Um vírus (ainda) em movimento

Nesta terça (18), Curitiba amanhece com menos restrições: a cidade volta à bandeira amarela, reabrindo parques, bares e o comércio aos fins de semana. (Plural)

A justificativa é que a cidade teria entrado no tão falado platô da epidemia: desde a semana passada, o número de novos casos se estabilizou, e a partir de agora a expectativa é que entremos em curva descendente. (Gazeta do Povo)

De fato, se compararmos a semana passada com a anterior, houve:

  • queda no número de novos casos por semana;
  • queda no número de óbitos semanais; 
  • queda dos casos ativos (curitibanos que estão infectados e transmitem o vírus);
  • estabilização da ocupação das UTIs em 80%.

👉 Tem um bom resuminho dos dados nesta reportagem. (Gazeta do Povo)

Mas o alerta permanece: no nosso observatório d’O Expresso sobre a epidemia, o Monitor COVID-19 Curitiba, continuamos colhendo dados regionalizados do coronavírus na cidade. Olha como está a situação hoje:

A evolução do coronavírus em Curitiba: atualmente, a região sul da cidade é a mais exposta ao vírus. Veja a animação completa aqui.

1. Os casos hoje estão concentrados na região sul: a maior incidência do vírus está na regional do Bairro Novo, que abriga o Sítio Cercado, Ganchinho e Umbará.

2. O vírus mata mais na regional do Cajuru: a letalidade lá é de 4,6%, contra uma média de 2,9% na cidade. Os bairros com mais mortes, por sua vez, são CIC, Sítio Cercado, Cajuru e Boqueirão.

3. Ao longo dos meses, dá pra ver claramente o movimento de ‘periferização da doença’, de que já falamos aqui n’O Expresso. Os casos começam no centro, e se deslocam até as bordas da cidade.

“Há decréscimos, mas estamos no alto”. Palavras da própria secretária da Saúde de Curitiba, deixando claro que a situação ainda é crítica. Afinal, ninguém sabe como a epidemia vai se comportar nos próximos dias. Por isso, use máscara, mantenha o distanciamento e, se possível, fique em casa!

Ocupemos as calçadas 🏙️

As discussões sobre a cidade pós-pandêmica ganharam um novo ingrediente nesta semana: um estudo do Ippuc, o órgão de planejamento urbano de Curitiba, propõe ampliar o uso de ruas e calçadas para feiras, comércios e restaurantes.

Seria uma alternativa de convívio seguro nas ruas em tempos de coronavírus.

Alguns croquis foram divulgados:

  • feiras livres, como a do Largo da Ordem, Alto da Glória e Praça 29 de Março, ganhariam um novo desenho para garantir o distanciamento de clientes e feirantes (com a implantação de cones e ‘vias’ de circulação, de sentido único, para os visitantes); 
  • os bares e restaurantes da rua Prudente de Morais, que se tornou um polo gastronômico, usariam parte do asfalto para colocar mesas e cadeiras; 
  • a calçada na rua Enette Dubard, polo comercial do Tatuquara, seria ampliada para aumentar a mobilidade dos pedestres;
  • as barracas dos ambulantes na rua Izaac Ferreira da Cruz, no Sítio Cercado, iriam para as esquinas, a fim de aumentar o espaço de circulação.

Mesas de bares no Largo da Ordem com distanciamento social, segundo a proposta do Ippuc. Veja mais imagens aqui.


🚲 Além disso, mais ciclovias seriam implantadas pela cidade (mas sem nada de muito novo, além da já anunciada ciclofaixa na rua Padre Anchieta e da recuperação da ciclovia na João Bettega, que leva à CIC).

Só que: são só sugestões. Segundo o Ippuc, algumas das intervenções já foram e outras devem ser implementadas no curto prazo, como as ciclofaixas ao redor do Mercado Municipal. Mas não há nenhum plano concreto para implementar todas elas. (BandNews Curitiba)

E, pra não esquecer: como sempre, atualizamos no nosso Monitor COVID-19 Curitiba os números da epidemia na cidade — que, infelizmente, continua a todo vapor. Já estamos em quase 25 mil casos confirmados e pouco mais de 700 mortes. Não se descuide: use máscara, mantenha o distanciamento e, se puder, fique em casa.

