Pinhão Valley 🌲

Mudando um pouco de assunto: Curitiba foi uma das duas cidades brasileiras a figurarem no Global Startup Ecosystem Report, um relatório anual feito pela organização Startup Genome que aponta os principais centros de inovação do mundo.

Curitiba e seu “Pinhão Valley” aparecem entre os 100 “ecossistemas emergentes”, ao lado de cidades como Santiago do Chile, Praga, Abu Dhabi e Buenos Aires. 

🎖️ A cidade se destacou no quesito ‘performance’, que indica o atual estado de efervescência do ecossistema (tirou nota 7, a segunda melhor em toda a América Latina). Por outro lado, patinou em todos os outros quesitos: ficou com nota 1 em talento, 1 em financiamento e 2 em alcance de mercado.

A outra cidade brasileira a figurar no ranking, claro, é São Paulo, que aparece em 30º lugar no rankings dos principais ecossistemas de startups do mundo.

Para saber mais: o relatório faz uma interessante análise da situação das startups pós-coronavírus, incluindo balanços sobre demissões, queda em investimentos e fluxo de caixa. A íntegra pode ser acessada aqui.

E uma curiosidade: no quesito ‘talento’ do relatório, quanto maior o salário de um engenheiro de software na cidade em questão… pior é a nota do ecossistema. A ideia do Startup Genome é destacar as cidades com maior potencial de investimento — e aí, quanto menor o custo, melhor para o investidor 🤷‍♀️

Pra terminar: em bom curitibanês

“Hoje me senti mais cidadão, por exercer esse direito [de doar sangue], e mais humano, por doar parte de mim para salvar a vida do próximo.”

Essa frase cheia de significado é do jornalista curitibano João Pedro Schonarth, que na semana passada fez um ato simples, mas que até pouco tempo lhe era proibido: doou sangue.

Schonarth é homossexual e conseguiu doar sangue pela primeira vez em seus 32 anos graças a uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal, que derrubou as restrições do Ministério da Saúde e da Anvisa à doação por “homens que tiveram relações sexuais com outros homens”. 

A história está toda explicadinha nesta reportagem da revista piauí.

Curtas da semana

Para ouvir: com as visitas aos hospitais extremamente restritas, o grupo de palhaços da Trupe da Saúde resolveu encontrar outras formas de chegar aos pacientes. O resultado é o primeiro podcast brasileiro feito por palhaços. (BandNews FM)

Para degustar: pinhão na panela de pressão ou sapecado? Para quem acha que essas são as duas únicas maneiras de preparar esta iguaria do sul do país, deve dar uma olhada neste livro com cem receitas doces e salgadas utilizando o pinhão. (Embrapa Florestas)

Para ficar de olho: a prefeitura acaba de lançar o que está chamando de Muralha Digital — câmeras de monitoramento em pontos estratégicos da cidade. Dessa vez, porém, parte das câmeras a serem instaladas até o fim do ano terá reconhecimento facial — uma medida que causa polêmicas sobre privacidade e vigilância em outros locais do mundo. (Prefeitura de Curitiba e Agência Brasil)

Jovens nada saudáveis

Na semana que passou, infelizmente, continuamos a ver novos picos nos casos de coronavírus em Curitiba. Abaixo, os últimos números oficiais, como mostramos diariamente no nosso Monitor COVID-19 Curitiba:

  • Estamos chegando a quase 5.000 casos confirmados;
  • 485 casos suspeitos;
  • 145 mortes.

Para sermos breves, três destaques sobre o cenário atual:

1️⃣ Como mostra esta reportagem da revista piauí, o epicentro da pandemia brasileira agora é a região Sul — e Curitiba, em especial, tem sido manchete nacional pelo aumento consistente do número de casos. A secretária municipal da Saúde chegou a vestir uma máscara estampada com a imagem de Nossa Senhora Aparecida numa das últimas lives para informar o status da epidemia: “Só Nossa Senhora pra nos ajudar a partir de agora“. (piauí)

2️⃣ Os casos em curitibanos com idades entre 20 e 49 anos quase dobraram na última semana. Ou seja, apesar de terem poucos sintomas e na maior parte das vezes sobreviverem ao coronavírus sem gravidade, são os jovens que estão espalhando a epidemia por aí: “É a moçada que se reúne […] e transmite o vírus para outras pessoas“, alertou Huçulak. (CBN Curitiba)

