Pra terminar: em bom curitibanês

“Por que meus olhos são tão pequenos e eu vejo um mundo tão grande?”

A frase de hoje foi escrita pela escritora curitibana Giovana Madalosso – mas na verdade é da Cora, uma menina de quatro anos e personagem do romance “Suíte Tóquio”, finalista do Prêmio Jabuti.

Nascida e criada em Santa Felicidade, como já indica o nome, Madalosso vive hoje em São Paulo. Ainda planeja escrever um livro sobre o bairro em que nasceu, onde sua família mantém o restaurante italiano homônimo e pelo qual diz ter muito carinho. (Gazeta do Povo)

No Suíte Tóquio, ela conta a história de uma babá, uma mãe e uma filha, um romance sobre maternidade, mulheres e os seus sentimentos. (Plural)

Que continuemos com os olhos abertos para a grandeza do mundo 🙂

Os novos núcleos imigrantes de Curitiba 🌎

Edição: Estelita Hass Carazzai | Dados e visualização: Brenda Niewierowski e Gustavo Panacioni

Curitiba é, historicamente, uma cidade de migrantes: os sobrenomes, bosques e parques alemães, japoneses, poloneses, ucranianos, além dos monumentos em homenagem a inúmeras nacionalidades, estão aí para provar. 

Mas a imigração não é coisa do passado. A onda migratória recente de venezuelanos e haitianos também tem transformado a cidade – e essa população tem o potencial de modificar profundamente a cultura, os costumes e as cores de Curitiba.

🤔 E afinal: onde estão esses imigrantes? Que bairros e regiões da cidade estão sendo mais marcadamente transformados por eles?

O Expresso começou essa investigação pelos bancos escolares. Afinal, onde estão as crianças estão também suas famílias e comunidades – e, mais importante, as escolas onde elas estudam costumam estar próximas do seu local de residência, o que nos dá um bom indicativo de quais regiões da cidade estão sendo mais impactadas pela onda migratória.


O que descobrimos:

  • De longe, as maiores comunidades de imigrantes em Curitiba são de venezuelanos e haitianos. Há quase 2 mil alunos dessas nacionalidades matriculados nas escolas da cidade – 1.115 venezuelanos e 778 haitianos.
  • Os bairros com o maior número de imigrantes matriculados são CIC, Cajuru, Boqueirão, Sítio Cercado e Xaxim – que formam um “U” na região Sul da cidade.

Um cinturão na região Sul de Curitiba concentra as comunidades de imigrantes venezuelanos e haitianos, segundo dados do Censo Escolar. Veja o mapa completo aqui.


E na cidade, como isso se reflete?
Quem caminha ou vive em alguns bairros de Curitiba já consegue perceber a mudança. No Fazendinha, por exemplo, “há venezuelanos por todos os lados”, como contou a dentista Maria Nina Muñoz Salas em uma entrevista recente ao jornal O Globo.

É neste bairro que fica o El Patio, restaurante fundado por uma venezuelana que vende comidas típicas de seu país, como a cachapa e o sopa de res (sopa de carne) – e que virou ponto de encontro, aos domingos, da comunidade local.


Área externa do restaurante El Patio, no Fazendinha, que virou ponto de encontro da comunidade local aos domingos. Foto: divulgação.

Já os haitianos se concentram em algumas regiões da CIC e, em especial, do Boqueirão, para onde a comunidade tem ido desde o terremoto que abalou o país em 2010. A unidade de saúde Waldemar Monastier, do Boqueirão, chegou a usar aplicativos de tradução para conseguir atender à população haitiana. (Thais Porsch e Prefeitura de Curitiba)

Para Viviane Mueller Xavier, coordenadora do Instituto Nova Vida, que atua dando suporte e assistência aos imigrantes no Boqueirão, os haitianos têm um senso de comunidade muito forte, o que ajuda a explicar a concentração de imigrantes no bairro. Além disso, alguns deles dividem casas em até quatro famílias para conseguirem se manter, e muitos têm dificuldades de se abrir à comunidade local.