Curtas pandêmicas:

  • Uma nota positiva: o número de casos ativos (ou seja, de pessoas que podem transmitir o vírus) parece estar diminuindo em Curitiba, segundo os dados divulgados pela prefeitura. O pico até agora foi em 26 de julho.
  • Por outro lado, um estudo recém-lançado aponta que a flexibilização da quarentena colocou Curitiba “na rota do colapso”. Para Maria Carolina Maziviero, uma das responsáveis pelo estudo e que já entrevistamos por aqui, “é um contrassenso que a cidade tenha decidido reabrir serviços não essenciais, como shopping centers e academias, enquanto parques e praças sigam fechados”. (BBC Brasil)
  • A pesquisa também critica a falta de dados detalhados por bairro, gênero, faixa etária e raça, para orientar as políticas públicas de combate ao vírus. O texto destaca que há bairros mais vulneráveis na cidade — como mostramos aqui.
  • Por fim: começaram os testes da vacina chinesa contra o coronavírus, com voluntários da área da saúde, no HC. (TV UFPR)

Curtas da semana ⚡

A olho nu: fotos das represas de Curitiba divulgadas nesta semana revelam a gravidade da estiagem recente — e que vai forçar o prolongamento do rodízio de água. O racionamento virou até piada no Twitter: “NASA acaba de confirmar a existência de água em Marte: Marte 1, Curitiba 0”. (Tribuna do Paraná)

Chove chuva: ainda sobre isso, o professor da UTFPR Eloy Casagrande defendeu em entrevista o uso doméstico de cisternas de água pluvial, para aliviar a crise. E deu a letra: “Curitiba tem isso previsto em seu Plano Diretor [incentivos, como desconto no IPTU, para instalação de mecanismos de economia de água], mas a lei nunca foi regulamentada. É uma cobrança que devia se fazer do poder público.” (CBN Curitiba)

Você viu? A busca por um cachorro desaparecido num acidente de carro em Curitiba mobilizou as redes sociais — e rolou até mutirão de buscas. “Nos emocionamos muito ao ver as pessoas nos recebendo em uma cidade que não é a nossa”, disse um dos donos do animalzinho, que mora em São Paulo. Boa nova: Caju foi encontrado neste sábado. (Época e Tribuna do Paraná)

Deu no New York Times ⚽

Um time da suburbana de Curitiba saiu neste domingo no New York Times. Que tal, hein?

É o Trieste, tradicional clube de Santa Felicidade e que tem um centro de treinamento de jovens talentos, entre 11 e 14 anos. O clube já foi apelidado por aqui como “o time amador com a melhor estrutura do país”. (Verminosos por Futebol)

Parte desta estrutura é dedicada à categoria de base, cuja maior revelação é Renan Lodi, craque do Athletico que foi vendido no ano passado ao Atlético de Madrid. Hoje, o Trieste tem parceria com o Flamengo. (Bem Paraná e Gazeta do Povo)

💰 A reportagem do New York Times destrincha a história e o funcionamento do negócio de descoberta de jovens talentos — comparando os jogadores a commodities.

Segundo a reportagem, mais de 100 jogadores que começaram seu treinamento no Trieste, fundado por imigrantes italianos em 1937, atuam em times profissionais pelo país.

⌛ O trabalho é de longo prazo, segundo o diretor Rafael Stival. Empresário egresso do ramo alimentício, ele afirmou ainda não ter recuperado o investimento feito há 14 anos. Stival tem contrato com o Trieste até 2025. (Gazeta do Povo)

Pra terminar: em bom curitibanês

O Brasil inteiro fala no Salgueiro / Mangueira, Estácio de Sá / Mas ninguém sabe que a vila é / O bom do samba no Paraná […] Se você é sambista de verdade / Abandona a cidade / E vai lá pra vila mostrar

Este samba legitimamente curitibano, chamado “Deixa o moço falar”, é do icônico Maé da Cuíca, precursor do gênero na cidade e autor do primeiro samba-enredo da capital.

