O Expresso da História: A casa de Flora e Bento 🏠

Hoje o nosso colunista Diego Antonelli nos leva a uma viagem por um imóvel residencial extremamente bem preservado de Curitiba, que guarda muitas histórias por detrás de suas paredes… 

Uma exuberante casa situada na esquina da Alameda Carlos de Carvalho com a Rua Brigadeiro Franco, em Curitiba, guarda memórias de um dos principais políticos da história do Paraná: Bento Munhoz da Rocha Netto.

  • Bento foi governador do Paraná de janeiro de 1951 a abril de 1955. Sua gestão deu início à pavimentação de rodovias no estado, foi responsável pela criação da Copel e da Biblioteca Pública do Paraná, bem como pela construção do Teatro Guaíra e do complexo arquitetônico do Centro Cívico, em Curitiba.

🏡 A casa de Bento e Flora, inaugurada em 23 de setembro de 1940 (segundo registros da época e informações da historiadora Cassiana Lacerda), foi moradia do casal até 1973, quando Bento morreu. A arquitetura da casa é inspirada em uma residência que eles visitaram na Suíça, entre os anos 1930 e 1940.

  • Foi também nessa casa que o então governador despachou por alguns meses, em 1953, enquanto a sede do Poder Executivo se mudava para o novo endereço no Palácio Iguaçu.

🖋️ Também foi lá que o então presidente Getúlio Vargas jantou ao lado da família de Flora e Bento – e Café Filho, então vice-presidente, foi recebido na deslumbrante biblioteca do imóvel.

Apesar de guardar tanta história, a casa não é tombada pelo governo estadual – e ainda hoje, pertence à mesma família.

Restauração: depois da morte de Bento, Flora se mudou e a casa foi alugada. Desde 1995, ela abriga o escritório do advogado Peregrino Neto, cuja família era amiga da de Bento.

  • Um dos pedidos de Flora ao alugar a casa era que o espaço da Biblioteca fosse preservado. Não só foi preservado, como totalmente restaurado, bem como os demais espaços da casa – que ainda guarda lareira na sala de estar e outra lareira onde era a suíte do casal.

Características: A casa possui dois pavimentos e mantém praticamente todas as características originais. O piso de parquet de madeira acompanha todo o segundo pavimento, bem como os armários embutidos em um dos cômodos, construídos sob medida a pedido de Flora.

  • Na antiga suíte, curiosamente, há uma parede falsa, onde ficava escondido o cofre de Bento.

O Expresso da História: Um instituto para a educação

Hoje é dia de mais uma daquelas viagens pelos edifícios mais icônicos de Curitiba, pelas talentosas mãos do nosso colunista Diego Antonelli. Ele fala de um daqueles prédios quase ocultos em ruas movimentadas do centro, cuja beleza se revela aos olhos mais atentos 😉 Conta mais, Diego:

No centro de Curitiba, está localizada uma das instituições de ensino mais importantes da história do Paraná. Há 146 anos, nascia o atual Instituto de Educação do Paraná Professor Erasmo Pilotto.

Ao longo da história, o imóvel passou por algumas ampliações, contando atualmente com 5,5 mil metros quadrados de área construída. Mesmo assim, as características originais do edifício foram mantidas, como mostra esta foto de 1923.

Figuras icônicas: o Instituto de Educação do Paraná ganhou o nome de Erasmo Pilotto em 1992, em homenagem ao professor que lecionou na instituição. Além dele, outra figura de destaque que já passou pelo local foi a poetisa paranaense Helena Kolody, que trabalhou na escola como professora durante 23 anos.

O Instituto tem, atualmente, cerca de 1,4 mil alunos, que cursam Formação de Docentes, Ensino Médio regular e Ensino Fundamental integral.


Um convite: acontece nesta terça (14), às 19h30, o lançamento do mais recente livro do nosso ilustre colunista. Chamado “Vindas: Memórias da Imigração”, e escrito por Antonelli em parceria com Alessandra Bucholdz e Jefferson Schneider Dittrich, o livro traz histórias e memórias de imigrantes de diferentes etnias que formaram o Paraná. Vale prestigiar!

