💡🐊 Usina hidrelétrica no Parque Barigui

Boa tarde!
Hoje é segunda, 17 de 
setembro de 2018.

O Expresso de hoje passa por 4 pontos de notícias de Curitiba.


Chuva prevista!
temperatura começa a subir um pouco nos próximos dias

1. Prestação de contas

Anota aí na agenda: no dia 25 de setembro a Prefeitura de Curitiba e a Câmara de Curitiba fazem uma audiência pública para a prestação de contas.

No dia seguinte, 26, tem outra prestação exclusivamente sobre o Sistema Único de Saúde de Curitiba.

As audiências acontecerão pela manhã, nos mesmos horários das sessões da Câmara (a partir das 9h).

2. Restauração: Palácio Belvedere

Conhece o Palácio Belvedere?

Fica ali nas Ruínas São Francisco, no Lardo da Ordem, foi construído em 1915 e era uma referência do estilo arquitetônico Art Noveau em Curitiba. Era.

Em dezembro do ano passado um incêndio acabou destruindo parte da construção. Antes disso, em junho, o prefeito já havia sinalizado a intenção de liberar recursos para um update da casa, que passaria a funcionar como uma sede da Academia Paranaense de Letras. Menos de seis meses depois o incêndio veio.

Agora a prefeitura autorizou a abertura de uma licitação para a restauração do Palácio (e os planos da sede da Academia Paranaense de Letras continuam).

O valor da obra está estimado em R$ 1,4 milhão (antes do incêndio a estimativa era de pouco mais de R$ 1 milhão).

Para aprofundar: o número do edital da licitação é 021 (do ano de 2018). Você pode consultar os detalhes do projeto, assim como um orçamento detalhado, acessando a parte de Consulta de Licitações da Prefeitura. É só clicar em “Consulta Processo Direta”. Em “Mobilidade” selecione “Concorrência Pública” e em “Órgão Licitante” escolha “Secretaria Municipal do Meio Ambiente”. 

Para aprofundar 2: Aqui tem uma reportagem sobre o incêndio ocorrido no dia 6 de dezembro de 2017.

3. Agricultura urbana na prática

Como já falamos por aqui (por duas vezes) na semana passada a Câmara aprovou o projeto de lei que regulamenta (e autoriza) a agricultura urbana em Curitiba.

Na edição de hoje a gente traz uma breve entrevista com João Felippe Carneiro, um dos criadores do Coletivo Mão na Terra – responsável pela manutenção de uma horta coletiva em frente ao Bosque do Papa e pelo apoio na fundação de duas outras: uma na Vila Torres e outra no Parolin.

Eles inclusive receberam duas notificações da prefeitura no ano passado pedindo para desmanchar o que já haviam feito. A justificativa era de que os tipos de arbusto e grama não seguiam o padrão.

Apesar disso, a relação com a administração pública caminhou para o melhor (receberam um pedido de desculpas oficial da administração). A recente aprovação do projeto de lei da agricultura urbana é um reflexo disso.

João Felippe Carneiro: O objetivo do projeto é que seja um centro de permacultura: praticar permacultura no meio urbano. Envolve agroecologia, sustentabilidade, reuso de materiais, economia consciente, economia de materiais. A gente tem os mutirões todo domingo à tarde, para mexer na terra e compartilhar conhecimento, mas também tem vários outros tipos de eventos. Dá para perceber que é bem diverso, e a permacultura é isso. É biodiversidade. É olhar para a natureza e replicar o que ela faz de melhor”.

A possibilidade de plantar o próprio alimento é um conceito forte dentro do Coletivo Mão na Terra e, para o João, pode representar o ponto de partida de uma mudança de comportamento mais profunda. 

João Felippe Carneiro: Eu acredito que o maior empoderamento, a maior libertação, o melhor do it yourself que a gente pode fazer é plantar o próprio alimento. Aprender esse conhecimento vital e comer o alimento limpo sem veneno. Só que isso é só o começo. Depois a gente pode, tudo isso dentro da permacultura, aprender a captar água, energia, fazer um sabão orgânico, aprender a cultivar novos tipos de plantas, cuidar das abelhas sem ferrão. Tudo isso está dentro da permacultura. Tudo isso cabe como nossa meta de restaurar o planeta. Com a ajuda das pessoas que se interessam e que querem fazer parte”.

Por trás de tudo isso, um dos objetivos principais do Coletivo Mão na Terra acaba sendo também o resgate das conexões sociais e da noção de comunidade, do coletivo. E o cultivo de uma horta urbana ajuda muito nessa reconexão.

João Felippe Carneiro: Acho que na cidade a gente traz uma melhor qualidade de vida a partir dessa questão de resgatar o convívio, né? O convívio das pessoas. A ciclovia passa a ser minha quando eu cultivo ali o meu alimento. Quando eu tenho um espaço de interação com as plantas e com os meus vizinhos, eu passo a ter mais carinho por aquele espaço. A gente resgata tudo isso: a cidadania, o convívio, ter um alimento saudável e puro, além do compartilhamento de conhecimentos”.

A aprovação do projeto de lei da agricultura urbana em Curitiba, claro, só vem a contribuir com a multiplicação de iniciativas como o Coletivo Mão na Terra. 

João Felippe Carneiro: Eu creio que a lei só vem para acelerar os processos e fazer as pessoas entenderem que é esse o futuro: a gente cultivando o nosso alimento e resgatando as nossas relações. O processo natural de ocupação dos espaços verdes e de agricultura urbana vai ser simplesmente acelerado. A gente já vê na Europa que a agricultura urbana é uma das grandes tendências que vem crescendo de modo muito rápido, e eu creio que é de nossa responsabilidade nos tornarmos pioneiros aqui no Brasil e ser uma cidade cada vez mais verde, cada vez mais produtora do próprio alimento, cada vez mais integrada, cada vez mais com os cidadãos compartilhando juntos e trabalhando de modo coletivo”.

O Coletivo Mão na Terra é aberto para todos. Qualquer um pode se juntar aos mutirões que acontecem todos os domingos.

Na página do Face deles tem uma agenda com os próximos encontros. Passa lá para dar uma olhada.

4. Parque Barigui terá pequena usina hidrelétrica

Se você ainda não viu, o prefeito anunciou a construção de uma pequena usina de energia no Parque Barigui.

A estimativa divulgada pela administração é que a estrutura gere uma média de 21.600 Kwh por mês, quantidade de energia suficiente para abastecer o próprio parque e 135 casas médias. A economia, segundo dizem, pode chegar a 132 mil reais para o município.

O equipamento e a construção da pequena usina foram doados pela Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas (ABRAPCH). As obras devem começar ainda neste ano com entrega prevista para 2019.



Para aprofundar: texto que explica os detalhes do projeto.

 

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Qualquer coisa é só escrever para oi@oexpresso.curitiba.br.


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