  • Vale lembrar que os haitianos têm ainda que lidar com um outro fator: o racismo, que infelizmente já virou notícia por aqui. (G1 e Gazeta do Povo)

“Eles têm medo de serem julgados por sua cultura; qualquer refugiado passa por isso. Por outro lado, a sociedade cria rótulos. E esses rótulos se espalham e segregam”, afirmou Xavier ao Expresso.

Para a venezuelana Rockmillys Basante, fundadora da ONG Hermandad Sin Fronteras e moradora de Curitiba há três anos, a cidade tem sido receptiva e estendido os braços para os imigrantes, com ofertas de comida até empregos. Ela não esconde a existência de preconceito e exclusão, mas afirma que isso é a minoria do tratamento. 

“Em uma cidade construída por imigrantes, não é de se acreditar que existam coisas como xenofobia ou racismo. A imigração é uma oportunidade de compartilhar culturas”, disse ela ao Expresso.

E nós, como podemos acolher essas pessoas?

  • Uma das formas de contribuir é com doações para instituições de acolhimento e apoio aos imigrantes, como a ASHBRA, que atende haitianos; a Hermandad Sin Fronteras; o Instituto Nova Vida; a Cáritas e a UCEPH (União de Profissionais e Estudantes Haitianos).
  • Você também pode apoiar negócios locais, como restaurantes e comércios, erguidos por imigrantes. Se olhar bem, logo vai perceber como eles estão por toda a cidade.
  • Se você é empreendedor, pode compartilhar as informações de vagas da sua empresa com o CEIM (Centro de Informação para Migrantes e Refugiados), do governo estadual, que orienta imigrantes em busca de moradia e emprego.

E, acima de tudo: acolhamos com sorrisos e braços abertos 🙂

Curtas ⚡

Uma nova variante: os casos do coronavírus continuam em baixa, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba, mas aumentou a preocupação global com a nova variante do vírus, a Ômicron. Por aqui, a secretaria da Saúde agora orienta que passageiros vindos do exterior (principalmente do continente africano) fiquem em quarentena por 14 dias e se identifiquem às equipes de vigilância. (CNN e Prefeitura de Curitiba)

Um novo parque: terá oito vezes a área do Barigui o novo parque de Curitiba, batizado por ora de Reserva Hídrica do Futuro – na prática, um grande corredor ecológico no sul da cidade com lagos e cavas. A ideia é que o parque, além de garantir a conservação da água, tenha áreas de lazer e seja parcialmente inaugurado no final de 2022. (Gazeta do Povo)

Meu lugar à sombra

Numa semana que começou com sol e muito calor, o registro da nossa leitora Ana Bendlin de uma girafa bem curitibana, buscando um lugar à sombra no zoológico de Curitiba.

Pra encerrar: em bom curitibanês

“No começo, eu não tinha noção do que era a 13 de Maio. A 13 realmente era e é uma casa dos negros, uma casa de resistência.”

Encerramos esta edição, em meio à Semana da Consciência Negra, com o curitibano Álvaro da Silva, presidente da Sociedade Operária Beneficente 13 de Maio, fundada em 1888 e na ativa ainda hoje – o terceiro clube social negro mais antigo do Brasil.

Nesta reportagem, Silva e outros integrantes da 13 de Maio contam um pouco da história do clube, que surgiu na época da proclamação da Lei Áurea como uma sociedade festiva mas, acima de tudo, de luta. (Plural)

O clube promovia atos políticos em prol dos ex-escravos, aulas noturnas de alfabetização e inúmeras iniciativas de assistência social para a população recém-liberta. Ainda hoje, a 13 ajuda a manter as tradições afro-brasileiras em Curitiba, com shows e aulas de samba, maracatu e forró.

Dá para ler um pouquinho mais sobre a presença negra em Curitiba nesta coluna da nossa Adriana Baggio.

