar cidadãos com sintomas de COVID ao posto de testagem. (Next City, em inglês)
  • E, voltando a Curitiba, é bom saber o que pensam os candidatos à prefeitura sobre o transporte público: a Tribuna do Paraná perguntou sobre o preço da passagem, e o G1 PR reuniu as propostas de mobilidade urbana.

 

2. O Expresso da História: um refrigerante pra chamar de nosso 🥤

Hoje, a tradicional coluna do nosso colega Diego Antonelli sobre marcas icônicas de Curitiba conta as origens de uma fábrica de bebidas aqui da região metropolitana, cujas bebidas caíram no gosto do paranaense: a Cini. Fala aí, Diego:

A Cini se tornou um símbolo paranaense. O refrigerante Gengibirra, produzido a partir do gengibre, por exemplo, é um dos maiores marcos da fábrica. É uma bebida tradicional em grande parte do Paraná, produzida da mesma forma há mais de 80 anos

🚢 Toda essa história começou do outro lado do Atlântico: Ezígio Cini, o fundador da empresa, é natural da região do Vêneto, na Itália. Em 1890, ele migrou ao Brasil e foi morar na Colônia Cecília, a famosa experiência anarquista instalada em Palmeira, na região dos Campos Gerais. Foi lá que Cini conheceu Aldina Benedetti, com quem casou e teve filhos.

  • Cini, aliás, era considerado um intelectual que defendia seus ideais: fundou o jornal ‘Il Diritto Libertário’, em que tratava dos direitos dos trabalhadores, e chegou a ser detido na época. 

🌱 Foi ainda na Colônia Cecília que surgiu a famosa gengibirra, produzida em casa por Cini e sua família, para beber aos finais de semana. A receita é mantida desde então, e foi repassada de geração em geração. 

🍻 A semente da fábrica Cini começou a brotar em 1904, quando Ezígio Cini foi morar em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, e iniciou uma fábrica de bebidas em sociedade com Carlos Chelli. A empresa ganhou o nome de Cervejaria Esperança, e produzia água com gás e duas cervejas – uma clara e outra escura.

Na década de 1920, Cini morreu. Sua esposa e o filho Hugo tocaram os negócios, assumindo a sociedade por completo e rebatizando a empresa de “Hugo Cini e Cia”. Foi Hugo quem levou a fórmula do refrigerante Gengibirra para a fábrica. 

🚚 A sede da empresa já passou por Curitiba, Pinhais e, enfim, voltou a São José dos Pinhais, onde ocupa atualmente uma área de 11 mil metros quadrados. A gengibirra é exportada e consumida em diversos países, assim como outros refrigerantes da marca.

Curiosidades:

 

3. Curtas⚡ 

Novo normal: com a desaceleração da pandemia, cinemas e teatros voltaram a funcionar em Curitiba (incluindo o Cine Passeio), e o MON reabriu na semana passada, após sete meses fechado. Já o Mercado Municipal vai promover sua 1ª Semana Gastronômica, que começa nesta terça (20). (CBN Curitiba, BandNews FM e Tribuna do Paraná)

Inspiração: vai rolar mais uma edição curitibana do evento TEDx — desta vez, completamente online. A edição, que leva o nome da UFPR, acontece nos dias 12 e 13 de dezembro. A transmissão será gratuita, mas quem quiser participar da plateia oficial tem até o dia 23 de outubro para se inscrever. (BandNews FM)

Você decide: ainda há tempo para votar (até o dia 23/10) e opinar sobre as prioridades da Lei Orçamentária Anual para o seu bairro. A Câmara organizou um site especial para quem tiver interesse. (Câmara Municipal de Curitiba)

 

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4. Portas fechadas

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A cena de hoje é de uma das ruas mais antigas de Curitiba, a São Francisco. Depois de se consolidar como um dos points da cidade, lá em 2016, a rua agora tem a maioria das portas assim: fechadas. Aqui tem uma análise bem interessante sobre o que deu errado, e que nos leva a refletir sobre o uso democrático da cidade. (Gazeta do Povo)

O clique é de Estelita Carazzai e os grafites são de Rimon Guimarães.
 

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês ⚽

“O que me trouxe pra Curitiba foi quando eu li Dalton Trevisan. Aquela literatura cheia de vazios, de lacunas, com ironia, com humor… […] Na minha época, a maioria das pessoas ia pra São Paulo. Era ou Maringá, ou Londrina, ou São Paulo. Eu vim morar na Curitiba do Dalton Trevisan.”

O escritor Miguel Sanches Neto, natural de Bela Vista do Paraíso, no norte do Paraná, fala sobre a relação com Curitiba e com os contos de Dalton Trevisan neste episódio do Paiol Literário, lá em 2007.

Quase dez anos depois, em 2015, Sanches Neto deu ecos às suas memórias na ficção “Chá das Cinco com o Vampiro” — livro que conta a história da aproximação entre o personagem Beto e “um escritor excêntrico de Curitiba”.

