R$ 72 milhões a menos para a Câmara?

A Câmara de Curitiba anunciou uma redução no orçamento da casa para 2019: ao invés de R$ 197,3 milhões o Legislativo pretende se virar com R$ 125,5 milhões.

A proposta ainda deve passar por votação dentro da própria Câmara para começar a valer, já que é preciso apresentar uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias de Curitiba que está em tramitação no Legislativo e deve ser aprovada na semana do dia 21 de dezembro.

Redução ou aumento?

Apesar de, ano após ano, a Câmara abrir mão de uma boa parte do orçamento a que tem direito, no final das contas a gente não pode ignorar que as despesas, na verdade, aumentam.

Tem que esperar, obviamente, o fechamento das despesas de 2018. Mas de acordo com a nota publicada pela própria Câmara, a estimativa é de um aumento no orçamento do Legislativo.

Explicamos:

Em 2017 a Casa tinha direito a receber R$ 181,8 milhões, estimou quase 40 milhões a menos para o ano (R$ 148,7 milhões) e gastou R$ 106,3 milhões.

Em 2018, apesar de ter direito a R$ 185,5 milhões de limite, a Casa deve fechar o ano com R$ 113 milhões em despesas. Quase R$ 7 milhões a mais que ano passado.

Se contar com os R$ 125,5 milhões que a Câmara diz usar em 2019, são mais R$ 12 milhões de aumento em despesas entre 2018 e 2019.

Para onde vão os R$ 72 milhões que a Câmara não vai usar?

Claro que não dá para ignorar esse “abrir mão” de orçamento público anunciado. E aí é preciso não perder o foco do destino desses 72 milhões dentro do orçamento geral do município.

A Câmara, inclusive, está indicando para quais setores esse recurso deve ser repassado. Resta saber agora se a Prefeitura vai concordar ou decidir remanejar alguma coisa.

Depois de “encargos gerais para o Município” (R$ 11 milhões), a maior fatia deve ser repassada à Fundação Cultural de Curitiba (R$ 4,5 milhões). Outros R$ 3 milhões estão previstos para o Fundo Municipal de Saúde e R$ 1,5 milhão para a Urbs.

Para aprofundar: dá uma lida no anúncio oficial publicado pela Câmara de Curitiba para entender um pouco mais.

Ampliando o terraço verde de Curitiba

Há poucos dias o pessoal do Terraço Verde lançou uma campanha de financiamento coletivo para ajudar na expansão do projeto que pretende ampliar o acesso e a prática da agricultura urbana.

A ideia do Terraço é desenvolver ações de tecnologias sustentáveis em um laboratório de agroecologia em Curitiba, aproveitando o topo de um prédio que fica na Rua Itupava.

Vale dar uma olhada no site do financiamento aqui.

A proposta é arrecadar 16 mil reais para ampliar a agrofloresta já existente para 100 m², captar mais de 600 litros de água da chuva para reaproveitamento e tratar mais de 400 quilos de resíduos orgânicos por mês, além de triplicar a produção de hortaliças e chegar a mais de 300 espécies.

Para aprofundar: ainda não conhece o Terraço Verde? Além de aplicar e testar as práticas sustentáveis que falamos acima, eles também promovem vários encontros e cursos que disseminam a cultura da agricultura urbana.

Lembra disso? Em setembro a Câmara aprovou um novo projeto de lei que autoriza a criação de hortas comunitárias em espaços públicos. A gente falou sobre isso aqui.

Oficina de Música de Curitiba

Só para avisar que hoje, sexta (30), é o último dia para inscrições nos cursos da Oficina de Música de Curitiba.

A 36ª edição de um dos eventos mais tradicionais da cidade acontece entre os dias 16 a 27 de janeiro de 2019.

Se tiver interesse, é só acessar: www.oficinademusica.org.br.

Para lembrar: logo que assumiu, nosso prefeito cancelou a 35ª edição do festival que já estava confirmada e com 1.143 pessoas inscritas. O motivo na época era falta de recursos. O prefeito até chegou a prometer uma edição para o segundo semestre de 2017, mas ano passado não rolou. A Oficina só foi retomada em 2018, em um formato mais curto e com patrocínio de empresas privadas.

Mais alguns milhões sem licitação

A conta continua a aumentar.

No finalzinho de setembro a gente falou aqui sobre os mais de R$ 200 milhões que a Prefeitura de Curitiba gastou sem a realização de licitações.

A partir de pedidos urgentes e emergenciais, o Executivo consegue aprovar a utilização de recursos públicos sem passar por votação na Câmara.