Uma ótima semana pra você 🙂

Curtas ⚡

Vermelhaço: depois do “vermelhão”, Curitiba estuda implementar ônibus triarticulados no eixo Leste-Oeste (Pinhais-Campo Comprido). O veículo, produzido na China, é elétrico, com 36 metros de comprimento e capacidade para transportar 320 passageiros. Os nossos icônicos biarticulados têm 28 metros de comprimento e capacidade para 270 pessoas. Será que funcionaria? (Prefeitura de Curitiba)

Linha verde, a novela: ainda não será neste ano que a Linha Verde ficará pronta. Já são 16 anos de obras, ao longo de quatro gestões diferentes. A última previsão é que a obra seja concluída em 2024. Em 2022, devem ser finalizadas as trincheiras do Bairro Alto e Bacacheri, e outra começará a ser construída na avenida Victor Ferreira do Amaral. (Gazeta do Povo)

Starbucks dos pinheirais: depois de uma nova rodada de investimentos, a curitibana The Coffee planeja chegar a 150 lojas no Brasil e 11 no exterior até janeiro, superando a quantidade de lojas da Starbucks no país. Em Curitiba, já são 28 lojas e 9 em processo de abertura. (O Globo)

Uma onda em declínio 🌊

É um alívio poder olhar para o nosso Monitor COVID-19 Curitiba e perceber que os números da pandemia estão realmente em queda. Em Curitiba, o número de óbitos, casos ativos e de internações baixou radicalmente nos últimos dias. Com isso, chegamos a ter dias sem mortes pela pandemia e a maior ala da cidade para o tratamento da COVID desativada. (Gazeta do Povo)

Nem parece a mesma Curitiba de um ano atrás…

  • Neste mesmo período do ano passado, estava começando a maior onda do COVID-19 em Curitiba. Chegamos a ter quase 14 mil casos ativos de coronavírus na capital. Atualmente, estamos com aproximadamente 1.200 casos ativos;
  • Um ano atrás, a média de novos casos por dia estava em 1.000; agora, está em 52.

O número de mortes e novos casos de COVID-19 desacelerou fortemente desde setembro, como mostra a curva deste gráfico.

Algo que contribui diretamente para os baixos números é a vacinação. Entre as pessoas com mais de 10 anos em Curitiba, mais de 85% já tomaram uma dose da vacina, e mais de 77% já estão imunizados, como mostra este gráfico.

Mas: como sempre, não dá para afrouxar o cinto. Em Curitiba, ainda há 82.946 pessoas que não apareceram para completar o ciclo vacinal, segundo a Secretaria da Saúde. Isso é preocupante, já que 80% dos casos graves e óbitos por COVID-19 no país têm ocorrido em pessoas que não completaram o esquema vacinal ou não tomaram nenhuma dose da vacina. (Jornal Nacional)

  • Infelizmente, temos exemplos ruins vindos da Alemanha, Itália e outros países, com novas ondas de coronavírus por lá. Vamos continuar nos cuidando, tomando as doses de reforço e usando máscara! 😷


Serviço: a Prefeitura de Curitiba continua com a repescagem contínua para os que ainda não tomaram a segunda dose da vacina.

Uma cidade com menos carros? 🚗 

Dia desses, a gente se deparou com uma reportagem bem interessante e que nos fez pensar muito no futuro das cidades – e da nossa cidade, em especial: o conceito de carro popular no Brasil acabou.

  • Por quê? Porque, dos dez carros mais vendidos no país neste ano, sete custam mais de R$ 100 mil 😱 “Esquece, isso [de carro popular] é passado”, disse o presidente da Anfavea, a associação nacional das montadoras. (Neofeed)

Existem vários motivos para os carros estarem mais caros: a escassez global de semicondutores, leis que obrigam os veículos a serem menos poluentes, normas de segurança do passageiro… Mas o que queremos pensar aqui é: 

Num mundo onde o carro é acessível a cada vez menos gente, em que tipo de cidade devemos investir para o futuro? 

Para tentar pensar sobre essa transformação, a gente foi olhar os números da frota de carros de Curitiba. Vale lembrar que, há alguns anos, Curitiba recebeu o ‘título’ de capital mais motorizada do Brasil: tinha um carro a cada dois habitantes. (Exame)

Pois é: basta olhar o gráfico para ver que a escalada dos carros… desacelerou.

Desde 2016, o crescimento da frota de veículos em Curitiba desacelerou. Veja o gráfico completo aqui.

Se, entre 2004 e 2009, a frota de carros de Curitiba cresceu 7% ao ano, nos últimos cinco anos, esse ritmo caiu para 1,45%.