Maé era morador da Vila Tassi, uma antiga vila de operários e ferroviários próxima ao Viaduto Colorado. Lá nos anos 1940, o sambista incentivou os moradores a cruzar a linha ferroviária e ir pular o Carnaval no centro, desafiando o racismo e o preconceito da sociedade curitibana da época. (Folha de Londrina)

Parte da obra de Maé da Cuíca foi reunida num álbum lançado nesta semana, que pode ser ouvido no Spotify. O Samba do Sindicatis vai fazer uma live todo sábado em seu canal no YouTube, até meados de setembro, como parte do lançamento. (Plural)

Uma semana cheia de samba a você!

😱 Deu no New York Times e no Expresso também

😱 Deu no New York Times e no Expresso também

Salve!

Entre uma mamada e outra da nossa pequena, aqui estamos para mais uma edição — em que resgatamos a história de um grande sambista local (sim, há samba, e dos bons, na cidade) e contamos que Curitiba apareceu no New York Times nesta semana. Adivinha com o quê? ⚽

Um obrigado especial para Emerson Castro e Marcia Mello – nossos novos apoiadores. Se você também gosta do nosso trabalho, dá uma olhada em oexpresso.curitiba.br/apoie e contribua com a sua newsletter favorita de todas as semanas.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos e 54 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 18 de agosto

1. Ocupemos as calçadas 🏙️

As discussões sobre a cidade pós-pandêmica ganharam um novo ingrediente nesta semana: um estudo do Ippuc, o órgão de planejamento urbano de Curitiba, propõe ampliar o uso de ruas e calçadas para feiras, comércios e restaurantes.

Seria uma alternativa de convívio seguro nas ruas em tempos de coronavírus.

Alguns croquis foram divulgados:

  • feiras livres, como a do Largo da OrdemAlto da Glória e Praça 29 de Março, ganhariam um novo desenho para garantir o distanciamento de clientes e feirantes (com a implantação de cones e ‘vias’ de circulação, de sentido único, para os visitantes); 
  • os bares e restaurantes da rua Prudente de Morais, que se tornou um polo gastronômico, usariam parte do asfalto para colocar mesas e cadeiras; 
  • a calçada na rua Enette Dubard, polo comercial do Tatuquara, seria ampliada para aumentar a mobilidade dos pedestres;
  • as barracas dos ambulantes na rua Izaac Ferreira da Cruz, no Sítio Cercado, iriam para as esquinas, a fim de aumentar o espaço de circulação.

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Mesas de bares no Largo da Ordem com distanciamento social, segundo a proposta do Ippuc. Veja mais imagens aqui.


🚲 Além disso, mais ciclovias seriam implantadas pela cidade (mas sem nada de muito novo, além da já anunciada ciclofaixa na rua Padre Anchieta e da recuperação da ciclovia na João Bettega, que leva à CIC).

Só que: são só sugestões. Segundo o Ippuc, algumas das intervenções já foram e outras devem ser implementadas no curto prazo, como as ciclofaixas ao redor do Mercado Municipal. Mas não há nenhum plano concreto para implementar todas elas. (BandNews Curitiba)

E, pra não esquecer: como sempre, atualizamos no nosso Monitor COVID-19 Curitiba os números da epidemia na cidade — que, infelizmente, continua a todo vapor. Já estamos em quase 25 mil casos confirmados e pouco mais de 700 mortesNão se descuide: use máscara, mantenha o distanciamento e, se puder, fique em casa.

