
Resquícios de uma tempestade no bairro Cristo Rei. O clique é de Gustavo Panacioni.
Resquícios de uma tempestade no bairro Cristo Rei. O clique é de Gustavo Panacioni.
Um apelo local: a Sorvetes Gaúcho, uma clássica sorveteria da cidade que batizou informalmente a Praça do Gaúcho, no São Francisco, fez uma promoção para atravessar os dias de lockdown. Vale encomendar para quando o calor voltar. (Plural)
Copo meio cheio: ainda falando de pandemia, começou nesta semana em Curitiba a vacinação por ordem de idade, para a população geral. Nesta semana, se vacinam pessoas com 57 e 56 anos. (BandNews FM)
* Este texto foi atualizado em 10/04/2022, para retificar a data em que o Belvedere abrigou a sede da Rádio Clube Paranaense.
Hoje, que coisa boa, é dia de mais um mergulho na história dos imóveis de Curitiba, com o nosso colunista Diego Antonelli – que, nesta edição, fala do histórico prédio Belvedere, no centro da cidade.
Uma construção centenária, de onde se consegue visualizar boa parte do centro histórico de Curitiba. Esse é o Belvedere, edificado em 1915 sobre o terreno da antiga capela do Alto do São Francisco.
📻 Em 1933, o prédio passou a abrigar a primeira rádio do Paraná, a Rádio Clube Paranaense. Anos depois, virou a sede do Observatório Astronômico da antiga Faculdade de Engenharia do Paraná. Em 1962, tornou-se sede da União Cívica Feminina Paranaense.
😢 Após décadas de usos múltiplos, o imóvel ficou praticamente abandonado. A edificação foi pichada diversas vezes e ocupada com frequência por moradores de rua e usuários de drogas.
Vida (quase) nova: No começo de 2015, o governo estadual firmou um acordo com a Academia Paranaense de Letras para que o imóvel, que possui arquitetura de influência art nouveau, fosse usado como sede da instituição. Para isso, foram iniciadas obras de revitalização do espaço, de forma gradativa. No entanto, a reforma não foi adiante e o espaço permaneceu sem uso. (Gazeta do Povo)
🔥 Pra piorar, um incêndio atingiu o Belvedere na noite de 6 de dezembro de 2017. Só depois disso foi que o local passou – definitivamente – por um restauro. A obra teve início em dezembro de 2018, com projeto do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), e foi concluída em um ano.
O Belvedere foi reinaugurado em dezembro de 2019 e, enfim, passou a abrigar a Academia Paranaense de Letras e também um café literário – pena que a pandemia veio logo depois, em março de 2020.
🤿 Saiba mais:
Não têm sido dias fáceis nesta bandeira vermelha em Curitiba, como mostra o nosso Monitor COVID-19 Curitiba. A curva de novos casos deu uma baixada, felizmente, mas as mortes continuam elevadas: perdemos cerca de 26 curitibanos por dia. (O Expresso)
E como está a distribuição desses casos pela cidade? Que bairros estão sendo mais afetados?
Fomos buscar os dados oficiais, e fizemos um ‘ranking’ que mostra por quais bairros o coronavírus mais tem circulado em Curitiba, como dá pra ver na animação abaixo.
Caximba ultrapassou Alto da XV e Batel como bairro campeão em casos em Curitiba. Acesse a visualização completa aqui.
Em suma:
🍳 No frigir dos ovos, porém: o fato é que todos os bairros tiveram aumento de casos (alguns mais, outros menos), como dá para ver neste outro gráfico. Como sempre, fica a dica, caro leitor: use máscara, mantenha o distanciamento e, sempre que puder, fique em casa.
Edição: Estelita Carazzai | Dados e Visualização: Gustavo Panacioni
Lembra de quando a velocidade de algumas ruas de Curitiba foi reduzida, e houve grita de motoristas? Ou de quando o atual prefeito prometeu em campanha que iria rever o limite das vias para garantir o fluxo de veículos? (Folha de S.Paulo e Tribuna do Paraná)
Pois é: neste mês de maio amarelo, marcado pelo combate às mortes no trânsito, a prefeitura anunciou que… está reduzindo a velocidade máxima para 50 km/h na maioria das ruas da cidade.
A mudança já começou: pelo menos 26 ruas tiveram a velocidade alterada de 60 km/h para 50 km/h, como a Ângelo Sampaio, a João Bettega, a Brigadeiro Franco, a Marechal Deodoro, a Mateus Leme e a Av. Prefeito Maurício Fruet.