O Expresso da História: a casa do “Burro Brabo” 🐴

Hoje é dia de mais uma viagem no tempo pelas mãos do nosso colunista Diego Antonelli, que fala de uma casa icônica do Bacacheri – a casa do Burro Brabo, que fica ali na avenida Erasto Gaertner, 2035. Conta mais, Diego:

Construída por volta de 1860, a casa do Burro Brabo é uma das últimas casas com características rurais que resiste ao crescimento urbano de Curitiba. Acredita-se que ela foi edificada quando o bairro Bacacheri era mais conhecido como Colônia Argelina, que abrigava imigrantes franceses.

🧳 Situada num antigo trecho da Estrada da Graciosa (atual avenida Erasto Gaertner), ela foi sede de armazém e pousada para viajantes. Há indícios que apontam que o imperador Dom Pedro II, durante suas andanças pela região, chegou a pernoitar no local.

  • O local também abrigou um prostíbulo, conhecido na época como a “Casa das Francesas”.

🏠 Construído em um único pavimento, o imóvel possui uma varanda nas fachadas frontal e lateral, com piso de tijolos. A cobertura do imóvel é outra característica marcante pelas suas dimensões e também por sua linha de caimento, que se projeta sobre as varandas.

E de onde vem esse nome? Reza a lenda que o nome surgiu porque, em frente ao imóvel, ficavam os burros que transportavam viajantes tropeiros, de Curitiba ao litoral, que seguiam pela antiga Estrada da Graciosa. Os animais que paravam aos montes na frente do imóvel, na época uma pousada e armazém, eram tão ariscos que ninguém conseguia chegar perto. Aí, a casa ganhou o apelido.

Tombamento polêmico: o imóvel foi tombado pelo Patrimônio Histórico Estadual do Paraná em 1992, mas proprietários do local não queriam restaurá-lo. Uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Paraná garantiu a sobrevivência da casa: após um longo processo judicial que durou 11 anos, a Promotoria conseguiu a recuperação completa do casarão em 2010.

Expresso da História: o Castelo Hauer 🏰

Hoje é dia de mais uma viagem no tempo com o Diego Antonelli, especialista na história de Curitiba e do Paraná, que vem fazendo um passeio por alguns dos edifícios mais icônicos da cidade. Hoje, é dia de falar de um castelo local:

Um palácio com estilo de castelo não passa despercebido pelos olhares de quem trafega na Rua do Rosário, na região do Largo da Ordem. Trata-se do Castelo Hauer, construído em meados de 1895 para ser residência do imigrante alemão José Hauer. 

  • 👑 Hauer morou no seu castelo por cerca de dez anos, até 1905, ano em que retornou à Europa. Posteriormente, o local, que tem dois pavimentos e um porão, virou sede do Colégio Divina Providência (que hoje faz parte do Grupo Bom Jesus) e atualmente abriga um campus universitário.

De jardim de infância a universidade: Antes de ir embora do Brasil, Hauer vendeu a propriedade às Irmãs da Divina Providência, que ali instalaram um colégio. Já no ano seguinte, em 1906, a escola matriculou mais de 200 alunas. O jardim de infância foi inaugurado em 1916. “Em 1924, já eram 650 alunos. Nesta época, a escola foi aberta também para os meninos”, contou esta reportagem. Durante os 53 anos em que esteve ali, o colégio cresceu e adquiriu os terrenos ao lado – uma das novas alas começou a ser construída apenas em 1931, por exemplo. (Tribuna do Paraná)

  • Foi apenas no ano 2000 que a Uninter (Centro Universitário Internacional) passou a utilizar o conjunto de imóveis, até então do Colégio Divina Providência, como um dos seus campi – função que o edifício exerce até hoje.

O palácio: em 2004, o prédio passou por obras de revitalização. Diversos elementos arquitetônicos se destacam na construção. A principal é a torre de cerca de 15 metros de altura, que “foi encomendada por Hauer para que pudesse ver a Serra do Mar”, como afirma esta reportagem. (Gazeta do Povo) 🌄

💎 O mesmo texto destaca que no térreo “permanecem intactas no teto molduras em bronze e madeira maciça”. “Por fora, o jardim também conserva características iniciais, com um jardinete ao lado dos dois volumes que avançam na calçada. Ao lado, o verde se estende como um corredor, que convida a olhar para o fundo”.


Vale o olhar atento em sua próxima caminhada pelo centro!

Lugares que amamos: Um passeio por Curytiba 🗺️ 

Abrimos esta edição d’O Expresso com um mapa de uma Curitiba antiga que segue marcando seu espaço na cidade atual. Mapeamos 23 prédios antigos – a maioria na região central da cidade – que já foram tema das colunas de Diego Antonelli sobre a nossa história. É um tour virtual cheio de informações.

