🔢 Curitiba em números
- Edição enviada em 22/09/2020
- às 06:00
Bom dia!
Depois de um fim de semana escaldante, chegamos a uma terça-feira gelada… E com ela, também chega O Expresso ☕ Nesta edição, fizemos um raio-x de Curitiba, analisando os últimos números da população e por onde a cidade cresceu. E outras coisinhas mais 😉
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Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 15 segundos
Nosso próximo encontro:
Terça, 29 de setembro
1. Que tamanho tem Curitiba?
No final de agosto, o IBGE divulgou as novas estimativas de população para todos os municípios brasileiros. É um cálculo feito anualmente, com base nas tendências de fecundidade, mortalidade e nos números das últimas pesquisas.
Aqui em Curitiba, segundo o novo cálculo, somos 1.948.626 pessoas. E a gente d’O Expresso foi atrás do que isso significa e para onde a cidade está crescendo, afinal.
À esquerda, o mapa mostra os bairros mais populosos de Curitiba em 1991; à direita, em 2020. Deu pra ver a diferença? Acesse o material completo aqui.
Reunimos tudo no especial Curitiba em números ❤️ Mas aqui estão os destaques:
📈 Curitiba cresceu 11% na última década, no mesmo ritmo da média nacional;
⬆️ Dentro da cidade, a região Sul foi a que mais cresceu, com destaque para os bairros Campo de Santana, Tatuquara e Ganchinho, além do Mossunguê (leia-se, Ecoville e seus altíssimos e caríssimos condomínios);
⬇️ Veja que curioso: a região central foi a que mais perdeu habitantes, com muita gente deixando bairros como Batel, Mercês e Jardim Social. Por outro lado, o centro voltou a ser uma morada desejada, e sua população cresceu 15% nos últimos dez anos;
🚌 Na região metropolitana, o crescimento populacional foi de 14% nesta década, puxado pelas cidades de Fazenda Rio Grande, São José dos Pinhais e Piraquara. Levanta a mão quem é de lá!
🤿 Para ir mais a fundo:
- Esta reportagem destaca que quem está crescendo mesmo é a região metropolitana, tanto pela queda de empregos formais em Curitiba quanto pelo custo crescente dos imóveis e a especulação imobiliária na cidade, que empurram populações mais humildes às periferias e aos municípios vizinhos. (Plural)
- E que mudanças a pandemia trará ao crescimento de Curitiba? Muita gente está se mudando nos últimos meses, e para regiões mais distantes do centro: o mercado de imóveis usados na cidade registrou seu melhor agosto desde 2013. Aliás, já falamos da busca por um quintal aqui n’O Expresso. (Tribuna do Paraná e O Expresso)
2. Home office pra quem pode 🏠
Na semana passada, completamos seis meses de pandemia em Curitiba, e contando… E, para muita gente, isso significa seis meses de home office.
Muita gente, mas nem tanto. Como destaca esta reportagem, o home office virou um novo indicador de desigualdade econômica no Brasil: apenas 10% da população ocupada está trabalhando de forma remota, segundo os últimos levantamentos do IBGE. (Folha de S.Paulo)
Infelizmente a pesquisa não tem dados municipais, mas já dá para destacar o seguinte:
- No Sul, apenas 9% das pessoas estão trabalhando de casa;
- Profissionais das ciências e intelectuais são a categoria que mais consegue atuar de forma remota: 50%. O índice cai a 9% para profissionais de nível médio, e apenas 5,4% para trabalhadores do comércio.
Em Curitiba, cerca de 87% dos domicílios têm acesso à internet, segundo dados da Anatel e do IBGE. Mas só 28% deles usam fibra ótica, que tem mais velocidade.
Durante a pandemia, parte dos curitibanos aumentou a franquia de banda larga: desde março, 25 mil pessoas contrataram planos de mais velocidade — mas isso representa apenas 4% do total de acessos do município. (Plural)
Ou seja: poder ficar em casa para trabalhar é um privilégio.
🤿 Para ir a fundo: vale dar uma olhada nesta pesquisa, que avalia que o teletrabalho no Brasil “é significativamente inferior à maioria dos países” (muito em função da exclusão digital entre populações de baixa renda), o que “reduz ainda mais a atividade econômica brasileira” neste momento de crise. (Rede de Pesquisa Solidária)
Curtas pandêmicas: 🦠
- O número de casos em Curitiba se estabilizou nos últimos dias, mas continua elevado, como mostramos diariamente no nosso Monitor COVID-19 Curitiba.
- Para não esquecer dos cuidados diários, saiu um guia básico de cuidados domésticos e de higiene para prevenir o coronavírus. (Embrapa)
- E fique alerta: a UFPR está realizando testes gratuitos para avaliar a qualidade do álcool gel que você compra. Até agora, a maior parte das amostras estava irregular. (CBN Curitiba e UFPR)
3. Curtas ⚡
Para ver do sofá: ao longo desta semana, o Museu Oscar Niemeyer está promovendo oficinas e debates online em seu canal no YouTube, sempre às 16h. Já no fim de semana, vai ter Brasis no Paiol, evento gratuito e online com DJs e artistas de todo o país. (BandNews FM e Plural)
Pra ver do carro: para quem quiser sair um pouquinho de casa (mas mantendo a segurança), vai rolar um show drive-in de rock com bandas locais, como Relespública e Delorean, neste sábado (26) e domingo (27), e um espetáculo de dança contemporânea no estacionamento do Restaurante Madalosso, no próximo sábado (3). (Barulho Curitiba e Curitiba Cia. de Dança)
Chuva, só em janeiro: o La Niña prorrogou a extensão da estiagem no Brasil, e só deve chover forte em Curitiba no ano que vem. 2020 parece mesmo ser um ano a ser esquecido… (Plural)
4. Pé de pitanga
Parece quintal de interior, mas é a avenida Arthur Bernardes, em Curitiba. O clique é da nossa leitora Adriana Brum.
5. Pra encerrar: em bom curitibanês ⚽
“Triste destino o da mulher que não sabe ser senão bela.”
A frase que encerra esta edição vem do longínquo ano de 1901, e foi escrita por Marianna Coelho, uma precursora do feminismo nascida em Portugal e que vivia em Curitiba.
Ela foi educadora, escritora e poeta, além de sufragista e colunista de alguns dos principais diários curitibanos de então. A história de Marianna, nascida em um setembro do século XIX, foi resgatada nesta reportagem da Câmara Municipal, que foi atrás dos ensaios feitos pela escritora. (Câmara Municipal de Curitiba)
E uma pequena correção: o maestro Waltel Branco, de quem falamos na edição passada, na verdade nasceu em Paranaguá (PR), mas fez de Curitiba a sua morada durante a maior parte da vida. Aliás, a homenagem a ele foi aprovada na Câmara nesta semana.
Sigamos caminhando. Até semana que vem!