4.133 multas para os motoristas de Curitiba

Esse é o número de notificações emitidas em 2018 para motoristas que passaram por blitze (sim, esse é um dos plurais de blitz), de acordo com a Superintendência de Trânsito (Setran).

Ao todo foram 11.475 veículos abordados no ano passado. E aí a gente pergunta: sabe qual foi a principal autuação?

Dirigir sob efeito de álcool? Luz de freio queimada? Não ter carteira de motorista? Acertou se você pensou “falta de licenciamento do veículo”.

Olha isso: das 4.133 autuações, 3.099 foram por motivos de irregularidade do licenciamento. A infração é considerada gravíssima, com 7 pontos na carteira + quase 300 reais de multa + remoção e apreensão do veículo.

Lei Seca

Outro dado divulgado pelo Setran diz respeito ao número de motoristas flagrados dirigindo sob efeito de álcool. O resultado é interessante.

No segundo semestre de 2018 foram feitos 538 dos chamados exames etilométricos nas blitze e 68 motoristas foram notificados.

Bom lembrar que foi só a partir do segundo semestre que a Setran + Guarda Municipal começou a utilizar os equipamentos para realizar os exames.

Para aprofundar: tem mais informações sobre o assunto aqui.

Só o meio ambiente une Curitiba

O primeiro tópico de hoje vem com a opinião do nosso leitor Eurico Borges dos Reis, empresário da construção civil em Curitiba, que comentou um pouco sobre a aprovação do projeto de lei que pede o aviso nos cortes das árvores na cidade.

A ideia foi aprovada no final de 2018 e Eurico destacou os 100% de aceitação na Câmara.

“Só para avisar, que o Projeto de Lei, que prevê a publicidade de cortes de árvores em Curitiba, foi aprovado por unanimidade na última sessão da CMC. Elogiado desde a líder da Oposição à liderança do Governo. Só o Meio Ambiente consegue unir todos nós, independentemente de credos ou partidos”.

Lembrando que se tiver afim de mandar um comentário pro O Expresso é só responder este e-mail ou enviar uma mensagem para o oi@oexpresso.curitiba.br.

Pra que lado Curitiba mais cresce?

Centro? Periferia? Norte? Sul? Pra cima?

Um pouco dessa resposta a gente pode encontrar num estudo recente que o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (o famoso IPPUC) lançou, com o objetivo de entender a produção imobiliária na cidade entre os anos 2000 e 2016.

Alguns insights

Um dos pontos mais interessantes é perceber como as regiões mais periféricas e afastadas do centro receberam mais construções com o passar do tempo.

Apesar de um movimento constante, é nos últimos 5 anos que os empreendimentos deixaram de se concentrar tanto no centro. Dá uma olhada no mapa e na descrição abaixo (retirados da página 16 e 17 do relatório).

“Se agrupada a série histórica em três momentos distintos – 2000 a 2005, 2006 a 2010 e 2011 a 2016, é possível verificar através da concentração de empreendimentos concluídos uma tendência de periferização ou espraiamento, direcionada especialmente no sentido sudoeste do município, onde a ocupação urbana ainda não está consolidada e onde o preço da terra é inferior”.

Outra consideração diz respeito à densidade dos empreendimentos imobiliários: apesar de um crescimento de construções em regiões periféricas, os imóveis que concentram um maior volume de pessoas ainda estão concentrados na região central de Curitiba.

Basicamente, quanto mais pessoas cabem num imóvel, maior a densidade. A facilidade de construir edifícios com mais andares no Centro é um dos fatores que ajudam com essa proporção.

E, pra finalizar, o terceiro ponto que consolida um pouco a percepção cada vez mais comercial e menos habitacional que temos do Centro mostra a produção imobiliária de imóveis destinados ao uso comercial.

São praticamente duas décadas de dados que sintetizam uma grande concentração de imóveis de serviço na área central e uma ENORME concentração nos bairros Hauer e Boqueirão.

O que tudo isso quer dizer?

Já falamos aqui do nova Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo da Cidade.

No dia 1º de agosto de 2018, quando o prefeito entregou o projeto para aprovação e votação da Câmara, ele destacou a necessidade de se pensar em revitalizar o Centro de Curitiba com habitação. Disse ele: “Só as famílias moradoras salvarão o Centro, que não pode ser uma carcaça que fecha com os bancos e com as portas metálicas às 16h30”.

Esse deve ser um dos focos da nova lei que deve ser aprovada ainda no primeiro semestre de 2019: pensar em espaços e soluções para revitalizar o Centro depois que todo mundo vai pra casa.