  • A frota de automóveis de passeio, em especial, está praticamente estável desde 2016, com uma variação média de 0,93% ao ano;
  • O número de motocicletas, em compensação, tem acelerado mais que a média, a 2,85% ao ano.


⚠️ Ainda assim, Curitiba ainda tem uma proporção bastante alta de carros por habitantes: quase um veículo por morador! Mais precisamente, 1,2 morador por carro, segundo os dados de março de 2021 extraídos via Base dos Dados. A média brasileira é de 1,96.

Ou seja: sim, temos bastante veículos nas ruas… Mas para quem? E ainda, por quanto tempo, dada a desaceleração a olhos vistos da frota?

Resumo da ópera: está mais do que na hora de investir em soluções de transporte público eficientes e acessíveis a todos, em calçadas pensadas para a mobilidade do pedestre, e em ruas que acolham a bicicleta como um modal de transporte.

💰 Dinheiro reinvestido em Curitiba

💰 Dinheiro reinvestido em Curitiba

Bom dia!

Esperamos que você tenha descansado neste feriado 🙂 Hoje falamos mais sobre o ecossistema de startups de Curitiba, além de trazer um pouco de história localarte urbana e culinária… com glitter.

Obrigada por acompanhar nosso trabalho! Se você gosta d’O Expresso e quer incentivar o debate sobre Curitiba, visite oexpresso.curitiba.br/apoie e conheça nossos planos. Para compartilhar esta edição, use os links abaixo, para WhatsApp e outras redes:

Tempo de leitura da edição de hoje:
8 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 23 de novembro

1. Um ciclo virtuoso 🔁

Na semana passada, nós falamos aqui n’O Expresso sobre o recorde de investimentos em startups de Curitiba – as empresas de tecnologia local já atraíram mais de R$ 4 bilhões em aportes nacionais e internacionais só neste ano.

Hoje a gente vai mais um pouquinho a fundo neste assunto, mostrando como um pólo tecnológico se retroalimenta: uma startup investe em outra, que investe em mais uma, cujos fundadores formam um fundo… e assim se cria uma cadeia.

Segundo o levantamento deste Expresso, que mapeou quase 200 investimentos feitos nas empresas de Curitiba (com base na plataforma Crunchbase), pelo menos 10% dos cheques investidos na cidade vieram de fundos locais de venture capital (ou capital de risco) – ou seja, de investidores curitibanos que apostaram seus recursos aqui.

 


As ondas do investimento local em startups de Curitiba: na última década, foram pelo menos 20 aportes por investidores daqui. Acesse o gráfico completo aqui.
 

São eles:


💰 Esses quatro fundos já participaram de pelo menos 20 aportes em startups curitibanas nos últimos nove anos, investindo cerca de R$ 25 milhões até agora – é bom lembrar, considerando apenas os valores divulgados (já que nem todos os cheques são públicos) e apenas aqueles incluídos na plataforma da Crunchbase (ou seja, pode haver mais aportes curitibanos por aí).

  • ano da pandemia (2020) foi o que registrou o maior número de apostas dos fundos locais: foram cinco no total.

🧾 Até aqui, os cheques dos investidores curitibanos foram destinados principalmente para empresas de SaaS (Software as a Service) e Marketing – mas também houve aportes em setores como moda, fintech, educação e RH.

  • A gente colocou tudo nesta tabela, que detalha quais são as startups de Curitiba financiadas por investidores locais.

Para Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação (órgão público responsável por fomentar o ecossistema local), isso é um sinal da maturidade do ecossistema – em que as conexões são fluidas e há uma “certeza de que se está no caminho certo”. “É uma aposta financeira, claro, mas vai além disso. É também resultado da confiança que o ecossistema tem nele mesmo.”