3️⃣ Dá uma olhada em como estão os casos ativos de COVID em Curitiba — ou seja, os curitibanos que podem transmitir o vírus aos outros. O salto dos últimos dias assusta. Lembrando que esses são apenas os casos confirmados, sem contar com tantos outros curitibanos que não foram testados ou não apresentaram sintomas…

Mais sobre a pandemia:

  • Será anunciado hoje (terça, dia 30) um decreto do governo estadual instituindo lockdown na regiões mais atingidas pelo coronavírus no Paraná. Uma reunião para definir as medidas estava marcada para esta manhã — e Curitiba deve entrar na lista. (Tribuna do Paraná e Plural) 
  • O lockdown, falando nisso, que pra muita gente já deveria ter sido decretado, precisa ter momento certo para entrar em vigor, segundo essa infectologista. O prefeito, aliás, descartou adotar a medida em Curitiba, numa entrevista apenas três dias atrás. A ver se a situação mudará. (CBN Curitiba e CNN)
  • E, apesar do agravamento da epidemia em Curitiba, o índice de isolamento social da cidade não mudou: se manteve em 40%. (Plural)

Lockdown

A cena de hoje é de uma pequena travessa curitibana chamada Monteiro Lobato. Um reflexo da realidade e do que, provavelmente, está por vir nos próximos dias.

E se você tem saudades de caminhar livremente pela cidade, o projeto Toca Cultural organizou uma iniciativa simples para tempos pandêmicos: vídeos de trajetos a pé de Curitiba. Você já pode “caminhar” da Praça Santos Andrade até a Praça Osório e da Praça Rio Iguaçu (conhece essa?) até o Museu Oscar Niemeyer.

💻 Startups, coronavirus e lockdown

💻 Startups, coronavirus e lockdown

Olá!

Mais uma edição d’O Expresso chegando para você! Hoje, enquanto tentamos nos esquentar nesse frio com uma coberta no colo, falamos um pouco sobre coronavírus em Curitiba e, também, sobre nossa cidade como um dos ecossistemas de startups em destaque no mundo.

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Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos e 6 segundos

Nosso próximo encontro:
Terça, 07 de junho

1. Jovens nada saudáveis

Na semana que passou, infelizmente, continuamos a ver novos picos nos casos de coronavírus em Curitiba. Abaixo, os últimos números oficiais, como mostramos diariamente no nosso Monitor COVID-19 Curitiba:

  • Estamos chegando a quase 5.000 casos confirmados;
  • 485 casos suspeitos;
  • 145 mortes.

Para sermos breves, três destaques sobre o cenário atual:

1️⃣ Como mostra esta reportagem da revista piauí, o epicentro da pandemia brasileira agora é a região Sul — e Curitiba, em especial, tem sido manchete nacional pelo aumento consistente do número de casos. A secretária municipal da Saúde chegou a vestir uma máscara estampada com a imagem de Nossa Senhora Aparecida numa das últimas lives para informar o status da epidemia: “Só Nossa Senhora pra nos ajudar a partir de agora“. (piauí)

2️⃣ Os casos em curitibanos com idades entre 20 e 49 anos quase dobraram na última semana. Ou seja, apesar de terem poucos sintomas e na maior parte das vezes sobreviverem ao coronavírus sem gravidade, são os jovens que estão espalhando a epidemia por aí: “É a moçada que se reúne […] e transmite o vírus para outras pessoas“, alertou Huçulak. (CBN Curitiba)

3️⃣ Dá uma olhada em como estão os casos ativos de COVID em Curitiba — ou seja, os curitibanos que podem transmitir o vírus aos outros. O salto dos últimos dias assusta. Lembrando que esses são apenas os casos confirmados, sem contar com tantos outros curitibanos que não foram testados ou não apresentaram sintomas…

Mais sobre a pandemia:

  • Será anunciado hoje (terça, dia 30) um decreto do governo estadual instituindo lockdown na regiões mais atingidas pelo coronavírus no Paraná. Uma reunião para definir as medidas estava marcada para esta manhã — e Curitiba deve entrar na lista. (Tribuna do Paraná e Plural) 
  • lockdown, falando nisso, que pra muita gente já deveria ter sido decretado, precisa ter momento certo para entrar em vigor, segundo essa infectologista. Do contrário, cansa a população e não tem efetividade. O prefeito, aliás, descartou adotar a medida em Curitiba, numa entrevista apenas três dias atrás. A ver se a situação mudará. (CBN Curitiba e CNN)
  • E, apesar do agravamento da epidemia em Curitiba, o índice de isolamento social da cidade não mudou: se manteve em 40%. (Plural)
 

2. Pinhão Valley 🌲

Mudando um pouco de assunto: Curitiba foi uma das duas cidades brasileiras a figurarem no Global Startup Ecosystem Report, um relatório anual feito pela organização Startup Genome que aponta os principais centros de inovação do mundo.

Curitiba e seu “Pinhão Valley” aparecem entre os 100 “ecossistemas emergentes”, ao lado de cidades como Santiago do Chile, Praga, Abu Dhabi e Buenos Aires. 

🎖️ A cidade se destacou no quesito ‘performance’, que indica o atual estado de efervescência do ecossistema (tirou nota 7, a segunda melhor em toda a América Latina). Por outro lado, patinou em todos os outros quesitos: ficou com nota 1 em talento, 1 em financiamento e 2 em alcance de mercado.

A outra cidade brasileira a figurar no ranking, claro, é São Paulo, que aparece em 30º lugar no rankings dos principais ecossistemas de startups do mundo.

Para saber mais: o relatório faz uma interessante análise da situação das startups pós-coronavírus, incluindo balanços sobre demissões, queda em investimentos e fluxo de caixa. A íntegra pode ser acessada aqui.

E uma curiosidade: no quesito ‘talento’ do relatório, quanto maior o salário de um engenheiro de software na cidade em questão… pior é a nota do ecossistema. A ideia do Startup Genome é destacar as cidades com maior potencial de investimento — e aí, quanto menor o custo, melhor para o investidor 🤷‍♀️

3. Curtas da semana 

Para ouvir: com as visitas aos hospitais extremamente restritas, o grupo de palhaços da Trupe da Saúde resolveu encontrar outras formas de chegar aos pacientes. O resultado é o primeiro podcast brasileiro feito por palhaços. (BandNews FM)

Para degustar: pinhão na panela de pressão ou sapecado? Para quem acha que essas são as duas únicas maneiras de preparar esta iguaria do sul do país, deve dar uma olhada neste livro com cem receitas doces e salgadas utilizando o pinhão. (Embrapa Florestas)

Para ficar de olho: a prefeitura acaba de lançar o que está chamando de Muralha Digital — câmeras de monitoramento em pontos estratégicos da cidade. Dessa vez, porém, parte das câmeras a serem instaladas até o fim do ano terá reconhecimento facial — uma medida que causa polêmicas sobre privacidade e vigilância em outros locais do mundo. (Prefeitura de Curitiba e Agência Brasil)
 

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4. Lockdown

A cena de hoje é de uma pequena travessa curitibana chamada Monteiro Lobato. Um reflexo da realidade e do que, provavelmente, está por vir nos próximos dias.

E se você tem saudades de caminhar livremente pela cidade, o projeto Toca Cultural organizou uma iniciativa simples para tempos pandêmicos: vídeos de trajetos a pé de Curitiba. Você já pode “caminhar” da Praça Santos Andrade até a Praça Osório e da Praça Rio Iguaçu (conhece essa?) até o Museu Oscar Niemeyer.


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5. Pra terminar: em bom curitibanês

“Hoje me senti mais cidadão, por exercer esse direito [de doar sangue], e mais humano, por doar parte de mim para salvar a vida do próximo.”

Essa frase cheia de significado é do jornalista curitibano João Pedro Schonarth, que na semana passada fez um ato simples, mas que até pouco tempo lhe era proibido: doou sangue.

Schonarth é homossexual e conseguiu doar sangue pela primeira vez em seus 32 anos graças a uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal, que derrubou as restrições do Ministério da Saúde e da Anvisa à doação por “homens que tiveram relações sexuais com outros homens”. 

A história está toda explicadinha nesta reportagem da revista piauí.
 

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Sobre

O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

2019 © O EXPRESSO TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Pra terminar: em bom curitibanês

“Uma cor altera todas as outras ao redor, como se fosse uma espécie de contágio. É um processo quase meditativo.”