Ficamos por aqui. Boa semana!
 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

O desafio dos ônibus lotados 🚌

Com a aparente desaceleração da pandemia em Curitiba, a cidade tem ensaiado um retorno às atividades cotidianas — com distanciamento e de máscara, sempre, enquanto a vacina não vem. (Plural)

Mas e quem depende do transporte público: como manter o distanciamento num ônibus lotado? 🤷‍♀️

O Tribunal de Contas fez uma auditoria que comprovou o que muita gente já vivia na prática: os ônibus de Curitiba estão circulando lotados, a despeito da pandemia e da regra de limitar a capacidade dos veículos. (Gazeta do Povo)

  • O órgão foi verificar a situação por causa do repasse emergencial às empresas de ônibus, lá no início da pandemia. Um dos objetivos da verba, afinal, era garantir que os veículos circulassem em condições adequadas, para evitar o contágio pelo coronavírus. (Tribuna do Paraná)

O que diz a prefeitura? A Urbs argumenta que: (Plural)

  • O número de passageiros “não chegou nem na metade do normal antes da pandemia” (na verdade, os dados oficiais da Urbs indicam uma queda média de 35% nos últimos dias);
  • Atualmente, 80% da frota está circulando;
  • A redução máxima da frota foi de 40%;
  • O monitoramento dos usuários é constante, e a fiscalização é permanente;
  • Diversas medidas de prevenção, como a higienização dos ônibus, marcações para distanciamento nos terminais e viagens com janelas abertas, foram adotadas.

Mas… Um levantamento da Moovit, baseado em dados de usuários do aplicativo, mostra que Curitiba está entre as capitais mais próximas de atingir a média pré-pandêmica de passageiros no transporte público. Na última sexta, por exemplo, a queda era de apenas 12%. Talvez isso ajude a explicar os ônibus lotados, num momento de frota ainda reduzida…

  • Além disso, no início do mês, Curitiba também aumentou a ocupação dos ônibus para 70% da lotação máxima. Ou seja, mais gente circulando nos veículos. (Diário do Transporte)

E o que dá para fazer? 

  • O Tribunal de Contas determinou que a prefeitura estabeleça, em um mês, regras de espaçamento nos ônibus e que fiscalize a superlotação nos horários de pico. (TCE-PR)
  • Pelo mundo, a etiqueta de falar pouco no transporte público, aliada ao uso de máscaras e à ventilação dos veículos, deu bons resultados na França e no Japão. (Bloomberg, em inglês)
  • Já em Detroit, antigo polo automotivo dos EUA, a prefeitura tem investido na pesquisa de meios de transporte alternativos para o pós-pandemia. A cidade investiu numa frota de carros adaptados, com separação entre motorista e passageiro e adaptações no sistema de ar condicionado, só para levar cidadãos com sintomas de COVID ao posto de testagem. (Next City, em inglês)
  • E, voltando a Curitiba, é bom saber o que pensam os candidatos à prefeitura sobre o transporte público: a Tribuna do Paraná perguntou sobre o preço da passagem, e o G1 PR reuniu as propostas de mobilidade urbana.

Portas fechadas

Rua São Francisco em Curitiba | O Expresso Curitiba

A cena de hoje é de uma das ruas mais antigas de Curitiba, a São Francisco. Depois de se consolidar como um dos points da cidade, lá em 2016, a rua agora tem a maioria das portas assim: fechadas. Aqui tem uma análise bem interessante sobre o que deu errado, e que nos leva a refletir sobre o uso democrático da cidade. (Gazeta do Povo)

Pra encerrar: em bom curitibanês

“O que me trouxe pra Curitiba foi quando eu li Dalton Trevisan. Aquela literatura cheia de vazios, de lacunas, com ironia, com humor… […] Na minha época, a maioria das pessoas ia pra São Paulo. Era ou Maringá, ou Londrina, ou São Paulo. Eu vim morar na Curitiba do Dalton Trevisan.”

O escritor Miguel Sanches Neto, natural de Bela Vista do Paraíso, no norte do Paraná, fala sobre a relação com Curitiba e com os contos de Dalton Trevisan neste episódio do Paiol Literário, lá em 2007.

Quase dez anos depois, em 2015, Sanches Neto deu ecos às suas memórias na ficção “Chá das Cinco com o Vampiro” — livro que conta a história da aproximação entre o personagem Beto e “um escritor excêntrico de Curitiba”.

Curtas ⚡

Novo normal: com a desaceleração da pandemia, cinemas e teatros voltaram a funcionar em Curitiba (incluindo o Cine Passeio), e o MON reabriu na semana passada, após sete meses fechado. Já o Mercado Municipal vai promover sua 1ª Semana Gastronômica, que começa nesta terça (20). (CBN Curitiba, BandNews FM e Tribuna do Paraná)

Inspiração: vai rolar mais uma edição curitibana do evento TEDx — desta vez, completamente online. A edição, que leva o nome da UFPR, acontece nos dias 12 e 13 de dezembro. A transmissão será gratuita, mas quem quiser participar da plateia oficial tem até o dia 23 de outubro para se inscrever. (BandNews FM)

Você decide: ainda há tempo para votar (até o dia 23/10) e opinar sobre as prioridades da Lei Orçamentária Anual para o seu bairro. A Câmara organizou um site especial para quem tiver interesse. (Câmara Municipal de Curitiba)