🎄🎅 Então é Natal

🎄🎅 Então é Natal

Mais um O Expresso chegando!

O fim de ano se aproxima e a gente aproveita pra falar do Natal (mas já?!). Também tem uma história linda sobre os mestres do petit-pavé de Curitiba e uma aspas bem surpreendente sobre um dos principais pontos turísticos e culturais da cidade, que está de aniversário nesta semana. Adivinha qual é?

Se é sua primeira vez, dá uma olhada em quem somos e por que falamos do que falamos ☕

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Tempo de leitura da edição de hoje:
7 minutos

Nosso próximo encontro:
Terça, 26 de novembro

1. Curitiba, a capital do Natal?

Foi anunciada no início do mês pela prefeitura a programação oficial do Natal de Curitiba, que começa nesta sexta-feira, dia 22. Serão mais de 130 eventos, a maioria gratuita, que incluem:

  • Árvore de Natal iluminada no lago do Parque Barigui;
  • Vila de Natal na Praça Santos Andrade;
  • Iluminação especial em prédios históricos como o Palácio Garibaldi;
  • Passeio de Maria Fumaça iluminada na Praça Osório;
  • Auto de Reis no Passeio Público.

Quanto custa? Segundo um levantamento do Livre.jor, os eventos irão custar aos cofres públicos cerca de R$ 850 mil em luzes, árvores de Natal, camisetas e guirlandas, de acordo com os quatro editais publicados pelo município até agora.

  • A título de comparação, no Carnaval, a prefeitura gastou R$ 1,4 milhão para financiar o desfile das escolas e outros eventos abertos ao público. O Natal, portanto, custa pouco mais da metade do Carnaval de Curitiba.

🎄 Em tempo: a atual gestão tem se empenhado para transformar Curitiba na “capital do Natal”. O argumento é que, a cada real investido pela prefeitura, R$ 37 retornam à cidade via turismo, em gastos no comércio e em serviços. A prefeitura vê também uma oportunidade de mercado, já que poucas cidades brasileiras têm uma programação exclusivamente dedicada ao Natal (como faz Gramado, por exemplo). 

E você, o que acha, leitor e leitora? É um investimento acertado? Manda sua opinião para nós respondendo a este e-mail, ou direto no oi@oexpresso.curitiba.br

Saiba mais:

2. Das ondas cariocas ao pinhão de Curitiba

Uma bela reportagem da Folha de S.Paulo contou a história de um calceteiro curitibano que, há mais de 50 anos, vem desenhando os pinhões e araucárias do petit-pavé curitibano.

Sebastião Santana de Souza, 68, não usa luvas. Prefere ter as mãos desimpedidas para sentir as pedras, e assim poder nivelá-las à mão, com o auxílio de moldes de madeira e uma marreta que ele possui desde a juventude ❤

⛏ O calceteiro está trabalhando na revitalização da rua Voluntários da Pátria, perto da Praça Osório — que deve ficar pronta até o final do ano, segundo a Prefeitura de Curitiba.

Em tempo: a reportagem da Folha, com texto de Katna Baran e fotos de Karime Xavier, também aborda os prós e contras do petit-pavé, em termos de caminhabilidade e manutenção. Muita gente acha a pedrinha escorregadia, e suscetível a desencaixes. Mas a prefeitura defendeu a união de tradição e modernidade, e argumenta que o petit-pavé tem valor cultural e de identidade para a cidade.
 

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3. A tradição gráfica de Curitiba

Basta caminhar um pouco por Curitiba para ver os belíssimos murais de Poty Lazzarotto espalhados por aí. Mas não é só de Poty que vive a gravura curitibana.

📜 Pouca gente sabe, mas desde os anos 1950, Curitiba é referência nesta manifestação artística — uma técnica que usa uma matriz, seja ela de madeira, metal ou material sintético, para reproduzir várias cópias de uma mesma imagem. Por isso, é considerada altamente democrática.

E o que é que Curitiba tem? A cidade sedia o principal museu do país dedicado à gravura (com obras de Picasso e Andy Warhol 😯), já teve um “centro secreto” de gravura em pleno centro da cidade, e até hoje abriga um expressivo grupo de artistas que utilizam a técnica.