A frase é do artista plástico e designer Gustavo Francesconi — que é catarinense, é verdade, mas radicado em Curitiba, onde mantém seu ateliê, um estúdio de design gráfico e vive em um apê lindo demais

Francesconi foi tema de uma reportagem do jornal O Globo nesta semana, em que comenta um pouco sobre seu processo criativo. Sua matéria-prima, como explica acima, são as cores — e sua obra “cria um universo hipnótico, com traços do pop, em um clima psicodélico”, afirmou uma crítica francesa.

Tecnologia de ponta

Em tempos de isolamento, essa curitibana das Mercês criou um jeito prosaico de receber encomendas: uma cestinha puxada por um fio, direto da sacada. A invenção já existia antes da pandemia, contam os vizinhos, mas veio bem a calhar nos tempos atuais.

O flagra foi da nossa leitora Gabriela Pinheiro, que publicou a cena em seu Instagram e gentilmente cedeu a imagem pra gente.

Um mapa para chamar de nosso

Talvez você não saiba, mas um dos pilares d’O Expresso, presente desde a nossa origem (lá em 2018), sempre foi “valorizar produtos, serviços e a cultura local”.

A pandemia chegou e Curitiba foi agraciada com uma série de iniciativas que buscam divulgar pequenos comércios e fortalecer a economia local. Mas ainda assim sentíamos falta de uma plataforma que pudesse, literalmente, mapear esses negócios locais e conectá-los com quem estivesse a fim de ajudar.

📢 É com muita alegria, então, que lançamos hoje O Expresso Conecta: um mapa de negócios locais em que você pode pesquisar estabelecimentos por bairro e categoria — algo especialmente valioso em tempos de pandemia, distanciamento social e produtos entregues em casa.

A base de dados inicial é do projeto Fortalece.CWB (já falamos deles aqui), mas a ideia é ampliar o mapeamento com a sua ajuda: compartilhe o projeto com pequenos produtores, comerciantes e empreendedores da cidade que queiram aparecer no nosso mapa.


Para acessar, é só clicar aqui ou digitar exp.re/conecta.

Um agradecimento especial ao John Trigueiro (que ajudou muito no mapeamento dos dados) e para a equipe do Blue-Lab da RedHook, que ajudou a pensar na identidade visual e no nome do nosso mapa: Marcos Quinhoneiro Jr., Valdemar Biondo Junior, Nathalia Raio e Kamila Fagundes.

Falando nisso

  • O Ippuc está tocando um estudo sobre como os centros de bairro podem impulsionar a economia de Curitiba em tempos de coronavírus. A ideia do órgão é identificar as principais vias de concentração de comércio e serviços pela cidade e realizar intervenções urbanas — implantando calçadões, por exemplo, que garantam o distanciamento social e fomentem a economia local. Algumas das vias em destaque: av. João Gualberto (Matriz), av. Manoel Ribas (Santa Felicidade), av. Brasília (Pinheirinho), av. República Argentina (Portão), rua Bley Zorning (Boqueirão) e rua Izaac Ferreira da Cruz (Bairro Novo). (Prefeitura de Curitiba)
  • Pra finalizar, esta reportagem conta como a pandemia estimulou a criação de serviços de entrega em pequenos comércios e restaurantes de Curitiba, e aborda também as dificuldades de conseguir faturamento nesses tempos bicudos. (Gazeta do Povo)

Curtas da semana ⚡

Cobertor curto: Nesta segunda, foi aprovada a Lei de Diretrizes Orçamentárias de Curitiba para 2021. Entre os destaques da votação, a rejeição de emendas da oposição, que pretendiam ampliar investimentos em assistência social, e mais verba para obras. Segundo o líder do governo, “o cobertor é curto e não dá pra fazer de tudo”. (Plural e Câmara de Curitiba)

Seca sem fim: Mesmo com as chuvas das últimas semanas, a média dos reservatórios da região ainda está abaixo do esperado. E, assim, o rodízio de água proposto pela Sanepar continua. (BandNews FM e RIC Mais)

Dança em casa: O Balé Teatro Guaíra vai oferecer oficinas virtuais de dança em diferentes modalidades. As inscrições estão abertas até o dia 2 de julho. (Agência Estadual de Notícias)