Curtas pandêmicas:

  • Uma nota positiva: o número de casos ativos (ou seja, de pessoas que podem transmitir o vírus) parece estar diminuindo em Curitiba, segundo os dados divulgados pela prefeitura. O pico até agora foi em 26 de julho.
  • Por outro lado, um estudo recém-lançado aponta que a flexibilização da quarentena colocou Curitiba “na rota do colapso”. Para Maria Carolina Maziviero, uma das responsáveis pelo estudo e que já entrevistamos por aqui“é um contrassenso que a cidade tenha decidido reabrir serviços não essenciais, como shopping centers e academias, enquanto parques e praças sigam fechados”. (BBC Brasil)
  • A pesquisa também critica a falta de dados detalhados por bairro, gênero, faixa etária e raça, para orientar as políticas públicas de combate ao vírus. O texto destaca que há bairros mais vulneráveis na cidade — como mostramos aqui.
  • Por fim: começaram os testes da vacina chinesa contra o coronavírus, com voluntários da área da saúde, no HC. (TV UFPR)

 

2. Deu no New York Times ⚽

Um time da suburbana de Curitiba saiu neste domingo no New York Times. Que tal, hein?
 

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É o Trieste, tradicional clube de Santa Felicidade e que tem um centro de treinamento de jovens talentos, entre 11 e 14 anos. O clube já foi apelidado por aqui como “o time amador com a melhor estrutura do país”. (Verminosos por Futebol)

Parte desta estrutura é dedicada à categoria de base, cuja maior revelação é Renan Lodi, craque do Athletico que foi vendido no ano passado ao Atlético de Madrid. Hoje, o Trieste tem parceria com o Flamengo. (Bem Paraná e Gazeta do Povo)

💰 A reportagem do New York Times destrincha a história e o funcionamento do negócio de descoberta de jovens talentos — comparando os jogadores a commodities.

Segundo a reportagem, mais de 100 jogadores que começaram seu treinamento no Trieste, fundado por imigrantes italianos em 1937, atuam em times profissionais pelo país.

⌛ O trabalho é de longo prazo, segundo o diretor Rafael Stival. Empresário egresso do ramo alimentício, ele afirmou ainda não ter recuperado o investimento feito há 14 anos. Stival tem contrato com o Trieste até 2025. (Gazeta do Povo)

 

3. Curtas da semana ⚡

A olho nufotos das represas de Curitiba divulgadas nesta semana revelam a gravidade da estiagem recente — e que vai forçar o prolongamento do rodízio de água. O racionamento virou até piada no Twitter: “NASA acaba de confirmar a existência de água em Marte: Marte 1, Curitiba 0”. (Tribuna do Paraná)

Chove chuva: ainda sobre isso, o professor da UTFPR Eloy Casagrande defendeu em entrevista o uso doméstico de cisternas de água pluvial, para aliviar a crise. E deu a letra: “Curitiba tem isso previsto em seu Plano Diretor [incentivos, como desconto no IPTU, para instalação de mecanismos de economia de água], mas a lei nunca foi regulamentada. É uma cobrança que devia se fazer do poder público.” (CBN Curitiba)

Você viu? A busca por um cachorro desaparecido num acidente de carro em Curitiba mobilizou as redes sociais — e rolou até mutirão de buscas. “Nos emocionamos muito ao ver as pessoas nos recebendo em uma cidade que não é a nossa”, disse um dos donos do animalzinho, que mora em São Paulo. Boa nova: Caju foi encontrado neste sábado. (Época e Tribuna do Paraná)
 

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4. Meu pé de mexerica 🌳 

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A casa de madeira no Boa Vista, com o pé carregado de mimosas (ou seriam mexericas? Ou ainda, bergamotas?), foi clicada pelo Fotografando Curitiba. É no inverno que elas deixam os quintais da cidade salpicados de laranja.
 

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5. Pra terminar: em bom curitibanês

O Brasil inteiro fala no Salgueiro / Mangueira, Estácio de Sá / Mas ninguém sabe que a vila é / O bom do samba no Paraná […] Se você é sambista de verdade / Abandona a cidade / E vai lá pra vila mostrar

Este samba legitimamente curitibano, chamado “Deixa o moço falar”, é do icônico Maé da Cuíca, precursor do gênero na cidade e autor do primeiro samba-enredo da capital.