Quer conhecer mais? Neste sábado (22), vai rolar a terceira edição da Feira Mamute — uma feira gráfica-literária-autoral, de entrada gratuita, com exposições de artistas e oficinas de gravura para crianças.

O Expresso é um orgulhoso parceiro dessa iniciativa, e convida a todos para prestigiar o evento! E tem também um financiamento coletivo aberto para quem estiver a fim de contribuir para as próximas edições.

 

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4. Curtas da semana

🥰 Memorial: lembra da Vovó Airumã, uma araucária de 350 anos que tombou no mês passado aqui em Curitiba? Olhem que legal: uma parte do seu imponente tronco ficou enraizada no chão, como um memorial vivo. Ainda escorre resina do “totem”, o que atrai muitas abelhas, como contou a Terezinha Vareschi em suas redes sociais. 

💥 Tumulto: houve confusão durante a votação de projetos que congelam o plano de carreira dos servidores municipais e dão reajuste de 3,5% ao funcionalismo de Curitiba. Servidores que protestavam contra as medidas foram impedidos de entrar na Câmara, nesta segunda (18). Os dois projetos foram aprovados, e a paralisação foi encerrada. (BandNews FM e CBN Curitiba)

💉 Sarampo, de novo: começou nesta semana a nova etapa da campanha de vacinação contra a doença – desta vez, voltada para jovens de 20 a 29 anos. Vai até o dia 30 deste mês. (BandNews FM)

🍲 Festa da polenta: vai ter festa italiana em Santa Felicidade neste fim de semana. Um trecho da Avenida Manoel Ribas vai estar fechado, repleto de atrações culturais e barraquinhas de comida típica — polenta, frango e vinho.
 

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5. Cenas de Curitiba: apareceu a primavera

A primavera definitivamente chegou em Curitiba. Para quem não acredita (com esse frio que não vai embora), a gente pode provar. Dá uma olhada nesse mural aqui da cidade – na Rua Fernando Moreira, na canaleta do expresso (também conhecida como Rua dos Chorões).

E olha como ele era antes:

A arte incrível é de @helder_holiveira.

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6. Pra terminar: em bom curitibanês

“Estou tão emocionado como quando vi Brasília pronta.”

Do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, ao visitar pela primeira vez o museu em Curitiba que leva seu nome — e que completa 17 anos nesta semana. Quem quiser aproveitar a ocasião para fazer uma visita pode conferir as exposições em cartaz no site do museu. Vida longa ao MON!
 

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O Expresso é um boletim de notícias locais sobre Curitiba enviado todas as segundas e sextas-feiras por e-mail. Assine!

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Cenas de Curitiba: apareceu a primavera

A primavera definitivamente chegou em Curitiba. Para quem não acredita (com esse frio que não vai embora), a gente pode provar. Dá uma olhada nesse mural aqui da cidade – na Rua Fernando Moreira, na canaleta do expresso (também conhecida como Rua dos Chorões).

E olha como ele era antes:

A arte incrível é de @helder_holiveira.

Pra terminar: em bom curitibanês

“Estou tão emocionado como quando vi Brasília pronta.”

Do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, ao visitar pela primeira vez o museu em Curitiba que leva seu nome — e que completa 17 anos nesta semana. Quem quiser aproveitar a ocasião para fazer uma visita pode conferir as exposições em cartaz no site do museu. Vida longa ao MON!

Curitiba, a capital do Natal?

Foi anunciada no início do mês pela prefeitura a programação oficial do Natal de Curitiba, que começa nesta sexta-feira, dia 22. Serão mais de 130 eventos, a maioria gratuita, que incluem:

  • Árvore de Natal iluminada no lago do Parque Barigui;
  • Vila de Natal na Praça Santos Andrade;
  • Iluminação especial em prédios históricos como o Palácio Garibaldi;
  • Passeio de Maria Fumaça iluminada na Praça Osório;
  • Auto de Reis no Passeio Público.