Cada clique, uma viagem: confira os prédios e pontos históricos de Curitiba já retratados no Expresso por Diego Antonelli. Acesse o mapa aqui.

☀️ Na Praça Tiradentes, por exemplo, temos a antiga Farmácia Stellfeld – a primeira da cidade. Lembra desse prédio? É aquele que tem um curioso relógio solar na fachada. No prédio, conta o Diego, também ficava a residência de Augusto Stellfeld.

  • Outra curiosidade: a legislação da época não permitia espaços vazios entre as construções. Mesmo assim, foi criado um corredor lateral que dava acesso ao fundo do terreno – camuflado por um portão anexo à fachada.


🥤 Mais distante do Centro, na verdade já em São José dos Pinhais, mapeamos também a fábrica da Cini, marca que produz o tradicionalíssimo refrigerante Gengibirra, produzido da mesma forma há mais de 80 anos.

  • A sede da empresa já passou por Curitiba, Pinhais e, enfim, voltou a São José dos Pinhais, onde ocupa atualmente uma área de 11 mil metros quadrados.


Para saber mais: leia aqui todas as colunas do Expresso da História já publicadas na nossa newsletter – e aqui, os outros mapas da nossa série Lugares que amamos.

Expresso da História: uma casa nas Mercês 🏠

Continuamos a falar de história com mais uma coluna do nosso Diego Antonelli, que tem contado mais sobre alguns edifícios icônicos da cidade. Nesta edição, saímos um pouco do centro histórico e vamos às Mercês:

Uma residência tombada pelo Patrimônio Histórico e Cultural do Paraná e que é um dos mais antigos exemplares arquitetônicos de Curitiba merece ser tratada brevemente nesta coluna.

🏡 Trata-se da Casa de Cristiano Osternack, também conhecida como Casa das Mercês.

Osternack era um alemão natural de Hamburgo, que emigrou para o Brasil em 1847, aos 21 anos, aportando em São Francisco do Sul, no estado de Santa Catarina. Sabe-se que ficou pouco tempo em São Francisco e de lá veio morar em Curitiba.

  • Foi ele quem fundou a primeira olaria da capital paranaense, também na região das Mercês – numa época em que a cidade crescia rapidamente. A família de Osternack já trabalhava no ramo da olaria na Alemanha. 🏺

A construção: em 1870, próximo a sua olaria, Osternack edificou a casa para sua moradia. De arquitetura simples, com um pavimento e sótão, foi construída em alvenaria de pedras e tijolos, oriundos da própria olaria. A estrutura do telhado não possui pregos e é toda pinada com sistema de tesouras.

No ano de 1987, a residência localizada na Rua Solimões, nº 344, passou por obras de restauro a partir de projeto dos arquitetos Claudio Maiolino, Cleusa de Castro e Jeferson Navolar. Atualmente, funciona um restaurante no local.

Expresso da História: a primeira sede da prefeitura 🏫

Hoje é dia da primeira coluna do ano do nosso querido colunista Diego Antonelli, que tem revelado a história de prédios icônicos de Curitiba. Hoje, ele fala do edifício que abrigou a primeira sede da Prefeitura:

Por mais de 200 anos, Curitiba conviveu com uma administração pública itinerante e sem sede própria. Desde sua fundação, em 1693, até o início do século XIX, a prefeitura e a Câmara de Vereadores chegaram a funcionar em salões de igrejas e até a dividir espaço com a cadeia pública.

  • Em algumas sessões, os vereadores eram obrigados a usar guarda-chuvas devido às goteiras persistentes em alguns desses espaços improvisados.

👀 Hoje, isso pode parecer estranho, mas era uma prática comum na época. Tanto que Curitiba foi considerada uma das pioneiras no Brasil a constituir uma sede própria para a sua prefeitura – exatos 223 anos depois de sua fundação, com a inauguração do Paço da Liberdade, em 1916.

A construção: A vontade de construir uma sede própria era antiga, mas nunca havia dinheiro suficiente. Foi assim até o engenheiro Cândido de Abreu assumir o cargo de prefeito no começo da década de 1910. O prefeito incluiu a obra como uma “necessidade urgente”, e fez um empréstimo de 600 mil contos de mil-réis junto ao governo do Estado para realizá-la.