Em verde, as ruas com velocidade reduzida, de 60 km/h para 50 km/h. A maioria fica no centro, longe das vias estruturais, em vermelho. Veja o mapa (e a lista completa de ruas) aqui.
Os motivos são muitos, e corroborados por experiências em todo o mundo: (WRI Brasil)
Em resumo: “onde passa boi, passa boiada”, como afirmou o engenheiro e ex-diretor de Educação para o Trânsito em Curitiba, Celso Mariano. Ao contrário do que opina o senso comum, “fluidez é mais importante que velocidade alta em áreas urbanas.” Quem já pegou uma onda de sinaleiros verdes ao dirigir dentro do limite sabe do que estamos falando. (Gazeta do Povo)
👀 Além disso, pouca gente sabe, mas o atual prefeito assinou uma carta de intenções obrigatória com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que financia boa parte das obras de mobilidade na cidade, se comprometendo a aderir a ações de trânsito seguro, como parte do programa Visão Zero. De um jeito ou de outro, as mudanças no trânsito eram iminentes.
🗣️ E você, leitor? O que achou da mudança? Já enfrentou situações de insegurança no trânsito de Curitiba? Acha que reduzir a velocidade vai ajudar? Conta para a gente respondendo este e-mail ou escrevendo para oi@oexpresso.curitiba.br.
“A cidade é um grande cenário de encontro”.
Quem encerra esta edição, como não poderia deixar de ser, é Jaime Lerner, arquiteto e ex-prefeito de Curitiba que faleceu na semana passada, aos 83 anos. (Plural)
Artífice das transformações urbanas que fizeram de Curitiba uma referência no tema (ainda que seja urgente, reconheçamos, a necessidade de renovar este legado), a visão de Lerner sobre a cidade repercute profundamente na missão deste Expresso.
Assim como o arquiteto afirmou nesta entrevista, também acreditamos que “a cidade não é tão complexa quanto os vendedores de complexidades querem nos fazer acreditar”. E que “começar é importante, porque só o começo dá a oportunidade de corrigir”. (Revista Projeto)
Para quem sente falta de viver mais Curitiba, fica a mensagem de Lerner em sua última entrevista, concedida à Folha de S.Paulo: “A cidade como a gente imaginou vai voltar. A pandemia vai passar e a cidade pensada para o homem vai retornar. Temos que aproveitar o pós-pandemia para recuperar as cidades.”
Que nos sirva de inspiração 🙂
Uma boa semana!
O fardo da pandemia fica muito mais leve aglomerando-se com a natureza. O clique é do nosso editor Gustavo Panacioni.
Bandeira vermelha: entramos, mais uma vez, numa nova leva de restrições mais avançadas em relação à COVID-19. Ultrapassamos os 10 mil casos ativos, não há mais leitos de UTIs disponíveis no SUS e UPAs estão fechadas para atender pacientes contaminados. No nosso Monitor COVID-19 você acompanha os principais números da pandemia em Curitiba. (G1 PR e Plural)
Por outro lado: em breve, depois de vacinadas as pessoas com comorbidades, Curitiba deve abrir a vacinação para a população geral, por ordem de idade. (Gazeta do Povo)
Suspeito detido: um homem identificado como o serial killer de homens gays em Curitiba, de que falamos na edição passada, foi preso nesta semana. (UOL)
Início de mês é época de nova coluna do pessoal do Curitiba de Graça, com os destaques culturais da cidade. A curadoria é de Camile Triska:
As vidas (negras) da placa: personalidades negras de Curitiba, até então homenageadas com uma simples placa na praça Santos Andrade, ganharam um livro que desfia suas histórias e vidas, num resgate da comunidade negra curitibana. A obra, veja que bacana, está disponível online e de graça.
Noel de Curitiba: um espetáculo com 15 anos de estrada e ‘gestado’ em Curitiba, em homenagem a Noel Rosa, virou documentário, que está disponível online.
Música daqui: um mês cheio de lançamentos, mais uma vez, de músicos da cidade. Tem o Soul com poesia de Brune, o single de Murilo Silvestrim, o rock’n’roll de Dona Mag e a MPB de Thayana Barbosa.
Arte impressa e online: dedicada às artes impressas, como livros, fanzines, gravuras, fotografias e experimentações gráficas, a Feira Estopim deste ano acontece de forma online, até o dia 6 – com direito a visitas virtuais a galerias e espaços de arte de Curitiba.
Live Aid leite quente: neste sábado (5), dezenas de artistas de Curitiba participam de show em prol da Afece (Associação Franciscana de Ensino ao Cidadão Especial). A apresentação, gratuita e com transmissão online, acontece a partir das 21h.