Para ir a fundo: disponibilizamos a íntegra do levantamento neste link. E você também pode ler os destaques da última edição – que mostrou como o setor de e-commerce tem se destacado na cidade, e como o funil do venture capital ainda é estreito e pouco diverso 👀
 

 
 

2. O Expresso da História: A casa que resistiu a um incêndio 🔥

Hoje é dia da nossa já tradicional coluna O Expresso da História, com Diego Antonelli, que faz um resgate dos prédios históricos de Curitiba. Hoje, ele fala de uma construção centenária e muito bem preservada – que, pouca gente sabe, sobreviveu a um incêndio. Conta mais, Diego:

Localizada no Largo da Ordem, no centro histórico de Curitiba, a Casa Hoffmann foi construída em junho de 1890 e, na época, considerada um marco arquitetônico da transformação urbana da capital paranaense. Durante mais de 130 anos, as paredes da moradia resistiram ao tempo e até hoje continuam a embelezar o cenário de quem transita naquele espaço.

A casa foi construída no fim do século XIX pela família Hoffmann e representou a prosperidade da família de tecelões austríacos que se mudou para o Brasil naquela mesma época. O imóvel foi habitado pela família até 1974, que mantinha no local uma loja de tecidos e armarinhos.

  • Depois, a casa foi alugada e sofreu diversas adaptações ao longo dos anos.


O fogo: a Casa Hoffmann foi destruída por um incêndio em 1996. Apenas as paredes externas e a fachada sobreviveram. Mas o imóvel, catalogado como unidade de interesse de preservação do município, foi totalmente restaurado ao longo dos anos.

Desde 2003, a Casa Hoffmann é a sede do Centro de Estudos do Movimento, ligado à Fundação Cultural de Curitiba, referência na “exploração de novas estéticas do movimento”, segundo o site oficial da prefeitura. Em seus três andares, ela abriga estúdios para a realização de oficinas de dança, pesquisas e apresentações de pequeno porte.


Para quem quiser conhecer: as oficinas de dança da Casa Hoffmann já voltaram e estão com inscrições abertas, em formato online e presencial. Pra quem quiser apreciar o imóvel, basta uma caminhada pelo Largo da Ordem 😉

 

3. Curtas ⚡

Um ano e meio depois: semana a semana, a gente vai tendo a certeza de que a vacinação contra a COVID-19 vem surtindo efeito. Curitiba já tem o menor número de casos ativos da doença desde junho do ano passado – além de ter registrado apenas uma morte entre os dias 11 e 12 de novembro (chegamos a ter entre 40 e 50 mortes por dia em março deste ano). Está tudo lá no nosso Monitor COVID-19 Curitiba.

Para ouvir: foi lançado o novo EP da banda curitibana ímã – produzido à distância e com quatro músicas que se originaram de poemas de escritores da cidade. Dá para ouvir tudo no YouTube ou no Spotify.

Natal ao ar livre: a gente piscou e… já faltam menos de 40 dias para o Natal. A programação oficial do Natal de Curitiba começa nesta quinta (18) e conta com voo de balão, luzes e projeções geradas por pedaladas em bicicletas, passeios iluminados e até uma caravana. Para agendamentos, é só clicar aqui.

 

4. Em construção

Na rua Mateus Leme, a arte de Filite em construção. O clique é de Estelita Carazzai.
 

Acesse esta nota avulsa

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5. Pra encerrar: em bom curitibanês

“Da mesma forma que alguém fala: ‘E aí, mano?’, tá tudo certo falar: ‘E aí, viado?’ A gente pode enriquecer esse diálogo de diversas maneiras.”

Terminamos a edição de hoje com o curitibano Gabriel Castro, criador da padaria O Pão Que o Viado Amassou – um negócio que começou na pandemia, virou sucesso entre amigos e hoje ocupa um casarão no Rebouças para servir pão com glitter (de verdade!) e abrir diálogos sobre o movimento LGBTQIA+.

Castro foi tema de uma reportagem da revista piauí, em que conta como sua reclusão de pandemia o levou a amassar pão. “O pão foi um grande amigo para manter a sanidade. E aí virou um esporte, porque eu queria acertar o diacho do pão”, disse ele à Isadora Rupp.

A padaria, que funciona de segunda a sábado, tem apenas funcionários LGBTQIA+, e na linha de frente do atendimento, só pessoas trans. Para ele, é uma forma de extrapolar a bolha e promover a convivência entre diferentes.

Que continuemos abrindo nossas vidas à riqueza dos outros!

Uma ótima semana pra você 🙂
 

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