  • O local escolhido foi a atual Praça Generoso Marques, próximo da Catedral. Era lá o endereço do Mercado Municipal, que foi parcialmente demolido para a construção do prédio. A obra começou em 1914 e levou dois anos até a sua inauguração.

Durante mais de meio século, o Paço da Liberdade abrigou cerca de 50 prefeitos. O último dia de despachos do Executivo Municipal no edifício foi 13 de novembro de 1969, sob o comando do prefeito Omar Sabbag.

E depois? O edifício foi restaurado nos anos 1970, abrigou temporariamente o Projeto Rondon e ficou por quase cinco anos sem função. Em janeiro de 1974, virou sede do Museu Paranaense – que lá permaneceu até 2002.

  • Depois de alguns anos de abandono, em 2007, uma parceria do poder público com o Sistema Fecomércio/Sesc concedeu à entidade o uso do espaço. O edifício foi inteiramente restaurado: bisturis foram usados para raspar as tintas que encobriam a pintura original nas paredes internas, e um pedaço do piso do antigo Mercado Municipal foi redescoberto. O espaço foi reinaugurado em 2009 como o atual Centro Cultural Paço da Liberdade, administrado pelo Sesc.

O Expresso da História: A antiga Farmácia Stellfeld

Você sabia que houve uma época em que Curitiba não tinha uma única farmácia? É essa história que conta o nosso Diego Antonelli na coluna de hoje, que trata do edifício onde ficava a primeira farmácia da cidade, a Farmácia Stellfeld.

Ao se emancipar de São Paulo em 1853, o Paraná não tinha uma farmácia sequer. Um dos primeiros médicos residentes na cidade, José Cândido da Silva Muricy – o famoso “dr. Muricy”, como lembra a rua no centro de Curitiba –, queixava-se da falta de farmacêuticos e, numa determinada época, fornecia ele mesmo medicamentos à população pobre da capital, conforme conta a obra “Histórias do Paraná”, de Jorge Narozniak.

💊 A situação só mudaria a partir de 1857, época em que uma epidemia de cólera assolava Curitiba. Em abril daquele ano, o farmacêutico alemão Augusto Stellfeld se instalou na capital paranaense.

  • Inicialmente, a sua “botica” funcionava ao lado da Santa Casa de Misericórdia. Pouco tempo depois, mudou-se para o Largo da Matriz (atual Praça Tiradentes).


O edifício: A construção da sede da farmácia, que existe até os dias de hoje e é marcada pelo relógio solar em sua fachada, começou em 1863. Nessa época, a Praça Tiradentes “tinha 43 casas, 2 em obras e 1 sobrado, que era o prédio da Cadeia”, segundo o Boletim Informativo “Tiradentes, a praça verde da igreja”, da Casa Romário Martins.

Um dos primeiros sótãos habitáveis de Curitiba e o icônico relógio solar na fachada marcam o edifício da Farmácia Stellfeld, na Praça Tiradentes. Crédito: Acervo Histórico Farmacêutico

👀 “O trabalho, realizado de forma até então nunca vista na cidade, chamou a atenção de transeuntes e curiosos”, conta o Boletim. O imóvel se destacou em meio aos casarios mais baixos da região naquela época, e trazia novidades arquitetônicas como um sótão habitável – recurso trazido pelos imigrantes europeus. 

O edifício da Farmácia Stellfeld foi concluído em 1866. O projeto, do engenheiro Gottlieb Wieland, já previa o histórico relógio solar na fachada.

  • No prédio também ficava a residência de Augusto Stellfeld. A legislação da época não permitia espaços vazios entre as construções. Mesmo assim, foi criado um corredor lateral que dava acesso ao fundo do terreno – camuflado por um portão anexo à fachada.

A Farmácia Stellfeld: com a morte de Augusto, em 1894, os negócios da farmácia passaram a ser administrados por seus filhos Camillo e Edgar. “A partir de 1930, a parte do prédio que ainda servia como moradia para a família foi sublocada para consultórios médicos”, segundo o boletim da Casa Romário Martins.

  • A farmácia permaneceu nas mãos da família até 1970, quando foi vendida para a rede farmacêutica Morifarma, também de Curitiba. 

Saiba mais: nesta revista do Conselho Regional de Farmácia do Paraná, é possível saber um pouquinho mais da história da Farmácia Stellfeld e de suas filiais pela cidade.