Quanto custa? Segundo um levantamento do Livre.jor, os eventos irão custar aos cofres públicos cerca de R$ 850 mil em luzes, árvores de Natal, camisetas e guirlandas, de acordo com os quatro editais publicados pelo município até agora.

  • A título de comparação, no Carnaval, a prefeitura gastou R$ 1,4 milhão para financiar o desfile das escolas e outros eventos abertos ao público. O Natal, portanto, custa pouco mais da metade do Carnaval de Curitiba.

🎄 Em tempo: a atual gestão tem se empenhado para transformar Curitiba na “capital do Natal”. O argumento é que, a cada real investido pela prefeitura, R$ 37 retornam à cidade via turismo, em gastos no comércio e em serviços. A prefeitura vê também uma oportunidade de mercado, já que poucas cidades brasileiras têm uma programação exclusivamente dedicada ao Natal (como faz Gramado, por exemplo). 

E você, o que acha, leitor e leitora? É um investimento acertado? Manda sua opinião para nós respondendo a este e-mail, ou direto no oi@oexpresso.curitiba.br

Em tempo 2:

A tradição gráfica de Curitiba

Basta caminhar um pouco por Curitiba para ver os belíssimos murais de Poty Lazzarotto espalhados por aí. Mas não é só de Poty que vive a gravura curitibana.

📜 Pouca gente sabe, mas desde os anos 1950, Curitiba é referência nesta manifestação artística — uma técnica que usa uma matriz, seja ela de madeira, metal ou material sintético, para reproduzir várias cópias de uma mesma imagem. Por isso, é considerada altamente democrática.

E o que é que Curitiba tem? A cidade sedia o principal museu do país dedicado à gravura (com obras de Picasso e Andy Warhol 😯), já teve um “centro secreto” de gravura em pleno centro da cidade, e até hoje abriga um expressivo grupo de artistas que utilizam a técnica.

Quer conhecer mais? Neste sábado (22), vai rolar a terceira edição da Feira Mamute — uma feira gráfica-literária-autoral, de entrada gratuita, com exposições de artistas e oficinas de gravura para crianças.

O Expresso é um orgulhoso parceiro dessa iniciativa, e convida a todos para prestigiar o evento! E tem também um financiamento coletivo aberto para quem tiver afim de contribuir para as próximas edições.

Curtas da semana

🌳 Reabriu: a icônica estufa do Jardim Botânico de Curitiba, que estava fechada desde janeiro. A estrutura de metal foi recuperada, vidros foram trocados e uma nova iluminação foi inaugurada. A prefeitura promete ainda instalar um café e uma escola de jardinagem no futuro — o que deve ficar pronto até meados do ano que vem. (Gazeta do Povo e Prefeitura de Curitiba)

👍 Loco de joia: empresas de Curitiba estão oferecendo oportunidades de emprego para pessoas trans, imigrantes e refugiados. Na última semana, uma rede de fast food anunciou 50 vagas para pessoas trans, em parceria com a prefeitura. Depois, foi a vez de uma transportadora abrir 62 vagas para migrantes. Os processos já se encerraram, mas a gente celebra as iniciativas por aqui &#127942 (Prefeitura de Curitiba e CBN Curitiba)

📜 Raízes: foi inaugurada na semana passada uma exposição super interessante, na Biblioteca Pública do Paraná, para celebrar o mês da Consciência Negra. É sobre a perseguição contra negros durante o Holocausto. O legal é que, junto com ela, a biblioteca está promovendo eventos gratuitos que vão debater a insurgência quilombola no Paraná, o papel da Sociedade 13 de Maio na mobilização negra em Curitiba, entre outros temas. A programação acontece ao longo do mês. (BPP)

🧼 Explore a cidade: vai rolar lavação das escadarias da Igreja do Rosário, ali no Largo da Ordem, no domingo que vem (17), durante a Festa do Rosário, promovida para celebrar o Dia da Consciência Negra em Curitiba. A agenda completa também inclui apresentações culturais e uma festa literária afro-paranaense, ao longo do fim de semana.