A última atualização mostra que o valor já passa dos 350 milhões de reais somente em 2018.

Para aprofundar: aqui tem um resumo (primeiros tópicos) sobre o questionamento realizado na Câmara nessa semana que passou.

Um incentivo às livrarias de Curitiba

Uma nova sugestão de projeto de lei começa a ser desenhada por aqui. Nessa semana a Câmara enviou à Prefeitura uma ideia de proposta que abate o IPTU de livrarias na capital.

A ideia é criar um movimento de valorização dos livros e de fôlego ao ramo que cada vez mais perde espaço no país. Matéria no Estadão dessa semana mostra um pouco da situação de duas gigantes brasileiras.

Quantas livrarias em Curitiba?

No texto de justificativa da sugestão do projeto de lei, o vereador Bruno Pesutti apresenta um levantamento do número de livrarias por aqui.

São 30, de acordo com a Associação Nacional de Livrarias.

Uma ideia de R$ gastos com IPTU

Outro argumento do texto é o valor gasto com IPTU com uma das mais famosas livrarias aqui de Curitiba: a Livrarias Curitiba.

São 10 filiais e um desembolso próximo a R$ 340 mil por ano para o pagamento do imposto.

Apesar do tamanho da empresa ser uma exceção se comparando com a maior parte daquelas que existem por aqui, já dá para ter uma ideia do que significa.

Para aprofundar: o número da proposta (ou “sugestão em ato administrativo”, conforme termos da própria Câmara”) é 201.00092.2018. Caso você queira mais detalhes, pode entrar no sistema da Câmara e digitar o código.

O que fazer em Curitiba?

Sexta (30/11)

Sábado (01/12)

Domingo (02/12)

 

Finalmente: Palácio Belvedere será restaurado

Há alguns meses O Expresso falou aqui sobre a abertura da licitação para a restauração do Palácio Belvedere.

O Palácio fica ali pertinho das Ruínas São Francisco e há quase um ano foi atingido por um incêndio.

No último dia 20 as obras foram finalmente anunciadas a um custo de R$ 1.170.000,00. De acordo com a Prefeitura, o valor é 20% mais baixo do que aquele previsto como máximo na licitação.

A previsão é de 8 meses de obras.

Para aprofundar: aqui tem uma nota da Prefeitura explicando os detalhes da autorização das obras.

Passagem de ônibus em R$ 5,00?

A gente já tinha avisado aqui que o discurso da URBS estava pendendo para um possível aumento de passagem.

A situação é difícil, de acordo com o presidente da URBS em uma das sessões na Câmara de Curitiba.

E a situação pode ficar ainda mais difícil. No último dia 22 o jornalista João Frey, da Gazeta, fez uma análise sobre uma possível não renovação do repasse que o Governo do Paraná faz ao município.

É esse repasse que segura a tarifa no valor que ela tem hoje (R$ 4,25) para nós, usuários do sistema.

Fim próximo

O fim do contrato atual entre governo e município acontece no dia 26 de fevereiro de 2019. E Greca já está indo de encontro ao governador eleito, Ratinho Junior, para tentar garantir a continuidade do repasse.

Greca apoiou Cida nesta última campanha e isto poderia representar um obstáculo nas negociações com o novo governo.

Se o repasse não continuar a história se repete: Fruet, nosso último prefeito, não recebeu o repasse de Richa (ex-governador) por essas divergências políticas.

No fim, o governo que deveria ser voltado para o benefício do povo é regido para o benefício de alianças políticas. Algo como: “Se não faz parte do meu grupo, não vai receber recursos do Estado”.

Vamos acompanhando…

Para aprofundar: o texto da análise do jornalista João Frey está aqui.

Bazar Circulando Ideias

Neste sábado (24) acontece a primeira edição do Bazar Circulando Ideias com a proposta de reunir produtoras de artesanato e design autoral de Curitiba.

Os produtos vão desde coalhada artesanal, passando por luminárias, camisetas personalizadas e bonecas. Ah! E vai ter também barreado para levar.

O bazar cresceu a partir de um grupo de amigas que resolveu se reunir para promover o encontro de diferentes artesãos e artistas.

“Nosso círculo de relacionamento é muito grande e envolve muita gente que trabalha com criatividade, arte, artesanato. A ideia foi brilhando e demos andamento. A receptividade foi tão grande por parte de outras empreendedoras e artesãs que demos preferência para o aspecto “autoral” e “criativo”, o fazer com as próprias mãos, criando coisas novas”, explicou Claudia Lubi, uma das organizadoras do evento, para O Expresso.

Todas as informações estão nesta página do evento aqui.