O Expresso da História: A casa que resistiu a um incêndio 🔥

Hoje é dia da nossa já tradicional coluna O Expresso da História, com Diego Antonelli, que faz um resgate dos prédios históricos de Curitiba. Hoje, ele fala de uma construção centenária e muito bem preservada – que, pouca gente sabe, sobreviveu a um incêndio. Conta mais, Diego:

Localizada no Largo da Ordem, no centro histórico de Curitiba, a Casa Hoffmann foi construída em junho de 1890 e, na época, considerada um marco arquitetônico da transformação urbana da capital paranaense. Durante mais de 130 anos, as paredes da moradia resistiram ao tempo e até hoje continuam a embelezar o cenário de quem transita naquele espaço.

A casa foi construída no fim do século XIX pela família Hoffmann e representou a prosperidade da família de tecelões austríacos que se mudou para o Brasil naquela mesma época. O imóvel foi habitado pela família até 1974, que mantinha no local uma loja de tecidos e armarinhos.

  • Depois, a casa foi alugada e sofreu diversas adaptações ao longo dos anos.


O fogo: a Casa Hoffmann foi destruída por um incêndio em 1996. Apenas as paredes externas e a fachada sobreviveram. Mas o imóvel, catalogado como unidade de interesse de preservação do município, foi totalmente restaurado ao longo dos anos.

Desde 2003, a Casa Hoffmann é a sede do Centro de Estudos do Movimento, ligado à Fundação Cultural de Curitiba, referência na “exploração de novas estéticas do movimento”, segundo o site oficial da prefeitura. Em seus três andares, ela abriga estúdios para a realização de oficinas de dança, pesquisas e apresentações de pequeno porte.


Para quem quiser conhecer: as oficinas de dança da Casa Hoffmann já voltaram e estão com inscrições abertas, em formato online e presencial. Pra quem quiser apreciar o imóvel, basta uma caminhada pelo Largo da Ordem 😉

O Expresso da História: a casa de Alfredo Andersen 🏠

Hoje é dia de mais um mergulho nos imóveis históricos de Curitiba, com o nosso colunista Diego Antonelli – que fala de uma casa centenária que já foi moradia para um dos principais artistas paranaenses. Conta mais, Diego:

Construído no final do século 19, o espaço onde hoje funciona o Museu Alfredo Andersen já serviu como moradia e ateliê do famoso artista, considerado o pai da pintura paranaense

🏠  Localizado na Rua Mateus Leme, nº 336, do bairro São Francisco, em Curitiba, o imóvel foi idealizado e construído por imigrantes alemães. Inicialmente, a casa, que é composta por dois pavimentos, foi sede de uma sociedade recreativa alemã.

  • Posteriormente, em 1915, se transformou na residência, ateliê e escola de artes de Alfredo Andersen. Em 1940, cinco anos após a morte do artista, foi fundada a Sociedade de Amigos Alfredo Andersen, que objetivava criar naquele imóvel uma espécie de museu.

🎨  A ideia vingou. A casa foi desapropriada e restaurada parcialmente em 1959, quando foi transformada em Casa de Alfredo Andersen – Escola e Museu de Arte. O Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná tombou o imóvel em 1971, e em 1979, a instituição passou a ser denominada Museu Alfredo Andersen. Entre 1988 e 1989, o local foi totalmente restaurado. Em 2018, o espaço passou por um novo processo de revitalização.

Quem foi Alfredo Andersen? O artista nasceu na Noruega em 1860. Após um longo período de viagens pela Europa e América, em 1892 desembarcou no Paraná, fixando residência em Paranaguá. Aos 42 anos, já casado com Anna de Oliveira, mudou-se para Curitiba, onde abriu o seu ateliê.

  • Andersen foi o responsável pelo primeiro projeto para o brasão do Estado do Paraná. Em 1915, mudou seu ateliê-escola para a edificação em que hoje está o Museu, local onde também residiu com a sua família. Andersen morreu em Curitiba no dia 9 de agosto de 1935.


A quem quiser conhecer: o Museu Casa Alfredo Andersen, que exibe boa parte da obra de Andersen e de seus discípulos, fica aberto (seguindo todos os protocolos de prevenção à COVID) de terça a sexta-feira, das 10h às 17h, e nos sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h. A entrada é gratuita.