Parto em palavras: um relato emocionante

“A sala em que nós estamos é toda branca. Com azulejos brancos. Temos aqui o doutor Juliano, que você já conhece. Ele vai ficar sempre à sua esquerda.” 

Foi assim que teve início um parto ocorrido agora em setembro, na Maternidade Santa Brígida, em Curitiba — em que tanto pai quanto mãe eram cegos, e que foi narrado com uma audiodescrição, a cada passo da cesariana.

O trabalho foi feito pela audiodescritora Brisa Teixeira, e contado nesta linda reportagem da revista piauí deste mês. A gente se emocionou lendo, e achamos que vocês, leitores, também vão gostar dessa história que rolou ali no Água Verde, bem pertinho da gente.

Spoiler: a descrição foi tão marcante que os médicos se empolgaram e começaram a narrar também. Segundo um deles, o nenê nasceu “com uma cor bem bonitinha”. “Bem cor-de-rosinha.” ❤

Ainda sobre o ônibus: a voz dos nossos leitores

Semana passada, fizemos aqui n’O Expresso um relato sobre um evento organizado pelas empresas de ônibus da cidade, que debateu possíveis soluções para melhorar o transporte público em Curitiba

🗣 Alguns leitores se manifestaram, e a gente queria registrar essas vozes:

Ônibus ainda cheio e trajeto contramão, porém com mais conforto: Dependendo do horário, os biarticulados continuam muito cheios, e nos finais de semana e feriados demoram bastante a passar. Moro no Portão e trabalho no Batel, o que é um trajeto meio contramão de se fazer, pois se eu não quiser andar 7-8 quadras depois de descer do expresso, ainda tenho que pegar outro ônibus. No mais, consigo ver uma melhora no estado dos ônibus, já que essa linha já foi quase toda modificada com a nova frota, trazendo pelo menos um pouco mais de conforto.
Aline Jorge, que pega o ‘Santa Cândida/Capão Raso’ todos os dias, para ir ao trabalho.

Sistema defasado: Eu ainda ando de ônibus, mas vejo nosso sistema atual defasado. Esse negócio de ter que ir até um terminal para trocar de ônibus é um atraso. Por que não proporcionar ao usuário a opção de trocar de ônibus utilizando o cartão? […] O transporte público tem que se adequar à nova maneira que os curitibanos estão vivendo. Não existe mais hora do rush. Tem gente que trabalha em shopping e tem outros horários, e fica totalmente desassistida pelo sistema.
Lilian Nadalini, defensora da integração temporal e de mais ônibus fora do pico.

Curto e breve: Como eu queria ter participado desse fórum, mas me senti representado na provocação do professor da FAE. 
Michel Prado, que gostou do questionamento sobre quem, afinal, pega ônibus hoje na cidade.

Ainda sobre mobilidade:

  • A prefeitura anunciou poucos dias atrás um plano cicloviário para Curitiba, para aumentar a circulação de bikes na cidade. O objetivo é chegar a 400 km de ciclovias e ciclofaixas até 2025 — quase o dobro dos 208 km atuais. Leia a íntegra aqui.
  • A Urbs anunciou sua nova marca na semana passada, durante o fórum em que O Expresso esteve presente. A empresa diz que vem trabalhando para “quebrar paradigmas”, e defende recentes mudanças como a tarifa diferenciada fora do pico e a venda de passagens por aplicativos.

Pra terminar: em bom curitibanês

O Brasil sempre olhou o sul como um espaço europeu. Na verdade, sempre foi xetá, sempre foi guarani, sempre foi kaingang. Só queremos a nossa terra, para poder sobreviver, ter a nossa cultura, plantar, ter nossa subsistência. […] Não dá mais para dizer que não existe indígena.

Camila dos Santos, indígena do povo Kaingang e moradora da aldeia Kakané Porã, a primeira aldeia urbana do sul do Brasil — que fica aqui em Curitiba. Ela gravou um depoimento ao pessoal da PEITA, que lançou uma camiseta com a frase “Lute como uma garota” em guarani e kaingang. O lucro será revertido para a construção de um refeitório para as crianças da aldeia.