….

Para aprofundar: aqui tem o relatório completo do IPPUC que mostra todos esses pontos que falamos aqui e mais detalhes.

O que fazer em Curitiba?

Sexta (04/01)

 

Sábado (05/01)

Domingo (06/01)

PR ❤️ Curitiba?

O ano começou e já no dia 1º de janeiro teve posse do novo governador do Paraná lá no Palácio Iguaçu + Assembleia Legislativa.

E o que isso importa para Curitiba, já que o prefeito não mudou? São dois motivos para se importar e ficar de olho em 2019:

1) Não podemos esquecer que o Governo pode ajudar a cidade com repasse de recursos importantes;

2) O vice-prefeito, Eduardo Pimentel, esteve na cerimônia de posse e afirmou que a parceria entre PR e CWB continua.

“Ratinho Junior se mostrou totalmente à disposição do município para discutirmos investimentos e reforçar o papel de Curitiba como polo de uma região metropolitana importante, seja no transporte coletivo, na saúde metropolitana e em outras áreas da administração pública”,
disse Pimentel.

Um exemplo

Na gestão passada, numa “rixa” entre Richa e Fruet, Curitiba teve que desintegrar o transporte coletivo com a Região Metropolitana.

O então governador decidiu por retirar os subsídios do transporte na capital alegando que o sistema tinha condições de se manter sem os recursos do PR.

Pouquíssimo tempo depois da eleição do aliado político Greca, Richa retomou o subsídio.

Parceria continua mas…

Mesmo com a confirmação da continuidade da parceria (e a possibilidade de repasses de recursos estaduais para o transporte coletivo curitibano) é bom lembrar que o aumento da tarifa de ônibus já foi confirmada pelo prefeito.

“Com certeza haverá reajuste porque não é possível manter a tarifa congelada enquanto os demais preços sobem”, disse Greca em entrevista à Gazeta no começo de dezembro. O preço da passagem pode chegar a R$ 5,00.

Para aprofundar: a continuidade da parceria Paraná + Curitiba é destaque na própria página da prefeitura. Foi de lá, aliás, que tiramos a fala do vice-prefeito da cidade.

Para aprofundar 2: entrevista em que Greca confirma o reajuste da tarifa de ônibus em 2019.

Mais dois links para quem quer ser aprofundar no assunto: a gente já falou um pouco desses rolos aqui e aqui.

Biblioteca Pública = 99% de aprovação

É legal falar um pouco do processo de modernização da Biblioteca Pública do Paraná e do índice de satisfação dos frequentadores.

Aliás, qual foi a sua última visita à BBP? Tem o hábito de comparecer nos eventos ou emprestar livros lá?

O prédio, de 1954, recebeu mais de 8 milhões de reais em investimentos desde 2011 e concluiu a terceira etapa do processo de modernização no finalzinho do ano passado.

Junto com isso vem o resultado de uma pesquisa de satisfação conduzida pela atual gestão: 99% do público diz estar satisfeito com as reformas e o serviço oferecido por lá.

Fica o convite para dar um pulo lá.

Para saber mais: aqui tem mais detalhes sobre a modernização do prédio e a pesquisa feita com os usuários.

Um balanço (da metade) de 2018

Bom. 2018 foi o ano em que O Expresso começou a existir.

A gente não pode fazer uma retrospectiva do ano inteiro porque a edição nº 1 do O Expresso foi enviada no dia 18 de junho. Mas, mesmo assim, deu pra ver que muita coisa importante aconteceu em Curitiba nesses pouco mais de seis meses.

Por isso, antes de fechar a lojinha para entrar no novo ano a gente achou coerente encontrar alguns temas relevantes na cobertura de 2018.

Ao todo foram 220 notas enviadas em 56 e-mails e, dentro disso, existem três temas que apareceram mais por aqui: transporte coletivo, meio ambiente e contas públicas.

Transporte coletivo

Naturalmente um dos assuntos mais polêmicos em Curitiba neste ano.

Em agosto o Ministério Público pediu a anulação da licitação (feita em 2009) que rege os contratos do transporte na capital até então.

Em outubro a gente falou dos mais de 900 casos de arrastões e assaltos em ônibus de Curitiba (só em 2018).

Em novembro foi a vez de repercutir o novo projeto de lei que quer acabar com cobradores de ônibus e, ainda em novembro, o quase certo aumento da passagem de ônibus aqui na cidade.