Maé era morador da Vila Tassi, uma antiga vila de operários e ferroviários próxima ao Viaduto Colorado. Lá nos anos 1940, o sambista incentivou os moradores a cruzar a linha ferroviária e ir pular o Carnaval no centro, desafiando o racismo e o preconceito da sociedade curitibana da época. (Folha de Londrina)

Parte da obra de Maé da Cuíca foi reunida num álbum lançado nesta semana, que pode ser ouvido no Spotify. O Samba do Sindicatis vai fazer uma live todo sábado em seu canal no YouTube, até meados de setembro, como parte do lançamento. (Plural)

Uma semana cheia de samba a você!
 

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2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Quatro fatos sobre o coronavírus em Curitiba

Seremos breves na tradicional nota sobre a pandemia do coronavírus — cujos números, como sempre, estão publicados no nosso Monitor COVID-19 Curitiba. Até esta segunda (3), eram 598 mortes e quase 21 mil casos confirmados.

Vamos em tópicos:

1 São sete os bairros campeões em casos de coronavírus em Curitiba: Batel, São Francisco, Alto da Glória, Alto da XV, Mossunguê, Hauer e Campo de Santana. Veja o mapa completo aqui.

2 Já se falarmos de mortes, o cenário é outro: os óbitos têm se concentrado em bairros como CIC, Cajuru, Boqueirão e Sítio Cercado, conforme mostra este mapa.

3 A letalidade do vírus em Curitiba, falando nisso, varia muito conforme a faixa etária: é quase nula até os 30 anos, começa a aumentar a partir daí e sobe exponencialmente após os 45 anos, chegando a 28% entre os infectados com mais de 80 anos. (Plural)

4 Por fim, vale dar uma lida nesta reportagem: desde a eclosão da epidemia na cidade, as mortes de negros em Curitiba aumentaram 65% em comparação a 2019; já as de brancos, apenas 1%. Mais um indicativo de como a epidemia pode estar afetando as populações da cidade de formas bastante diferentes — e desiguais. (Plural)

Curtas pandêmicas:

  • A prefeitura anunciou nesta segunda (3) um pacote econômico contra a pandemia. Tem liberação de alvará para empreendedores, garantia a empréstimos, suspensão de parcelas da Cohab e apoio a artistas. A oposição criticou o atraso da iniciativa, e acusou o programa de ser tímido e eleitoreiro. (Prefeitura e Bem Paraná)
  • Na semana que passou, a prefeitura chegou a confiscar anestésicos de distribuidoras e clínicas particulares, para atender às necessidades do SUS durante a pandemia. O medicamento está em falta no Paraná, e a apreensão está prevista em decreto municipal. (Plural e Banda B)
  • Serviço: ainda tem vacina da gripe de graça, para toda a população, nos postos de saúde de Curitiba. Clique aqui para ver quais postos estão abertos.
  • Pra finalizar, da série “notícias pra aquecer o coração”: alunos de uma creche pública do Alto Boqueirão receberam o “chá da saudade” e o “cheirinho do afeto” (uma almofadinha aromática para colocar perto do travesseiro) dos professores, para manter o vínculo em tempos de pandemia. (Prefeitura)

Pra terminar: em bom curitibanês

Nasço todos os dias, manhã cedo […] Canto, e este cantar é renovar-me / E para além de tudo, tudo o mais / Não tenho tempo pra ter idade

As aspas de hoje são de um português que, no fim da vida, fincou raízes em Curitiba: o poeta e escritor Sidónio Muralha. Neste ano, Muralha, que é conhecido principalmente por sua produção de literatura infantil, faria cem anos de vida. (Cândido)

Esse trecho que escolhemos faz parte do poema “As razões”, que está disponível aqui, no canal do Youtube da Biblioteca Pública. O Plural fez uma entrevista com a viúva do escritor, que vive em Curitiba e mantém a fundação com o seu nome. (Plural)

Que nasçamos a cada dia, assim como o poeta!

Uma ótima semana pra você 🙂