Voltou à agenda a disputa entre carros de aplicativos vs. taxistas em Curitiba. Os táxis protestaram nesta semana, pedindo mais fiscalização e cadastro dos concorrentes. A prefeitura respondeu rápido, publicando um novo decreto que cumpre exatamente o que os manifestantes pediram. (G1 e Gazeta do Povo)
Enquanto esse cadastramento não acontece e não temos números mais atualizados, vamos relembrar o tamanho desse universo em Curitiba:

Existem 4 vezes mais motoristas de apps que taxistas. |
R$ 18,3 milhões: foi quanto a prefeitura arrecadou com os apps de transporte (out/2017 a dez/2018). Com os táxis, a receita ficou em R$ 4,5 milhões.
3 aplicativos de transporte são usados em Curitiba: 99, Uber e Cabify.
Os dados foram retirados daqui (2019) e daqui (2018).
Curiosidade: há pouco tempo, Nova York foi a primeira cidade a impor um teto ao número de carros de aplicativos na cidade. O prefeito declarou que queria combater os congestionamentos e a ‘exploração dos trabalhadores nova-iorquinos’. (Agência EFE)
Falando nisso: o Plural publicou ontem uma reportagem sobre a queda do número de passageiros no transporte coletivo de Curitiba. No primeiro semestre, o número médio de pessoas transportadas por dia na cidade caiu 20 mil — e estamos falando daquele sistema de transporte que é considerado modelo para o país.
- Entre os motivos: custo, qualidade e outras alternativas de transporte.
- “Com R$ 0,80 a mais, eu vou mais rápido, sentada, com ar-condicionado […], saio da porta de casa e desço no portão da empresa.” Se identificou? Leia mais.
E no mundo: saiu há poucas semanas um estudo que mostra o quanto os veículos da Uber e Lyft colaboram para o
engarrafamento de seis grandes cidades dos EUA. Conclusões?
- A participação dos carros compartilhados nessas cidades variou entre 1% (no caso de Los Angeles) e 13% (na tecnológica San Francisco), considerando a quilometragem rodada por veículo.
- Para as empresas, isso mostra que a contribuição dos apps para os engarrafamentos é mínima.
- Mas… alguns estudiosos destacam que essa é só uma parte da história, já que esses números não avaliam o comportamento dos veículos no trânsito, nem o quanto eles aumentam as emissões de carbono numa cidade. (Axios)