Meio ambiente

Tivemos mais conquistas do que polêmicas em 2018.

Em setembro foi a vez de a Câmara regulamentar e aprovar a agricultura urbana em Curitiba.

Agora em dezembro (super recentemente) outro projeto aprovado pela casa pede mais transparência no corte de árvores aqui na cidade.

E ainda tem o projeto de ampliação do Terraço Verde, uma iniciativa super batuta aqui de Curitiba que investe em tecnologias sustentáveis.

Mas as preocupações, claro, também existem:

Em outubro vimos o levantamento da prefeitura que indicava mais de mil toneladas de lixo recolhidas nos rios da cidade.

E em novembro soubemos dos mais de R$ 800 mil gastos pela prefeitura na compra de copos plásticos para os prédios municipais.

Contas públicas

Pra fechar esta retrospectiva expressa do O Expresso, algumas notas sobre as contas públicas da cidade também tiveram um lugar nas nossas edições.

Desde ações do Executivo + Legislativo que pediam a ajuda para definir a aplicação de recursos em investimentos para 2019, até os levantamentos que mostram mais de 350 milhões de reais gastos pelo prefeito em projetos/serviços emergenciais (sem licitação e/ou aprovados pela Câmara).

Tem muito mais por aí

Essa é uma seleção rápida de tópicos que consideramos relevantes aqui na cobertura do O Expresso em 2018.

Se você quiser ir mais longe, pode dar uma olhadinha no nosso site para conferir todas as edições e todos os assuntos que comentamos por aqui. Fica o convite!

Preparando-se para 2019

Depois da retrospectiva, é hora de uma rápida lista de assuntos que O Expresso elencou como possíveis tópicos para ficar de olho no ano que chega daqui a pouco.

Em primeiro lugar, obviamente, está a votação que vai decidir a extinção (ou não) dos cobradores de ônibus na rede de transporte coletivo de Curitiba. Após algumas tentativas e diversas manifestações, a votação ficou para 2019.

Na segunda posição, mais uma vez, o transporte coletivo da capital ganha espaço. Agora é sobre o reajuste da passagem (já falamos no balanço acima). Nosso prefeito confirmou o reajuste e, ao que tudo indica, vamos ter uma tarifa na faixa dos R$ 5,00 em 2019.

O terceiro (e último) assunto é um combo de duas renovações previstas para 2019. Tem o início e a conclusão das obras para recuperar o Palácio Belvedere, com um custo definido em pouco mais de 1 milhão de reais e término previsto para agosto do próximo ano.

E tem também o projeto para renovação do Palácio 29 de Março (sede da prefeitura). Só o projeto executivo, para poder orçar a obra, teve um custo de R$ 971 mil.

Para saber o resultado de tudo isso, é só esperar a meia-noite chegar. 2019 é logo ali.

O que fazer em Curitiba?

Uma breve lista que segue a mesma vibe da última edição: menos eventos por causa do recesso à vista.

Sábado (29/12)

Quanto de grana Curitiba vai ter em 2019?

Antes de terminar 2018 consideramos essencial dar um espaço para repercutir as decisões sobre o orçamento da cidade para o ano que vem: serão 9,041 bilhões de reais entre receitas e despesas. Em 2018 foram R$ 8,7 bilhões.

Na semana passada o orçamento foi oficialmente aprovado na Câmara. A gente já falou um pouco sobre isso em julho deste ano, quando a Lei de Diretrizes Orçamentárias havia sido aprovada. Agora foi a vez da aprovação da Lei Orçamentária Anual.

Mas se a LDO aponta diretrizes de como utilizar os recursos para o próximo ano, a LOA é o orçamento propriamente dito. As receitas e despesas ficam mais detalhadas.

O que vale destacar nas arrecadações?

Somente nas arrecadações de impostos, taxas e transferências do Estado a prefeitura espera conseguir R$ 7,72 bilhões.

Se a gente pegar parte desse valor e dividir naqueles impostos municipais que pagamos constantemente por aí (também conhecidos como ISS, IPTU e ITBI) são R$1,24 bilhão, R$ 824 milhões e R$ 341,8 milhões respectivamente.

Quanto Curitiba vai ter para investir?

A ideia é reservar 707,1 milhões de reais para investimentos no ano que vem. As principais prioridades são para saúde (20,81%), educação (17,73%) e urbanismo (17,41%).

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Dá para você ter mais detalhes sobre a aprovação da LOA: é só acessar o link que tem alguns dos principais pontos da aprovação do orçamento.